>:: Pub's Amadeus ::<

Relembrando a primeira mensagem :

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Pub's:

No subterrâneo de um pub, encontra-se um local clandestino onde humanos e vampiros se reúnem para desfrutar de bebida, música e pastilhas de sangue.

+ Nero

Depois de cansar de ficar sentado só observando, ele colocou a taça vazia da bebida e depois pediu uma taça de vinho tinto. Bebeu um gole do vinho, degustando, e passou a andar pela borda do salão. Ele sorriu. Aquilo tudo era bem diferente dos bailes que ele costumava frequentar quando era mais jovem. Aquela nova juventude... Eles tinham uma energia maravilhosa, uma força muito mais viva e eletrizante, uma maior vontade de viver. Apesar da qualidade do sangue ter diminuído devido a alimentação rica naquelas porcarias cheias de açúcar e gordura. Ele lembrava dos bailes, onde as pessoas usavam roupas suntuosas, aquele pó de arroz ridículo e aquela roupa desconfortável, apertada e cheia de frufrus... Talvez fosse por isso que ele nunca seguiu a moda naquela época. Nero inspirou fundo, aquele cheiro animal de desejo, diversão, suor... Aquilo sim era divertido. Ele amava a modernidade.

Nero se encostou em uma pilastra, ainda degustando o vinho. O que Lily faria se estivesse ali? Ele riu consigo mesmo. Ela já estaria louca no meio da pista dançando, mesmo sem ter posto nenhum gole de álcool na boca. Nero havia a proibido de beber depois que ela ficara bêbada e eletrocutou algumas pessoas na boate em que estavam. Ele teve um trabalho e gasto malditos para abafar aquele caso. O vampiro suspirou. A vampira era louca, ele sabia daquilo. Talvez fosse por sua culpa e o jeito que a criou, mas... Ele não se arrependia de pegar o seu pequeno troféu. Ele afastou aquelas memórias da mente. Era melhor não ficar relembrando aquele casal que ele havia matado a alguns anos atrás.

E era melhor que ele nunca trouxesse Lily ali. Ele não queria que a menina corresse o risco de se viciar naquelas pastilhas e lhe dar ainda mais trabalho. E também não queria que aquelas pessoas estranhas envolvessem Lillian na trama deles. Poderiam usar a menina contra ele depois. Era melhor que não soubessem dela, por enquanto...

Nero terminou a bebida e deixou a taça em cima do balcão. Ele já pensara demais. Agora tinha o direito de se divertir um pouco. Sorriu de lado e foi para a pista de dança aproveitar as companhias femininas. Será que seria interessante dançar daquele jeito com Alanis? Seria, ele tinha certeza que seria. Mas ela não estava ali, então ele se divertiu com aquelas jovens, sempre desviando-se de algum beijo ou mordida ocasional. Ele não queria ficar com o gosto e o cheiro daquelas jovens em si até escolher qual seria sua companhia naquela noite, e ele tinha quase certeza de que não seria nenhuma daquelas ali dançando com ele...

Alanis olhava a pista do camarote quando Arthur se aproxima e ao lado dela, ver Nero dançando com o grupo e sorrir no canto dos lábios.

_Olhe só quem diria que aquele nobre seria assim...-Alanis virou de costa em pista encostando na barra de apoio e sorria maliciosamente para Arthur. _Vai se acaba viado.

Arthur ainda olhava Nero com o brilho de desejo que não disfarçava mais.

_Art my love olha a babá tá escorrendo. -debochou dele.

_ Lanis minha doce venenosa amiga...vai te catar... -ele virou e desceu as escadas indo até a beira da pista olhando ele no meio daquelas jovens humanas que queriam ser uma das felizadas.

+ Nero

Apesar de tudo, ele foi atencioso e dançou com cada uma das jovens que esperava pela oportunidade de dançar com ele. Nero não economizava carícias, ou proximidade nas danças, nem sorrisos maliciosos. E quando a jovem da vez já estava louca com ele, o vampiro partia para outra. Piscadelas ocasionais também faziam parte de seu repertório de charme. Parecia um jovem entre os jovens, tão à vontade de sentia ali entre eles. Sentia que estava sendo observado mas sequer olhou para o camarote, fingindo que não se importava ou não sentia o olhar deles sobre si.

