Academia Cross RPG
Bem Vindos!!
Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho - Página 2 Botun

Aos visitantes e Novatos Na Academia Cross.

Leiam as Regras para participar do RPG.

Regras Gerais, orientações e Sistema do Jogo

Arigato pela Visita e volte Sempre!

Administração Equipe Cross

Academia Cross RPG
Bem Vindos!!
Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho - Página 2 Botun

Aos visitantes e Novatos Na Academia Cross.

Leiam as Regras para participar do RPG.

Regras Gerais, orientações e Sistema do Jogo

Arigato pela Visita e volte Sempre!

Administração Equipe Cross

Academia Cross RPG
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.


RPG Vampire Knight
 
InícioProcurarÚltimas imagensRegistar

 

 Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho

Ir para baixo 
3 participantes
Ir à página : Anterior  1, 2, 3, 4, 5, 6  Seguinte
AutorMensagem
Luthica
C
C
Luthica


Feminino
Char RPG : Daryl Cannigan (B)

Naru Jenkins (ex-humana; D)

Elliot Casper von Wright (A)
Posts: : 484
Inscrição : 28/08/2015

Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho - Página 2 Empty
MensagemAssunto: Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho   Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho - Página 2 I_icon_minitimeSeg 25 Abr 2016 - 11:03

Relembrando a primeira mensagem :

O aeroporto mais próximo de York era Leeds Bradford International Airport e naquela época do ano era uma sorte que ele não estivesse fechado pela neve. Depois disso, agora tinham mais uma viagem de quase 1 hora de taxi até a pequena cidade.

Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho - Página 2 Airport_1374071c

Daryl usava o presente natalino e tinha feito um esforço de comprar roupas modernas para poder caminhar com ela sem destoarem entre os comuns. O problema é que assim ficaria diferente da família. Mas esse era o intuito. O vampiro olhava a namorada a todo momento para ter certeza de que a viagem não estava sendo absurdamente chata. Também estava mais calado. Pois a todo momento lembrava-se que o objetivo principal era exatamente aquilo que ele detestaria fazer: conversar com sua família.


~ Flashback ~


Como parte do plano esperado por Orion para afastar Lily de Nero e evitar um desastre maior sobre o passado da garota, Daryl decidiu levar a namorada com ele para a Inglaterra e conhecer seus sogros. A única forma segura de fazê-la aceitar sair de casa por tanto tempo sem suspeitar muito.

O rapaz escreveu uma carta a sua mãe na moite seguinte a sua decisão e pediu para envio ultra-expresso, o que levaria cerca de três dias, segundo a pesquisa de sua ex-lacaia. Nessas horas via como fazia falta um ótimo celular em sua terra natal. O restante da família saberia por boatos.

Em uma visita à residência Sorel, Naru fez logo o papel de irmã mais nova e, na primeira oportunidade que estavam a sós, soltou a fofoca:

- Daryl disse que vai conversar com a mãe dele para que eu não seja mais uma lacaia. Ele quer ir pessoalmente e... - murmurou, como contando um segredo -vai te convidar para ir junto - Naru contou para amiga após relatar como tinha sido a conversa entre eles sobre deixar de ser uma lacaia (sem mencionar a parte em que Orion apareceu, é claro). Não estava tão empolgada quanto poderia, pois aquilo era uma pequena farsa. Mesmo assim, ficava feliz em poder se tornar membro da família.
Ir para o topo Ir para baixo

AutorMensagem
Fabi
SP
SP
Fabi


Feminino
Char RPG : Nero Sorel (B)

Lillian (Lily) Sorel (B)

Órion Sorel (B)

Lewis S. Murdock (A)

Lucius Sallazar (A)

Leon Gianni (Hunter)



Humor : Sei lá
Localização : Rio de Janeiro - Brasil
Posts: : 1423
Inscrição : 06/09/2008

Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho - Página 2 Empty
MensagemAssunto: Re: Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho   Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho - Página 2 I_icon_minitimeQui 28 Abr 2016 - 14:51

~*Lily*~


Lily notou que Daryl parecia uma estátua perto da mãe. Ele parecia... com medo? Olhou intrigada. Teria a mãe dele feito algo contra o filho? Sentiu pena dele. Sabia como podia ser difícil sofrer abusos dos pais, não era qualquer pessoa que conseguia superar os traumas. Talvez pudesse ajudá-lo naquilo também, afinal ela estava sendo carinhosa com ele, não era tão ruim. Era fofo vê-la cheia das declarações para ele.


Notou que não foi correspondida, mas não se importou quando Daryl segurou sua mão. Então lembrou im detalhe. Ah, sim, damas da sociedade antiga como ela não apertavam a mão de ninguém, era coisa de homem. Elas faziam mesuras ou algo chique do tipo. Deu de ombros. Ia pegar o jeito deles aos poucos, portanto continuou sorrindo como se dissesse que estava tudo bem para ele.


Sentiu o ódio flamejante mas não se intimidou. Não diziam que era normal a sogra odiar a nora no início? Algo como medo de que levassem o filho delas para longe. Pensava que quando tivesse um filho não queria que fosse assim. Mas a situação estava ali e ela não podia fazer nada contra aquilo, por hora. Teria que conquistar a sogra aos poucos e com paciência. Mostrar que era uma garota legal para seu filho e mostrar que iria cuidar muito bem dele. Como uma rainha cuida de um rei.


Ouviu o monólogo, inclinando a cabeça levemente com curiosidade. Primeiro ponto: ciúmes. Segundo ponto: falava sozinha. Terceiro ponto: monopolizadora. Até aí, nada que não pudesse ser resolvido com paciência, assim como Marguerite dissera sobre ela. E teimosia e determinação estavam no sangue dos Sorel.


- Tudo bem - sussurrou de volta para tranquiliza-lo.


Só notou que o loiro estava ali quando a outra vampira citou seu nome. Começava a achá-lo meio assustador com toda aquela pose e silêncio. E sorriu de volta para a sogra como se também nunca tivesse sido ignorada.


- Muito prazer, senhora Marguerite. Sou Lillian Sorel - e fez uma mesura segurando nas laterais do vestido.


Viu Daryl ser levado e o acompanhou com o olhar. Não podia reclamar, podia? A mãe devia estar com saudades do filho, tão sozinha naquele casarão. Era compreensível. Sorriu para o namorado e acenou de leve com a cabeça para dizer que estava tudo bem. Então olhou Pierce atrás de si.


- Podo vir aqui pro meu lado, seu moço, precisa ficar que nem sombra não - falou gesticulando com a mão para seu lado - Prometo que não fujo e nem te mordo - e sorriu para ele. Então seguiu atrás da sogra e do namorado.


Última edição por Fabi em Ter 3 maio 2016 - 13:13, editado 1 vez(es)
Ir para o topo Ir para baixo
Luthica
C
C
Luthica


Feminino
Char RPG : Daryl Cannigan (B)

Naru Jenkins (ex-humana; D)

Elliot Casper von Wright (A)
Posts: : 484
Inscrição : 28/08/2015

Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho - Página 2 Empty
MensagemAssunto: Re: Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho   Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho - Página 2 I_icon_minitimeSáb 30 Abr 2016 - 22:45

Marguerite forçou um sorriso de segundos com a mesura, logo saindo se distraindo com o próprio filho.

Pierce seguiu com Lily, sem manifestar sorrisos. Certamente teria sido mais agradável se Carl estivesse no lugar. De perto, parecia um tipo de zumbi pessoal da sogra, já que até agora só se manifestara para ela e seus olhos focavam completamente na loira e seu filho. Mesmo assim ela tinha certeza de que ele a vigiava.

Cruzando a sala de estar, a decoração não mudava muito. Aquela casa precisava mesmo de um toque de Lily.

Daryl queria que algum evento acontecesse no meio do caminho e ele pudesse soltar-se da mãe e continuar sua viagem agradável com ela. O problema não era a casa ou seus criados peculiares... era todo de sua mãe. A consciência do quanto era um inútil ao lado dela o deixava sentindo-se ainda pior. Tinha vergonha de ser patético na frente dela.

Ao chegarem na sala de jantar, o vermelho ainda existia nos tapetes e na cor aproximada da madeira. Uma lareira e um quadro da própria Marguerite acima dele, toda pomposa em um vestido belíssimo, longo e bufante, e os cabelos presos.

Havia mais cadeiras do que o necessário e uma linha de criados esperando por eles atrás da cadeira da ponta. Todos humanos. E Carl no meio deles, parecia ansioso.

Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho - Página 2 Dining-room

Marguerite soltou o filho e, como uma criança, saiu apressada alegremente para a última cadeira, que foi puxada por Carl. Pierce, que tentou inutilmente chegar antes de sua senhora para fazer essa gentileza, contentou-se em caminhar até a cadeira da esquerda mais próxima dela e puxou, olhando Lily na sequência. Já Daryl, libertado daquela sensação esmagadora, deu um sorriso fraco para a namorada, caminhando para o assento que seria à frente de Lily e ao lado direito da mãe. Sentia-se um pouco atordoado, mas ver em seu rosto que ela continuava animada o aliviada muito. Um humano já estava pronto atrás de sua cadeira para puxá-la.

