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Relembrando a primeira mensagem :

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Local de apresentações culturais e artísticas
Eventos e palestras Educacionais.

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A limusine branca a deixou em frente ao prédio e a jovem Tohru desceu, parando em frente, receosa. O olhar perdido em lembranças ternas de seu amado Marshall e seu pequeno Katsuya e também por tudo o que haviam passado até então...Jamais imaginava ter que voltar a uma Academia Cross depois de tudo, mas ali estava...O Conselho assim o exigia.
Andou lentamente até o auditório, ainda imersa em lembranças. Não se sentia mais a mesma Tohru de antes. Será que encontraria conhecidos, seus queridos amigos Lohanne, Sakura, Charles, Arashi-san... Será que a reconheceriam? Seu olhar estava mais maduro e triste, mas ainda brilhava de esperança, conseguia sorrir para uns poucos que a cumprimentaram. A expressão, um pouco distante, procurando não demonstrar a tempestade de emoções que a assolava.
"Não demonstre medo...Mantenha-se sempre forte e serena." - foram as lições de Yuriev.
Engoliu em seco. Não queria lembrar dele, mas era impossível.
Parou na entrada do auditório. Queria que Marshall chegasse logo... Seria mais fácil com ele ali. viu alguns rostos conhecidos e sorriu, indecisa se devia ir falar com eles. Se lembrariam dela? Como a receberiam?
Sa-chan...Hauro-kun, Freya-san...Charles-kun...Ora, está diferente...Bom, na verdade, depois de tudo que houve nenhum de nós continua o mesmo... - pensou Tohru, olhando seus amigos.

-De forma alguma. Ainda sim, creio que fui um tanto indecorosa.

Yukihime notou a tensão da jovem e aí notou que ela não fora a única a sentir o cheiro e sentir sede, notando pela primeira vez o vampiro de luvas e por fim, seguindo o olhar dela para a presença esmagadora. Segundo o que lhe passaram, uma energia como aquela só poderia advir de um sangue puro. A tensão da humana parecia ter aumentado, teria medo unicamente por aquele ser um vampiro do mais alto rank? Ou eles se conheciam e tinham algum passado traumático para a jovem.

A segunda opção parecia mais plausível com a reação. Podia não conhecer o mundo de fora, mas tinha duas décadas e meia de vida e era uma mulher como ela para entender que ela parecia tensa por conhecer aquele sangue-puro.

-Noto que a senhorita parece ter algum problema com o sangue-puro. Podes usar minha presença como disfarce se desejar.

Makie escreveu:: - não sei se eu gostaria de ser monitora novamente Hauro-kun, me lembro de quando ajudava, e nunca deu muito certo isso

desencostada da pilastra ao lado de hauro, a ruiva caminha se reposicionando, sua mochila estava praticamente vazia, apenas uma garrafa d'água, seus documentos e um caderno de anotações, o de sempre, mas não era como "sempre" não desta vez, as pessoas que teve que deixar para trás por um tempo, mesmo com promessas... talvez as coisas tivessem sido diferente, talvez sem algumas responsabilidades... mas quem seria o culpado afinal?

-não se preocupe com isso Hauro-kun, eu não estou tão preocupada se eles estarão aqui ao final das apresentações, me preocupo mais em saber se sobreviveram ao holocausto que houve

Freya sorriu, em seguida coçou os cabelos com uma das mãos levando a outra a cintura, quando então é surpreendida por um abraço por trás, reconhecendo aquela aura e a voz, sorriu cheia de felicidade enquanto tentava se equilibrar para não cair sobre hauro e as cadeiras, mas estava mais feliz do que preocupada em não cair

- hey liriel-chan, não quer passar vergonha caindo no primeiro dia da escola não é?
esperou que sua amiga a soltasse, mas respondeu de imediato, se virando para abraçar apropriadamente liriel.

- claro que sim Hauro-kun. afinal você já viu algum monitor que não se mete em confusão vez ou outra?
com um sorriso sincero e um abraço apertado, os medos se foram num piscar de olhos. ainda faltava um, mas este nunca era pontual, essa não seria uma exceção.

- Li'l-chan, espero que possamos ficar novamente na mesma turma, caso o contrario, precisarei de um uniforme novo

- . . .

"Holocausto... por que minhas memórias não alcançam esse evento? Eu participei dele? Não consigo me lembrar..."

- Tenho certeza que estarão aqui... eles são fortes... todos eles...com certeza sobreviveram e vão nos encontrar...

Me encosto na minha cadeira deixando Liriel e Freya se abraçarem. Era bom ver Freya sorrindo... fazia tempo que não via o sorriso de pessoas queridas.

-Bom nós treinamos para sermos capazes de dar cascudos em quem sai da linha, seria algo desnecessário o serviço de monitor se não tivessemos uma confusão aqui ou outra ali...

Respondi rindo, mesmo o fato não ser uma coisa para se rir, mas estava feliz por estar ali. Agora restava o retorno da Samurai Baixinha e da Irmãzinha... o jovem Marshall também me fazia falta, sinto saudade das horas de treino que fizemos juntos.

Deixando Liriel e Freya confraternizando me levanto da cadeira olhando ao redor, e ao avistar um rosto conhecido a distancia (Tohru) faço um gesto com a mão para ela se aproximar, afinal ainda tinha umas cadeiras ali e sempre é bom rever rostos conhecidos.

"Estranho... ela não está com o Marshall... melhor não perguntar... sobre ele... seria indelicado a pergunta caso eles tenham terminado o namoro..."

-Psiu... Tohru-san!

Assobiei na direção dela tentando chamar-lhe a atenção e voltei a acenar para que ela se aproximasse.

-Por aqui o/

Ser discreto, certamente é uma das coisas que Hauro sabia fazer falhando com maestria!

Makie escreveu:: Freya sorriu, em seguida coçou os cabelos com uma das mãos levando a outra a cintura, quando então é surpreendida por um abraço por trás, reconhecendo aquela aura e a voz, sorriu cheia de felicidade enquanto tentava se equilibrar para não cair sobre hauro e as cadeiras, mas estava mais feliz do que preocupada em não cair

- hey liriel-chan, não quer passar vergonha caindo no primeiro dia da escola não é?
esperou que sua amiga a soltasse, mas respondeu de imediato, se virando para abraçar apropriadamente liriel.