Ele viu Arthur aparecer na beira da pista de dança. Olhou bem o vampiro e riu, sorrindo para ele com as presas brilhando sob os lábios. Então deu as costas para o vampiro e voltou a dançar com as humanas, ainda rindo baixo. Vez ou outra olhava na direção de Arthur e sorria afiado outra vez, uma delas dando uma piscadela, como se o convidasse.

"Você quer.... vem buscar."

Arthur ainda observava dali estava na verdade admirando aquele ser, as provocativas que lhe mandava era realmente irresistíveis, mas ainda não queria se aproximar. Pegou uma bebida de um garçom que passava e tomou um gole.

Show time... Disse para si mesmo chegando em andar suave atravessando as pessoas dançando chegando perto e quase colando seu corpo ao lado de Nero, ambos eram da mesma altura e Arthur sussurra ao ouvido dele.

_sr Sorel está se divertindo?

Afastou o rosto, sua voz era suave e bem imponente, ele não queria parecer intimidar pelo contrário queria ser desejável a ele, seu corpo ainda estava muito proximo, ele volta a beber um gole da bebida.

+ Nero

Nero sorriu ao sentir a aproximação do outro homem, contendo o brilho vitorioso no olhar.

"Não conseguiu resistir, como o esperado..." pensou rindo consigo mesmo.

Ouviu o sussurro ao pé do ouvido e se arrepiou de leve, virando para encara-lo. Era a primeira vez que notava que o outro vampiro era da mesma altura que ele. Ouviu a pergunta e sorriu para ele, ainda com as presas de fora, mas os olhos continuavam no tom verde normal.

- Sim, muito... Acho que vou vir aqui mais algumas vezes, como cliente, digo - ele riu e pegou o copo da mão de Arthur, com um sorriso matreiro, tomando um gole da bebida. Havia gostado do tom de voz imponente que o outro usara. Seria interessante um joguinho de dominação para descontrair - Vuoi ballare con me, Arthur? - perguntou ao outro com uma voz sedutora, sem se afastar também.

Arthur sorrir a ele, realmente aquela provocação toda estava deixando-o cada vez mais doidinho para dar umas mordidas no Nero, fazia tempo que não encontrava alguém que deixava ele assim tão interessado.

Afastou um pouco e fez um gesto de reverência estendendo a mão para que Nero a pegasse e ambos embalassem naquela pista.

_Eu geralmente não faço esse tipo de coisa em serviço, mas como hoje é um dia calmo, claro que quero dançar.

Aproximou mais dele e seu rosto estava bem próximo ao dele.

_Sr. Sorel espero que possa vir aqui se divertir comigo...-Riu um tanto encabulado._Opa, conosco...rs

+ Nero

O vampiro olhou todo aquele gesto pomposo do outro e riu. Ao invés de pegar a mão de Arthur, ele agarrou sua cintura com a mão livre e o puxou em uma pegada. Deu um sorriso de lado e bebeu calmamente a bebida do copo na outra mão, que havia furtado do outro vampiro.

- Então vamos nos divertir, senhor responsabilidade - ele riu e aproveitou a proximidade dos rostos para se inclinar e mordiscar a orelha de Arthur, sussurrando - Com você... - deu outra mordiscada na orelha dele e o soltou, finalmente aceitando a mão dele, rindo.

Arthur arregala os olhos, aquele gesto repentino o pegou de surpresa, mas ele deixa-se levar e não impede de nada, pelo contrario ele queria era mais.

Sente um arrepio correr a espinha quando ele morde sua orelha, fecha os olhos sentindo a sensação, isso o perturba, pois naquele momento sentia-se na mãos dele, era um tanto incomodo pensar que ele não tinha o controle da situação. Nero era tentadoramente perigoso e ele não estava resistindo, iria encarar aquele delicioso perigo.

_O que posso dizer se não aproveitar a diversão...-Mordeu os lábios e desejou que ele o agarrasse novamente, queria sentir o toque e a pegada de novo.