- Muito bem. Que o jantar seja servido - bateu palma, alegre.


Última edição por Luthica em Seg 2 maio 2016 - 8:01, editado 1 vez(es)
Ir para o topo Ir para baixo
Fabi
SP
SP
Fabi


Feminino
Char RPG : Nero Sorel (B)

Lillian (Lily) Sorel (B)

Órion Sorel (B)

Lewis S. Murdock (A)

Lucius Sallazar (A)

Leon Gianni (Hunter)



Humor : Sei lá
Localização : Rio de Janeiro - Brasil
Posts: : 1423
Inscrição : 06/09/2008

Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho - Página 2 Empty
MensagemAssunto: Re: Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho   Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho - Página 2 I_icon_minitimeDom 1 maio 2016 - 2:16

~*Lily*~


Lily se sentia um pouco incomodada com a postura do valete, mas havia se convencido de que logo se acostumaria ao jeito do empregado. Não lembrava de tê-lo visto falar antes, seria Pierce um vampiro mudo? Se fosse ela se culparia por ter achado que ele era apenas antipático, ou caladão. Não tinha jeito de ser tímido. Começava a sentir falta de Carl e da agitada Daisy.


A decoração vermelha predominante fazia com que achasse que estava em uma casa da realeza. Era justo para a nobreza vampírica. E, sem dúvida alguma, ela preferia muito mais uma casa cheia de vermelho do que se estivesse na casa de um gótico que só usasse preto. Não que fosse contra essa cor, mas o clima escuro despertava uma parte sombria dela que a menina tinha receio.


Olhou ao redor já pensando. Amarelo combinaria bem com aquele lugar, margaridas e girassóis ficariam muito belos com arranjos com trigo seco com todo aquele vermelho do local. Ou talvez rosas brancas e flores silvestres. Um toque de dama da noite, orquídeas... Bem, haviam locais suficientes na mansão para se decorar e testar aquelas combinações. E deixariao cheiro floral muito mais natural na casa.


Voltou sua atenção para o casal a sua frente. Daryl estava tão tenso... ela começava a ficar preocupada com ele. No entanto, não deveria agir de forma indelicada justo no primeiro dia e causar um atrito tirando-o da mãe.


Chegou na sala de jantar e... mais vermelho. Pensou que vampiros eram realmente muito monocromáticos. E quanto ao quadro... A sogra ficava muito mais bonita de cabelos soltos como estava naquele momento. 


Ah, ali estavam os humanos da casa. Cumprimentou os empregados com um leve aceno da cabeça e lançou um sorriso gentil a Carl antes de se aproximar e aceitar a gentileza de Pierce e se sentar na cadeira puxada.


- Obrigada - agradeceu sorrindo. Não desistiria de tentar conseguir alguma reação daquele vampiro.


Sorriu para Daryl e aguardou que o jantar fosse servido com a ordem de Marguerite.
 


Última edição por Fabi em Ter 3 maio 2016 - 13:12, editado 1 vez(es)
Ir para o topo Ir para baixo
Luthica
C
C
Luthica


Feminino
Char RPG : Daryl Cannigan (B)

Naru Jenkins (ex-humana; D)

Elliot Casper von Wright (A)
Posts: : 484
Inscrição : 28/08/2015

Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho - Página 2 Empty
MensagemAssunto: Re: Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho   Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho - Página 2 I_icon_minitimeSeg 2 maio 2016 - 8:15

Apesar de calado, Pierce tinha micro expressões interessantes. Uma tensão constante nas sobrancelhas e a forma quase brusca que largou a cadeira da garota e saiu em passos firmes mostrava que ele estava constantemente irritado.

A linha dos empregados se dispersava coordenadamente em busca dos alimentos na cozinha, e Carl sorriu para Lily escondido.

- Ora, ora... O que posso dizer? Que bom que estão aqui, crianças. Pelo que tenho conhecimento, aquela cidadezinha está cheia de problemas... - comentava Marguerite distraída com um humano servindo a comida.

Daryl pensava que tipo de coisas Naru enviara para a mãe, mas imaginava que nada muito preocupante. Também lhe atentava o fato de que a mãe estava tratando Lily "bem" agora.


- De certa forma...


- Mas fico feliz que tenha feito ótimos contatos. Quem diria, logo o nosso líder e sua noiva. Não poderia ficar mais feliz. Ah. Sirva vinho especial a eles

Daryl iria protestar sobre dar bebida a Lily, mas olhou a namorada. Ela saberia muito bem se comportar e seria uma desfeita simplesmente recusar assim.

- Hm. Sim, conheci algumas famílias importantes... - concordou.

Um outro humano aproximou-se cuidadoso da garota, servindo-a enquanto olhava de soslaio e visivelmente temeroso, mas sileciosamente profissional.

- E outras que me deixam curiosa... Por exemplo, a senhorita.  Quem é? Me fale um pouco da sua família - dizia ainda sorrindo.

Daryl suspirou. Agora que sabia do passado da menina Chevalier, sentia que era melhor nunca dizer nada, correndo o risco de ter informação que ela não teria oficialmente dito. Pensava no quanto aquela pergunta era patética, já que seu sobrenome Cannigan era carregado de tristeza. A obsessão da mãe em parecer "bem" para os outros tinha sido herdada dos von Wright, mas sem nenhum objetivo prático para ela, já que nada que fizesse a faria ser bem vista novamente. Irônico.
Ir para o topo Ir para baixo
Fabi
SP
SP
Fabi


Feminino
Char RPG : Nero Sorel (B)

Lillian (Lily) Sorel (B)

Órion Sorel (B)

Lewis S. Murdock (A)

Lucius Sallazar (A)

Leon Gianni (Hunter)



Humor : Sei lá
Localização : Rio de Janeiro - Brasil
Posts: : 1423
Inscrição : 06/09/2008

Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho - Página 2 Empty
MensagemAssunto: Re: Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho   Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho - Página 2 I_icon_minitimeSeg 2 maio 2016 - 10:25

~*Lily*~

Lily ficou preocupada com Pierce ao notar as discretas expressões dele. Gostaria de saber o que o deixava tão aborrecido. Seria ela, ou a vinda dela que estava o aborrecendo tanto? Sentiu-se um pouco culpada ao pensar naquilo.


Com os outros empregados ela os agradecia baixo conforme a serviam e ficou feliz de ao menos ter a simpatia de Carl naquele momento. Ficava feloz de ter treinado um pouco de etiqueta com Daryl e Naru para não ser um completo desastre. 


Olhou Marguerite quando ela começou a falar e ficou imaginando o que Naru teria escrito para ela e se havia contado sobre Lily e seu pai. Sorriu de leve ao lembrar dos amigos que havia perdido contato naquela confusão toda que fora o fim do ano anterior.


Ficou tensa quando a sogra pediu para que servissem vinho. Ela gostava da bebida, mas sabia que não podia beber sem acabar... ficando fora de si. No entanto, não poderia ser descortês de recusar a gentileza. Olhou receosa para Daryl ao aceitar a taça e não bebeu. Olhou para o humano também, dando um leve sorriso e agradecendo baixo para acalmá-lo.


Então veio a pergunta da sogra. Falar um pouco de sua família? O que poderia dizer? Que ela e o pai eram dois criminosos desajustados renegados pelo próprio clã? Não, não podia falar aquilo...


- Somos só eu e meu pai - ela começou falando baixo - Meu pai decidiu ser independente depois de... se desentender com a família dele... Então cortou laços e seguiu em frente... Não conheço outros parentes. Ele me adotou quando eu era bem pequena, eu não lembro dos meus pais de sangue - ela ajeitou uma mecha no cabelo - Então minha família somos só nós dois.


Ela desviou o olhar e tomou um gole do vinho. Resolveu não contar sobre seus crimes ou sobre Naru ter sido acolhida na família.


Última edição por Fabi em Ter 3 maio 2016 - 13:11, editado 1 vez(es)
Ir para o topo Ir para baixo
Luthica
C
C
Luthica


Feminino
Char RPG : Daryl Cannigan (B)

Naru Jenkins (ex-humana; D)

Elliot Casper von Wright (A)
Posts: : 484
Inscrição : 28/08/2015

Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho - Página 2 Empty
MensagemAssunto: Re: Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho   Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho - Página 2 I_icon_minitimeSeg 2 maio 2016 - 10:54

Daryl observou atentamente e ficou aliviado ao notar que ela não tinha bebido. Sentia-se um grande mentiroso por ter as respostas das lacunas de memória dela na palma da mão e ainda esperar que  continuasse sem saber sua origem.

- Entendo...  Seu pai é Orion Sorel? Dizem que é um lorde encantador - disse quase num cantarolar, sem conhecer, e sabendo que era bem improvável que a garota fosse filha dele. - É um homem notável por preservar o nome de seu clã. Talvez nem todos sejam assim tão... exemplares - um sorriso surgiu automático com a última palavra, julgando-a com todos os sentidos. Então o pai era um rebeldezinho...