- claro que sim Hauro-kun. afinal você já viu algum monitor que não se mete em confusão vez ou outra?
com um sorriso sincero e um abraço apertado, os medos se foram num piscar de olhos. ainda faltava um, mas este nunca era pontual, essa não seria uma exceção.

- Li'l-chan, espero que possamos ficar novamente na mesma turma, caso o contrario, precisarei de um uniforme novo

_Frey-chan, gomene... È que estava tão ansiosa por voltar que me empolguei.

Olhou para Hauro e perguntou:

_Quem é esse?

Virou para Freya e ainda empolgada percebe que somente ela estava com o uniforme da Day class>

_Só eu de uniforme... ahhh...Eu ainda sou da Day class e monitora u.u

Olhou em volta e procurou a Diretora, avistando-a ao longe com um outro homem.

_Temos nova direção, espero que esse ano seja calmo... Sinceramente não queria ter que entrar em uma batalha ou algo do tipo.

Juntou as mãos em prece.

_Kamisama... Um ano tranquilo e calmo...

"Ts... em uma escola rodeada de vampiros... como é ingenua u.u" _ Voz de Angelus em sua cabeça foi um balde água fria em sua empolgação.

_Arrr... Angelus estraga prazer u.u

Sorriu a Freya que na certa deve acha ela louca.

Tohru viu Hauro-san tentando chamar sua atenção de modo um tanto enfático e corou, mas sorriu pra ele, indo até lá.
- Como vai, Hauro-san? Muito bom vê-lo de novo. - sorriu, gentil como sempre.- Fico muito feliz que esteja bem. Marshall ficará feliz em saber que está aqui também.

Se ele observasse a mão esquerda de Tohru veria sua aliança. isso provavelmente o deixaria chocado e surpreso, mas Tohru não queria mais esconder isso de ninguém.
- Vejo também Sakura, Charles e Freya...Fico tão feliz que todos estejam aqui...- disse , com a voz embargada de emoção.- Espero que possamos ter um pouco de paz depois de tanta coisa...

Liriel escreveu:: Olhou para Hauro e perguntou:

_Quem é esse?

-Horong Hauro, prazer em conhece-la também Liriel-Não sei seu sobrenome-chan! Pode me chamar de Hauro apenas inclusive.

Respondeu com um sorriso deixando-a matar a saudade de Freya.

Assim que Tohru se aproximava, de minha atenção a jovem. E me surpreendo com ela mencionando Marshall, ao menos era a confirmação que ele também havia sobrevivido os eventos passados.

-Fico feliz de saber que vocês estão bem!

Sorrio e percebo a aliança na mão dela

-Muito feliz mesmo, e meus parabéns!

Disse, cumprimentando-a com um aperto de mão na mão da aliança.

"Que bom, ela está feliz e com uma aliança, então ele está vivo..."

-Sente-se conosco por hora, assim não ficará isolada e....

Citação :: - Vejo também Sakura, Charles e Freya...Fico tão feliz que todos estejam aqui...

- O Charles tá mais a frente com o camarada de cabelos rebeldes olhando pra ele... não sei se é um inimigo... mas pela falta de "aura Assassina" deve ser apenas um rival ou fã...

Apontava em que direção tinha visto a dupla de vampiros

- Essa pessoa rezando na frente da Freya-chan é a Liriel-não fomos devidamente apresentados-chan, pelo que entendi ela é amiga da Freya-chan ...

Ri um pouco de minha ultima frase, e voltei minha atenção novamente a Tohru.

-Você disse que vu a Sakura por aqui... eu ainda não a vi, poderia me dizer em que direção você viu ela?

Tentava disfarçar a preocupação com Sakura, sem muito sucesso já procurando a Tsukino em meio aos alunos.

-Seria bom se nos estivéssemos todos juntos quando a diretora apaixonada começar a fazer seus anúncios.

Me levanto dando espaço para Tohru sentar enquanto coloco minha mochila/saco de pancadas em cima de 3 cadeiras reservando-a a 3 pessoas.

-Bom, aqui tem lugares para Sakura-chan, Lohanne-Chibi e Marshall-kun. Espero que eles cheguem logo.

Olhava mais uma vez o auditório sem achar Sakura

"O que você ta fazendo irmãzinha seus amigos estão te esperando...''

-Sakura...

O chamado ressoava quase perdido no ar em um tom de choque, enquanto todo meu corpo permanecia parado em incredulidade. Sakura... Não podia ser... Ela estava morta e era tudo que me lembrava daquele tempo. Do meu corpo correndo no antigo uniforme azul da turma diurna, do seu grito, da cara daquele maldito e do prazer enorme que fora me deixar levar e rasgar sua carne em frenesi depois que a menina desvanecera por um motivo egoísta qualquer. E depois veio a dor. Não uma dor qualquer. Um apertar no peito que mal eu sabia o que significava e a loucura, a sede de sangue a me consumir, para a qual eu sucumbia afim de evitar as alucinações e aquelas lembranças. E aquele rosto. O rosto da menina a minha frente.

-Sakura.

Chamei de novo, vendo seus olhos me encararem, enquanto toda minha garganta queimava em uma brasa tão desconfortável e sedenta que mal conseguia manter o controle diante de seu cheiro. Muito embora achasse que aquilo tinha muito a ver com o álcool e também outras coisas. Pensando bem... Aquilo também não poderia ser uma alucinação?

Mas não era. Podia ver seus olhos. A forma com que me encarou e como aquilo me irritou, só fazendo minha garganta arder mais diante da raiva. Como aquela maldita nanica podia fazer questão de me ignorar? O pensamento veio rápido como um ultraje a um vampiro orgulhoso. E, em teimosia, meu pés finalmente destravaram, voltando a se aproximarem dela e da vampira que lhe acompanhava.

