>:: Pub's Amadeus ::<

+ Nero


Nero dirigia em silêncio, observando Arthur com o canto de olho. Começava a ficar nervoso diante do nervosismo do outro.


- Eu não irei... Prometo que não farei nada - respondeu sério. Ele entendia que se Magnus visse que tinham alguma ligação, um poderia ser usado para afetar o outro e ele não queria perder sua nova aquisição.


Assim que o chegaram, Arthur repetiu o pedido. Algo muito sério deveria mesmo estar acontecendo... Ele assentiu e lembrou-se do truque que o moreno havia lhe dado. Fechou os olhos, respirou fundl e adaptou sua visão.


Estremeceu. Que aura pesada era aquela?... Talvez fosse a hora de se preocupar... Manteve uma expressão desinteressada e entrou no estabelecimento com Arthur. Ele encarou os outros dois com cara de paisagem, mas ouviu o que falavam atentamente. Vampira com olhos estranhos e que falava outro idioma? Vinda de uma construção abandonada? Aquilo COM CERTEZA era ruim. Principalmente se a outra vampira emanava uma sensação estranha... Seria uma sangue puro? Ele ainda não sabia.


Então Magnus apareceu. Ele olhou para o humano, franzindo a testa intrigado. Quando Arthur voltou os chamando ele não hesitou, caminhou e entrou no camarote sem encarar nenhum dos outros vampiros, nem mesmo Artie.

Assim que entraram no camarote virão a vampira debruçada na janela de vidro fume onde sorria com seus olhos amarelos vasculhando o lugar como uma vera aguardando o momento certo para atacar.

Artur foi o primeiro a entrar e seu corpo quase paralisou, ele via a aura negra dela, era como se o sugasse, o desespero e a dor no peito voltara. Tentando se manter firme olhou Magnus e depois a Lya.

_Lya minha cara, chamei meus colaboradores para lhe apresentar.

_Magnus, che posto meraviglioso, questi bambini liberi e disponibili per essere goduto ... perfetto! (Magnus, que lugar maravilhoso, essas crianças livres e disponiveis para serem saboreadas... perfeito)

Ela se virou e sentou-se no sofá elegantemente posicionada no canto esquerdo olhou-o profundamente com seus olhos amarelos.

_Essa meus caros é Lya Merelyn, uma amiga de longa data que veio juntar-se a nós.-Chamou para se aproximar mais Arthur._Esse Lya é Arthur meu assistente pessoal e irá providenciar roupas mais adquadas para essa era além de preparar seus aposentos.

_Bella vampiro è ... Prenditi cura di mia crea, prepararlo per me.(Belo vampiro é... Cuide de minha cria, prepare-a para mim.)

Arthur não entendia italiano e ficou nervoso, curva-se e fica pensando em o que ela disse a ele.

_Arthur irá providencia tudo, os outros são Alanis minha outra assistente e Vincent que seria o segurança..-Olhou para Nero e sorriu, mas seu olhar era um tanto ameaçador.

_Esse é um dos mais novos colaboradores Nero Sorel... -Magnus fez um gesto para Lya apresentando Nero.

_Ho sete, posso dire di me Magno feed me questi bambini(Estou com sede, diga -me Magnus poderei me alimentar dessas crianças)

Magnus riu a ela e fez um gesto negativo.,
_Infelizmente, não poderá beber dessas crianças minha cara Lya. Mas, pode se alimentar aqui mesmo.-Arthur, venha...

Lya viu o jovem vampiro se aproximar, ele tremia ao se aproximar dela.

_Eu posso providenciar bolsas de sangue para senhora Lya.

Magnus ia concordar, mas Lya se enclinou e tocou a mão de Arthur.

_Questo bambino può servirmi ora.(Essa criança pode me servir agora)

A vampira olhava intensamente par Arthur e sorria vendo o medo em seus olhos. Puxou o braço dele e rasgou a manga do sobretudo expondo a pele do vampiro.

As presas de Lya ficaram espostas e ela beijou logo em seguida fincou as presas na pele dele.

A voz dele ecoou no local em um grito terrivel de dor, caindo de joelhos deiante da vampira e ele continuava a gritar.

Magnus aumenta o som do ambiente para que não fosse ouvido do lado de fora.

Alanis se apavora e encosta na parede chorando compulsivamente.
Vincent tentou chegar a Arthur mas Magnus fez um gesto negativo.