Daryl olhou com muita surpresa para a mãe. Por um momento, pensou que Naru pudesse ter contato algo nas cartas, mas isso era bem impossível, mas só a menção daquele nome já causava um grande desconforto. Por que ali também? Ele era o motivo para que estivessem ali para começo de conversa. Engoliu em seco. Queria muito que a garota não fosse procurar informações daquele tio maldito por causa daquela fala. Achou que era a hora de interceder e saiu em defesa de Nero:


- Conheci o pai de Lillian e posso afirmar que ele é um pai exemplar


A atenção de Marguerite virou para o filho como se o tivesse percebido na sala só naquele momento. Virou o rosto, confusa, como se estivesse diante de alguma criatura mágica, absorvendo a ironia aos poucos.

- Não entendi o que quis dizer com isso, meu amor - o tom de voz saiu profundamente magoado, ainda que houvesse tom de inocência. Daryl continuou olhando para ela, de péssimo humor, esperando que concluísse sozinha. Marguerite tocou sua mão por cima da mesa e ele encarou o prato. - Eu só fico preocupada, sabe, querida? - voltou-se novamente para Lily. - Não quero que meu filho seja caçado. Já sofremos tanto com esses caçadores por aí. Imagina ainda se preocupar com clãs inteiros? E relacionar-se com você pode ser um grande perigo. Sabe, talvez você esteja acostumada a rebeldia, sendo filha de um tipo de encrenqueiro... Já meu Daryl é descendente dos von Wright. Um brilhante clã antigo, de quem eu tive esse raro presente. Sabe que seria muito ruim para ele se de repente se unisse a uma... uma bifurcação de um clã. Você também não teme?


- Mãe, isso não é assunto para--


- Realmente. Por isso tomei a liberdade de avisar seu pai sobre essa visita e ele deve apresentá-la a toda a família. Lá vocês poderão descobrir se vão ficar juntos ou não. - sorriu alegre, bebendo um gole de vinho,  havia uma espécie de satisfação vingativa naquela declaração. Daryl lançou um olhar cansado a Lily e deu um suspiro curto. Balançou a cabeça negativamente, para que ela entendesse que não deveria se preocupar com aquele falatório. - Estão gostando da comida? Bebam mais, por favor
Ir para o topo Ir para baixo
Fabi
SP
SP
Fabi


Feminino
Char RPG : Nero Sorel (B)

Lillian (Lily) Sorel (B)

Órion Sorel (B)

Lewis S. Murdock (A)

Lucius Sallazar (A)

Leon Gianni (Hunter)



Humor : Sei lá
Localização : Rio de Janeiro - Brasil
Posts: : 1423
Inscrição : 06/09/2008

Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho - Página 2 Empty
MensagemAssunto: Re: Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho   Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho - Página 2 I_icon_minitimeSeg 2 maio 2016 - 11:44

~*Lily*~

Lily tomou apenas um gole do vinho. Talvez se bebesse devagar não desse tempo para que fizesse efeito nela. E poderia enrolar para beber apenas uma taça. Iria tomar outro, mas se interrompeu ao ouvir o nome do outro Sorel. Olhou surpresa e intrigada para Marguerite. Então ela tinha um clã? E conhecido? Sabia que seu pai era italiano, então a família devia ser de lá. Uma pena que ele não a permitia procurar sobre seus parentes, nem mesmo os adotivos.


"Quem vive de passado é museu" era o que ele sempre dizia quando ela fazia alguma pergunta do tipo.


- Orion Sorel? Não, ele não é meu pai... Não o conheço, mas talvez seja meu parente - comentou, imaginando como seria o tal lorde encantador. Seria bonito e ruivo como seu pai? Ela gostaria de saber. Por sorte se distraiu naqueles pensamentos e se esqueceu de dizer o nome do pai. Era ingênua de cometer aquele erro com a sogra. E definitivamente não notou que havia sido julgada.


Olhou agradecida para o namorado quando ele defendeu o pai. Sorriu apreciando aquele gesto, era bom ver que haviam deixado as implicâncias e ciúmes bobo de lado. Apesar de ficar preocupada com a visível tensão entre ele e a mãe.


Encarou a sogra enquanto ouvia suas preocupações. Ao invés de abaixar a cabeça e se sentir envergonhada como qualquer moça faria naquela situação, Lily sorriu energética.


- Não precisa se preocupar, senhorita Marguerite - ela acenou com a cabeça enquanto falava - Eu já tive muitas experiências, sei me virar sozinha. Tenha certeza que posso proteger o seu filho - falou com a maior inocência e boas intenções.


Olhou curiosa para Daryl, ainda sorrindo, estava claro no olhar dela que a menina queria saber mais sobre a família dele e o tal clã von Wright.


- Não, não temo - negou com a cabeça falando como a criança que era, calma e natural, sem se intimidar pelo discurso da sogra - Nome não faz caráter. Não é melhor para ele ter uma esposa que o ame do que ter alguém de renome? E amor eu posso garantir que tenho - falou e olhou Daryl, sorrindo fofinha e carinhosa.


Seus olhos brilharam de expectativa quando Marguerite falou que havia avisado ao pai dele. Ficava animada de poder conhecer o resto da família.


- Ah, será ótimo, obrigada! - agradeceu inocente e sorriu para Marguerite - É claro que vamos ficar juntos. Eu amo seu filho, nada vau me separar dele a menos que EU queira.


E deu um sorriso doce enquanto tomava outro gole da bebida. Daryl podia reconhecer o brilho de malícia dos Sorel no olhar da menina apesar das palavras doces e sua animação. Era o mesmo brilho de maldade que ele vira contido no olhar de Orion. A última frase havia sido uma alfinetada proposital. Era o vinho começando a fazer efeito.


- A comida está ótima, obrigada por tamanha hospitalidade - falou polida, sorrindo e voltou a comer.


Última edição por Fabi em Ter 3 maio 2016 - 13:10, editado 1 vez(es)
Ir para o topo Ir para baixo
Luthica
C
C
Luthica


Feminino
Char RPG : Daryl Cannigan (B)

Naru Jenkins (ex-humana; D)

Elliot Casper von Wright (A)
Posts: : 484
Inscrição : 28/08/2015

Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho - Página 2 Empty
MensagemAssunto: Re: Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho   Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho - Página 2 I_icon_minitimeSeg 2 maio 2016 - 12:13

Carl, lá atrás, fez uma bela careta para segurar o riso quando a garota disse que o protegeria. Não que duvidasse. Mas era a primeira moça que ele ouvia dizer algo do tipo.

Daryl achava cada frase de Lily como um afago. Como um dia poderia pensar que ela não tinha modos? Sabia exatamente como lidar com a nobreza podre. Gente maldosa por indiretas como sua mãe e até sua família não conseguia atingir uma mulher de alma tão nobre e sincera. Sorriu orgulhoso olhando admirado diretamente para ela.

Marguerite ouviu aquilo com um brilho no olhar. Quem ela achava que era para proteger seu menino? A única que poderia protegê-lo era a mãe, ela mesma, mas continuou com seu discurso.

"Nome não faz caráter", ela disse, fazendo-a engolir em seco.

"Não faz? Você vai ver se não faz..." , pensou, com o mesmo brilho em seus olhos.

A sequência de falas pareciam tê-la atingido em mais memórias do que a vampira imaginava.

Primeiro, tinha criadora aquela detestável possibilidade de ser uma esposa. Depois, dizia que tinha amor. Que amor? O único amor que Daryl precisava era o seu. Para sempre.  Engoliu aquilo e depois soltou o pequeno veneno sobre a visita para a família principal. Só assim a vampira descobriria que aquele falatório era todo bobagem. Ela nunca seria aceita naquele lugar. Nunca.

O sorriso desapareceu quando Lily continuou animada, falando sobre a força de seus sentimentos por seu filho e que nada os separaria. Olhou para o filho, que correspondia àquela vampirinha maldita com olhares de satisfação e o que era aquela outra coisa? Pena? Simpatia?

Tremeu o lábio.

"Amor..."

Será que a vampira realmente seria tão resoluta assim?

A vaga ideia surgiu em sua mente e a ideia de ver seu filho indo embora veio como um lampejo, fazendo-a pousar a taça com força na mesa, espatifando o cristal que a fazia. Sua mão e lábios tremiam.

- Mãe!

- Madame. - Pierce caminhou até ela, enquanto um pequeno esquadrão de humanas corriam para dentro, para fazer a limpeza.


- E-eu... desculpe...querido... Não sei o que...aconteceu... Essas... Essas taças são de péssima qualidade! Quero que troquem tudo! - berrou para Pierce, que assentiu.

- Vamos providenciar isso, madame.

Os humanos prontamente pegaram as taças de Lily e Daryl, sem muita cerimônia, saindo cabisbaixos.