+ Nero

Ele soltou a mão de Arthur, sorrindo e foi se afastando devagar para trás, sem romper o contato visual com o outro vampiro. Quando estava no meio da pista de dança, lambeu os lábios e jogou a trança para trás. Então ergueu a mão e apontou o indicador para ele, então acenou com o dedo o chamando, o convidando para perto dele com um sorriso sedutor. Assim que o vampiro se aproximou dele, Nero o agarrou pela cintura novamente e recomeçou a dançar, seguindo o fluxo da música. O rodeou, sem tirar a mão do vampiro, pondo-se por trás dele e colando o peito em suas costas. Cheirou a nuca de Arthur, deu um beijo em seu pescoço e mordiscou a sua orelha. Ele riu sussurrado ao ouvido do outro, apertando sua cintura e então roçou as presas no pescoço dele. Nero não queria seu sangue, aquilo apenas fazia parte de seus "passos" para levar o outro à loucura. Se Arthur teria de ser a "babá" dele naquela noite, então teria que aguentar o preço ou ceder a ele...

O que posso fazer se não me deixar seguir o fluxo? Ele se perguntava a medida que deixava ser levado por Nero, ele estava se divertindo as custas do desejo que estava em Arthur. Naquele momento esqueceu a ordem de Magnus, estava sendo ele mesmo.

Por que esse ser conseguia fazer sentir um monte de sensações que ele apesar de já ser vivido ainda não experimentava.

Seu corpo acompanhava os movimentos dele em uma dança sensual ao ritmo suave e marcante do jazz. Nesse momento sentiu as presas dele tocar a pele de seu pescoço, soltou um suspiro baixo. Ele estava completamente preso a a teia de Nero.

+ Nero

Era inegável o quanto Nero estava se divertindo naquela situação. O outro vampiro finalmente havia se soltado e ele pretendia fazê-lo comer na palma de sua mão até o fim daquela noite. Ao ouvir o suspiro, Nero sorriu vitorioso. Estava na hora de aumentar um pouco aquela temperatura.

Nero estendeu o braço com o copo vazio para que um garçom que passava o levasse, sem tirar a atenção de sua companhia. Após ter a mão livre do copo, ele tocou a mão de Arthur com a ponta dos dedos suavemente e foi subindo aquela carícia delicada lentamente por seu braço, seguindo o fluxo da música. Quando atingiu o ombro, voltou a descer por sua lateral, desta vez com a mão inteira, passando por sua cintura e descendo até repousar na parte de cima da coxa, onde apertou de leve. Ao mesmo tempo, a outra mão que continuava segurando a cintura de Arthur se aventurou por debaixo dos tecidos da roupa que o outro vestia, até sentir a pele pálida do vampiro sob sua mão agradavelmente morna como a de um humano.

Ele beijou outra vez o pescoço dele, desta vez de forma suave, quase carinhosa, enquanto arranhava de leve a cintura dele. Então mudou a postura subitamente para desestabiliza-lo e puxou Arthur para que ficasse de frente para si, amparando-o em seu peito. Ele encarou o vampiro, para prender seu olhar naqueles sedutores olhos verdes. Abraçou as cintura do outro com um braço, enquanto com a outra mão segurava no queixo de Arthur, sem desviar o olhar.

~ Diga-me, Artie... - Nero sussurrou com a voz rouca e se aproximou mais, tocando a ponta do nariz no dele, enquanto seu hálito morno acariciava a face do outro - Diga-me o que você deseja que eu faça com você... - ele se aproximou mais e passou a ponta da língua no lábio inferior de Arthur, provando seu gosto. Então se afastou somente o suficiente para voltar a encará-lo enquanto lambia os lábios e esperava pela resposta.

Arthur sentia cada gesto e cada toque dele, era uma sensação indescritível, estava se deixando levar. Levar pela onda sendo suavemente carregado pela correnteza de suas emoções. No fundo queria isso, ser levado arrastado se fosse preciso para longe daquele lugar.

A música, a bebida e ele ali lhe tocando invadindo seu espaço, sua sua pele, sim ao menos aquela vez não seria precavido, baixaria a guarda se entregaria.

Ouviu aquilo que queria ouvir dele, seria assim então deixaria ele fazer o que quiser dele. Seus lábios sussurraram a resposta a ele:
_Beije-me!

+ Nero

O vampiro sorriu para ele e riu de leve. Ele agora era todo seu. A mão que estava no queixo de Arthur deslizou em uma carícia por sua bochecha e continuou até segurar sua nuca e seus cabelos. O puxou mais pela cintura e se inclinou para frente para beijá-lo. Primeiro de uma forma mais voraz, estonteante, até que estivessem sem fôlego. Nero não se importava de estar no meio da pista de dança beijando outro homem depois de ter provocado várias mulheres. Ele era mesmo bi e estava seguindo seu plano. Precisava conquistar a confiança de Arthur caso quisesse descobrir algo mais sobre Magnus e aquelas pílulas. E além disso... Arthur até que era bem atraente. Não seria sacrifício algum estar com ele. Esperava se divertir muito, na verdade...