Arthur gemia de dor, sentindo seu sangue e sua alma ser sugada pela vampira, chorava e urrava sem conseguir se controlar.

Magnus olhou o relógio e tocou o ombro de Lya que soltou finalmente o braço de Arthur, que cai ao seus pés gemendo e ofegante.

_Lya se eu deixar você mata meu assistente.

Olhou os outros que aparentavam medo e disse por fim.

_Alanis cuide de Arthur e assim que ele estiver melhor diga para fazer as preparativos para Lya.-Olhou para ela e sorriu._Vincent leve Arthur discretamente aos fundos e ajude Alanis.

Olhou para Nero, com um sorriso desconfortante para Nero.

Vincent pega Arthur no colo e o carrega para fora do camarote seguido por Alanis que tentava enchugar as lágrimas, passaram por Nero deixando o local todos juntos.

+ Nero


O ruivo prendeu a respiração assim que seus olhos encontraram a vampira. Aquela aura... Era aterradora. Maligna, pesada, antiga... e cruel. E aqueles olhos amarelos pertubadores... Lya, era o nome que Magnus havia a apresentado. Italiano... era o idioma que ela falava. Ele conhecia pois era seu idioma natal. Ao menos teria uma vantagem naquele diálogo.


Quando Magnus o apresentou, Nero fez uma reverência respeitosa a Lya, apesar de estar lutando contra o próprio instinto de tirar os olhos dela. Ele fingiu não, com uma cara levemente aborrecida, não estar entendendo o que Lya falava, assim como os demais. Ele quase tremeu quando Lya perguntou se poderia beber o sangue deles. Não queria servir de alimento para aquela coisa, sabe-se lá que diabos ela era.


Ao ouvir Lya dizer que Arthur serviria a ela, um alarme interno soou em Nero. Não... Não, Magnus não poderia deixar que ela tomasse o sangue de Arthur... Ela poderia matá-lo! Será que Artie não era assim tão importante para ele que permitisse aquele gesto?


Mas Magnus permitiu. Assim que o primeiro grito de dor ecoou, Nero teve que usar todo seu autocontrole para não avançar naquela vampira e tirar Artie das garras dela. Os gritos, o choro, a AURA de dor de Arthur estavam o dilacerando por dentro. Quando fora que passara a se importar tanto com aquele jovem vampiro? Ele não sabia e não conseguia pensar no assunto naquele momento. Não podia interferir... Não deveria interferir...



Indo contra tudo que sentia, Nero deu um leve sorriso arrogante diante do sofrimento de Arthur, de Alanis e de Vincent. Não moveu um dedo sequer na direção do jovem que se contorcia de dor. Mas por dentro, rezava a Deus, se é que existia algum, para que Artie resistisse àquilo e que Nero pudesse continuar com sua encenação.


Quando ela soltou Arthur, Nero o olhou com um olhar entediado, como se avaliasse se teria que arranjar outro vampiro para ajudá-lo nas preparações ou não. O ruivo teve de usar novamente todo seu autocontrole para não avançar em Magnus quando o humano mandou que Arthur ainda voltasse ao trabalho naquela noite.


Nero o olhou de volta, de forma indiferente apesar da fúria interior contra aqueles dois. Olhou para o relógio do camarote como se estivesse levemente aborrecido por uma interrupção desnecessária.


- Gostaria de algo mais de mim, sr Magnus? - ele sorriu e olhou a vampira - Não gostaria de incomodar o descanso de sua convidada - então voltou a olhar o humano.

Magnus observava atentamente todos, mas precisamente Nero, quando o mesmo perguntou sobre se precisava dele em algo, Magnus fez um sinal para ele que não era necessário.

_sr Sorel, por enquanto não, eu pretendo conversar agora com a Lya.-Magnus parecia ter pressa para que ele saísse logo de lá.

*************

Vincent descia as escada em espiral para levar Arthur ao quarto, o garota estava mal e gemia ainda com a dor que sentia no braço.

Assim que chegam, Alanis pega uma maleta em seu quarto e entra no quarto de Louis e ainda estava chorosa e tremendo quando pega a injeção com uma agulha maior que a costumeira usada e começa a falar com voz chorosa.

_Vai dar tudo certo meu irmão, aguenta só um pouco mais-Ela pega algumas pastilhas de sangue e esmaga-as transformando em pasta e adicionando água, que foi misturada._Por favor Louis, aguenta já estou terminando...Aguenta...