-Não sabia que tinha ganho gosto por me ignorar e brincar de se fingir de morta, baixinha.

Ouvi minha voz falar em tom um tanto incisivo e talvez até provocante. Talvez realmente minha irritação estivesse exaltada pela bebida. Ou isso fosse apenas um sistema de defesa e minha mente não conseguisse entender que a garota estava realmente em minha frente e não era mais uma daquelas alucinações.

O que fazer quado não se tem ideia de como as coisas podem ficar ruim? Precisava desse conselho agora, pois sentindo o quanto Charles ainda pesava sua energia e sua sede sobre mim eu sabia que logo tudo ia desandar.

Ainda não entendia como aquele desgraçado estava ali. Não esperava encontrá-lo, eu rezava para não encontrá-lo mas por uma piada dos deuses ou do destino eu o encontrei. Alguém certamente estava tentando provar minha determinação, provar minha raiva

E era isso que eu sentia: Raiva.

Raiva por tudo o que eu sabia que ele havia feito, comigo e com os outros. Por ele ter me enganado e por eu ter me deixado enganar. Eu fui seu jogo, sua brincadeira e quando cansou só quis se livrar...

Mas eu não era mais a mesma, não era a Sakura boba, ingênua. Dentro todos eu tinha certeza: Eu era a que havia mais mudado.
Por isso, quando Gin'u se ofereceu para mascarar-me balancei meu rosto ainda olhando para frente e vitando voltar a encarar Charles.

- Ele já me viu...isso não vai adiantar... - sua voz estava mais séria, claramente desconfortável. - Gomenasai, Gin'u-san, mas por favor, não se meta nesse assunto...

Talvez houvesse sido grossa com a garota? Sim. Mas não minha culpa, ele havia estragado todo o meu humor. E admito, piorou mil vezes depois que ele se aproximou e me dirigiu a palavra. Por que ele estava falando comigo?

Continuei na mesma posição, encarando o salão à frente, ainda sentada com as pernas cruzadas e as mãos enfiadas por debaixo do moletom. Ele não ia conseguir o que queria. Seja lá o que fosse.

- Você não sabe muitas coisas... - eu se quer me dei ao trabalho de olhá-lo. - Não tenho assuntos a tratar com você, Lutont, então não há por quê de iniciar uma conversa...

Por dentro eu fervia como uma caldeira no inferno, mas por fora, consegui manter a mais impassível das expressões. Um grande evolução para mim, comparada a uns anos atrás, que se quer conseguiria conter um choro.

Lohanne

""Saw all of the saints
Lock up the gates
I could not enter
Walked into the flames
Called out your name
But there's no answer
And now I know my heart is a ghost town""

Dois longos anos haviam se passado, mas o prédio diante dela e o local onde agora ela adentrava pareciam tão imutáveis quanto os alunos da Night Class. Quanto a ela? Não. Tudo estava diferente: fisica e mentalmente. Ela havia crescido, a altura batia quase 1,70 agora, seu rosto havia ficado mais fino, menos infantil e seu corpo agora trazia algumas marcas pela pele branca, tatuagens e pequenas cicatrizes cobertas por uma fina regata preta e um jeans desbotado.
Tudo havia começado ali e parecia que tudo ia terminar ali. embora ainda houvessem hiatos imensos a serem descobertos, muito de seu passado se fazia entender quando a existência deles, daqueles seres da Night Class, já não era mais segredo. Claro que o preço a ser pago fora alto, extremamente alto, um passado mais pesado do que a mochila que deixara presa à moto simples no estacionamento.
Ah sim, o estacionamento. Uma onda de lembranças quase a sugou quando ela passou pelo local. Sakura, Kyomaru, até mesmo o desagradável Charles e... ele. "Ele" havia sido a parte mais dolorosa de tudo, um dos pesos a se pagar quando se entrava para um mundo onde humanos não deveria ser bem vindos.
Traição e devoção se entrelaçavam naquele ambiente e ela provara dos dois e se queimara com os dois. Não importava afinal. Tudo aquilo havia passado e definitivamente estava morto.
Sim, ela se arrependeu de muitas escolhas e sim lembrar dos amigos fez o arrependimento se remexer no fundo de seu peito, mas ela também havia se acostumado com aquela espécie de exumação moral que vinha todas as noites.
O sorriso de Sakura ainda era inocente? Seria Kyomaru o irmão mais dedicado de Kagura? Charles ainda seria um demônio na terra? Ela quase sorriu quando pensou nestas coisas, mas havia tanto peso naquelas lembranças que elas afundaram novamente no vazio.
-... - ela entrou no auditório e deu uma breve olhada em volta, uma estranha sensação de pânico e vertigem tomaram-na por um segundo - Ya zdes - ela murmurou e não só ela estava lá, mas eles estavam lá, como uma reprise de algo que nunca acontecera, como se ela retornasse a uma cidade fantasma e todos eles se levantassem de seus caixões.
Ela olhou uma vez mais e certificou-se de que Ele não estava lá. Ele, sim porque até dizer o nome dele fazia pesar sua traição e então um alívio temporário se instalou dentro dela. Agora ela poderia novamente se concentrar nos outros fantasmas, já que o seu monstro pessoal não estava la.