Depois daquele beijo quente de tirar o fôlego, o beijo foi suavizando, lento e gostoso. Se afastou, com um sorriso nos lábios e o conduziu o segurando pela cintura para fora da pista de dança. Encostou ele em uma pilastra e voltou a beijá-lo com ardor, colocando uma perna entre as suas. Terminou o beijo e o olhou com os olhos brilhando de malícia.

~ Por que não vamos para um lugar mais reservado? Minha casa, talvez...? - murmurou e mordiscou o lábio inferior de Arthur - A menos que ainda esteja de serviço, é claro - ele debochou.

Não era louco o suficiente? Sim era louco, ele queria isso. Passou sua existência em servidão e ao menos aproveitaria dessa vez. Sentiu atraído por Nero desde a primeira vez que o viu e a medida que ficavam mais próximos a atração aumentava, ele lembrou de si, de como era antes de sua vida cair em desgraça. Era como ele, poderoso, altivo e sempre no comando de tudo, dos seus atos, de todos era um nobre influente... era poderoso, mas tudo mudou...

O beijo dele tirou seu fôlego, sua percepção, seu pose diante dele e ainda estava desnorteado quando recebeu o seu convite para irem a sua casa.

"Querido vou ao inferno com você... "- Pensou ainda sem se concentrar até mesmo nas suas palavras.

Encostado naquela pilastra ainda tonto pelo beijo, levou a mão e pegou aquela traça puxando um pouco para ele afastar seu rosto.

_Trabalho sim eu tenho, mas ...-Virou o rosto fazendo um certo charme._Posso dar um jeito de escapulir.

Olhou em volta procurando por ela, Alanis.

_Me dar alguns minutos? - Se afastou dele._Me encontra na entrada.

Não queria se soltar dele na verdade, mas precisava arrumar um jeito de sair antas e Alanis iria lhe dar cobertura, então caminhou a contra gosto saindo de lá e voltando aonde sabia que ela estaria.

Ao chegar no camarote ela estava bebendo com um vampiro e se divertiam, mas assim que ela ver Arthur pede ao mesmo para esperar e vai até ele.

_Me cobre dessa vez?-Ele juntou as mãos como prece e fez um olhar de piedade a ela, claro que estava de brincadeira a ela.

_Ah sei, pegou o cara...rs-Ela riu e bebeu um gole da taça em sua mão.

_Ele chamou para ir a sua casa, minha nossa como beija bem, imagina o resto ... -Arthur estava visivelmente empolgado.

Alanis bebia novamente, sendo que a expressão mudara, era mais séria e olhou ele por cima do copo enquanto virava em mais um gole.

_Artie... Você deveria ficar aqui com ele, há camarotes reservados para isso.-Ela anda mantinha a expressão séria.

_Eu sei, eu sei... Mas qual lugar melhor para descobrir sobre ele? -ele tinha um brilho nos olhos.

_Ah não...Você se apaixonou por ele...-Ela falava em um tom chateado e desaprovador._Eu ainda avisei a Magnus que você não está preparado para esse tipo de coisa.

_Apaixonar...Claro que não, só estou excitado, dou conta não se preocupe.

Ele se afastou para sair e encontrar com Nero, sem antes ouvir dela:

_Louis... Não vai fazer nenhuma loucura meu irmão.

Ele parou segurando a maçaneta da porta, ele sabia que quando ela o chamava assim era por esta muito chateada.

_Não se preocupe irmã, tenho tudo sobre controle.

Abriu a porta e saiu rapidamente atravessa o salão indo até a saída, pega seu sobretudo, vestindo ao sair toma o rumo da porta onde levava a rua e lá fora ver Nero.

_Sr Sorel espero não ter feito esperar tanto...-sorriu.

+ Nero

O ruivo gemeu baixo quando Arthur puxou sua trança, fechando os olhos de leve, não por dor, mas por prazer. Ele riu quando o outro o afastou e do jeito dele tentando fazer charme.