Vincent estava jogado ao chão com as mãos tapando o rosto, ele bufava como um touro e certamente era de ódio.

_Vini, vá pegar bolsas de sangue para Louis.

Alanis estava em pânico e mal viu Nero entrar.

+ Nero


Ele acenou com a cabeça e saiu do escritório, deixando-os à sós. Desceu o mais calmo possível as escadas, apesar da vontade de correr logo para chegar naquele maldito quarto.


Nero entrou e ouviu a ordem de Alanis. Ele se aproximou dela, puxando a manga do casaco para cima e estendeu o pulso.


- Use tudo que precisar - falou entredentes. Ali, longe de Magnus, o olhar dele queimava com o ódio que estava sentindo.

Ela olhou estava tão atordoada que simplesmente deixou se cair sentada ao lado da cama onde Louis gemia baixo e com a a respiração fraca.

_Louis tenta beber do sr Sorel ele está aqui. -Alanis ajudou e apoiou a cabeça do irmão ao colo acariciou os cabelos deixando que Nero desse seu sangue a ele.

Alanis estava desesperada, Louis poderia entrar em torpor. 

Louis mal conseguia abrir a boca. A dor que sentia ainda estava gritando dentro dele.

_Ele não vai conseguir... -pegou o braço de Nero e fez um talho com bisturi e deixou que o sangue escorresse para dentro da boca de Louis. _ Beba por favor.

Ela implorava que ele bebesse. Louis mau conseguia enxergar quem estava ali e quando sentiu o gosto do sangue escorrer abriu os lábios e começou a sugar .

+ Nero


Ele deixou que Alanis cortasse um talho no pulso dele. Mas Arthur parecia tão cansado que aquilo não seria o suficiente. Onde estava Vincent com as drogas das bolsas de sangue. Não, não podia... Artie... Ele não ia deixar Louis acabar mal daquele jeito.


Puxou o pulso de volta sem nem mesmo cicatrizar - era um corte de nada, cicatrizaria sozinho - e se aproximou. Fez as presas aparecerem e mordeu com força a própria língua. Logo que sentiu a boca cheia de seu sangue quente, ele se debruçou sobre Louis e pressionou os lábios contra os dele, despejando o sangue em sua boca.


"Por favor... reaja!"

Louis estava quase sucumbindo... Quando sentiu algo roçar seus lábios e em seguida uma quantidade de sangue escorrer pela garganta, gemeu baixo e sentiu suas forças voltando.

Alanis arregala os olhos ao ver a cena, sabia das preferências do irmão mas não tinha visto com ninguém desde que encontrou com ele há 2 anos.

Preferiu assistir sem interferir,  foi quando ouviu um gemido dele apesar de ser bem baixo.

_ Eu preciso injetar no coração dele... - diz a Nero e ver Vincent chegar com a bolsa de sangue e o equipamento para fazer uma transfusão.

+ Nero


O ruivo deu um suspiro aliviado quando Louis gemeu. Era um sinal que havia reagido ao sangue. Beba, era tudo o que Nero pensava. Tinham que conseguir salvar ele... Quando Alanis disse que teria que injetar o sangue, Nero se afastou para o canto do quarto e aguardou o procedimento.


Lambeu o sangue dos lábios e em seguida o corte feito pelo bisturi. Respirou fundo e passou as mãos pelo rosto. Aquela cena... Aquela maldita cena se repetia em sua mente. E graças a sua maldita memória, ele sabia, nunca, jamais, iria esquecer. Seria um lembrete e uma tortura para sempre em suas lembranças. Ele rosnou baixo e secou as lágrimas de ódio. Aqueles dois iam pagar caro pelo que fizeram.


Ele voltou a olhar os irmãos e aguardou o desfecho da transfusão.

Alanis ainda estava apreensiva, ela preparava rapidamente a agulha, iria injetar direto no coração, assim garantiria que ele não entrasse em torpor.

Logo que a agulha atingiu artéria principal iniciou o processo, ela misturou junto a pastilha de sangue diluida para o resultado ser mais eficiente.

_Agora é esperar... Já fiz tudo que tinha que ser feito...

Sentou ao chão ao lado da cama, acariciou o rosto de Louis.

_Resista, por favor... Estamos perto de conseguir é só aguentar um pouco mais...

Ela sussurrava para ele.

_Obrigado sr Sorel, confesso que não esperava essa sua atitude diante de sua postura la no camarote.