- Está tudo bem? - perguntou, mais baixo, já em pé, para a namorada. Esperava com todas as forças que sua raiva pelas taças fosse a única manifestação da noite.
Ir para o topo Ir para baixo
Fabi
SP
SP
Fabi


Feminino
Char RPG : Nero Sorel (B)

Lillian (Lily) Sorel (B)

Órion Sorel (B)

Lewis S. Murdock (A)

Lucius Sallazar (A)

Leon Gianni (Hunter)



Humor : Sei lá
Localização : Rio de Janeiro - Brasil
Posts: : 1423
Inscrição : 06/09/2008

Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho - Página 2 Empty
MensagemAssunto: Re: Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho   Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho - Página 2 I_icon_minitimeSeg 2 maio 2016 - 12:41

~*Lily*~

A jovem Sorel tomou um susto quando a taça se espatifou em cima da mesa com a reação da sogra. Olhou Marguerite assustada e então entendeu o que passava ao ver o semblante dela. Medo... Medo de ficar sozinha. O mesmo medo que a própria Lily muitas vezes sentira. O mesmo ciúme que ela tivera dos casos do pai por tê-lo levado dela por simples momentos.


Olhou com pena e arrependida. Como pudera ser tão insensível e cruel com a sogra? Como não havia pensado que uma frase simples poderia causar aquela reação. Era natural ficar violenta, ela entendia bem aqueles momentos, afinal tinha um vampiro como Nero como pai. E justamente por aquilo já tinha costume com rompantes de raiva.


Levantou-se rapidamente, pegando o próprio lenço e se aproximou da sogra, sem medo dos berros que ela dera aos empregados. Pegou a mão dela com gentileza e passou o lenço com cuidado para limpar o sangue que escorria e o vinho, tomando cuidado de tirar os cacos da taça para não a ferirem mais.


- Está tudo bem, senhora Marguerite. A senhora vai ficar bem, foram só cortes superficiais - falava baixo, calma e gentil, como se quisesse acalmar e confortar a outra vampira - Foi apenas um pequeno acidente.


Assim que acabou, lambeu os ferimentos com cuidado para cicatrizá-las, limpou a mão dela novamente com o lenço e beijou as costas da mão dela com carinho, alisando seus dedos.


- Pronto, pronto.... vai passar - continuou sendo gentil e largou a mão dela com cuidado - Está melhor agora? - perguntou preocupada.


Havia notado a pergunta de Daryl e olhou para ele como se dissesse que ela estava bem. Não era Lily quem precisava de cuidados naquele momento e sim Marguerite, por isso a menina agira sem pestanejar. Lily era forte, não seria um susto daqueles que a comprometeria.


Última edição por Fabi em Ter 3 maio 2016 - 13:08, editado 1 vez(es)
Ir para o topo Ir para baixo
Luthica
C
C
Luthica


Feminino
Char RPG : Daryl Cannigan (B)

Naru Jenkins (ex-humana; D)

Elliot Casper von Wright (A)
Posts: : 484
Inscrição : 28/08/2015

Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho - Página 2 Empty
MensagemAssunto: Re: Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho   Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho - Página 2 I_icon_minitimeSeg 2 maio 2016 - 13:25

Marguerite nem tinha notado que a mão trêmula sangrava. Tamanha a raiva que a tinha possuído naquele momento. Daryl, que tudo que conseguiu pensar era se a sua convidada especial ainda estava inteira, muito menos.

Até seu criado mais leal não tivera tempo para agir. Os olhos dela se arregalaram quando aquela vampira decidiu tocar nela. Falava num tom de voz tão meigo que lhe dava nojo. Por que ela continuava atuando simpatia? Para agradar Daryl? Para fingir que era boazinha e decente para seu menino? Por outro lado, aquela abordagem tão maternal lembrava Josephine, sempre tão paciente, mesmo nas piores situações, ainda mais quando ela beijou sua mão.

Daryl estava embasbacado, agora tinha se aproximado das duas, diante daquele anjo que dava a mão (em muitos sentidos) para sua mãe.

- Não... - começou baixo e de certa forma indecisa. Não queria olhar para a vampira com gratidão. - NÃO TOQUE EM MIM, TIRE AS MÃOS DE MIM. NÃO ME TOQUE! - berrou, afastando a mão bruscamente, podendo ser vista uma leve faísca no movimento, e se levantando, recuando rapidamente na direção de Daryl. - Ela é horrível, meu amor, ela é horrível - choramingou, girando o corpo, encostando o rosto no peito do filho, que a olhou sem reação, passando por cansaço e finalmente pena, quando a amparou com um toque leve no braço. - Você viu o que ela fez. É tudo culpa dela...  - repetia, criando aquilo como realidade para si mesma.

- Madame, deixe-me levá-la ao quarto. Está se desgastando...


-  CALE-SE! - virou o rosto enfurecida, as lágrimas escorrendo em seu rosto. -  VocÊ é um mero enviado do meu marido para me vigiar. Está me drogando e quer que eu morra! - Ela então ergueu o corpo, virando para olhar cada presente-   Vocês todos! Todos vocês! Agora na cartada final trazem essa menininha para a minha casa, se fazendo de boazinha para roubar o MEU filho! EU NÃO VOU DEIXAR. NÃO VOU. - vociferou, andando passos ameaçadores na direção de Lily, tendo o braço segurado por Daryl. Mesmo assim, apontou o dedo para ela. - Escute aqui, menina. Nada vai te unir a ele a menos que EU queira. EU. Entendeu?

- Mãe, já chega. - Daryl puxou a mãe, tentando não machucá-la, e se aproximando mais para trazê-la para perto sem traumas.

- Eu sacrifiquei TUDO por esse garoto durante anos e por isso ele é MEU. Entendeu?
Ir para o topo Ir para baixo
Fabi
SP
SP
Fabi


Feminino
Char RPG : Nero Sorel (B)

Lillian (Lily) Sorel (B)

Órion Sorel (B)

Lewis S. Murdock (A)

Lucius Sallazar (A)

Leon Gianni (Hunter)



Humor : Sei lá
Localização : Rio de Janeiro - Brasil
Posts: : 1423
Inscrição : 06/09/2008

Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho - Página 2 Empty
MensagemAssunto: Re: Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho   Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho - Página 2 I_icon_minitimeSeg 2 maio 2016 - 13:58

~*Lily*~

Lily sentiu um pouco de medo. Não havia como não sentir. Mesmo que fosse seu pai ela sentiria. Ela sabia como vampiros de fogo eram instáveis e como poderiam ser violentos. Ela podia ser boa, podia ser forte, mas também era como qualquer outra menina e sentia dor. Viu a fagulha e se encolheu por um momento. Não... Não podia deixar aquilo abatê-la.


Afastou-se da sogra por respeito a seu espaço, tremendo levemente. Ainda assim, tentava manter a expressão firme e serena. Não a culparia. Não seria intimidada. Quando Marguerite se aproximou, a menina não recuou. Pelo contrário. Lily se aproximou e mesmo ainda trêmula a abraçou.


- É triste... não é...? Dói... Dói muito se sentir só... Eu sei como é... Eu sei o quanto pode doer... - falava baixo e com empatia com a mulher diante de si - Eu sinto muito... Sinto muito por fazê-la ficar triste e se sentir ameaçada... Não era a minha intenção... É minha culpa - falou com paciência - É minha culpa que esteja se desgastando.


Afastou-se e ergueu as mãos para enxugar as lágrimas da mulher com carinho. Tinha uma expressão calma e dessa vez um pouco severa no olhar.


- Eu sei que seu filho é grato por tudo o que a senhora teve que sacrificar em nome dele... E sei que ele sempre vai te amar, a senhora é a mãe dele... Os filhos sempre amam seus pais... - ela sorriu docemente - Mas Daryl não é um pertence. Ele é uma pessoa. E, assim, é livre para escolher o destino dele e com quem ele vai ficar... seja conosco ou não... Daryl não pertence a ninguém além de si próprio...


Ela falava com paciência, tentava explicar da forma mais indolor possível para a pobre mulher sofredora. 


- Eu não estou aqui para roubar seu filho... Jamais ousaria tirar o Daryl da senhora... Jamais se deve tirar um filho de uma mãe... Eu não vim para substituir a senhora... Uma mãe é insubstituível... Mesmo SE eu quisesse eu JAMAIS poderia cumprir o SEU papel na vida dele, senhora Marguerite... - sorriu e se afastou dela - Eu não estou aqui para subtrair, Margie... estou para somar... O coração do seu filho é grande o suficiente para sempre ter um espaço contínuo para receber todo o seu amor por ele... e para devolvê-lo para a senhora com toda a intensidade que merece, que precisa, e muito mais... 


Ela olhou para Daryl ao dizer aquelas palavras. Havia notado que o rapaz agia de forma estranha e se preocupava muito mais com ela que com a própria mãe. Estava na hora de ele entender que quem precisava de assistência e atenção ali era Marguerite e não ela. Então voltou a olhar a loira.


- Assim como o meu também estará, senhora Marguerite... Se algum dia estiver disposta a me aceitar no seu. 