Marshall

""So wake me up when it's all over
When I'm wiser and I'm older
All this time I was finding myself
And I didn't know I was lost""

Encanto. Agora ele era um deles e sua aparência física mudara de tal forma, tão intensamente, que ele muitas vezes duvidava que era o mesmo no espelho. A pele era pálida, fria e seus olhos intensos, um tom de mel tão profundo que era fácil atrair suas presas. Não! Ele remoeu aquilo dentro dele e se afastou do espelho, enfiando duas pastilhas de sangue na boca e engolindo rapidamente.
"É só... o fato da separação" - ele disse para si mesmo enquanto caminhava pelos corredores da Cross, a caminho do auditório, sentindo a melodia do perfume de sua amada emanar e encantar. Deixar seu filho aos cuidados do Sohma pareceu o mais certo naquele momento. Ele precisava ficar próximo a Tohru e ela precisava ficar próximo aos Kurans.
"Tudo leva a morte" - uma voz dentro dele, talvez sua consciência, disse num tom baixo. Sim, ele estava claramente decaindo. Agora precisava de sangue fresco a cada vinte e quatro horas. Nada que houvesse dito a Tohru, não queria ela ainda mais preocupada. Era hora de assumir, ao menos pelo pouco tempo que ainda tinha, seu real papel ao lado de Tohru.
Era mentira dizer que ele a protegera. Ele quase a perdera! Não só fisicamente, mas sentimentalmente sua instabilidade havia colocado o relacionamento deles por um fio e a vida dela em perigo diversas vezes.
Ele deveria protegê-la e dar-lhe o máximo de seu amor enquanto pudesse, enquanto sua consciência não se desfazia em fiapos de sede por sangue. Não, ele não veria seu filho crescer, mas ele queria deixar as lembranças mais intensas a seu herdeiro e a sua amada e, naquele ano, ele decidira que era exatamente o que seria feito.
Embora estivesse desmoronando por dentro, ele abriu um largo sorriso ao adentrar ao salão e ver Tohru, delicada como um sonho e então rumou para perto dela, praticamente ignorando os olhares hostis e também os olhares adimirados dos humanos.

Ferdnand observava os alunos, quando sentiu que um deles (Charles) estava um tanto empolgado, viu rapidamente a lateral a monitora e fez um aceno para ela, que logo a notou.

_Hi, Ferdnand-san, algum problema?

_Minha cara monitora do conselho disciplinar, tem alunos um tanto exaltado no momento, acredito eu que não vai querer que eu mesmo vá falar com ele?

Ferdnand era muito certinho e não gostava que nada saísse fora do planejado, apontou para Charles que estava perto de uma aluna do período diurno.

_Faça seu trabalho minha cara, sem alardes e bem do jeitinho que sei que é capaz de fazer.

Liriel viu ele se afastar e deu uma língua para ele, que virou e semi serrando os olhos.

_Vá e faça seu trabalho, bla, bla, bla... Arrr... e eu querendo que esse ano seja calmo.

Se aproximou de Charles e parando do lado dele olhou sorrindo gentilmente.

_Charles-san, algum problema com essa aluna (Sakura)?

Ela mandou logo um olhar nada amigável para ele, sabia que alguns vampiros iriam dá trabalho.

_Espero que não, já que não irá gostar que eu reporte ao presidente que está sendo um tanto empolgado no primeiro dia de aula?

Observou ele bem, se fosse necessário o arrastaria dali.

*****

No outro extremo do auditório, a diretora preparava a mesa onde ia apresentar os docentes daquele ano e falar das normas da Academia, logo após iria iniciar a aula da classe do dia. E pediria para os alunos da turma da noite retornasse ao seu dormitório para aguarda a aula logo mais a noite.

_Estou realmente empolgada com isso, logo vamos começar Al. - Olhou para ele com um enorme sorriso. _ O que está achando da crianças?

Ele estava aparentemente empolgado.

_Realmente muito animadas, quero logo começar a aula. Só fico curioso quanto a turma da noite?
-Ele olhou para ela um tanto pensativo._Por que essa divisão?

_Ah, eles são filhos de elite, é uma exigência que seja assim.

Ela disfarçou, sabendo que ele não faz ideia que são vampiros.

_Curioso, são realmente diferentes eu percebi, tem algo nesses alunos que os tornam a parte dos alunos do dia.

_Éee... mas, filhos de ricos, milionários na verdade.

_Nossa, elite mesmo... Vai ser interessante, até porque você me disse que muitos são pesquisadores e estam estudando aquele remédio experimental que estou tomando.

_Sim Al, será bom você conversar com eles e até ajudar nas pesquisas.

_É o que está mais me animando.

Ele sorriu, pegando algumas cadeiras para ajuda-la a ajeitar a mesa dos professores.

A presença esmagadora de Charles a fez por poucos segundos sentir tontura, mas firmou-se. Sempre com a mesma expressão fria e indiferente, apenas prestava atenção a conversa do casal. Ele falara sobre ela se fingir de morta e ela sobre ignorar ele em tom rancoroso. Parecia haver um cheiro de mal entendido ali, mas onde e o que? O que poderia haver de diferente entre seu isolado mundo e aquele novo mundo para causar mal estar entre ambos? Talvez Charles ser um vampiro e Tsukino ser uma hunter?

Pensou em não respeitar o pedido da humana e tentar amenizar o clima desconfortável quando outra humana apareceu, e pelo modo que agia talvez fosse outra hunter. Bem, ela parecia ter uma energia diferente ao menos. Respirou fundo*

-Tsukino-san, poderia explicar-me mais sobre a cultura ocidental? O salão está barulhento e creio que me fará distrações desnecessárias, poderíamos conversar perto da porta ao menos?. - disse em sua voz calma, tentando não soar desanimada, mas não tendo muito sucesso. Apenas queria fazer a hunter sair de perto daquele vampiro para que ela se sentisse menos desconfortável ou inserí-la no grupo humano que avistara enquanto perseguia o olhar da japonesa a Charles.

- estranho não conhecer o -hauro-kun, ele era um dos monitores, bem acho que vocÊ teve seus motivos, mas acredito que tudo bem

freya observou hauro se afastar e acentiu sutilmente com a cabeça. ouviu sobre a nova direção e sabia que isso não significava muita coisa, independente da posição politica do diretor, os alunos tentariam fazer aquilo que fosse conveniente a eles, principalmente os da day class, engraçado não?

- creio que kami-sama não ajudará muito sobre o ano tranquilo, lil-chan... gomene

mesmo vendo liriel falar consigo mesma Freya apenas sorriu, sabia o que isso significava, e sabia muito bem o que poderia acontecer manteve "certa distancia" de seu "anjo da guarda"

"- Axel-sensei vai ter muitos problemas com isso"

a confusão parecia se formar como uma tempestade, e com um sorriso de canto de boa freya inclinou a cabeça para o lado, observando o "colega" de classe

- começou cedo este ano!