Alanis estava olhando enquanto afagava o rosto de Louis, o processo estava ao menos fazendo efeito pois Louis tinha uma leve corada na pele pálida.

+ Nero


Ele se encostou na parede e cruzou os braços. Ver aquela agulha fincada direto no coração de Louis lhe dava agonia, mas Alanis com certeza sabia onde atingir o local certo para que ele ficasse bem. Como ela disse, agora era esperar. As palavras dela, de agradecimento foram um tanto inesperadas, pelo jeito que ela o tratou da última vez. Olhou um pouco surpreso e pigarreou.


- Estou me odiando por aquela encenação, mas foi algo necessário - um gosto amargo cobria sua boca ao lembrar do que aconteceu no camarote - Louis me pediu para que não interferisse. Não podia por tudo a perder... - ele suspirou - Ele me contou a história dele, de vocês... - Nero olhou Alanis, Vincent e depois seu olhar voltou a Louis - Vou ajudá-los. Mas preciso manter minha máscara diante de Magnus... - olhou Louis e suspirou de novo - Espero que ele me perdoe.


Nero se amaldiçoava por toda aquela sinceridade, mas ele precisava deixar claro aos dois que ele estava do lado deles. Como Louis estaria fraco quando acordasse, decidiu explicar ele mesmo o que aconteceu.

Alanis engoliu seco quando ouviu Nero dizer que sabia sobre eles.

"Louis arriscou alto dessa vez..."


_Sr Sorel, Loui...- Ela se interrompeu._Se ele falou tudo deve ter contado do seu verdadeiro nome.

Virou o olhar a Vincent que estava sentado no chão ainda calado olhando para Louis.

_Encontramos Louis a uns 2 anos atrás, ele já estava preso a Magnus e queríamos tirar ele daqui, mas a cada tentativa resultava em fracasso e Louis cada dia mais viciado a pastilhas.- Voltou a olhar Nero. _Se Louis contou tudo a sr Sorel, na certa ele tem os motivos dele e por mais que não goste de ver o senhor perto dele, vou confiar em meu irmão.

Vincent levanta e para diante de Nero o encarando.

_Cabeça de fogo, não sou bom com palavras mas quero dizer que meu irmão é um exemplo para mim e por ele vou ao inferno e juro que essa será a última vez que verei sofre, eu quero matar aqueles escrotos...-a voz de Vincent era grossa e carregada em um sotaque britânico seu olhar mostrava puro ódio._Lani vou para a boate deixei os caras lá vigiando tenho que ver como esta lá e vigiar Magnus.

Ela assentiu com a cabeça e viu ele sair.

_Vincent qualquer dia desse explode, já é muito difícil ver tudo isso, mas hoje foi a  gota d'agua, Magnus deixar aquela coisa beber de Louis, estou tonta até agora só de lembrar dos gritos dele.

Ouviu ele falar da máscara que teria que usar para Magnus nunca desconfiar dele.

_Entendo e não se preocupe se vai nos ajudar, terá que ter muito sangue frio. Só fico me perguntando de onde Magnus desencavou aquela coisa...
_

+ Nero


O ruivo ouviu mais uma parte da história. Não entendia toda aquela comoção e sacrifício por um irmão que havia sumido e mal haviam conhecido. Órion e ele haviam convivido toda sua infância e adolescência e geralmente um tentava matar o outro. Aquele certinho irritante havia sido um dos motivos de Nero ter deixado a família e buscado a independência... Mas ali estavam eles, Alanis e Vincent, com um amor quase incondicional por aquela adorável criatura... Ele não podia falar nada, não é?.. Ali estava ele, também arriscando alto por ter se ap... afeiçoado a Louis.


- Sei que não sou o melhor exemplo de pessoa, mas farei o possível para tirá-lo dessa situação.


Então Vincent se aproximou e encarou o ruivo. Nero ficou tenso ao ver o nível de estresse do brutamontes e se surpreendeu ao ouví-lo falar.


- Eu também quero matá-los, grandão, também quero... - ele olhou o outro vampiro sair e virou para Alanis - Eu não acreditei quando Magnus permitiu aquilo... Aquela coisa podia ter matado-o! - Nero rosnou - Tive que me controlar para não avançar neles... - suspirou e olhou para porta - Talvez seja melhor eu ir para manter as aparências também...

Alanis sorriu nervosa a ele e começou a falar sem olhar para Nero.