Se afastou e fez uma leve reverência oriental.


- Eu sinto muito por tê-la exaltado e feito se ferir - se desculpou outra vez - Irei me retirar agora, com licença - e se virou receosa para sair.


Última edição por Fabi em Ter 3 maio 2016 - 13:06, editado 1 vez(es)
Ir para o topo Ir para baixo
Luthica
C
C
Luthica


Feminino
Char RPG : Daryl Cannigan (B)

Naru Jenkins (ex-humana; D)

Elliot Casper von Wright (A)
Posts: : 484
Inscrição : 28/08/2015

Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho - Página 2 Empty
MensagemAssunto: Re: Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho   Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho - Página 2 I_icon_minitimeSeg 2 maio 2016 - 14:39

Nenhum humano restava naquele espaço. Todos já haviam debandado e se escondido nos "compartimentos secretos" dos criados. Restavam Carl, Pierce, e Peggy estava na porta da cozinha, terminando de orientar uma humana com os restos de cacos. Estava pronta para defender seus funcionários, mas nenhum deles estava pronto para a atitude da vampira naquele abraço. Peggy levou a mão à boca, Pierce olhou com certo desprezo, sem se mover, e Carl correu para o lado da governanta.

Daryl queria adverti-la sobre tocar em sua mãe depois daquele teatro, então por instinto acabou segurando o braço dela mais firmemente, facilitando aquela ausência de reação da senhora Cannigan.

Os olhos se arregalaram novamente quando ela decidiu secar suas lágrimas. O corpo parecia menos duro e ela fez força para que o rapaz soltasse seu braço. Com um pouco de desconfiança, ele o fez, notando que o "efeito Lily" estava acontecendo.

- Você acha mesmo? - perguntou quase inocente, a voz fraca.

A loira olhou para trás quando ela se referia a seu filho, acompanhando cada palavra como uma criança. Por algum motivo muito estranho acreditava que estava sendo sincera. Olhou para o chão quando a garota cravou que não se deveria tirar um filho de uma mãe. Ela nem imaginava o que tinha acontecido naquela casa...

Daryl percebia com estranheza o quanto parecia que Lily tinha se afeiçoado mais rapidamente pela mãe do que ele mesmo durante a vida toda. Era aquilo tudo que a mãe estava sentindo? Deveria ser, já que ela não reagia de forma agressiva. Como a namorada tinha descoberto tanto em pouco tempo? Também se sentia esquisito, pois não lembrava de ter conseguido se expressar daquele jeito com a mãe. Quando Lily o olhou, não podia deixar de pensar se verdadeiramente sentia alguma daquelas coisas pela mãe, além de achá-la um fardo. Mas percebia que deveria sim fazê-lo... Afinal, era o que tinha começado a achar da família de Lily. Perdoava Nero por matar a família de Lily, mas não perdoava sua mãe por seus erros no passado. Sentia-se culpado. E tinha que pensar a respeito, pois era o esperado por ela. Por elas, não é mesmo? A mãe o olhava, esperançosa. Estava claro que tinha acreditado.

O rapaz tentou dizer algo a Lily, mas ela o tinha colocado numa decisão difícil. Queria ir atrás dela, mas isso a deixaria decepcionada, pois precisava consolar a mãe. Ao mesmo tempo, também não podia largar Marguerite naquele estado sabe-se lá com quem.

- Vamos, eu vou te levar para o quarto, mãe

A loira se aproximou feito um cachorrinho, aceitando de bom grado o braço do filho.

- Não se preocupem! Eu levarei a senhorita Lillian para um incrível passeio. - Carl se adiantou, correndo para perto da vampira - A visita não ficará entediada.

- Tudo bem assim, Lily? - olhou preocupado, mas achava que ela seria compreensiva. Pierce se aproximou com aquela deixa.

- Madame, eu-

- Você não - barrou Daryl e o criado rosnou baixo. A mãe não estava satisfeita ao lado do "valete" e ele precisava visitar os aposentos da mãe sem um espião para confirmar uma coisa. - Está dispensado.

- Como quiser, senhor - respondeu, formal, fazendo uma reverência e sumindo pela porta atrás de Peggy.
Ir para o topo Ir para baixo
Fabi
SP
SP
Fabi


Feminino
Char RPG : Nero Sorel (B)

Lillian (Lily) Sorel (B)

Órion Sorel (B)

Lewis S. Murdock (A)

Lucius Sallazar (A)

Leon Gianni (Hunter)



Humor : Sei lá
Localização : Rio de Janeiro - Brasil
Posts: : 1423
Inscrição : 06/09/2008

Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho - Página 2 Empty
MensagemAssunto: Re: Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho   Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho - Página 2 I_icon_minitimeSeg 2 maio 2016 - 15:22

~*Lily*~

Lily sorriu docemente e acenou com a cabeça quando Marguerite fez a pergunta a ela. Mesmo que Daryl não acreditasse, um filho sempre tinha um laço com o pai. E ela parecia o amar tanto... Eles só precisariam de tempo, paciência e carinho para se entenderem. Estava aliviada que a sogra parecia tê-la escutado.


Olhou para Daryl e aguardou a reação do rapaz. Esperava que ele agisse daquela vez. E ele agiu. Sorriu orgulhosa para ele quando o rapaz tratou a mãe com mais atenção e carinho. E sorriu agradecida para Carl quando o rapaz parou a seu lado.


- Está tudo bem, mon cher. Sua mãe precisa mais de você do que eu agora... Vá com ela. Levem o tempo que precisarem - incentivou o namorado. 


E quanto a Pierce... ela agora tinha receio dele depois das palavras de Marguerite. Um espião do pai... Por que o pai precisava de espião? Que tipo de pessoa colocava outra para espiar uma pessoa debilitada como a sogra? Não fazia bem a ela. Nada que a deixasse paranóica faria bem a ela. E drogá-la... Ah, a menina ficaria de olho. 


- Vamos, Carl?
- chamou o outro sorrindo, entrelaçou o braço no dele e foi saindo da sala.


No entanto, assim que se afastou o suficiente e teve certeza que Daryl já estava no andar de cima com a mãe, Lily soltou Carl fracamente e se deixou cair em uma das inúmeras cadeiras pela casa. Tremia bastante dos pés à cabeça.


- Eu... eu consegui... a acalmar... - ela ria nervosa com os olhos lacrimejando - Não acredito... que deu certo... ah céus... - ela começou a chorar - Me desculpa - falou trêmula para o empregado enquanto escondia o rosto nas mãos, soluçando baixo - S-só est-tou assustada... J-já v-vou m-me acalmar... 


Última edição por Fabi em Ter 3 maio 2016 - 13:04, editado 1 vez(es)
Ir para o topo Ir para baixo
Luthica
C
C
Luthica


Feminino
Char RPG : Daryl Cannigan (B)

Naru Jenkins (ex-humana; D)

Elliot Casper von Wright (A)
Posts: : 484
Inscrição : 28/08/2015

Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho - Página 2 Empty
MensagemAssunto: Re: Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho   Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho - Página 2 I_icon_minitimeTer 3 maio 2016 - 7:46

Carl seguia alegremente como de costume, até ter que lidar com aquele momento de quebra emocional de Lily. Ele a ajudou a sentar-se e parecia bem surpreso de vê-la naquele estado.

- Senhorita! Quer uma água? Sangue? Alguma coisa? Um arzinho? - ele abanou com um lenço retirado do bolso do uniforme. Olhava em volta, preocupado. Correu até uma parede oca e bateu como se fosse uma porta. Segundos depois, uma fresta se abria e ele sussurrava: - Água! Traga água!

Depois voltou-se para Lily, preocupado.

- Ei, você foi ótima! Nunca vi ninguém conseguir domar a fera daquele jeito. Somente o senhor Daryl conseguia isso e... de forma não muito amável. Quer que eu vá chamá-lo? Precisa de primeiros socorros? Você sabe que... nessas horas trazíamos a Naru para medicar as pessoas - falava aleatoriamente para tentar ajudá-la e, como última alternativa, estirou o braço na frente dela, oferecendo sua mão enluvada, para que ela pudesse segurá-la, substituindo um abraço.


Ir para o topo Ir para baixo
Fabi
SP
SP
Fabi


Feminino
Char RPG : Nero Sorel (B)

Lillian (Lily) Sorel (B)

Órion Sorel (B)

Lewis S. Murdock (A)

Lucius Sallazar (A)

Leon Gianni (Hunter)



Humor : Sei lá
Localização : Rio de Janeiro - Brasil
Posts: : 1423
Inscrição : 06/09/2008

Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho - Página 2 Empty
MensagemAssunto: Re: Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho   Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho - Página 2 I_icon_minitimeTer 3 maio 2016 - 8:45

~*Lily*~


Lily se deixou chorar um pouco para poder aliviar o susto que levara momentos atrás. Passou as costas das mãos para enxugar o rosto enquanto via a preocupação do pobre empregado com ela.


- Um copo de água - ela aceitou a sugestão dele e o viu bater na parede em mais uma porta secreta tão fascinante.