Chegando ao auditório, com o uniforme devidamente passado e engomado, a saia dobrada na altura da cintura para ficar mais curta do que o normal, a blusa levemente aberta para exibir seu belíssimo colar de diamante rosa, nos pés, o fiel companheiro de quatro patas, Salém, suspirando fundo e pensando... Bom, já que eu tive que vir pra cá, espero que ao menos a minha estadia seja agradável, olhando em volta pra ver se consego achar a Rose, minha única amiga no meio desses tantos rostos desconhecido, e também pra ver se vejo algum gatinho, pq eu mereço, enchendo sempre no cabelo, procurando ser notada, e torcendo para o dia não ser um tédio total, e um pouco ansiosa para o início das aulas, gosto muito de estudar e ser a melhor da turma era uma constante, e não iria ser diferente na nova escola, era uma aluna de causar invejas e adorava o fato de ser invevada por sua inteligência e pela beleza, olhando o relógio e auditório, tomara que a Rose chegue logo, isso aqui já está ficando chato.

Meus olhos mantinham-se imutáveis, no mesmo violeta de sempre, mesmo que a sede por seu sangue fosse tão intensa que poderia ser motivo para levar-me ao puro e completo enlouquecimento. E a expressão, misturando um pouco de aborrecimento e provocação, se mantinha, como no rosto de qualquer criança mimada que odiava ser contrariada e se achava na razão. A descrença também não havia se desvanecido completamente até então, sendo como um escudo. Algo que a teimosia insistia em manter a minha frente, defendendo-me de mais uma decepção. Muito embora, achasse pessoalmente que ela apenas me protegesse dos meus atos e do impulso de aproximar-me demais de outra mentira em um ato autodestrutivo.

-Não acho que preciso da aprovação de uma suposta recém ressuscitada zumbi para decidir se temos assuntos a tratar ou não. Até porque, vejo muitos temas sobre os quais adoraria ter uma explicação.

Delirium? Já chegará aquele ponto de falar como o louco com uma alucinação que minha mente se recusava a esquecer. Talvez nem tanto. Havia mesmo uma pessoa a minha frente. Alguém perto da qual a ficha demorava a cair. Pelo menos até que uma menina que me lembrava ter sido monitora antigamente se aproximou em uma espécie de represaria.

-Nenhum. Apenas acho que o perfume de alguns alunos deveria ser proibido ou trocado, eles podem gerar um pouco de incômodo por aqui.

Falei com um dar os ombros, colocando a mão no bolso do uniforme branco, de maneira quase propositalmente desleixada. Dirigindo o olhar para ela, enquanto Sakura se afastava com sua outra "salvadora".

-Quanto ao presidente, não acho que seja necessário a não ser que ele se interesse por um reencontro tedioso entre velhos conhecidos. A não ser que tenha interesse em histórias chatas e monótonas sobre adolescentes.

Ou em como eu havia levado um fora novamente daquela pirralha maldita. Completei mentalmente, sem tirar os olhos de Tsukino, enquanto ela se afastava, e sentindo minha garganta ficar menos seco a cada passo que ela dava. Nós ainda tínhamos assuntos para terminar. Isso era transparente em todo meu rosto, mesmo diante da ex-monitora (Liriel).

Tohru sorriu com o cumprimento de Hauro.
- Arigatô! Perdoe-nos por não tê-lo convidado para o casamento, mas foi tudo feito meio às pressas e de forma discreta, devido às circunstâncias- não pôde evitar de corar , mas ao mesmo tempo, ficou com um brilho terno no olhar- Hai, estamos bem..Na medida do possível...- seu olhar tornou-se mais triste, mas foi passageiro.- Marshall deve estar chegando.Ele tem estado ocupado com os negócios de sua família, mas disse que logo viria.
Tohru sentou-se ao lado de Hauro e sorriu, cumprimentando Freya e Liriel.
- Sakura-chan? Bom, senti seu aroma assim que entrei no prédio e creio que estava mais ao fundo do salão conversando com uma moça muito bonita que nunca vi...- disse, olhando para o fim do auditòrio.

Foi então que sentiu o aroma inconfundível da pessoa mais importante pra ela. ele chegara, afinal. graças á kami-Sama...
- Marshall...Anata!
Ergueu o olhar brilhante e abriu um sorriso que espelhava o dele, levantando-se e abrindo os braços para recebê-lo.
- Anata...Oh, Marshall...Senti tanto sua falta! Que bom que veio!

Daryl observou aqueles que chegavam e fazia anotações mentais. Estava sentado e comportado até agora porque bem... era uma reunião da escola, afinal. Mas mesmo assim todos conversavam e se entretiam. Talvez pudesse cumprimentar as pessoas também. Era sua tarefa, não é mesmo!?

O que lhe chamava mais atenção, porém, era a conversa entre as garotas e... o puro sangue. Então eles todos estavam envolvidos na trama? Usaria como desculpa.

Daryl levantou-se e caminhou com um sorriso de canto de boca, aproximando-se de Yukihime, Sakura e Charles. Sentiu um arrepio. Aquela explosão de sensações proporcionada por um puro sangue E uma humana de sangue raro era incrível.

- Bom dia - fez um gesto cavalheiresco - Peço desculpas pela intromissão. Só estou aqui como missão de paz. Querendo dar um conselho amigo. Não pude deixar de notar as mais majestosas presenças neste salão... Então sinto-me na obrigação de alertá-los que se continuarem assim, vão atrair a atenção da escola toda.... não? - buscou a aprovação de Yukihime, que parecia conciliadora e fez uma pausa - bem, continuem se quiserem - disse, em tom de brincadeira e fitou Sakura.

Eu ainda me mantinha com as mãos sob o moletom. Porque? Para tentar esconder o quanto os nós dos meus dedos estavam brancos enquanto minhas mãos se apertavam em punhos na tentativa de me controlar.

Eu tinha vontade de chorar. De gritar com ele e tacar tudo ao meu alcance naquele vampiro estúpido. Queria gritar e jogar na cara dele tudo o que sabia para ver se aquela sua pose e pompa iam continuar as mesmas, depois que ele descobrisse que eu sabia a verdade. Queria que aquilo tudo acabasse logo.

Faltava pouco para o meu fio da paciência e autocontrole se romperem. Muito pouco. Eu sabia que não podia fazer nada disso, não ali na frente de todos, mas meu corpo já dava sinais de que logo ele não obedeceria mais a razão.

Foi quase um benção, ou um chamado dos deuses quando ouvi Gin'u me chamando. Certamente a vampira havia percebido a tensão no ar, e embora eu tivesse sido grossa com ela, anda sim tentava me ajudar.

Eu me levantei da cadeira, a olhando.

- Hai... Vou ficar feliz em te ajudar, vamos para um lugar mais "tranquilo"... - a minha forma de dizer "tranquilo" certamente se referia à presença de Charles e ficou claro para todos ali.

Enquanto eu me levantava e saía Charles fez questão de falar novamente. Porque ele simplesmente não calava a boca e ia embora? Não havia entendido?

Eu parei de pé, olhando ele e ao lado de Gin'u. Meu rosto não demonstrava nenhuma simpatia com o vampiro à minha frente, na verdade, agora demostrava algo. Eu não consegui mascarar completamente a raiva no meu olhar.

- Porque não deixa os mortos quietos, Lutont? Mortos não falam e eu vou continuar assim... - eu o olhei de maneira dura, meus olhos estavam repletos de acusações que talvez ele não pudesse decifrar, mas estava tudo ali, junto com aquela raiva e aquela mágoa.

Eu estava me virando para sair junto com Gin'u-san quando a monitora chegou. Eu simplesmente iria me virar e sair mas o comentário daquele vampiro idiota fez com que eu virasse, com os cabelos sendo jogados no movimento brusco.

- O maior incômodo aqui é a sua escória! - trinquei os dentes, falando com raiva e quase sem abrir a boca - Não se aproxime mais de mim...

Eu estava com tanta raiva, tão focada em Charles que mal percebi a aproximação do outro vampiro (Daryl). Meus olhos correram até os dele quando me dei conta de sua presença ao começar a falar. Era aquele que me encarava. Eu não precisava de mais discussão, não queria mais problemas mas já haviam demais à minha volta.

Tive que me controlar para não rolar os olhos com o discurso do nobre. Presença majestosa? Charles? Nem se ele tivesse o poder de mil puro-sangues... Ele era um crápula e ficar ouvindo esse tipo de babação de ovo me fazia querer vomitar toda a bosta que o puro-sangue tinha escondida nos bolsos.

Mas eu não ia. O olhar de Gin'u de certa forma me lembrou que eu tinha uma saída que eu iria me afastar. A monitora que cuidasse daqueles dois, eu estava indo procurar ar puro.

-Chega.... - disse para mim mesma quase.

Eu correspondi o olhar de Daryl. Era bom deixar claro para aquele vampiro que eu não era uma humana idiota. Talvez ele não soubesse o que eu era, mas mesmo sabendo, muitos não se intimidaram e correram ainda sim atrás do meu sangue.
Eu não seria alimento de nenhum vampiro de novo, eu sabia me defender.
Desviei o olhar dele depois de longos segundos deixando claro que eu não me intimidava. Talvez ele entendesse o recado.

Me virei com raiva, andando a passadas pesadas para fora do salão. Que diabos porta o que! Eu precisava de distância. De ar. De qualquer lugar sem Charles.

- Gomenasai Gin'u-san... - disse, sem olhar para trás enquanto ainda andava a passos pesados e com a voz um pouco dura - Existem pessoas que simplesmente não suportamos a existência...

Eu não queria explicar tudo à ela, não iria. Mas ao menos esse pedido de desculpas eu devia, já que graças a ela, consegui me afastar daquele idiota sem surtar de vez.

- Uh - Daryl colocou as mãos altas, na frente do corpo, como se estivesse se defendendo e esperou que ela se afastasse para soltar um comentário. Estava era aliviado que ela tivesse sumido junto com o cheiro dela. - Que nervosa. O que será que mordeu ela? Por acaso foi você? - perguntou a Charles - Ah, mas que tristeza, querem transformar você no vilão...

Daryl estava agindo com sua segunda personalidade. O descontrole provocado pelo perfume do sangue da humana tinha causado o despertar de seu pior lado. Levaria um tempo até que isso passasse e provavelmente ele teria que enfrentar o orgulho para pedir desculpas pela cena.

Yukihime continuava com sua eterna expressão inexpressiva, mas o clima que já estava pesado piorou com a presença do outro vampiro. Ao invés de apagar o incêndio, aquele de cabelos castanhos só aumentou.

-O assunto estava terminado, senhor. Tu devias saber que o silêncio é uma bênção... - disse a garota antes de acompanhar a humana.

Caminhava em silêncio com a garota, a ouvindo. A suspeita de haver algo entre ela e o puro-sangue lhe fora confirmada.

-Não tenho intensão de perguntar o que houve. Não precisa dizer-me nada, Tsukino-san. Apesar de ter a suspeita do que viria a ser, seria indecoroso de minha parte invadir sua privacidade. - ela também olhava para frente. - Nunca me apaixonei, mas vi diversas de minhas damas de companhia terem tal sentimento e tais decepções. E aprendi que me meter só torna tudo pior.

Faltava poucos metros para passarem pelo pequeno grupo composto por Hauro, Freya, Tohru e Marshall. Discretamente olhou aquelas pessoas e murmurou.

-Creio que as chances daqueles dois vir atrapalhar a ti sejam menores com aquele grupo e eles pareciam olhar para ti num momento, acho que são amigos seus. Sei que não posso com o puro-sangue, mas ao outro vampiro posso impedir ao menos caso ele venha provocar a ti, Tsukino-san.

Não morda, Novato! Char RPG : Narrador Posts: : 3 Inscrição : 29/08/2015

Um novo começo para um sonho antigo, essa era uma ideia novamente posta a mesa para que aquela academia desse certo, segundo os desejos de Yuuki Cross. Formar uma aliança. Uma pacificação em tempos de crise e preservar os ideais de paz do seu pai após tempos de crise que todos esperavam que não retornassem.

E por isso os novos alunos estavam ali, e a nova diretora, o novo corpo de funcionários. Uma ideia fadada ao fracasso daria certo? Essa era uma pergunta que não podia se calar e que agora estava nas mãos de um novo e misterioso líder temporário. Loran. Ao qual nenhum dos presentes ali parecia conhecer. Pelo menos, não os mais antigos alunos da academia.

Falando neles, depois da confusão com o conselho, um novo conselho havia sido formado com novos rostos, embora mantivessem os antigos nomes. E talvez o mais proeminente dessa nova organização ali, senhor Aidou, que herdara o título do pai depois de sua morte, fosse o mais desconfiado. Muito embora não deixasse esquecido seus antigos costumes de flertar com alunas da turma do dia, a cada novo rosto que viam.

-Para falar a verdade, eu senti falta desse lugar. - O vampiro loiro falou de maneira extrovertida, não deixando de deixar uma piscadela para uma menina morena que passava ali procurando um lugar. - Mas esse tal Loran que Cross-sama nos mandou seguir... ? Nunca ouvi falar nele. Não seria precipitado colocar tudo nas mãos de um estranho?

Akatsuki balançou a cabeça positivamente em silêncio, enquanto Ruka também parecia estar com o corpo tenso, em pé em seu lugar.

O auditório enchia cada vez mais e as sementes para o novo ano se plantavam. Mas seriam essas boas ou ruins? Só a chegado do tal novo e misterioso Loran poderia definir.

"I'm over it, you see I'm falling
In the black abyss, clouded by memories
Of the past, at last, I see"

Marshall abriu um largo sorriso ao ver Tohru entre os demais alunos, só havia ela e mesmo o cheiro dos demais humanos não o incomodava. O perfume melodioso de seu sangue lhe dava paz e ele finalmente se sentia senguro após aqueles meses. Ah, ela jamais saberia o que ele havia feito enquanto esteve fora, ela não poderia saber.

Embora dentro dele houvesse uma voz dizendo que tudo aquilo estava certo ele havia simplesmente se transformado no que mais havia odiado e o pior: o ódio havia...passado?

A estranha convivência com o sangue dos Yuriev em suas veias, correndo e se misturando em sua corrente parecia ter mudado algumas coisas, as mais secretas, e despertado uma natureza não cruel, mas algo que, junto com sua decadência se transformava num tornado silencioso. Seu fim estava próximo e ele precisava se manter o mais forte possível para passá-lo ao lado de Tohru e de seu pequeno Katsuya. As pílulas não faziam mais aquele efeito esperado e o sangue de animais o deixava irritado, insatisfeito.

A sociedade lhe provera algumas escórias no qual pode descansar seus dentes: ladrões, assassinos. Para ele se tornara fácil esgueirar as sombras da noite e encontrar suas "vítimas" indefesas. Não que as facas lhe ferissem com facilidade e até mesmo um ou dois tiros eram toleraveis. Não que aqueles diante dele lhe conseguissem atirar.

- Tohru - ele murmurou de forma afetuosa. Até mesmo nisso ele se tornara bom: esconder uma encurrada de emoções e colocar uma máscara, embora com Tohru, sua máscara amorosa fosse verdadeira.

Ele a envolveu de forma carinhosa e harmoniosa em seus braços e encostou seu queixo sobre o topo da cabeça da pequena. Ele já trajava o fatídico uniforme da Night Class, embora sem o mesmo peso de antes.

- Como foi sua viagem? - ele perguntou num tom baixo e estranhamente sedutor. Aquelas mudanças começavam a ser tão perceptíves que, talvez, pelos meses de afastamento chocassem um pouco Tohru.

Ele ergueu o olhar e então se deparou com Hauro-kun, o garoto com quem havia começado seus treinos no passado. Deu um breve aceno com a cabeça e um leve sorriso. Algumas pessoas ainda tinha sua afeição e ele teria que ser cuidado com elas.

Logo seus olhos e seus sentidos se voltaram para outro odor, suave e maravilhoso e sua boca encheu-se com um gosto doce, seus instintos se ascendendo imediatamente.

"Diabos..." - ele pensou apertando levemente um pouco mais a pequena em seus braços e enfiando o rosto nos cabelos dela - "onde estão as pastilhas?" - ele se perguntou e então olhou para o relógio - "Há quanto tempo eu não me alimento" - ele se questionou, franzindo o cenho. Precisava manter um controle daquilo.

Tentou se controlar, torcendo para que a fonte daquele odor não se aproximasse, mas era tarde, ela caminhava em sua direção.

"You took my heart and you held it in your mouth
And with a word all my love came rushing out
And every whisper it's the worst
Emptied out by a single word
There is a hollow in me now"

Lohanne franziu o cenho, agora sentia um leve incômodo por não estar com o uniforme. Talvez devesse retornar à moto e colocar seu casaco ou qualquer coisa assim, ou talvez ela só devesse ficar por ali. Ao que parecia havia uma movimentação do corpo docente e talvez algo estivesse para começar.

Outros alunos adentravam ao salão e ela reconhecia alguns rostos, embora os que importassem ja estivessem por lá. Ela até pensou em cumprimentar Sakura, mas algo a manteve presa à pilastra em que estava assim que notou que, de uma forma nada sutil, a expressão da amiga estava tão pesada e diferente.

Aquilo retornou o pensamento dela a si mesma. Quantas mudanças haviam ocorrido naqueles dois anos?

Outro fato que notou: Koymaru não estava lá e muito mesmo Kagura. O que teria acontecido a eles? O comportamento explosivo de Kyomaru era extremamente preocupante e ele certamente se irritaria fácil.

Ela passou a língua pelos lábios e apertou os olhos, tentando decifrar o que os dois poderiam estar conversando. Havia também outra vampira perto deles, ela não se recordava muito bem dela, ou não fazia diferença, bem como o outro vampiro perto deles.

~chto... - ela pegou um leve impulso e se afastou do concreto, caminhando lentamente em direção aos três, mas Sakura e Yukihime se separaram de Charles e agora caminhavam em direção a Tohru, Marshall, Hauro(aquele menino que sempre a pentelhara?) e Freya.

- Privet Charles - ela parou às costas do vampiro e o saudou, cruzando os braços sobre o colo - Onde esta Kagura? - ela perguntou sem meias palavras, mas seu interesse não estava somente na pequena vampira e sim no guardião dela.

Tohru suspirou de pura felicidade depois de tantos meses afastado de seu querido Marshall. Aconchegou-se nele ainda mais quando ele falou com ela, como se temesse que ele fosse se desfazer no ar. Ele pensava que a enganava, mas mesmo não sabendo detalhes, a jovem sentia em seu coração: o tempo dele se esgotava e isso a apavorava. Marshall era sua vida, não sabia se conseguiria viver sem ele, mesmo que pelo filho de ambos. Teria a mesma força que seu pai tivera por ela após perder sua amada Kyouko? Não sabia...O que sabia é que faria qualquer coisa para salvá-lo mesmo que precisasse se sacrificar por ele...
-Hai...Fiquei um pouco enjoada mas acho foi porque não tinha me alimentado, mas já tomei algumas pastilhas. Estou melhor agora. Mas e você? Como está? - também sentiu o aroma de Sakura, vendo,então que ela e sua nova amiga vinham na direção deles. Temeu pela maneira como isso o afetaria, o que fez que o apertasse ainda mais em seu abraço.

Rose sentia a impaciência e o tédio de sua amiga através do laço psíquico que as unia,embora nem precisasse dele nesse caso. Aquele lugar era muito diferente de St. Vladimir.Outro país, outra cultura...Seria divertido,ela pensava.Somente sentia falta de seu querido Dimitri, seu ex-instrutor e atual namorado. Esperava que ele pudesse vê-la, se bem que achava difícil o "camarada Belikov", como costumava chamá-lo só para irritá-lo, deixasse seu trabalho como instrutor de luta da Academia St.Vladimir. Só lhe restava esperar que aquele intercâmbio acabasse logo.
Chegando afinal ao auditório logo viu Lissa, correndo em sua direção.
-Desculpe a demora,Lissa, mas eu realmente precisava me reabastecer na cantina. Aquele lanche que nos deram no avião não deu nem pra saída. - levantou uma sacola de papel contendo um hamburguer com fritas e suco... - Veja! Trouxe pra você.

Ai Rose, onde você estava? Por que demorou tanto, estou quase morrendo de tédio, hum, um lanchinho, você pensa em tudo mesmo, obrigada, aquele lanchinho sem graça do avião, me deixou com mais fome ainda, (comendo)
Ah! Ânimo minha amiga, colégio novo, vida nova, gatinhos novos, (olhando em volta cada carinha que estava por perto, olhando dentro dos olhos de cada um, como se pudesse passar uma mensagem)
-Rose o que acontece aqui, fica aqui, OK (piscando o olho) temos um pacto de amizade (risos)

as cores que sempre lhe caíram bem eram o preto e o verde, mas desta vez, não teria mais a oportunidade de se vestir da maneira como desejava., desta vez seria o branco a cor predominante, será que era apenas uma forma de se destacar entre os demais?

confiante e sorridente, Thomas caminhava pelo pátio da academia, sorrindo e cumprimentando principalmente as alunas dali, não fazia distinção entre humanas ou vampiras, apenas demonstrava sua boa educação a todas. ele não queria admitir mas o uniforme branco parecia dar um poder amais em seu charme, então deu um credito ao poder de um uniforme bem feito.

a sutileza em seus passos faziam parecer que deslizava pela superfície, não tinha pressa em chegar a lugar algum. o ar em sua volta parecia de alguma forma denso, mas nada fora do comum, talvez por conta de sua linhagem ou do frio que as vezes parecia o seguir, de qualquer forma, não seria o suficiente para ser notado por alguém vestido.

ao se aproximar do salão, viu que uma menina se dirigia para fora, ele ficou um pouco confuso, afinal não era para todos entrarem? o vampiro apenas se curvou em comprimento, mas pela cara de poucos amigos, preferiu manter uma distancia segura, se fosse se guiar pelo cheiro que ela exalava, poderia cair numa armadilha criada pela natureza, mas sua percepção o alertou em manter distancia.

passado da porta, Thomas se dirigiu ao salão, o moreno de cabelos lisos e olhos castanhos, parecia sorrir com um certo orgulho de estar ali, e quando viu que havia uma pequena tenção, achou aquilo um tanto divertido, ao menos pensava que não seria tão ruim afinal seguir a vida acadêmica.

seus olhos castanhos procuravam Freya, não seria difícil, afinal seu cabelo a destacaria de certa forma.

****

Freya entrou em estado de alerta pela sensação que havia entrado no local, e logo que viu seus olhos se encontrarem com o de Thomas, sabia o que deveria fazer. do lugar que estava, se levantou com a mochila nas costas e se dirigiu ao lado dele.

-Por Aqui Thomas, ao menos desta vez não se atrasou, isso é bom, sem problemas no inicio do ano
- mais por que meu uniforme é diferente do seu? pensei que iriamos ficar na mesma turma

freya pensou por uns instantes, isso talvez seria um problema, ou não, ela não poderia se responsabilizar por todas as decisões da academia.

- bem, e u sempre fui aluna do período Diurno, por isso o uniforme.
- se tivesse me avisado antes, poderia ter arrumado tudo, mas agora não há muito o que fazer, ao menos vamos esperar a cerimonia e depois corrigimos este problema.

Thomas sorriu com o comentário, mas isso irritou Freya, mas nada poderia ser feito, ele estava com a razão. ela precisava segui-lo. a Ruiva indicou um caminho por entre as fileiras e o levou para sentar em um lugar um pouco sossegado, mas que desse uma ótima vista para as confusões que pudessem acontecer e ao pronunciamento no palco.