_Entendo será melhor mesmo que Magnus não saiba que esteve aqui.-Ela afagava os cabelos de Louis._Sr Sorel uma coisa que aprendi nesse submundo que vivemos é que nada vem sem ter ou retorno.

Ela estranhava atitude e essa ajuda dele, ainda não confiava o suficiente para contar mais coisas e assim que Louis acordasse iria lhe chamar atenção quanto aquilo.

_Espero que o preço que Louis tenha que pagar por essa ajuda não seja tão alto.

Esperou por alguma reação dele, mas sabia que o resto não falaria mais, ela estava assustada com tudo o que aconteceu e o silêncio agora era o bem mais precioso.

+ Nero


Ele olhou a vampira atentamente. Sim, ele sabia muito bem que nada era dado de graça. Nero estava os ajudando, mas ele também tinha seus próprios planos.


- Lealdade, Alanis. Esse é o preço. Eu também tenho meus assuntos a tratar. Preciso de aliados, tanto quanto vocês precisam... Aliados... Não escravos como Magnus tem - ele falou sério e se aproximou, fazendo uma carícia na bochecha de Louis - É minha hora de ir... Diga a ele para mim que poderá voltar a minha casa quando estiver melhor... Ainda tenho aquela maldita reunião com Hanabusa e vou precisar da ajuda dele... - ele a olhou - Ele poderá descansar em minha casa... e... - ele fez uma cara indiferente - Você e Vincent podem ir atrás, se não confiam em mim... Minha residência está aberta como refúgio a vocês


"Porque talvez nem mesmo a casa deles esteja segura" pensou.


Deu as costas e se encaminhou para a saída, mas parou na porta.


- Ela falou em italiano, aquela mulher...


E saiu. Era hora de voltar para casa.

Alanis fica calada vendo Nero se retirar, ela ainda estava estranha afetada talvez pela aura negra daquela vampira e a cena de seu irmão martelava a cabeça os gritos e gemidos de dor era o pior, estremeceu e não era de frio, ela sentia calafrios de imaginar o quanto Louis sofreu naquele momento.

Louis começou a se mexe, estava mais recuperado e as forças voltaram, ainda assim sentia o braço doer, abriu lentamente os olhos tentando se acostumar com a claridade do local.

Alanis percebe e desliga a luz deixando somente a do abajur.

_Louis, como está se sentido...-ela pergunta apreensiva.

Ele abre os olhos e vira o rosto para ela, quando se dá conta do que lhe aconteceu, levanta rapido tentando sentar na cama.

_Lanis...Eu ... achei que morreria...-falava ofegante e cansado seus olhos arregalados demonstrava o pavor de recorda da situação._Aquela vampira, ela é um monstro, uma coisa negra...-falava choramingando ele viu como era a aura dela e sua indole diabólica.

_Tudo bem Louis, fique calmo, já acabou e agora você tem que melhorar para Magnus não desconfiar.

Louis abaixou a cabeça.

_E ele..-queria saber de Nero, mas como ainda estava vivo ja deduziu que Nero conseguiu cumprir a promessa de não interferir independente do que iria acontecer. Só não imaginava que seria algo assim, aquela coisa.

_Ele quem... Esta falando do cabeça de fogo..-Alanis falava com certa repudia dele._Ele já foi para a residencia dele.

_Ah sim, melhor então ...

_Louis o que deu em você, contou tudo a esse desconhecido, só o conhece ha duas noites e revelou tudo...-Alanis tinha um tom de chatealção com reprovação._E se esse cara nos trais, se ele contar a Magnus... Já cogitou a hipotese disso...

Alanis enchia a cabeça dele de indagações e acusações e isso irritava Louis cada vez que as perguntas aumentavam.

_Alanis, eu sei o que estou fazendo, pelo menos dessa vez estou agindo por todos nós, então tente confiar em mim por favor...-Louis tinha uma expressão diferente, era mais séria e sua voz mais firme e decidida.

Alanis ficou sem reação com aquela atitude e se levantou indo até o banheiro pegando uma muda de roupa e preparando o banho para seu irmão.

_Você passou por um estresse terrivel, precisa de um banho e terá que voltar para falar com Magnus e aquela coisa.

Louis se levanta e pega a toalha indo para o banheiro.

_Sr Sorel deu seu sangue para te salvar.

Louis parou na porta e suspirou, seus olhos se encheram de lágrima, mais uma vez Nero foi cuidadoso e o protegeu.

_Ele disse que sua residêmcia tem portas abertas para nós e espera que você vá para lá assim que puder, aliás nós três.

Soltou um leve sorriso ao ouvir isso.

_Que bom, mas infelizmente para manter a situação do jeito que está devemos evitar frequentar a casa dele.

_Não faço questão, não gosto dele, acho que ele está lhe usando.

_Irmã, e eu o que estou fazendo com ele... Não é a mesma coisa...

Ela não tinha como argumentar, era verdade que estava usando-o, mas ela tinha medo de que se tudo desse errado todos estariam condenados.

_Vou confiar em você Artie...Ah mais uma coisa Sr Sorel disse que aquela vampira é italiana...-ela pegou os equipamentos e as coisas que usou para cuidar de Louis e saiu do quarto dele.

_Droga, isso será um problema pois não saberei o que ela fala.

Louis tomou seu banho e sua cabeça ainda doia com a sensação de dor daquela coisa, pensava em como Nero deve ter ficado vendo isso e sem poder reagir. Mas era necessário para poder conseguir sua lierdade precisava calcular todos os seus passos sem deixar furos e pontas soltas. Nero era a sua arma que seria o golpe fatal para Magnus.

Assim que ele entra no banheiro com um movimento da mão usa seu poder e seu quarto fica arrumado novamente.

**************

Após ver Nero sair do camarote e se vira para Lya.

_Minha cara amiga não deveria ter feito isso, esse jovem vampiro é muito valioso para mim.

_Magnus egoismo da parte vostra, non condividono il giovane di me ...(Egoismo de sua parte Magnus, não dividir as crias comigo.)

_Poderia dividir quaisquer outro que estava aqui, mas ele em especial não quero que toque mais, entendeste.

Ela fez uma cara de chateada, mas aceito por enquanto não tocar mais em Arthur.

_Preciso dele para aquele ritual, sem ele dificilmente conseguirei.

_Mi ha sorpreso che il vostro stato vergognoso di essere umano, Magnus (Fiquei surpresa com esse seu estado vergonhoso de ser humano, Magnus)

_Isso minha cara amiga será resolvido em breve, estou somente a busca de o sangue nesserário para minha volta triunfal. E voltaremos a ser a triade como eramos no passado.

_Così ho deciso risveglia il Buio ... Egli non deve svegliarsi di buon umore (Então resolveu desperta o Dark... Ele não deve acordar de bom humor)

_Veremos como tudo se desenrola, agora minha cara precisa de um disfarce, parecer mais com os seres dessa era.

_Sono veramente colpito con tutto quello che mi ha mostrato, essere rinchiuso per tanto tempo e perso queste meraviglie presentano.(Eu realmente me impressionei com tudo que me mostraste, ser trancafiada por tanto tempo e perdi essas maravilhas surgirem.)

_Recuperara o tempo perdido. - Magnus pegou seu celular e enviou uma mensagem para Arthur.

Espero que esta recuperado preciso de sua presença agora no camarote. Magnus.

Lya estava de olhos fechados e se conscentrando e quando abriu-os ela tinha aparencia de uma jovem adolescente.

_Cosa ne pensi di questo sguardo(O que achaste dessa aparência)

Spoiler:

Lya sorriu a ele que retribuiu, assim eles ouvem uma batida na porta e pedido de licença ao entrar.

Arthur não olhava para Lya se curvou e esperou.

_Arthur, providencie para Lya tudo que ela necessitar, inclusive os aposentos dela devem ser preparados na ala norte, próximo ao meu.

_Sim Magnus.

Ele por fim olha para ela e ver que havia mudado, estava mais parecida com uma humana.

_Srta Lya estará tudo pronto, assim que tiver lhe avisarei.

Lya sorriu mostrando as presas para ele, no intuito de provocar medo e vira pelo seu olhar que conseguira.

_Lya...-Magnus diz seu nome como quem reclamasse de algo...

_Voglio solo essere buon amico che la sua giovane, non ti preoccupare io non lo morde. (Somente quero ser boa amiga dessa sua cria, não se preocupe não irei morde-lo.)

Arthur estremeceu por dentro, aquela coisa estava a zombar dele e assusta-lo com aquela presas terríveis que pedia ao céus para nunca mais tocar a sua pele.

_arthur e quanto a preparação para o encontro de sr Sorel com hanabusa, esta tudo encaminhado ...-perguntou a ele por fim.