 Aceitou o lenço dele para terminar de secar o rosto e sorriu ao segurar a mão estendida.


- Obrigada, Carl. Você é um amorzinho - disse agradecida e mais calma - Eu... eu só entendi o que ela estava sentindo... eu sei como é se sentir sozinha... - ela deu um tapinha na cadeira ao lado o convidando a se sentar - Como eu disse, éramos sempre eu e meu pai, mas ele sempre foi um mulherengo. Eu vivia me sentindo sozinha e revoltada com as pessoas que roubavam o tempo dele e o levavam de mim... Eu entendo o que é ciúme, solidão, e o quanto isso pode ser doloroso.


Ela respirou fundo e ficou um tempo em silêncio.


- Meu pai é um vampiro de fogo também. Eu sei o quanto eles podem ser... instáveis, explosivos e violentos... São extremamente passionais. E meu pai... bem, as vezes ele é mais agressivo do que a senhora Marguerite foi e nem eu conseguia domá-lo quando botava fogo em tudo... E até mesmo eu perco o controle quando me exalto e acabo dando pane elétrica em tudo - sorriu sem jeito e continuou - De alguns meses para cá o meu pai melhorou. Ele... eu nunca havia o visto tão dócil, atencioso e carinhoso... Não tem mais ciúmes doentio e se mostrou mais paciente... Ele só precisava do companheiro certo para curar ele... Assim como o Daryl e a Naru me tiraram da solidão... Eu acho que esse é o problema da senhora Marguerite... Ela só precisa de amor, atenção e paciência para ficar bem... E o Daryl precisa aprender a lidar com isso - suspirou - Por favor, não conte pra ele como fiquei... Ele acha que eu sou um bibelô frágil, mas eu não sou - sorriu - Já estou bem.


Última edição por Fabi em Ter 3 maio 2016 - 13:02, editado 1 vez(es)
Ir para o topo Ir para baixo
Luthica
C
C
Luthica


Feminino
Char RPG : Daryl Cannigan (B)

Naru Jenkins (ex-humana; D)

Elliot Casper von Wright (A)
Posts: : 484
Inscrição : 28/08/2015

Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho - Página 2 Empty
MensagemAssunto: Re: Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho   Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho - Página 2 I_icon_minitimeTer 3 maio 2016 - 9:05

Carl sorriu de leve. Já a admirava sem nem conhecê-la direito. Afinal, era diferente. Vampiros "modernos" seriam daquele jeito? Olhou em volta, certificando-se de que não seriam pegos de surpresa e sentou-se a seu lado, a postura não tão perfeita quanto poderia. Estava cansado.

- Eu acho que todos aqui conseguem entender um pouco disso, senhorita - lamentou durante o silêncio dela. - Mas a coragem de admitir é admirável. Vejo que a senhorita é uma criatura diferenciada. Não apenas por seus olhos de cores diferentes. Mas todos nós percebemos que havia uma parcela... humana em você. Não do tipo que os outros vampiros desprezam, mas daquele tipo que, no fundo, gostariam de viver muito menos para ter. Onde está aquela água? - olhou irritado para a porta e depois voltou a ouvi-la.

Olhou bem impressionado. Nunca imaginaria que a garota tinha um lado explosivo como praticamente todos daquela casa. Ouviu pacientemente. Mal ela imaginava que provavelmente era ela quem tinha salvo o jovem Daryl e também lhe chamou atenção o fato de que... Naru era amiga daquela nobre? Sentiu uma pequena pontada. Mas o foco agora não era ele. Sorriu.

-  Não se preocupe, senhorita. Não contarei nada. Espere. - Levantou-se de repente, agora olhando a porta. Caminhou até ela e puxou bruscamente, quase derrubando a garota com o copo.

- Que grosso!  - Daisy se esforçou para não derrubar a água. Carl rosnou para ela. - Oi! Senhorita, aqui está sua água - fez uma mesura e a serviu.

- Daisy. Você estava ouvindo?

- Ora. Eu vi que o Timmy ia buscar água, achei ele no meio do caminho e perguntei para que era. Me ofereci para vir no lugar dele. Todo mundo estava tão alvoroçado por causa do jantar!

- Daisy!

- Olha só quem fala, senhor estouemocionalcomaconvidada. Você não pode fazer isso. uhhh.. Vou chamar o Senhor Pierce, que parece extremamente de mau humor. SENHO--

- Fique quieta - ele tapou a boca dela, falando baixo. - Tudo bem. Você tem razão... Eu já estou bem cansado disso e prometi um passeio incrível. Vamos sair daqui.

- Uhu--

- Daisy.

- Por favor, me deixa ser amiga dela. Por que só você pode?

- Se ela se irritar com você, você some em dois tempos, e se a Peggy te pegar no caminho, eu não tenho nada a ver com isso.

- Combinadinho - jurou.

- Venha, senhorita Lily, vamos conversar em outro lugar. Talvez você deva mesmo saber algumas coisas sobre essa casa.

- Vamos naquele lugar?

- Daisy.

- Ai tá bom. Vou ficar quieta.
Ir para o topo Ir para baixo
Fabi
SP
SP
Fabi


Feminino
Char RPG : Nero Sorel (B)

Lillian (Lily) Sorel (B)

Órion Sorel (B)

Lewis S. Murdock (A)

Lucius Sallazar (A)

Leon Gianni (Hunter)



Humor : Sei lá
Localização : Rio de Janeiro - Brasil
Posts: : 1423
Inscrição : 06/09/2008

Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho - Página 2 Empty
MensagemAssunto: Re: Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho   Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho - Página 2 I_icon_minitimeTer 3 maio 2016 - 9:52

~*Lily*~


Lily o ouviu em silêncio enquanto notava sua postura cansada. Devia ter um trabalho árduo ali tendo cuidar de Marguerite e de tudo dia após dia junto dos outros. Será que ao menos tinham direito à férias?

As palavras dele a fizeram olhar para baixo ligeiramente ruborizada. Sentia-se lisonjeada pelos elogios, mas não achava que era tudo aquilo que ele dizia dela. Ele não conhecia o pior lado da menina. Não sabia o quão ruim ela também poderia ser. Não era um anjo. Não era perfeita. E como ser imperfeito, também fazia coisas erradas e agia de forma ruim.

- Papai e eu vivíamos viajando... Nós parecemos mais humanos porque tivemos que aprender a viver entre eles sem levantar suspeitas - explicou. Era o que ela acreditava, mas qualquer um saberia que apenas conviver com humanos não deixava um vampiro ser... bom daquele jeito. Era algo próprio dela, herdado de sua mãe, mas ela não sabia daquele detalhe.

Olhou surpresa quando Daisy surgiu atrás da porta. Não havia notado a movimentação dela, a humana era boa em ser furtiva. Sorriu para ela e aceitou o copo, bebendo a água enquanto observava o diálogo dos dois. Quase riu quando ela chamou Carl de "senhor estouemocionalcomaconvidada" mas se controlou. Se levantou e passou a acompanhar os dois.

- Se estiverem cansados podemos parar em algum lugar... Não quero que se sacrifiquem só para serem cordiais comigo - falou preocupada para ambos.

Iria iniciar as perguntas, mas levou um leve susto quando o celular vibrou em seu bolso de trás. Pegou o aparelho e ligou a tela, fazendo uma leve careta.

- Vish... - murmurou para si mesma ao ver de quem havia recebido a mensagem - Podem esperar um minuto, por favor? - pediu.

Abriu a conversa e olhou com um suspiro para a foto do ruivo como contato da agenda e olhou a mensagem em japonês.

Citação :
A senhorita, Lillian Sorel, poderia lembrar de seu queridíssimo pai e ter a consideração de mandar uma mensagem para avisar que está bem para aquele que estava aqui SOZINHO ainda acordado esperando uma palavra de conforto. Já chegou?

A menina rolou os olhos com aquele drama todo e mandou uma mensagem de volta para ele.

Citação :
Sim, já cheguei, estou bem. Agora para de drama. Beijos, te amo.

- Podemos ir - falou e guardou o aparelho de volta no bolso.

Olhou Daisy, pensativa, e depois Carl. Quando já estavam em um lugar mais afastado voltou a falar.


- Por favor, eu quero ajudar essa família... Mas eu não sei o que está acontecendo aqui. Eu não sei o que mais de errado está nessa casa. Por favor... Eu quero saber, eu preciso saber para poder ajudar... - ela implorou - E preciso saber o que ela quis dizer sobre Pierce naquela hora e o porque ele parece sempre irritado - falou, mostrando que havia notado as expressões dele - E o que é aquele lugar que tanto fala?
Ir para o topo Ir para baixo
Luthica
C
C
Luthica


Feminino
Char RPG : Daryl Cannigan (B)

Naru Jenkins (ex-humana; D)

Elliot Casper von Wright (A)
Posts: : 484
Inscrição : 28/08/2015

Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho - Página 2 Empty
MensagemAssunto: Re: Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho   Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho - Página 2 I_icon_minitimeTer 3 maio 2016 - 11:01

Enquanto Lily escrevia, notava que Daisy se esforçava para olhar por cima do ombro, sendo impedida por Carl. Era uma garota bem audaciosa.  

