Chafaris - Centro da Cidade

Loran olhava-o meio um tanto despreocupado, ver ele bebendo de um level E, não era lá grandes coisas, ele mesmo já caçou alguns, mas não bebia deles era só trabalho como hunter para sua família humana.

_Interessante, nunca experimentei apesar de ter caçado alguns, mas era só trabalho...-Deu de ombros._Charles Lutont certo? Algum problema em lhe chamar de Charles? Pode me chamar de Loran, sinceramente não tenho paciência para etiquetas e formalidades.-Deu um meio sorriso fazendo uma careta rápida de quem não era muito fã disso.

_E acho que seria interessante caçar, mas já me alimentei então prefiro procurar algo para fazer nesse lugar.-Olhou-o examinando mentalmente. _E deu para suprir a fome com esse level ai?

Quando ele falou da moto, a qual Loran ainda estava na garupa, sorriu, Loran adora motos.

_Eu curto e essa aqui andou meio baleada..._lembrou mentalmente dos tiros que recebeu em Kyoto._E então vamos fazer algo ou procurar alguma merda para se meter?-riu -Porque sinceramente estou morrendo de tédio nesse lugar.-Dizia referindo-se a Academia e aquela cidade.

Beber de leveis E não era exatamente uma atividade muito prazerosa ou honrada, muito pelo contrário, era quase humilhante para alguém em sua posição. Além do mais, seu sangue, nem de longe, chegava a valer a pena por seu gosto fraco. Mas, quando estava lidando com opções, eles eram a melhor forma de caça naquela cidade. Pelo menos por enquanto. Ali haviam caçadores demais e olhos em todos os lugares.

-Talvez devesse... Digamos que deixa sua dieta menos restrita.

E não te faz passar mal. Completou mentalmente, embora preferisse algo mais palatável como sangue humano ou de algum outro puro sangue. Mas o que seria do mundo se pudéssemos ter tudo o que queremos, não é? Charles apenas balançou a cabeça com desde, quando ouviu Loran perguntar se podia chamá-lo para o nome.

-Acho que até seria melhor, também não sou muito fã de formalidade. Além disso... - Não acho que minha avó ou meu irmão ficariam muito feliz de me ouvir sendo chamado por aquele sobrenome deles. Um bastardo. Pensou. - Não pretendia também ficar te chamando pelo resto do ano de Kuran-san. Isso soa-me como o tipo de puxa-saquismo que me dá nos nervos.

Charles então sorriu de uma maneira sarcástica, girando os olhos, como se indicasse como chamá-lo assim lhe seria irritante. Parecia mais animado, relaxado e autêntico que na reunião, como se Loran agora pudesse ver o verdadeiro ele que não pertencia aquele lugar de antes, nem aquele clima formal opressor que os nobres tanto prezavam.

-Esse não foi o único, haviam mais dois e por sorte nenhuma testemunha. -Não que se importasse em matar alguma testemunha também. - Mas sendo assim... -Ele olhou ao redor, não sentindo nenhum cheiro a mais e voltando a cor de seus olhos ao violeta normal. -Acho que vi um bar no caminho daqui. Não parecia ser grande coisa como os cassinos de Las Vegas, mas acho que é melhor que nada.

É melhor do que voltar para academia. Deu os ombros.

-Só tenho que pegar minha moto lá atrás. Sabe, ela nunca foi baleada como a sua, mas tem uma longa história de rachas nas ruas londrinas depois da meia noite. -É talvez algumas marcas de sangue, mas isso não era importante.

Loran riu do jeito de Charles, ao menos alguém interssante, para distrair daquele lugar e melhor não era um chato nobre e sangue puro cheio de frescuras.

_Compreensivo, até eu ficaria assim se tiver que ficar chamando alguém o tempo todo com tanta formalidade.

Ligou a moto e esperou que Charles viesse com a dele.

_Vamos a esse bar, ao menos é algo para se fazer, preciso beber e esquecer por um momento dessa coisa toda de Kuran, governo etc...