_Sim Magnus, hoje a noite iremos nos encontrar para acertar os detalhes do encontro deles.

_Ótimo.

Assim ele deixa o local e mais tarde envia uma mensagem a Magnus que estava tudo pronto para Lya e seu aposento disponível.

Comunicou que iria sair para encontrar com Sr Sorel em sua residência e assim preparem o combinado que seria o encontro dele e a festa.

Freya se aproximou da entrada junto com Daniel, já segurando uma das alças da mochila a procura do passaporte. havia algum tempo desde que pegou esta mania de andar com os documentos em mão, principalmente depois que em meio a uma confusão foi sequestrada e levada para um pais estrangeiro. se lembrar daquela burocracia no consulado numa tentativa  falha de explicar o que havia acontecido sem revelar sua verdadeira natureza foi um caos completo. então para evitar estes transtornos  passou a andar com eles na mochila.

mas caminhando ao lado de seu acompanhante, reparou que ninguém havia pedido os documentos, então tratou de quarda-los cuidadosamente  na mochila, com isso seguiu para o interior do pub. ele não era exatamente o tipo de diversão de a ruiva esperava, mas se fosse no estilo irlandês, provavelmente haveria um jogo de dardos mem algum canto, talvez jogasse com Daniel.

- então, vamos conhecer o lugar, não parece ser ruim, o ambiente é bom, vamos ver se tel algo pra jogar por aqui?

Daniel entra e se senta e a chama para sentar junto, um garsom se aproxima deles e olha para a garota ruiva analisando-a.

_Tudo bem, o que vão beber?

Daniel pediu uma cerveja e depois perguntou ao garçom se teria ali alguma distração. O mesmo informou que tinha uma mesa de bilhar no lado esquerdo do pub.

_Olha, legal faz tempo que não jogo sinuca.-Olhou-a e sorriu._E você quer jogar?

Assim que veio o copo de cerveja ele pega e levanta e chega perto do ouvido dela enquanto andava e fala baixo.

_Achei estranho eles não pediram seu documento.

Deu de ombro sorrindo.

_Será que são daqueles pub's clandestinos?

Chegam perto da mesa de sinuca e ele coloca o copo na borda da mesa e pega taco e giz.

Spoiler:

freya sorriu para daniel, um pouco sem jeito, mas o que dizer? a verdade que aquele garçom era um vampiro e ele havia percebido que frey tb era uma? não poderia.

- hum, duvido muito, acho que temos cara de estrangeiros demais, por isso nos achou adulto, sei la
riu enquanto esperava a cerveja de Daniel, não que fosse fraca de bebida, mas não estava com vontade de beber depois do refrigerante.

- eu não sei jogar sinuca, terá que me ensinar... sabe,  mesmo sendo inglesa, não costumava ir nos pubs, na verdade morei muito pouco la.
dizia algumas coisas de seu passado maquiados com mentiras para puxar assunto, não precisaria se preocupar, se havia outro vampiro ali, ele deveria entender a situação, só não poderia permitir  que ele tivesse  um trunfo para  uma chantagem futura

- quando ele voltar, talvez peça uma cerveja também... é meio estranho, não costumo a beber, meu pai sempre brigava comigo sobre isso e ter cuidado com os meninos e tudo mais, é meio ruim ser a princesinha.

Daniel preparava o taco passando o giz na ponta e depois pegou as bolas para arrumar na mesa.

_Claro que te ensino, pega um taco, esta vendo o pó de giz é para passar no taco assim na ponta que acerta a bola, serve para sua mão não suar e escorregar no taco impedindo de acertar a bola.

Ele explicava detalhadamente como se jogava a jovem ruiva, pegou a cerveja e bebeu um gole, colocando o copo de volta na mesa.

_Devemos ser estrangeiros até na alma, por não encrencarem com a gente, bom eu tenho 18 anos já posso beber então seria mais com você que ele emplacaria.

Ajeitou as bolas na mesa e foi orientando como jogava.

_Você acerta a bola branca para lançar nos buracos as outras bolas, regras básicas, se você acertar a bola branca no buraco, fim de jogo. Use a bola branca para acertar as outras com menor número de tacadas. - parou um pouco vendo ela beber e resolve pedir  mais uma dose.

Sorriu depois daquele curso intensivo rápido de como jogar sinuca.

-Não se preocupe comigo, eu faço. Dezenove. - Sorriu a ruiva com o taco na mão depois de pedir uma cerveja.