Ele as conduzia de volta para a porta principal e já estavam mais distantes da bagunça. Parou quando aproximaram-se da escada e ouviu o que a vampira tinha a dizer. Seus olhos a fitaram tensos por alguns instantes, tomando uma decisão repentina e anunciando em voz alta, para o restante da casa:

- Bem, Senhorita Lillian, vou levá-la a seu quarto


Daisy sorriu largamente e fez um sinal de silêncio para ela. Era um aviso ao vento, para despistar bisbilhoteiros. O trio seguiu pelas escadas, voltando para os dormitórios naturalmente. A única anormalidade ali seria Daisy, que carregava o copo de água atrás deles como desculpa.

Seguiram até o quarto da garota, que ele cuidadosamentea abriu, deixou sua despedida e fechou sem  que entrassem. Talvez um cuidado exagerado. Mas Carl sabia que nada daquilo era realmente demais.

Passaram reto. Ignorando todas as portas no caminho. O destino deles só poderia ser um: o quarto vigiado de Josephine. Daisy parecia entender aquilo também, pois arregalou os olhos e cobriu a boca, engolindo gritinhos de emoção.

O mordomo fez todo o caminho de forma taciturna e quando alcançou a porta do fim do corredor, tirou um molho de chaves pendurado no cinto. Todas as chaves eram muito parecidas, exceto por duas prateadas, uma delas com um adorno de pedra vermelha e uma de bronze com detalhes na ponta, que foi a escolhida.

Quando o quarto foi aberto, a primeira impressão foi o cheiro estranho. De mofo, velharia, um perfume forte vencido que tentava esconder um cheiro mais fraco, mas que de alguma forma lhe era muito familiar

O rapaz esperou que as duas entrassem no quarto e fechou a porta atrás de si, só então acendeu a luz. Estava visivelmente assustado, no alto da adrenalina por entrarem naquele lugar.

O ambiente, porém, não parecia tão ameaçador.

Afinal, era só um quarto...

Um quarto com papel de parede azulado e gasto. Se houvesse uma janela naquele ambiente, estava escondida pela grande casa de madeira, suas bonecas antigas, um pomposo baú de brinquedos bem fechado e ursos gigantes de pelúcia. No canto, uma cama curiosa infantil: tinha grades altas, talvez um excesso de segurança desnecessário para uma criança daquele tamanho.

Carl suspirou. Daisy cobriu o nariz, fazendo caretas.

- Este aqui é "aquele lugar". Onde não podemos mexer, mas conhecemos.

- O quarto macabro? Mas eu achava que.. - Carl olhou feio para ela.

- Eu vou explicar para você o que há de errado com essa família. - Olhou em volta e tremeu, indeciso -  Eu acho. Senhorita... você tem certeza de que quer saber de tudo? Tudo mesmo? Eu acho que me deixei levar pela imprudência dessa menina, vamos embora...

- Não, você tá louco? E se ela casa com ele sem saber de tudo?

- ... Eu vou começar com aquilo que me perguntou então...

O mordomo capturou um pedaço de metal atrás da cama e puxou uma abertura no teto, fazendo descer uma escada de madeira.

- UAU - a empregada cobriu a boca, sendo repreendida mais uma vez.

- Pode subir, senhorita Lillian.
Ir para o topo Ir para baixo
Fabi
SP
SP
Fabi


Feminino
Char RPG : Nero Sorel (B)

Lillian (Lily) Sorel (B)

Órion Sorel (B)

Lewis S. Murdock (A)

Lucius Sallazar (A)

Leon Gianni (Hunter)



Humor : Sei lá
Localização : Rio de Janeiro - Brasil
Posts: : 1423
Inscrição : 06/09/2008

Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho - Página 2 Empty
MensagemAssunto: Re: Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho   Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho - Página 2 I_icon_minitimeTer 3 maio 2016 - 11:32

~*Lily*~


A vampira olhou confusa para ele quando Carl falou em voz alta, como se dissesse aquelas palavras para mais alguém que estivesse escondido. Mas então Daisy sinalizou para ela e Lily obedeceu, permanecendo em silêncio. Voltou com eles para a ala dos quartos e observou todo o teatrinho, tomando cuidado para não estragar a encenação sem querer.

Até andarem e pararem diante do quarto vigiado pelo olhar severo da avó de Daryl. Ao contrário de Daisy, Lily começava a ficar apreensiva devido a situação. E ainda tinha uma chave especial para ser aberta a porta. Aquele definitivamente não era um quarto qualquer.

A menina entrou e tapou o nariz ao sentir o cheiro forte de mofo e velharia, o perfume vencido que lhe dava vontade de espirrar e... algo que ela não soube reconhecer o que era, mas que a incomodava de alguma forma e lhe dava a sensação de ser familiar. 

O ambiente não era ameaçador... Mas havia algo de errado ali, Lily sentia. Começando pela cor do ambiente. Papel de parede azul em uma casa repleta de vermelho e bronze. Sem janelas ou janelas escondidas, talvez lacradas para que ninguém soubesse o que havia lá dentro, ela pensou. Era um quarto infantil. No entanto, não sabia se era um quarto infantil de uma menina ou um menino. As bonecas eram comuns para meninas, mas a cor do quarto não. Talvez fosse os dois. A vampira sentiu um calafrio que a arrepiou dos pés à cabeça. Não gostava daquele ambiente. Parecia o quarto de um... prisioneiro. Aquela cama era quase uma jaula. E o que cheiro de perfume vencido estava fazendo em um quarto de criança?

- Sim. Eu quero saber tudo. Eu preciso saber. - disse firme, apesar de ter vontade de sair daquele lugar imediatamente - Quero que me contem tudo. Sem segredos.

Então tudo ficou ainda mais esquisito. Heis que uma escada de madeira desceu do teto, dando para um ambiente desconhecido. A sensação só começava a ficar pior. Sótão. Não havia clichês com sótãos e porões para vampiros. Eles REALMENTE guardavam coisas ruins nesses lugares. E lá estava ela, disposta a entrar por livre vontade em um deles.

Respirou fundo, tomando coragem e subiu, degrau por degrau, imaginando o que a aguardaria lá em cima.
Ir para o topo Ir para baixo
Luthica
C
C
Luthica


Feminino
Char RPG : Daryl Cannigan (B)

Naru Jenkins (ex-humana; D)

Elliot Casper von Wright (A)
Posts: : 484
Inscrição : 28/08/2015

Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho - Página 2 Empty
MensagemAssunto: Re: Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho   Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho - Página 2 I_icon_minitimeTer 3 maio 2016 - 11:41

As escadas rangiam de forma perturbadora conforme subiam. Carl foi o último a fazê-lo puxando uma corda com uma lanterna fraca amarelada e depois cuidadosamente se colocando na frente de Daisy.

A vampira notava que o mordomo tremia, apavorado, mas numa postura defensiva, era claro que estava tentando proteger a humana. Do quê? Era dela. Se aquele cheiro era fraco do andar de baixo, ali em cima ela tinha certeza: era sangue e o rapaz não sabia como ela reagiria.

Ainda que a iluminação fraca somente mostrasse mobília antiga empilhada, quadros velhos ou rasgados e lençois por cima de objetos não identificados, Lily tinha certeza de que naquele lugar havia muito sangue impregnado, mesmo na tentativa vã de limpá-lo.

O que ele não esperava era que, misturado ao aroma atraente natural, aquele tipo de sangue em especial causava grande aversão a ela.

Era sangue de criança.



Ir para o topo Ir para baixo
Fabi
SP
SP
Fabi


Feminino
Char RPG : Nero Sorel (B)

Lillian (Lily) Sorel (B)

Órion Sorel (B)

Lewis S. Murdock (A)

Lucius Sallazar (A)

Leon Gianni (Hunter)



Humor : Sei lá
Localização : Rio de Janeiro - Brasil
Posts: : 1423
Inscrição : 06/09/2008

Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho - Página 2 Empty
MensagemAssunto: Re: Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho   Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho - Página 2 I_icon_minitimeTer 3 maio 2016 - 12:03

Teste de Auto-controle devido a Exclusão de Presa


Força de Vontade 5 + Auto Controle 2 = 7 dados


Dificuldade 7
Ir para o topo Ir para baixo
Master
Administrador
Administrador
Master


Feminino
Char RPG : Narradora

Loran Kuran

Louis Montgomery

Lya Frantini Merelin

Aldoph Magnus

Lorde Drei Dreizahl

Kyoshiro Sugawara Dreizahl

Humor : Vai depender de sua postagem >D
Localização : Rio de Janeiro
Posts: : 2389
Inscrição : 26/01/2009

Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho - Página 2 Empty
MensagemAssunto: Re: Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho   Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho - Página 2 I_icon_minitimeTer 3 maio 2016 - 12:03

O membro 'Fabi' realizou a seguinte ação: Lançar Dados


'D10' : 2, 9, 1, 3, 1, 5, 4
Ir para o topo Ir para baixo
http://www.recantodasletras.com.br/autores/isamiranda
Fabi
SP
SP
Fabi


Feminino
Char RPG : Nero Sorel (B)

Lillian (Lily) Sorel (B)

Órion Sorel (B)

Lewis S. Murdock (A)

Lucius Sallazar (A)

Leon Gianni (Hunter)



Humor : Sei lá
Localização : Rio de Janeiro - Brasil
Posts: : 1423
Inscrição : 06/09/2008

Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho - Página 2 Empty
MensagemAssunto: Re: Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho   Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho - Página 2 I_icon_minitimeTer 3 maio 2016 - 12:22

~*Lily*~


Lily olhou assustada para o jeito de Carl. O que o apavorava tanto? Do que tentava proteger Daisy? Era.... dela? Mas por quê...? Assim que o cheiro a atingiu, seus olhos ficaram vermelhos e a menina paralisou.