- Quantos precisar, Artie - ele sorriu e deu ao outro o tempo que precisava. Ele ajeitou a trança que o outro havia puxado, arrumou o amassado das roupas e se dirigiu para a saída do pub.

Ao passar por Vincent, ele deu um largo sorriso ao outro vampiro e passou por ele, subindo até a parte de "fachada". Ele olhou para o humano que o havia atendido quando chegou, com um sorriso nos lábios, mas o olhar semicerrado. Havia pegado uma sisma com ele. Será que Magnus ficaria muito irritado se um dos funcionários desaparecesse? Bem, não era hora para pensar naquilo. Ele iria se divertir naquela noite. E agora precisava ir buscar a moto antes que Arthur voltasse. Nero foi até a outra rua onde havia estacionado o veículo e voltou até a frente do estabelecimento, esperando o outro vampiro voltar.

- Não, não fez - ele sorriu ao ver o outro e lhe estendeu seu capacete, ele não parecia se importar em usar aquilo - Vamos?

A noite cairá rápido e ambos rodavam naquela bela moto e sentindo o vento no rosto, Arthur queria no fundo que aquele momento fosse real mas tudo era apenas um sonho e viver aquilo era impossível para ele. Assim que avistou o pub suspirou frustrado e pensou:"de volta a realidade"

Ao parar a moto o ruivo esperou que ele descesse e pegou o capacete.

_Vou entrar agora.

Andou até a porta passando por onde o barman estava preparando as bebidas, ali naquele local era um disfarce para os visitantes comuns, mas ninguém podia imaginar que era uma boate clandestina onde vendia drogas.

Nero aparentemente o seguiu, mas ele não questionou-o apenas foi ate o local e assim que entra da de cara com Vincent.

_Ola Vini.-Arthur apenas fala isso sem olha-lo.

Alanis estava sentada em um dos bancos perto do bar ainda sendo abastecido por alguns garçons.

_Oi... Magnus está... ?

Antes que ela o respondesse Magnus o chama de um dos camarotes.

_Arthur meu jovem, que bom que chegou preciso de seus serviços.

Olhou Nero entrar e foi logo chamando-o.

_Ah sr Sorel, que bom que está aqui, ia mandar lhe chamar, assim que eu conversar aqui com meu assistente estarei disponível para nossa conversa, com sua licença.

Arthur seguiu Magnus sem olha para Nero apenas entrou e fechou a porta.

Vincent ajudava a descarregar alguns engradados de bebidas e Alanis olhava Nero enquanto folheava uma revista, sorriu a ele e voltou a concentrar em sua leitura.

*************

Magnus olha Arthur como quem estivesse analisando-o, isso deixava o jovem vampiro tenso, não gostava muito do silêncio que vinha antes da tempestade.

_Então... Tem algo para me dizer?

Ele olhava atentamente, mas sabia que ele não iria mentir para si.

_Ao que parece ele tem interesse em entrar para os negócios, tem um castelo fora da cidade, tem bens e posses e é muito bem relacionado em vários países.

Enquanto Nero dormia Arthur usou seu dom para tirar informações de seus empregados, era fácil para ele controlar mentes fracas e assim pode saber de mais detalhes da vida de Nero.

Só não gostou muito de saber das orgias... esse detalhe melhor nem pensar ... *pontada de ciúmes*

_E outros como ele, digo família ele chegou a falar?

Arthur pensou um pouco, sentiu certo receio, mas continuou a falar o relatório sobre Nero.

_Ele tem uma filha, mas atualmente não mora com ele, pelo que contou-me esta estudando em um colégio interno, só não falou aonde.

_Interessante, filha né...?

Magnus caminhou pela sala pensativo e chegou perto de Arthur.

_E a sua impressão dele?

_Como sempre e como todos que procuram esse tipo de negócio, ele tem interesses, mas a sensação é que há algo além.

Magnus ainda olhava Arthur, era desconfortante para ele esse olhar, estremeceu por dentro, não queria que Magnus notasse que Nero mexera com ele.

O homem caminhou um pouco mais e tocou a face do jovem vampiro com as duas mãos e sorriu.

_E quanto a você, ele gostou de vós?

Arthur engoliu seco, essa era a pergunta que não queria responder, mas se viu obrigado a dizer:

_Ele demonstrou muito interesse por mim, mas não sei dizer se é gostar ou não.