A ruiva brincava com o taco na mão como se fosse um bastão comum. Brincando de fazer poses com ele, apenas para manter o clima divertido esperando Daniel começar a jogar. Queria aprender como se segurava, com isso o observou e tentou imitar seus movimentos, mas i taco era muito leve e acabava por errar a bola por ocontá da força q usava. Freya não era boa de mira assim.(ou estaria fingindo?)

A ruiva jurou debruçada sobre a mesa ainda tentando acertar a bola na sua rodada, estava se concentrando apenas nisso

-Acho que sinuca não é pra mim....

Ele deu um sorriso divertido vendo ela brincar com o taco.

_Parece aquelas lideres de torcida americanas.

Pegou o taco e fez a primeira tacada, dando a vez a ela para continuar. Fez um sinal ao garçom para trazer mais cerveja. Olhou-a surpresa quando ela disse ter 19.

_Ei você parece ter menos, mas como não implicaram vamos aproveitar.

Voltou a soltar uma risada com o jeito dela de tentar acertar a bola, chegou perto dela e resolveu ensinar.

_Você tem que segurar apoiando na mão assim.-mostrou a ela._E vou te mostrar, segura aqui na parte mais fina perto da bola.-Ele curva-a pela costa e seu rostos estava emparelhados, ele tinha um cheiro suave, não usava perfume muito forte, era mais a sensação de frescor de quem acabara de tomar banho. Falava perto do ouvido dela dando instruções.

Freya fechou os olhos quando farejou o cheiro de daniel, tão fresco e puro quanto um daqueles animais que havia caçado com sua "irmã" mais velha a Sara, as duas não se comparavam, sara Era dez anos mais velha que Freya então sempre foi sua "irmã mais velha", quando havia completado 5 anos, foi morar com sua família, seu pai era discipulo do pai de Sara, e a diferença de idade entre ela e seu pai nunca fora tão grande. mas não se comportavam como namorados, ao menos não na frente dela. Freya era quem mais dormia agarrada a Sara, mas era  ela que ia com seu pai caçar, e não a Ruiva.

Flashback escreveu:

-Não se esqueça, seja piedosa quando matar a sua presa, isso é tanto para os animais como para os vampiros, é de uma vez, e sem dor
- é realmente indolor?
- não, mas se for certeiro, ele não terá tempo de sentir

seus olhos esmeralda faiscaram num verde mais intenso, eles não se tornavam rubros igual a maioria dos vampiros, mas isso não significava nada, sua garganta ressecou e ela sentia a necessidade de se alimentar, mas ainda era cedo demais. a ruiva pendeu a cabeça para o lado em direção a Daniel, ajustando conforme as instruções dele, ajustando também o corpo, encostando suavemente contra o peito do rapaz enquanto tentava se ajustar para a tacada.

freya tinha uma leve fragrância levemente amadeirada, mas só daria para reconhecer o cheiro de perto, mesmo era algum tipo de perfume  masculino, que combinaria bem em um ambiente com charutos, mas em freya era algo que parecia ser dela, como se tivesse um espirito livre junto a natureza e teria este cheiro de madeira e terra úmida. a vampira se virou com seus olhos esmeraldas fixos nos olhos do rapaz tentando mostrar que havia conceguido acertar a bola, mesmo sem encaçapar nenhuma outra.

-acho que tive um progresso - sorriu um pouco tímida pela proximidade, e para fazer um pequeno charme

Daniel olhou-a tão próximo a ele, ficou sentindo aquele perfume, tão livre e tão bela imaginava o quanto ela deveria ser solta e depreendida. Perfume masculino, mas mesmo assim era tão sensual e provocante.

O contato dela com seu corpo fez ele viajar, estava já um pouco alto e sua mente começou a vagar na imagem dela em seus braços, desejou-a.

Sorriu afastando dela e seus olhos tinham um brilho diferente era quase hipnotizador.

_Sabem Miriam se continuar treinando vai acabar me dando aula...

Olhou em volta e percebeu que o pub tinha esvaziado um pouco, havia poucas pessoas no bar e a música tocava como certa leveza como quem embalasse preguiçosamente a mente daqueles que bebiam e riam entre as conversas despreocupadas.

_Me diga mas de você fico curioso como alguém tão bela anda a noite sozinha e sem uma companhia.. -Pigarreou e continuou após beber um gole da cerveja._Digo deve ter um namorado, não é