~ Crianças... - sussurrou.

Lillian se virou lentamente para olhar o cômodo, horrorizada com a intensidade daquele cheiro, mesmo sendo tão antigo. Não havia sangue ali, mas... Ela sentia... Céus, ela sentia a quantidade de sangue que fora derramado naquele lugar... Tantas crianças... tantas...


~ Não... - ela murmurou horrorizada tremendo forte, pondo as mãos sobre a boca e negando com a cabeça enquanto as lágrimas vermelhas escorriam por seu rosto - Não...

Ela podia ver, podia imaginar as cena daquelas crianças sendo assassinadas naquele porão, pedindo, gritando por ajuda sem jamais serem salvas. Filhotes inocentes que jamais poderiam crescer e ter uma vida. Pais que sequer saberiam o que teria acontecido a seus filhos. Crianças que haviam perdido sua inocência e ao mesmo tempo encontrado o seu fim de uma forma tão violenta... Nas mãos de monstros como eles eram.

Nas mãos de monstros como ela era. As cenas do passado passaram por sua mente, confundindo as memórias com os pensamentos que aquele lugar despertara. Ela ainda podia ouvir os gritos. Ela ainda podia sentir o cheiro do medo. Ela ainda podia sentir o olhar deles sobre si, vendo-a como o monstro assassino que fora.

Ela urrou, deixando faíscas elétricas azuladas no chão quando saltou para o cômodo abaixo e abriu a porta de qualquer jeito, correndo pelo corredor. Ela só queria fugir daquele quarto, queria fugir das memórias que mais a assombravam, queria fugir do sentimento de culpa que ainda consumia seu coração.

A vampira saltou as escadas para o andar de baixo e saiu correndo para fora através da primeira porta que viu, saindo em disparada da mansão ainda soluçando e chorando sangue, visivelmente em frenesi.
Ir para o topo Ir para baixo
Luthica
C
C
Luthica


Feminino
Char RPG : Daryl Cannigan (B)

Naru Jenkins (ex-humana; D)

Elliot Casper von Wright (A)
Posts: : 484
Inscrição : 28/08/2015

Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho - Página 2 Empty
MensagemAssunto: Re: Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho   Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho - Página 2 I_icon_minitimeTer 3 maio 2016 - 13:59

A cor azulada que tomou conta do quarto deixou a forma de instrumentos suspeitos cobertos por lençois e argolas que prendiam algemas nas paredes mais evidentes. Daisy gritou, encolhendo o corpo contra as costas de Carl, que tinha os olhos cobertos por pavor. Ao ver a vampira chegando perto daquele jeito tão brusco, ele empurrou a garota para trás com o próprio corpo, torcendo pela própria sorte e ouviu o som da porta truncada cedendo para a força da garota que corria.

Tantas coisas passaram por sua cabeça. Tinha feito tantas besteiras com um único ato...

- Corre daqui - avisou para a empregada, que tinha batido as costas em um armário velho e agora estava ajoelhada no chão, apavorada. Olhou na direção que a nobre tinha fugido. Sabia que não era bom o bastante para impedi-la e deu-se conta que nunca deveria ter aberto aquela porta.


~ ~


Para a sorte (ou não) de Lily, exceto pela estrada por onde haviam chegado, o ambiente alem da mansão era um amplo campo aberto de neve, que ela prontamente conseguiu ultrapassar em velocidade. A iluminação era praticamente inexistente, exceto por casas menores à vista, porém bem mais distantes do que a floresta de pinheiros-larício  que ela começaria a se embrenhar se continuasse seguindo reto.


(Referência)
Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho - Página 2 Larch-forest-in-winter-north-yorkshire-england-A4W4K9
Ir para o topo Ir para baixo
Fabi
SP
SP
Fabi


Feminino
Char RPG : Nero Sorel (B)

Lillian (Lily) Sorel (B)

Órion Sorel (B)

Lewis S. Murdock (A)

Lucius Sallazar (A)

Leon Gianni (Hunter)



Humor : Sei lá
Localização : Rio de Janeiro - Brasil
Posts: : 1423
Inscrição : 06/09/2008

Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho - Página 2 Empty
MensagemAssunto: Re: Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho   Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho - Página 2 I_icon_minitimeTer 3 maio 2016 - 14:38

~*Lily*~


A menina continuou a correr, sem rumo, sua mente não a comandava mais e sim seus pés. Ela passou correndo pelo campo coberto de neve quase como um borrão roxo, deixando um parco rastro de gotas de sangue que eram suas lágrimas. Era muita sorte a casa de Daryl ser tão afastada da cidade. Era sorte não ter ninguém para se por em seu caminho. Lillian jamais se perdoaria por ferir alguém naquele estado.

Logo ela alcançou a floresta, correndo em meio as árvores iluminadas apenas pelo luar. A menina ofegava e conforme se afastava ela se acalmava aos poucos e parava de correr. Ainda estava assustada e horrorizada com o cheiro que sentira. Sua mente aos poucos voltava a clarear.

O que haviam feito naquela casa...? O que Marguerite havia feito...? A menina soluçou. Era terrível... Era terrível o que a loucura podia obrigar as pessoas a fazerem... 


"Por que, Marguerite, por quê? O que a levou a fazer algo tão horrível? O que te transformou em um monstro?"

Ela não conseguia entender o que poderia motivar alguém a fazer algo tão hediondo. Tinha que ter algum motivo. Tinha que ter. Lily não podia acreditar que uma pessoa fazia aquilo apenas porque gostava de fazer. Ela não podia acreditar que uma pessoa era ruim apenas por ser ruim. Mas agora ela estava cansada. A situação exaurira sua energia. Não queria pensar naquilo. Havia visto nos olhos de Marguerite que ela não era uma pessoa ruim, só... com problemas. 

Só havia um problema: onde estava? A menina olhou ao redor e se assustou ao ver apenas árvores ao redor. Passou a mão pelo rosto e se assustou ao ver que estava todo manchado de seu sangue assim como as roupas e as mãos. Sentiu-se deprimida. Tola. Daryl iria ficar furioso e preocupado por causa daquilo. Será que a odiaria por ter bisbilhotado.

Estava cansada... Não sabia onde estava... Lily chorou baixinho e se sentou encolhida encostando-se em uma árvore. Que besteira havia feito... Que tolice... Agora estava perdida no meio da floresta, de noite, no frio. Esfregou os braços para se aquecer e olhou ao redor.

Havia uma sensação que ela não conseguia descrever. Aquilo era familiar... Estar naquela situação era familiar... Por quê? ... Ela se sentia desolada. Sentia-se assustada e sozinha... E era como se estivesse vivendo aquilo por uma segunda vez, ali, sentada sobre as raízes de uma árvore, sozinha na floresta. Sentia que era algo errado... Mas ela não conseguia lembrar... O que ela não conseguia lembrar, o que? Abraçou a si mesma. Sentia falta de algo nas mãos para abraçar. E de alguma forma ela sabia que esse algo era seu coelhinho. Era a única coisa que trazia segurança a ela. Estava incomodada... Por que não lembrava daquilo e se lembrava logo se coisas tão ruins que fizera? Soluçou.

~ Daryl... - sussurrou para o vento, chorosa, rezando para o rapaz viesse resgatá-la, como antes alguém a havia resgatado e ela não se lembrava....
Ir para o topo Ir para baixo
Conteúdo patrocinado





Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho - Página 2 Empty
MensagemAssunto: Re: Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho   Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho - Página 2 I_icon_minitime

Ir para o topo Ir para baixo
 
Oneshot: Um lírio entre fogo e espinho
Ir para o topo 
Página 2 de 6Ir à página : Anterior  1, 2, 3, 4, 5, 6  Seguinte
 Tópicos semelhantes
-
» Oneshot - Noite Feliz
» Oneshot: O despertar de Euphemia

Permissões neste sub-fórumNão podes responder a tópicos
Academia Cross RPG  :: Província Ambarantis :: World Places :: One-Shot RPG-
Ir para: