Chafaris - Centro da Cidade

| Órion |


O loiro deu um leve sorriso.


- Sim, senhorita. As vezes nem mesmo eu creio ter vindo do mesmo ventre que aquela pessoa grosseira. - ele novamente beijou a mão dela - É um deleite conhece-la, senhorita Montoya.


O vampiro a ouviu com interesse. Não era com ela que ele havia flertado e magoado? Ora, aquilo era... incomum.


- Mal posso crer em tuas palavras. Como pode ele descartar uma dama tão agradável e atraente como a senhorita? E por um rapaz? Estou surpreso. Não conhecia tais preferências.


Órion negou com a cabeça. De certa forma era um pouco preconceituoso. O loiro se aproximou e tirou um lenço do bolso, oferecendo a ela.


- Deves temer por teu irmão, senhorita. Nero é uma criatura perigosa. É um megalomaníaco desde jovem. Ele usará todo e qualquer artifício para conseguir o que almeja, mesmo que isso destrua tudo e todos ao seu redor. Mantenha-o longe dele. Antes que teu irmão seja ferido de forma irreversível - falou sério.

Alanis volta a ele e fica um tanto preocupada com as palavras dele.

_E o que venho tentando alertar meu irmão, mas ele não me dá mais ouvidos.-Ela percebeu que o loiro ficou intrigado por aquilo de seu irmão se envolver com outro. _ Louis ele é homo e não esconde isso, mas ele é frágil e sensível... Estou em desespero, enchi a caixa de mensagens dele e não me responde.

Ela ia chamar ele de Sorel, mas se segurou sentia tanto asco por Nero que até falar o nome e sobrenome lhe dava raiva.

_Desculpa posso parecer fora dos padrões, mas eu poderia lhe chamar de Órion? É que só de falar o sobre nome me dá nos nervos.

Ela pegou o lenço e enxugou a ponta de lágrima que estava insistindo a rolar pelo seu rosto.

_Se você que é irmão dele fala isso dele, eu então não errei no meu julgamento.

Ela se aproximou do loiro e juntou as mãos como uma suplica a ele.

_Me ajuda a convencer Louis, se lhe falar que Nero é capaz, ele acredite. - Os olhos azuis de Alanis brilhavam para ele como quem tinha uma esperança sobre aquela situação.

| Órion |


Ele torceu levemente o nariz quando ela falou da relação homossexual, mas não fez comentários por ser o irmão da senhorita.


- Chame-me da forma que lhe for mais confortável, senhorita Montoya, por favor - falou com calma e suavidade.


Ouviu a súplica daquela moça. Sentia cada vez mais ódio por aquele irmão irresponsável que tinha.


- Farei o melhor que puder... Aliás -ele colocou uma mão no queixo - Talvez a senhorita também possa me ajudar... Estou aqui para levar Nero de volta para Roma. Ele já fugiu por muito tempo de seus crimes... Que tal uma parceria? - ele estendeu a mão a Alanis.

Alanis sentiu alivio por poder chamar ele pelo nome e evitar o sobrenome por enquanto, talvez um dia o loiro mudasse a má impressão que tinha.

_Por favor me chama de Alanis... Órion.

Ela percebe que ele não se sentia a vontade em falar daquele preferencia sexual, mas ao menos respeitou por ser irmão dela.

_Obrigado...- estendeu a mão e apertou._Farei de tudo para ajudar.

Ela após sentir o aperto de mão dele, assim selando a parceria, faz ela querer ficar um pouco mais com o loiro.

_E então tem onde ficar? 

Apontou a direção de um open bar e o convidou:

_Digo isso porque eu estava indo aquele bar beber uma taça de vinho, seria muita atrevimento meu se o chamasse para vir junto?

| Órion|


Ele apertou gentilmente a mão dela.


- Como quiser, Alani - sorriu para a mulher - Não tenho. Esperei o taxi para o hotel por minutos e não obtive resposta. Estou perdido no momento - ele apontou para a mala e sorriu sem jeito - De jeito algum. Será um prazer fazer-lhe companhia - ele pegou a mala com uma mão e ofecereu o outro braço a ela.

Marshall passou um longo tempo no bar, esperando pelo amanhecer daquele dia. Ele tomou alguns drinks, navegando pela internet e pesquisando o endereço de pensões pelo local, afinal não teria como retornar à Academia.
 
Tinha um bom dinheiro para se manter, o que o ajudaria por algum tempo, mas esse não era exatamente o problema que temia: o problema era que, se alguém sabia daquilo que havia feito nos dois anos que se passaram, este alguém poderia facilmente denunciá-lo para a Associação. Certamente, mesmo Loran Kuran, após descobrir o que ele havia feito a Tohru, poderia caçá-lo.
 
Talvez devesse partir para Romênia e procurar algo que pudesse fazer como lacaio de Yan, mas duvidava que seria útil agora que não poderia ficar perto de Tohru ou Loran, mas aquela fora sua decisão. Mesmo cm o laço de sangue presente, Marshall conseguira de alguma forma decidir o que era melhor para a pessoa que mais amava em seu mundo: Tohru.
 
Aquela noite de amor fora uma despedida e ele sabia que aquilo era o fim e de muitos modos, mas não esperava que alguém mandasse à vampira as informações do que havia feito. Ele pretendia partir antes do amanhecer (por isso não desfizera as malas) e deixaria uma carta contando o que havia feito e porque partia, mas alguém havia adiantado para ele o processo, tornando tudo mais difícil.
 
Sabia o quanto sua pequena Kotori amava música, por isso não pode deixar de abrir o player em seu computador e deixar algumas músicas tocarem, uma delas lhe chamando a atenção por sua letra:
 

Spoiler:

 
Ah sim, aquela canção descrevia com tamanha perfeição tudo o que ele queria dizer para ela. Ele poderia enviá-la para seu e-mail ou... não, era melhor que não fizesse mais nenhum contato, que não prolongasse mais aquilo.
 
Ele suspirou, sentindo sua visão turvar por algumas lágrimas, mas já estava feito e ele torcia para que Loran se enfurecesse o suficiente para proteger Tohru.
 
“Loran...”
 
Oh sim! Como ele não havia pensando naquilo antes? Como ele poderia ter sido tão burro? Havia uma maneira de Loran ajudar Tohru!
 
Marshall pesquisou no banco de dados que Yuriev havia lhe enviado e então tentou de todas as formas localizar o e-mail do Kuran. Torcia para que aquele que estava descrito ali fosse o certo.
 
“Loran Kuran,
 
Não sei ao certo se já está ciente do que houve, caso não esteja, por favor, peça a Tohru que lhe relate tudo, até mesmo sobre o meu passado, não a deixe omitir nada! Insista com ela de que não há mais volta... diga que a odeio e que tudo foi uma grande mentira, que tive casos com outras mulheres durante nosso casamento, enfim, alimente o ódio e mágoa que há nela, pois só assim ela será forte o suficiente.
 
Devo lhe confessar também que, estive na Academia a mando de um de seus inimigos e que certamente outros virão, então por favor, proteja Tohru, ela é o elo mais fraco em sua corrente de sangue e você sabe disso!
 
Agora ela está a mercê de todos os outros e eu estarei aqui fora, tentando fazer o possível por ela... serei seu agente duplo se quiser e revelarei todos os planos de Yuriev...”
 
Ele clicou em enviar e então torceu para que a mensagem chegasse ao destinatário, logo recebendo a notificação de que a mensagem havia sido entregue  lida.
 
Poucos segundos depois seu celular tocou, um número desconhecido o chamava.
 
- Eu sabia que não poderia contar com você... – a voz de Yuriev não demonstrava surpresa – Você é tão tolo meu jovem, acredita mesmo que eu lhe entregaria o endereço de Kuran para que pudesse me apunhalar pelas costas?
 
Do outro lado da linha, Marshall sentiu um suor frio correr por sua espinha, engolindo em seco.
 
- Muito bem, sera como você pediu... -  a linha foi desligada e Marshall tentou retornar a Yuriev, mas sua própria linha havia sido cancelada.
 
- Kuso! – ele gritou, batendo na mesa, atraindo a atenção de algumas pessoas que no local. Ele fez um gesto de desculpas e então saiu apressado. O que deveria fazer agora? O que poderia fazer?
 
Ele seguiu até um caixa eletrônico e tentou sacar dinheiro, conseguiu sacar pouco menos de 500 dólares antes de sua conta aparecer como bloqueada. Aquilo deveria servir por alguns dias.
 
“O que eu faço?...” – ele sentiu certo desespero, como se o próprio Yuriev estivesse ali o observando.
 
Marshall olhou em volta, algumas pessoas já tomavam às ruas, mas ele não conseguia sentir a aura de nenhum vampiro ou caçador. Eram apenas humanos comuns.
 
Marshall então lembrou-se do endereço da pensão que havia anotado, em um prédio residencial ali perto. Teria que se hospedar usando algum nome falso ou algo assim, embora naquela cidade pequena se esconder não seria fácil. Por sorte trouxera um antigo passaporte falso com o nome de Lee Hong. Aquilo serviria.
 
Ele se dirigiu ao local e alugou um quarto, um dos mais baratos, não precisava de muito conforto.
 
Ele abriu a porta e entrou no seu quarto, guardando seus pertences o melhor que pode, mas logo saiu. Havia algumas coisas a serem feitas e sua mente confusa ainda sentia uma espécie de dívida com Yuriev.
 
Ele foi até os correios e enviou as amostras, como prometera, para o outro vampiro, esperava que com isso, ele retornasse a Marshall algumas regalias ou mesmo poupasse Tohru. Era idiotice e isso era óbvio, mas ele precisava tentar.
 
Ele também comprou um chip telefônico, não sabia bem o porquê, mas talvez necessitasse fazer alguns contatos antes de tudo.
 
Marshall retornou ao quarto e tomou algumas pastilhas, deitando-se na cama e olhando pela janela mal coberta pela velha cortina desbotada. O que haveria de fazer?
 
Não demoraria muito para que a sede lhe alcançasse e ele logo teria que sair. Talvez o mais sensato fosse sair da cidade.
 

Ele acessou a internet, usando o celular como roteador para o computador e então comprou um bilhete, que deveria ser retirado e pago na rodoviária. Ficaria em uma cidade vizinha até decidir o que fazer.

Edgard estava na praça aguardando sua senhora. As infrações que havia feito levava-o aquele incêndio tinha descoberto uma fonte onde caçadores de vampiro renegados cobravam pra serviços de assassinato e espionagem. 

Ele tinha imagens e relatos a mostrar a ela.

Através das sombras do lugar ela surge andando calmamente até o chafariz chegando ao local marcado por mensagem. De longe ela vê o vampiro esguio de pele pálida e cabelos castanhos impecavelmente cortados. Ele já era um velho conhecido de caçada de seu pai, já o conhecia desde jovem, quando ainda era só uma garota com pouco treinamento. Depois do falecimento de seu pai ele prometeu servir-la mantendo a ligação com a família Valentine. Ele era uma pouca pessoas que Rose confiava inteiramente para fazer certos serviços. Por isso ela o trouxe da Inglaterra sem pensar duas vezes.

- Olá, Edgar. - Ela diz o olhando e verificando se ele estava bem com os olhos. Por mais que não demonstrasse ela se preocupava com os seus lacaios.

- Conte-me tudo o que descobriu.

Por mais que eles estivessem em um lugar público ela mantinha a atenção em qualquer aura de outra pessoa que estivesse por perto. Como era bem tarde da noite aproveitava que o lugar estava vazio.

Ela acha graça na forma que ele se comporta, mas sabe que aquilo é necessário caso alguém os vejam no local para disfarçar. Dessa forma ela entra no jogo olhando para a paisagem quando ele aponta fazendo o teatrinho.

Ela dizia para si mesma em tom baixo com se memorizasse o nome dele:

- Jafer Ludovick...

Um ex-hunter que trabalha como free para crimes. Ele teria sido pago para tentar nos matar? Não via motivos para alguém do tipo dele ter motivos pessoais para tal feito. Loran é de uma família de hunter, e ela nunca ouviu falar dele. Provavelmente teria sido um crime encomendado.

Ela continua prestando bastante atenção nas informações que Edgar lhe apresentava. Um vampiro que coincidentemente entrou um pouco antes da explosão e saiu de lá de carro e carregando alguma coisa. O que seria?

E ele já foi visto com o hunter. Ele teria algo a ver? Será que foi uma queima de arquivo. Ela tantas suposições que rodavam a cabeça de Rose que acabam deixando-a uma pouco nervosa. Todo o trabalho que teve para conseguir achar o atirador não podia terminar em nada.

Ela mantia o olhar atento a tudo o que ele falava quando ele falava sobre o Pub's Amadeus, ao menos um lugar para recomeçar e achar esse vampiro. Já era alguma coisa, ele seria um frequentador regular de lá?

Não estava com cabeça para voltar para a corrida no momento. E queria saber o nível do lugar. Com algum milagre, talvez, poderia esbarrar sem querer com esse vampiro. Gostaria de saber a reação dele na presença dela.

- Obrigada, Edgar.- Ela dizia com uma voz harmoniosa. - Continue com as investigações, caso saiba de mais algo me contacte imediatamente.

Ela dá um leve sorriso sarcástico que ele conhecia muito bem.

- De repente me deu uma vontade de beber algo. Acho que irei no pub.

Ela começava a andar segurando o papel com o endereço e balançando levemente na altura do ombro como se despedisse.

- Vá descansar um pouco, aposto que desde que chegou deve estar direto trabalhando nisso.

E assim ela novamente desaparece nas sombras.

Depois de sair do Pub com Freya, Rose fez um gesto para que continuasse a andar com ela após ter se despedido do humano.

Já próximo à praça ela se volta para a ruiva para falar.

- Agradeço o aviso e agradeço a atenção. 

Ela solta um leve suspiro.

- E... agradeço por ter me ajudado a sair de lá. - Ela dizia tentando manter a compostura depois do susto da associação da aura à pessoa.

- Se eu fosse você. Também não voltaria para lá. Não tens noção do que eles estão escondendo lá. Se aquela Lya for quem eu penso, estamos perto de uma guerra.

Ela mantinha o foco dos olhos no horizonte enquanto falava expressando uma reflexão enquanto falava. 

- Mais uma coisa. 

Nessa hora o olhar de Rose se foca nos olhos da vampira como um felino olhando para sua presa. Freya poderia sentir um desconforto nessa hora.

- O que aconteceu agora ficará apenas entre nós, ok. Loran não precisa saber que eu estive lá. Na hora certa eu mesma conto.

Freya caminhava junto a Rose, olhando para o chão  e prestando atenção em seus passos. com a mochila nas costas, percebia seu contorno na sombra que se formava pela rua.

gratidão? não esperaria isso dela, não como se realmente fizesse algo grandioso, ela era a noiva de seu grande amigo, não custava nada a ela, ajudar alguém próximo num momento de cautela. o agradecimento foi retribuído com um sinal com as mãos de que isso não era necessário. a ruiva não agiria de maneira tão formal com um companheiro de classe, na verdade quase não agia de maneira formal.

ouviu o concelho com cuidado e concordou, mas teve que rebater aquela observação.
- olhe, rose... sei dos perigos que é ir para um lugar como aquele, na verdade quando te vi já estava saindo dela, justamente por que me dei conta do ugar, mas fico admirada que você não teve um pouco de cuidado de ir para aquele tipo de lugar... eu sou um ex- humano, estou fadada e me tornar  um caído! ninguém ali daria grande atenção para mim. mas você... você é diferente.  

levando a mão aos cabelos, a ruiva coçou a cabeça e em seguida ajeitou os fios de modo que pareciam arrumados. ouvir que rose pediria segredo dela era engraçado mas ao mesmo tempo util.
- deu sorte que estava sem sinal de celular para ligar para ele, mas mandei uma mensagem para Liriel com o tom zombeteiro, ela não sabe que correu risco, no que depender de mim, você nunca esteve no subterrâneo.  

se espreguiçando Freya olhou para o ceu noturno, escrevendo  uma ultima mensagem para liriel.

" sai com a noive, o portador  é Lya apague as mensagens  acho que ela se perdeu do Loran, mas já esta voltando pra academia"

- sua preocupação agora é liriel - sorri com o termino da mensagem, e satisfeita ocm o final daquela confusão.

A vida dela era tão mais fácil quando não tinha que dar satisfações a ninguém...

Por um momento ela se perguntou o porquê de ter se apaixonado logo por um Kuran. Começou a sentir saudades da antiga solidão.

Agora tinha que achar a Liriel e pedir o silêncio dela. Maravilha.

Por sorte ela não conseguiu falar com Loran, agora tinha que inventar uma desculpa pela ausência.

- Quando fui para o Pub estava atrás de outra coisa. Não tinha noção de que aquela mulher poderia estar lá.

Ela pega o celular em seguida abrindo a caixa de mensagem.

- Quanto a Liriel eu espero me resolver com ela. 

E esperava também que ela não tivesse conseguido falar com Loran.

Citação :

"Liriel, não conte ao Loran onde eu estive. Eu mesma trato disso com ele no momento certo. Att."

Ela guarda o celular e volta a falar com Freya.

- Preciso voltar para onde Loran está.

Ela termina de dizer começando a se afastar dela indo em direção à um beco escuro.

- Adeus.

Ela diz e quando entra no beco seu corpo some na escuridão, assim como a sua presença.

Tohru estava muito assustada...Nunca havia feito algo tão ousado assim antes...Provavelmente, seu tio lhe  daria uma bronca e o próprio Marshall, se conseguisse encontrá-lo. Depois de fugir da Cross, seguindo o rastro já quase apagado de Marshall, a jovem vampira estava se sentindo perdida, andando a esmo pelas ruas da cidade. A manhã já ia alta e ela tentava se esconder do sol, embora ele não estivesse muito forte. pegando uma caixinha de pastilhas que pegara em seu quarto, tomou duas para manter as energias.

Sentou-se na sombra em uma cafeteria, pedindo um café da manhã reforçado. Enquanto esperava o pedido, foi fazendo pesquisas em seu celular sobre hospedarias ou hotéis de baixo custo.

"- Ele deve estar se preparando pra sair da cidade, já que sabe que está sendo caçado...Preciso achá-lo logo...Se quer ser discreto, deve poupar dinheiro...Deve estar em uma pensão ou hotel pequeno... Na cidade baixa tem vários estabelecimentos assim...- chegando sua comida, ella come rapidamente, para não perder muito tempo.- "Espero sentir a presença dele, quando chegar lá...O problema é que , é bem capaz dele me sentir também, mas ele não irá fugir de mim de novo! Ele precisa me ouvir!"- pensou, decidida. Pagou a conta e partiu o mais rápido que pôde para prossseguir em sua busca.

+Lya+

Aquela noite tinha um sabor diferente, o ar fresco da madrugada era convidativo e ela andava despreocupada, havia visto o quanto o mundo mudará do período que esteve acordada, como desejou ter presenciado aquelas mudanças, mas o maldito Kuran fez ela dormir tirando o direito de participar da evolução dos humanos.

Ao chegar no centro daquela cidade sentou-se perto do chafariz e passou a ver os humanos despreocupados andando aquela hora sem ao menos se preocupar com a presença de uma fera que ali com olhos de um felino que brilhava ao brincar com um novelo de lã.

Deliciosos e ali tão fáceis de serem pegos, era uma tentação incrivelmente deliciosa. Magnus havia lhe falado do tratado que existia, outra vez aquele maldito Kuran, impedindo de vampiros serem vampiros, de terem direito a sua natureza, de serem aqueles seres superiores.


Sentiu a presença de outros vampiros, alguns a olhavam e acenavam com a cabeça em respeito, mas preferiam manter distância. Outros simplesmente mudavam de calçada para evitar o contato com ela.

O que podia fazer a eles? Nada, não tinha interesse em um vampiro que não fosse o Kuran. Soubera também que o Kuran que conhecerá atualmente já sucumbira e estava em um caixão de gelo em sono eterno e que seus descendentes caminhavam sobre aquele solo e possivelmente tem os mesmos dons que o ancestral que dormia.

Ela bufou, qual seria a graça de se vingar de um descendente? Ela queria mesmo é destruir aquele que a prendeu naquelas ruínas. Se vingar, mas iria se contentar com o que tinha... Um mero descendente.


Observou um casal de vampiros parar ao outro lado da rua, estavam elegantemente vestidos e esperavam por algo ou alguém... Mas o que lhe chamou atenção fora o nome Kuran... Seus olhos amarelos fixaram neles e aguçou sua audição.

_Essa festa é perfeito minha querida, iremos nos aproximar e fazer o máximo de contato com Kuran-sama.-Vampiro alto de cabelos castanhos muito bem vestido estava ao lado de uma bela vampira também elegantemente vestida que sorria a ele e consentiu com a cabeça.

_Acredito que hoje teremos essa oportunidade meu senhor. –Ela virou-se e fez um aceno com a face para a rua em direção a um carro preto que parou e desceu o motorista, indo até a porta lateral abrindo para ambos embarcarem.

Assim o carro seguiu saindo do centro indo em direção a cidade baixa. A vampira sorriu, vendo aquele carro partir e resolve seguir se embrenhando entre as ruas daquele centro comercial.

Em uma rua o casal conversava alegremente quando o motorista freio de brusco.

_Mas Jonas... Por que parou?

O motorista estava com a expressão de pavor olhando a frente sem conseguir falar.

_Jonas vamos nos atrasar... O que...

Quando o jovem vampiro conseguiu olhar seu senhor apontou para frente e outro sentiu uma aura negra pesada invadindo o carro.

Ela parara de frente a eles, estava em sua real forma, olhos amarelos e pele pálida como mármore ao seu lado cães do inferno rosnavam e com um gesto foram para a lateral do carro.

Ela deslizou seu corpo e em poucos segundos estava entrando naquele carro, o que aconteceu a seguir fora rápido e os sons dos gritos abafados pelo negro soar da nevoa do inferno.

Logo o carro estava novamente andando e dentro dele a jovem elegante vampira segurava o convite em suas mãos.

_Vamos fazer uma visita ao senhor Kuran.

O demônio assumira a forma do motorista e dirigia atento ao caminho indo até a mansão Lutont como estava escrito naquele convite.

 
 
 
 
 
 
 
 
 

 

O que falar sobre esta cidade que eu mau conheço e já considero pacas? desde que sai da Suécia no ano passado para estudar aqui, tenho achado esta cidade maravilhosa!, ela tem um clima ameno ( é mais quente que a minha cidade natal, mas tudo bem) tem um clima meio antigo, levemente como no velho continente, sem falar que tem um clima mais sombrio. o que é bom pra mim, ninguém fica implicando com minhas roupas pesadas e minha maquiagem carregada.

era um dia normal, mas havia um problema, ainda era de manhã, praticamente meio dia, sair normal era uma coisa que não sabia como fazer. com uma poa dose de protetor solar, nas mãos, espalhei protegendo a minha pele, peguei um batom com proteção UV  e um  protetor para cabelos. eles estavam presos  em uma trança embutida do alto da minha cabeça com a franja reta  solta escondida pelo chapéu. meus óculos estavam a mão, juntamente com a minha bolsa, isso depois de me vestir com roupas claras, porém usando muita maquiagem para ter um ar normal, pintada meus cílios de preto com rímel e usava lápis de olho para destacar a cor, sombras, blush, prime, base, corretivo... tudo era necessário para que tivesse uma pele de aspecto saudável.

eu estava a procura de um emprego meio expediente, eu estudava de manhã, mas isso era um pequeno parto, minha condição é mais vantajosa para a vida noturna, com isso meu "fuso horário" é diferente. minha sombrinha com proteção uv era um trambolho amais que eu levava, por conta disso ja haviam me apelidado de vampiro... mas isso não existe, só por que nas histórias dizem que eles andam de noite, tem a pele pálida e não podem pegar sol... bem, ter a sensação da pele queimar enquanto anda não é nada confortável quando os riscos de ter câncer e morrer por isso são enormes.

andei pela cidade com uma bolsa de alça transversal ao meu peito, com os currículos em mão a procura de um emprego, ser modelo era bom, mas como eu não era a de desfile, sempre demorava pra pintar outro trabalho. comecei a andar de porta em porta entregando meu currículo, quando entrei numa cafeteria,, educadamente tirei meu óculos expondo os violetas, e meu chapéu, depois que fechei a sombrinha, expondo meus cabelos brancos e minha pele branca. guardei as lubas finas e caminhei até o balcão entregando um currículo para o gerente, e também aproveitando para beliscar alguma coisa. ( sabe como é, saco vazio não para em pé!) um milkshake para me refrescar da roupa e uma água para minha caminhada de volta. olhava em volta enquanto esperava minha bebida e então vi a menina de cabelos azuis, é parece que não era a unica ali que chamava a atenção. ela tinha feições muito bonitas, mesmo quando comia. dei uma risadinha vendo aquela cena quando tomei um susto. minha senha havia sido chamada e então peguei meu pedido, me sentando num lugar um pouco mais afastado das janelas, mas olhando para a menina que tinha muitas cores nela.

 
 
 
 
 
 

a menina de cabelos azuis falou comigo? olhei para os lados e aparentemente ninguém mais prestava atenção nela de alguma forma, olhei para onde gesticulava, ah era meu cabelo,dei um sorriso bem expressivo mas demonstrando que estava encabulada , o convite da conversa era bom. acenei com a cabeça apontando para a cadeira a frente. não queria correr o risco de ter queimaduras sentando perto da janela.

- eu também gostei do seu, mas eu não posso pintar os cabelos... só com tinta lavável.  
sim eu sei, é muita informação, mas a garota do cabelo azul passava uma energia tão legal que parecia impossível não querer conversar com ela... mas de alguma forma cômica eu só me lembrava de um filma, Azul a cor mais quente"

+ Lara +
 
 
 
 
 
- Mas se bem que com essa cor de pele e o seu cabelo branco você fica parecendo um tipo de princesa das neves.  - Ela continua falando apontando para ela com uma batata e afirmando com bom humor.