Magnus ainda segurava o rosto de Arthur por uns instantes, analisando-o, o jovem vampiro queria sumir dali, ele estava começando a ficar apavorado.

_Muito bem... Continue a se encontrar com ele, será de muito boa valia se isso aflorar nele.

"Não... "-ele queria gritar que não queria continuar.

_Agora vá, temos muito o que fazer até Amadeus abrir, quando sair peça para sr Sorel entrar.

Arthur faz um gesto com a cabeça e sai do camarote, desce as escadas e encontra Nero.

_Magnus deseja lhe falar sr Sorel, se me dá licença tenho algumas coisas a resolver.

Arthur deixa Nero e some pelas portas dos fundos da boate.

+ Nero

Ele seguiu com Arthur, trazendo-o de volta àquele inferninho de luxo. Mesmo que o outro não gostasse da idéia, Nero o seguiu com um sorriso despreocupado no rosto. Só deu um olhar sismado ao mesmo atendente humano no bar de faixada, mas não parou, continuou a seguir estabelecimento a dentro.

Assim que desceram, ele cumprimentou Vincent com um aceno com a cabeça. Não iria provocar aquele brutamontes em um lugar fechado e com muito álcool perto, ou algum acidente poderia acontecer...

Ele cumprimentou Magnus e então se sentou preguiçosamente em uma cadeira. Quando Alanis sorriu para ele, Nero deu um sorriso afiado de volta.

Ele analisou Arthur quando o vampiro veio o chamar, mas não demonstrou nenhuma emoção a mais com aqueles outros dois ali. Seria sinal de fraqueza se o vissem demonstrar carinho pelo outro. Ali, na toca da raposa, ele seria profissional. Se levantou e foi para a sala de Magnus sem olhar Alanis ou Vincent.

- Magnus - ele fechou a porta atrás de si e só se sentou depois que o outro permitiu - O que deseja tratar comigo?

Magnus estava sentado conferindo alguns documentos e assinando outros papeis.

_Então, sr Sorel acredito que irá gostar de que tenho a lhe propor. -Magnus olhou o vampiro um momento e voltou a falar. -Tem condições de ser anfitrião de uma festa?

Ele sorriu e continuou:

_Vou lhe esplicar, esta sabendo do novo sangue puro que esta na cidade, ao que parece é o irmão da Princesa Kuran e ele irá assumir o governo dos vampiros... -pegou um copo com água e deu alguns goles.-Deseja beber algo, posso pedir que lhe sirvam... Hanabusar é um dos nobres mais influentes dessa cidade e esta querendo proporcionar uma apresentação a sociedade vampirica desse novo sangue puro.

Apontou para Nero e completou:

_Então é a hora, sr Sorel de se apresentar e oferecer ao Hanabusa sua hospitalidade e fazer com que essa festa seja patrocinada por vós...-Gesticulou um pouco com as mãos._Não se preocupe com gastos, Amadeus irá bancar tudo...Meus empregados estaram lá para lhe ajudar.

Ele fitou o vampiro por um momento a espera de sua resposta, sem antes completar:

_E quanto ao seu encontro com Hanabusa, isso será previamente ajeitado, e poderá fazer amizade com ele.

+ Nero

Ele ergueu as sobrancelhas em surpresa diante da proposta. Uma festa? E ele queria que Nero fosse o anfitrião? Não ia prestar... As únicas festas que Nero havia sido anfitrião terminaram com lápsos de memória e ressacas que derrubariam até um puro sangue. Ainda assim, ele sorriu.

- Sim, tenho condições.

E agora a notícia que muito o interessava. Então havia realmenteum sangue puro na cidade e, quem diria, o príncipe dos vampiros?

- Não, obrigado - ele recusou a bebida. Ainda estava grilado com o jeito que Arthur tomava aquelas pílulas, não queria uma bebida drogada depois daquilo.

Ele ouviu então a proposta. Aquilo era interessante. Nunca tinha visto o tal Hanabusa, mas já tinha ouvido falar daquela família. Os puxa-saco da realeza.

E bem... Nero tinha condições de bancar aquela festa, mas se não fosse sair do bolso dele, melhor. Quem sabe não poderia se divertir com aquela proposta... seu sorriso aumentou.

- Será interessante. Eu farei isso.

Magnus sorriu ao ver que seus planos estavam caminhando conforme o esperado.

_Muito bem, será muito interessante sr Sorel se conseguir fazer amizade com esse sangue puro.

Magnus analisou o vampiro ali sentado e voltou a falar:

_Marcarei seu encontro com Hanabusa ainda essa semana.

Ele olhando por cima de seus óculos.

_Logo voltarei a contacta-lo, provavelmente meu assistente irá acompanha-lo.

+ Nero

"Sim, será muito interessante fazer 'amizade' com esse sangue puro" Nero pensou.

Ele imaginava como seriam aqueles vampiros japoneses. Teria que praticar sua etiqueta. Aqueles vampiros deveriam ser ainda mais chatos e disciplinados que aqueles velhotes europeus.

Quando Magnus mencionou o assistente, ou seja, Arthur, ele teve que se controlar para não esboçar nenhuma reação. Ele teria lambido os lábios e sorrido largamente em outra ocasião, mas apenas sorriu preguiçosamente para Magnus.

- Creio que ele seria adequado para me auxiliar - seus olhos brilharam perigosamente.

Magnus olhou alguns papéis e respondeu sobre o assistente.

_Sim ele já estudou sobre a nobreza local e também sobre os Kurans e pode auxiliar também na preparação dessa festa.

Colocou os papéis na mesa tirando os óculos olhando Nero dali.

_ Ele tem os contatos e com certeza irá propícionar o encontro com Hanabusa e o resto é com o senhor.

Ele levantou e estendeu a mão para apertarem e firmarem aquela parceria.

_Vamos expandir esse negocio é cativar a nobreza local... rs

Após isso Magnus pega o telefone e envia uma mensagem.

_Bom preciso ir, negócios me chamam, qualquer coisa e o que precisar fale com Arthur ele me transmitirá as informações.

Sai do camarote e deixa Nero ali. Pouco minutos depois Alanis entra e olha Nero dos pés à cabeça anda até o bar pegando algo e volta para a porta saindo sem antes dizer:

_Eu não vou tolerar se Arthur sofrer qualquer decepção.

Fecha a porta e sai sentindo que aquele vampiro era realmente perigoso e que faria de tudo pra evitar que Louis se envolvesse mais ao ponte de se arrepender.

+ Nero

"Ainda tenho muito o que aprender sobre esses Kurans e as famílias nobres daqui... Mas eu dou conta" pensou enquanto se levantava e apertava a mão de Magnus.

- Ótimo. Creio que precisarei ocupar um pouco o tempo de seu assistente. Ainda não estou familiarizado com as famílias daqui e não quero arriscar cometer um erro - falou sério. Etiqueta dali, costumes, a hierarquia daqueles nobres. Sim, era muita coisa para aprender em pouco tempo.

Ele ainda estava com a cabeça cheia daqueles pensamentos quando Alanis entrou e o tirou dos devaneios com aquela frase inusitada.

- Oi? - perguntou, meio desconcertado. Então se recompôs. Arthur sofrer uma decepção? E o que ela tinha com aquilo? Nero ergueu uma sobrancelha. Seria despeito por ele ter escolhido o outro ao invés dela na noite anterior? Ciúmes transformado em raiva? Ele riu. Poderia provocá-la um pouco mais...

Mas teria que ter foco naquele momento. Ele se levantou e saiu do camarote. Tinha que procurar Arthur e começar o seu serviço. Deu um olhar de pouco caso para Alanis e foi até Vincent.

- Pode me dizer onde está o Arthur? - perguntou até educado.

Arthur acabar de trocar a roupa, ele havia chego e a primeira coisa a ser feita era tirar aquelas roupas com mais de 24 horas.

Enquanto tomava o banho ficou pensando na conversa com Magnus antes, ele escondera o paradeiro da filha de Nero. Se perguntava por que fizera isso, mal conhecia Nero e a jovem então... Sentiu que não deveria por enquanto dizer, achava injusto ter que envolver pessoas inocentes naquele mundo obscuro que estava.

"Lembro-me de ter vendido a alma, não o carácter..."