Loran sentiu que perto de Charles poderia se ele mesmo, e notou que para o loiro era a mesma coisa, teve essa impressão que poderiam ser amigos.

Ele não tinha muitos amigos, alias nenhum para dizer a verdade tirando a família humana e Rose.

Até que Loran não era mal. Mesmo que não quisesse admitira sobre almofadinhas divertidos, aquele Kuran até que havia captado seu interesse. Amigos? É. Talvez não fosse uma má ideia se suas impressões se mantivessem. Precisava realmente de alguns ali. Mas antes, o mais importante era procurar diversão.

Charles apenas se viu voltando a escalar o mudo, pulando para outra avenida e então correndo um pouco até a moto negra ali estacionada, escondida pelas trevas da noite.

Vrum. O motor rugiu alto quando ele girou a chave sem capacete e não muito depois, ele se aproximou de Kuran com sua "máquina", parando ao seu lado.

-Mesmo indo beber, não creio que aceitaria fazer esse tipo de coisa pé no saco. Não quando aqueles cachorrinhos do conselho desejam se pousar tão falsamente de politicamente corretos com suas normas.

Puros sangues, nobres, vampiros comuns e leveis E. Ele nunca se importou. Desde a infância aquele mundo lhe era mais simples como a lei básica da selva de ser o mais forte e sobreviver. Nada mais. Nada de toda aquela chatísse. Não era esse o motivo que ele decidirá travar seu próprio caminho longe da família de seu pai? Algo assim. Charles acelerou sem soltar o freio, para que a moto rosnasse.

-Mas não vou me meter nesse tipo de coisa. - Charles abriu um sorriso sarcástico e autêntico. - Vamos ao que interessa, quer correr até lá?

Loran esperou voltar com a moto, era interessante depois de Axel, Charles era vem diferente dos puros que havia encontrado com tanta formalidade e postura de etiquetas e nobreza. 

_Eu infelizmente terei que aturar essa gente, estou tentando me acostumar rs

Viu Charles voltar com um bela moto.

_Garanto a você que não precisamos procurar, geralmente vem até nós. - dizia isso devido ao fatos que a Raiven lhe informou sobre a tal triade que está vindo até ele._Agora ficou interessante...rs

Acelerou a moto e avançou a frente  correndo pela pista.

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Alanis, estava caminhando pela cidade, não havia apreciado o local daquela forma, realmente apesar de ser no fim do mundo aquele lugar tinha a sua singela simpatia.

Vagava até chegar em um chafariz, ali resolve sentar e ver se tinha alguma mensagem de Louis, mas nenhuma resposta chegava, não deu a mínima se ele iria reclamar, enviou outra e ficaria fazendo isso até conseguir dele uma resposta.

Olhou envolta e sentou cruzando as pernas, ela estava vestida até de maneira mais discreta pelos seus padrões.

Spoiler:

Alanis olhava o celular a cada minuto realmente seu irmão estava passando dos limites, some e não responde as mensagens, culpa daquele maldito cabeça de fogo, resmungava mentalmente. 

Levanta de supetão reclamando alto falando o nome de Nero enquanto passava pela praça.

_Madito Sorel, se eu coloco as mãos nele...-esbarra em um homem loiro._Desculpa senhor...-Emburrada se curva como costume daquele lugar, pega o celular e manda uma nova mensagem a Louis.

| Órion |


Ele estava distraído com o objeto em mãos. Se levantou quando acreditou que havia encontrado o caminho quando alguém esbarrou nele. O loiro olhou incomodado e ajeitou a roupa, mas então analisou o que aquela mulher havia dito.


- Com licença, signorita... Não queria incomodar-te ou ser deselegante, no entanto, não pude deixar de ouvir teu rompante - ele fez uma reverência respeitosa e voltou a olhá-la - Acaso dissestes o nome Sorel? Tu conheces alguém com este sobrenome? - perguntou. Será que teria realmente sorte naquela noite?

Alanis ainda olhava o celular quando o homem que esbarrara chamou-lhe atenção ela deu uma leve titubeada para trás e parou de andar analisando-o dos pés a cabeça, notou que ele era bonito e ajeitou-se, ao ouvir ele falar e pelo vocabulário na certa era um nobre, ela conhecia bem aquela pose e formalidade toda, sua família era assim.

_Nossa quanta formalidade, fiquei até sem jeito...- Sorriu para ele, demonstrando certa sensualidade, apesar de ser sutil, até porque aquela noite ela não estava a trabalho. _Sorel, sim conheço... E quem seria o senhor?

Ela parou de frente para aquele loiro e inclinou sua cabeça de lado e suas mechas negras caíram de lado, foi um ato involuntário, a pose era de curiosidade e quem ele era.

| Órion |


Ele fez outra revência, ao estilo europeu desta vez ao notar que a jovem não tinha traços japoneses. Ela era bela. E vestia-se muito bem. O loiro sorriu. Gostava do que via. Mas não estava ali para flertar com uma estranha.


- Perdão se meu jeito a incomoda, minha donzela, é apenas o minha forma de me expressar - falou simpático. Não era uma forma de galanteio, apenas pura educação - Oh, fico deveras feliz em ouvir tal informação. Encantado em conhece-la, bella dama - ele estendeu a mão suavemente a ela e quando a mulher o cumprimentou, ele levou sua mão aos lábios e deu um suave beijo - Órion Sorel, ao teu dispor.

Alanis gostou do que viu, ele era formal mas tinha uma presença marcante e isso lhe lembrava a nobreza da Europa, como sua família era de Londres e aquelas palavras eram bem comuns.

_Não incomoda, na verdade me soa familiar, lembra a minha família europeia.-sorri de novo.

Já que Louis não lhe dava atenção, então iria procurar alguma diversão e pelo que viu de repente ele seria uma boa companhia.

Ela fica até meio boba com o galanteio dele ao pegar sua mão e beijar,mas assim que ela ouve o nome, puxa rapidamente fechando a face com certa raiva.

_Não é possível, mais um eu não aguento... -Colocou a mão na testa em chateação

| Órion |


O loiro não ficou chateado e nem surpreso com a reação da jovem. Se ela já havia conhecido o irmão, então a aversão ao sobrenome era aceitável.


- Vejo que já conhecestes alguém de minha família. Suponho que tal pessoa tenha sido meu jovem irmão Nero, pela tua reação de asco - ele falou sério - Não a culpo por tal reação. Acredito até que seja sensata.


Ele consultou o relógio. Era uma de suas manias quando estava impaciente.


- Peço perdão por qualquer disparate que tenha sido cometido contra a senhorita. Meu irmão sempre teve uma educação... deplorável - ele pigarreou - Nunca consegui educa-lo de maneira... adequada... Mas não tema, não sou um ogro desgovernado como aquela criatura - ele sorriu polidamente - Ficaria lisonjeado se pudesses dar-me a chance de limpar o nome de minha família em teu conceito.

Alanis olha-o sem jeito, ao menos ele era educado e aparentava ser mais sociavel que o cabeça de fogo, suspirou ao ver as justificativas dele sobre o Nero.

_Peço desculpas por isso... Seu irmão?! Nossa quanta diferença... - Sorrir sem jeito a ele, e lembra que com seu roupante de irritação ela esquecera de se apresentar. _ Esqueci de me apresentar.-Estendeu a mão a ele novamente. _Vamos recomeçar? Sou Alanis Montoya e sim detesto o seu irmão, aquele maldito cabeça de fogo ¬¬

Ela suavisou a face quando notou que o irmão também não tinha apresso pelo coisa ruim tomador de irmão alheio.

_Eu o detesto pelo simples fato que ele tomou meu irmão de mim, eu não gosto dele acho que vai trair meu irmão e Louis é muito sensível, ele não irá suportar se enganado.

Os olhos dela brilharam pelas lágrimas que segurava. 

_Eu aviso a Louis todos os dias, mas ele está cego e esse maldito vai magoá-lo, eu sinto isso.

Ela enxugou uma ponta de lágrima que queria escorrer, mas ela estava assim por ter raiva e ciumes do irmão está tão grudado em Nero que não responde as mensagens dela, já não conversava com ela e só ficava naquela mansão no meio do mato.

| Órion |


O loiro deu um leve sorriso.


- Sim, senhorita. As vezes nem mesmo eu creio ter vindo do mesmo ventre que aquela pessoa grosseira. - ele novamente beijou a mão dela - É um deleite conhece-la, senhorita Montoya.


O vampiro a ouviu com interesse. Não era com ela que ele havia flertado e magoado? Ora, aquilo era... incomum.


- Mal posso crer em tuas palavras. Como pode ele descartar uma dama tão agradável e atraente como a senhorita? E por um rapaz? Estou surpreso. Não conhecia tais preferências.


Órion negou com a cabeça. De certa forma era um pouco preconceituoso. O loiro se aproximou e tirou um lenço do bolso, oferecendo a ela.


- Deves temer por teu irmão, senhorita. Nero é uma criatura perigosa. É um megalomaníaco desde jovem. Ele usará todo e qualquer artifício para conseguir o que almeja, mesmo que isso destrua tudo e todos ao seu redor. Mantenha-o longe dele. Antes que teu irmão seja ferido de forma irreversível - falou sério.

Alanis volta a ele e fica um tanto preocupada com as palavras dele.

_E o que venho tentando alertar meu irmão, mas ele não me dá mais ouvidos.-Ela percebeu que o loiro ficou intrigado por aquilo de seu irmão se envolver com outro. _ Louis ele é homo e não esconde isso, mas ele é frágil e sensível... Estou em desespero, enchi a caixa de mensagens dele e não me responde.

Ela ia chamar ele de Sorel, mas se segurou sentia tanto asco por Nero que até falar o nome e sobrenome lhe dava raiva.

_Desculpa posso parecer fora dos padrões, mas eu poderia lhe chamar de Órion? É que só de falar o sobre nome me dá nos nervos.

Ela pegou o lenço e enxugou a ponta de lágrima que estava insistindo a rolar pelo seu rosto.

_Se você que é irmão dele fala isso dele, eu então não errei no meu julgamento.

Ela se aproximou do loiro e juntou as mãos como uma suplica a ele.

_Me ajuda a convencer Louis, se lhe falar que Nero é capaz, ele acredite. - Os olhos azuis de Alanis brilhavam para ele como quem tinha uma esperança sobre aquela situação.

| Órion |


Ele torceu levemente o nariz quando ela falou da relação homossexual, mas não fez comentários por ser o irmão da senhorita.


- Chame-me da forma que lhe for mais confortável, senhorita Montoya, por favor - falou com calma e suavidade.


Ouviu a súplica daquela moça. Sentia cada vez mais ódio por aquele irmão irresponsável que tinha.


- Farei o melhor que puder... Aliás -ele colocou uma mão no queixo - Talvez a senhorita também possa me ajudar... Estou aqui para levar Nero de volta para Roma. Ele já fugiu por muito tempo de seus crimes... Que tal uma parceria? - ele estendeu a mão a Alanis.

Alanis sentiu alivio por poder chamar ele pelo nome e evitar o sobrenome por enquanto, talvez um dia o loiro mudasse a má impressão que tinha.

_Por favor me chama de Alanis... Órion.

Ela percebe que ele não se sentia a vontade em falar daquele preferencia sexual, mas ao menos respeitou por ser irmão dela.

_Obrigado...- estendeu a mão e apertou._Farei de tudo para ajudar.

Ela após sentir o aperto de mão dele, assim selando a parceria, faz ela querer ficar um pouco mais com o loiro.

_E então tem onde ficar? 

Apontou a direção de um open bar e o convidou:

_Digo isso porque eu estava indo aquele bar beber uma taça de vinho, seria muita atrevimento meu se o chamasse para vir junto?

| Órion|


Ele apertou gentilmente a mão dela.


- Como quiser, Alani - sorriu para a mulher - Não tenho. Esperei o taxi para o hotel por minutos e não obtive resposta. Estou perdido no momento - ele apontou para a mala e sorriu sem jeito - De jeito algum. Será um prazer fazer-lhe companhia - ele pegou a mala com uma mão e ofecereu o outro braço a ela.

Marshall passou um longo tempo no bar, esperando pelo amanhecer daquele dia. Ele tomou alguns drinks, navegando pela internet e pesquisando o endereço de pensões pelo local, afinal não teria como retornar à Academia.
 
Tinha um bom dinheiro para se manter, o que o ajudaria por algum tempo, mas esse não era exatamente o problema que temia: o problema era que, se alguém sabia daquilo que havia feito nos dois anos que se passaram, este alguém poderia facilmente denunciá-lo para a Associação. Certamente, mesmo Loran Kuran, após descobrir o que ele havia feito a Tohru, poderia caçá-lo.
 
Talvez devesse partir para Romênia e procurar algo que pudesse fazer como lacaio de Yan, mas duvidava que seria útil agora que não poderia ficar perto de Tohru ou Loran, mas aquela fora sua decisão. Mesmo cm o laço de sangue presente, Marshall conseguira de alguma forma decidir o que era melhor para a pessoa que mais amava em seu mundo: Tohru.
 
Aquela noite de amor fora uma despedida e ele sabia que aquilo era o fim e de muitos modos, mas não esperava que alguém mandasse à vampira as informações do que havia feito. Ele pretendia partir antes do amanhecer (por isso não desfizera as malas) e deixaria uma carta contando o que havia feito e porque partia, mas alguém havia adiantado para ele o processo, tornando tudo mais difícil.
 
Sabia o quanto sua pequena Kotori amava música, por isso não pode deixar de abrir o player em seu computador e deixar algumas músicas tocarem, uma delas lhe chamando a atenção por sua letra:
 

Spoiler:

 
Ah sim, aquela canção descrevia com tamanha perfeição tudo o que ele queria dizer para ela. Ele poderia enviá-la para seu e-mail ou... não, era melhor que não fizesse mais nenhum contato, que não prolongasse mais aquilo.
 
Ele suspirou, sentindo sua visão turvar por algumas lágrimas, mas já estava feito e ele torcia para que Loran se enfurecesse o suficiente para proteger Tohru.
 
“Loran...”
 
Oh sim! Como ele não havia pensando naquilo antes? Como ele poderia ter sido tão burro? Havia uma maneira de Loran ajudar Tohru!
 
Marshall pesquisou no banco de dados que Yuriev havia lhe enviado e então tentou de todas as formas localizar o e-mail do Kuran. Torcia para que aquele que estava descrito ali fosse o certo.
 
“Loran Kuran,
 
Não sei ao certo se já está ciente do que houve, caso não esteja, por favor, peça a Tohru que lhe relate tudo, até mesmo sobre o meu passado, não a deixe omitir nada! Insista com ela de que não há mais volta... diga que a odeio e que tudo foi uma grande mentira, que tive casos com outras mulheres durante nosso casamento, enfim, alimente o ódio e mágoa que há nela, pois só assim ela será forte o suficiente.
 
Devo lhe confessar também que, estive na Academia a mando de um de seus inimigos e que certamente outros virão, então por favor, proteja Tohru, ela é o elo mais fraco em sua corrente de sangue e você sabe disso!
 
Agora ela está a mercê de todos os outros e eu estarei aqui fora, tentando fazer o possível por ela... serei seu agente duplo se quiser e revelarei todos os planos de Yuriev...”
 
Ele clicou em enviar e então torceu para que a mensagem chegasse ao destinatário, logo recebendo a notificação de que a mensagem havia sido entregue  lida.
 
Poucos segundos depois seu celular tocou, um número desconhecido o chamava.
 
- Eu sabia que não poderia contar com você... – a voz de Yuriev não demonstrava surpresa – Você é tão tolo meu jovem, acredita mesmo que eu lhe entregaria o endereço de Kuran para que pudesse me apunhalar pelas costas?
 
Do outro lado da linha, Marshall sentiu um suor frio correr por sua espinha, engolindo em seco.
 
- Muito bem, sera como você pediu... -  a linha foi desligada e Marshall tentou retornar a Yuriev, mas sua própria linha havia sido cancelada.
 
- Kuso! – ele gritou, batendo na mesa, atraindo a atenção de algumas pessoas que no local. Ele fez um gesto de desculpas e então saiu apressado. O que deveria fazer agora? O que poderia fazer?
 
Ele seguiu até um caixa eletrônico e tentou sacar dinheiro, conseguiu sacar pouco menos de 500 dólares antes de sua conta aparecer como bloqueada. Aquilo deveria servir por alguns dias.
 
“O que eu faço?...” – ele sentiu certo desespero, como se o próprio Yuriev estivesse ali o observando.
 
Marshall olhou em volta, algumas pessoas já tomavam às ruas, mas ele não conseguia sentir a aura de nenhum vampiro ou caçador. Eram apenas humanos comuns.
 
Marshall então lembrou-se do endereço da pensão que havia anotado, em um prédio residencial ali perto. Teria que se hospedar usando algum nome falso ou algo assim, embora naquela cidade pequena se esconder não seria fácil. Por sorte trouxera um antigo passaporte falso com o nome de Lee Hong. Aquilo serviria.
 
Ele se dirigiu ao local e alugou um quarto, um dos mais baratos, não precisava de muito conforto.
 
Ele abriu a porta e entrou no seu quarto, guardando seus pertences o melhor que pode, mas logo saiu. Havia algumas coisas a serem feitas e sua mente confusa ainda sentia uma espécie de dívida com Yuriev.
 
Ele foi até os correios e enviou as amostras, como prometera, para o outro vampiro, esperava que com isso, ele retornasse a Marshall algumas regalias ou mesmo poupasse Tohru. Era idiotice e isso era óbvio, mas ele precisava tentar.
 
Ele também comprou um chip telefônico, não sabia bem o porquê, mas talvez necessitasse fazer alguns contatos antes de tudo.
 
Marshall retornou ao quarto e tomou algumas pastilhas, deitando-se na cama e olhando pela janela mal coberta pela velha cortina desbotada. O que haveria de fazer?
 
Não demoraria muito para que a sede lhe alcançasse e ele logo teria que sair. Talvez o mais sensato fosse sair da cidade.
 

Ele acessou a internet, usando o celular como roteador para o computador e então comprou um bilhete, que deveria ser retirado e pago na rodoviária. Ficaria em uma cidade vizinha até decidir o que fazer.

Edgard estava na praça aguardando sua senhora. As infrações que havia feito levava-o aquele incêndio tinha descoberto uma fonte onde caçadores de vampiro renegados cobravam pra serviços de assassinato e espionagem. 

Ele tinha imagens e relatos a mostrar a ela.

Através das sombras do lugar ela surge andando calmamente até o chafariz chegando ao local marcado por mensagem. De longe ela vê o vampiro esguio de pele pálida e cabelos castanhos impecavelmente cortados. Ele já era um velho conhecido de caçada de seu pai, já o conhecia desde jovem, quando ainda era só uma garota com pouco treinamento. Depois do falecimento de seu pai ele prometeu servir-la mantendo a ligação com a família Valentine. Ele era uma pouca pessoas que Rose confiava inteiramente para fazer certos serviços. Por isso ela o trouxe da Inglaterra sem pensar duas vezes.

- Olá, Edgar. - Ela diz o olhando e verificando se ele estava bem com os olhos. Por mais que não demonstrasse ela se preocupava com os seus lacaios.

- Conte-me tudo o que descobriu.

Por mais que eles estivessem em um lugar público ela mantinha a atenção em qualquer aura de outra pessoa que estivesse por perto. Como era bem tarde da noite aproveitava que o lugar estava vazio.