Após o banho decide vestir algo mais informal, lembrou de Nero nesse momento, que resmungou para ele não ser tão informal, deu um leve sorriso, ajeitou o cabelo fazendo um rabo de cavalo e pegou alguns documentos que verificaria com Magnus

Roupa de Arthur:

Caminhou pelo quarto quando tropeçou em uma ponte de uma caixa embaixo da cama, ele abaixa e apega vendo que era seu violino, fazia muitos anos que não tocava, aliás desde a morte de sua mãe, ele nunca mais tocou, abriu a caixa e passou os dedos nas cordas estavam desafinadas, retirou e sentiu vontade de tocar novamente. A sua mãe sempre dizia que a música purifica a alma, era verdade quando tocava aquele violino lembrava dos tempos felizes com ela.

Spoiler:

Ensaiou uns acordes para se recordar e perceberá que poderia continuar, olhou a hora ainda havia alguns minutos de sobra, assim começou a tocar com uma graciosidade de suas mãos que levemente passava a vareta nas cordas emitindo aquele som harmonioso.

Spoiler:

***************

Vincent olha Nero por uns instantes, mas não era por encarar e sim por na certa está pensando aonde e como dizer a ele sobre Arthur. Vincent não era lá muito inteligente e tinha uma certa grosseria em falar com as pessoas, mas muitos que o conheciam já haviam acostumado com esse jeito dele.

_Ele está na adega, cabeça de fogo...-Apontou a porta e resmungando essas palavras e saiu carregando no ombro umas caixas que pareciam pesadas.

Nero se dirige então ao local e ver que estava vazia, mas um som longe lhe desperta atenção, seguiu até a uma escada em espiral que descia mais ao subsolo, lá no final dela deparou-se com um corredor, seguia a música, era violino e o som era majestoso atraente e ousado.

Spoiler:

A porta do quarto estava entreaberta e Arthur ainda tocava sem se ligar que estava sendo observado, seus olhos estavam fechados e lagrimas escorriam a face.

Quarto de Arthur:

+ Nero

Ele encarava Vincent, meio impaciente pela demora da resposta. No entanto, ele não conseguiu não rir pelo jeito espontâneo que o outro o chamara.

- Obrigado... grandão - ele saiu rindo na direção que Vincent apontou.

Mas quando chegou, o local estava vazio. Ele resmungou. Não conhecia o lugar e nem tinha paciência ou insensatez para sair procurando por todos os cantos dali e correr o risco de ser pego. Porém, um som capitou sua atenção. Uma música... Violino? Não deveria estar vindo do bar, aquela melodia não era jazz. Então de onde estava vindo? Aquilo alfinetou sua curiosidade. Deveria ir atrás da origem do som? É, talvez ele não fosse assim tão sensato. Se o pegassem diria que se perdeu.

Ele seguiu a melodia, andando o mais furtivamente que conseguiu, até chegar a uma escada espiral. Olhou para os lados. Como não havia ninguém à vista, desceu a escadaria. Então um corredor por onde a música vinha, cada vez mais alta, como se estivesse chegando em sua origem. Se aproximou devagar. Era uma bela música. Nostálgica. Não era o tipo de música que ele costumava ouvir naqueles tempos modernos... Lembrava-o de quando ainda era um adolescente que não tinha muitas preocupações a não ser frequentar os bailes e manter a etiqueta... Era uma época chata, mas a música - essa música - era boa.

Seguiu ainda mais curioso e finalmente parou diante da porta do quarto. Olhou pela fresta, vendo aquele pequeno e belo cômodo impecavelmente arrumado... e Arthur. Nero paralisou na porta. Artie parecia tão compenetrado naquilo, tocando com tanta emoção, tanta paixão e, parecia, tanto sofrimento que só um instrumento como aquele poderia externar.

Não soube como reagir. Se devia ir embora ou se deveria entrar e elogiá-lo com um sorriso galante... Mas tudo o que conseguiu foi ficar ali parado. A música linda e a visão dele chorando causaram uma confusão dentro do ruivo. Ele sentia o ímpeto de se aproximar e secar as lágrimas daquele vampiro, enquanto outra parte dele ria, o chamando de tolo e mandando ir embora. Ele engoliu em seco e se afastou, encostando-se na parede ao lado da porta, fechando os olhos. Que merda estava fazendo? Deveria ir embora e fingir que não tinha visto aquilo. Começava a se arrepender. Não deveria estar pensando ou sentindo nenhuma daquelas coisas. Estava com raiva de si mesmo por se permitir abalar daquele jeito por causa de uma música estúpida.

Ele continuou ali, nervoso, de olhos fechados e encostado na parede, uma confusão de sentimentos em forma de vampiro.