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RPG Vampire Knight
 
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Lohanne
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Lohanne


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Char RPG : Lohanne - Hunter
Yan Yuriev - Vampiro Puro Sangue

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MensagemAssunto: ..::Carnival of Rust::..   ..::Carnival of Rust::.. I_icon_minitimeQui 20 Abr 2017 - 19:02

º~Lohanne~º


“o breathe the name
Of your savior
In your hour of need
And taste the blame,
If the flavor should remind you of greed
Of implication, insinuation and you will
Till you cannot lie still
In all this turmoil
Before red cave and foil
Come closing in for a kill”



-Ugh – ela ergueu a mão e tocou a testa, sentindo arder, sentindo doer mais do que qualquer coisa. Sua visão estava turva, confusa e ela tentou se lembrar dos últimos acontecimentos.

Estava no festival e inverno, um estranho conversava com ela, estranho, não era estranho, havia um chamado, havia a vampira que se transformava, havia uma droga sendo distribuída entre vampiros, havia a associação cada vez menos influente entre os seres noturnos.

Ela forçou os olhos, ouvindo o barulho de água corrente e então olhou em volta. Havia cheiro de sangue no ar. Ryan... havia cheiro de sangue no ar... Lewis.

Aquilo foi como uma onda de choque em seu corpo e ela se ergueu do chão, ou tentou, suas mãos e pés escorregaram no lodo mau cheiroso e ela tentou novamente compreender onde estava.

O ar era pesado, frio e o barulho de água corrente, lodo por todo lugar, pequenas criaturas correram quando ela tentou se erguer e caiu.
Sua visão do olho esquerdo estava manchada, turva, mas o lado direito compreendeu e focou a imagem: as paredes se arredondavam e seguiam para mais e mais distante, onde aquela água imunda caia. Estava dentro de uma tubulação de esgoto.

Ela tentou limpar o olho ferido com a manga da blusa, sem sucesso, suas roupas estavam tão imundas quanto aquele chão fétido. À sua volta, pequenos corpos dilacerados cobriam o chão: ratos, gatos e até mesmo um cachorro. Lohanne sentiu seu estômago embrulhar e se esforçou para se levantar novamente.

“O que está acontecendo?” – ela se perguntou, sentindo o corpo fraco pelo esforço homérico de se manter em pé. Sua visão turvou novamente mas ela conseguiu se apoiar na parede.

Passos trôpegos a guiaram na direção contrária do que a água vinha e ela achou outro corpo, humano, ou o que havia sobrado dele: a cabeça e os membros superiores haviam sido arrancados a dentadas de um animal, um animal muito grande.

Sua cabeça latejava a cada novo passo, sua garganta ardia de segue, seu corpo estava fraco pela fome.

Mais corpos, cheio de moscas, cheirando a podre, mutilados, impedindo seu avanço. Ela arrancou o casaco imundo e jogou por cima deles, se apoiando na parede para escalar e alcançar o outro lado.

Ela tropeçou e caiu de joelhos. Há quanto tempo estava ali. Suas mãos afundaram no lodo, suas roupas pesavam e o cheiro se tornava cada vez mais insuportável.

“Se concentre...” – ela disse a si mesma e então olhou para a água que caia, uma ideia estúpida mas com certa lógica surgia em sua cabeça.
O túnel à frente parecia ter muitos e muitos quilômetros de extensão e ela não parecia ter muita energia para dispor, mas se algo levasse ela, aquilo seria mais fácil, muito mais fácil.

Não foi grande esforço deixar seu corpo cair na água e ser levado, estava fria, intensamente fria, mas não estava tão suja como imaginava, o mau cheiro vinha dos corpos espalhadas mais ainda do que daquele esgoto.

Enquanto era levada, sua visão se acostumava ao teto arredondado e esverdeado, o cheiro dos corpos ficava para trás e sua mente parecia focar. As lembranças ainda eram névoas, mas estava viva e aquilo era importante. Era o primeiro passo para descobrir o resto.

Então algo lhe chamou atenção, pintado de sangue escuro no teto uma única palavra se destacou na pouca luz que entrava no local: Caçada.
O seu corpo reagiu e ela tentou se firmar na correnteza, para ver se havia mais coisas em volta, mas seu corpo afundou e ela quase se afogou.
Arfando, ela voltou a superfície e olhou em volta. Não havia mais corpos no caminho e a temperatura parecia mais fria, não na água, mas no ambiente e então seu corpo submergiu novamente.

-Ahhhh – o grito escapou e logo foi abafado pela água, quando a  correnteza puxou seu corpo para baixo. Ela sentiu seu corpo bater contra canos e galhos de árvores e por instantes terríveis suas mãos tentaram agarrar em algo, até que ela viu o clarão e então seu corpo caiu no ar até afundar novamente.

Dessa vez ela conseguiu chegar à superfície, olhando em volta assustada, seu corpo todo reclamando ao menor movimento, mas era necessário.

Parecia estar numa estação de esgoto, numa barragem onde a água provavelmente era despejada para ser filtrada. Ela nadou até a margem, que parecia estar distante a cada nova braçada, se esgueirando pela grama baixa e procurando qualquer sinal de vida por ali: funcionários, pessoas, mas não havia nada. Seria um lugar abandonado? Onde poderia estar?

Sua camisa de mangas longa estava rasgada, sua calça estava totalmente ralada nos joelhos. Mesmo com frio, ela tirou a camisa em trapos e jogou de lado, deitando-se de costas na relva. O sol se punha, seu corpo estava frio e sua visão voltava a turva, além de estar privada da visão de um dos olhos.
 
“Onde estou? O que aconteceu? Onde está Leon?” – seu coração doeu, algo lhe dizia que algumas coisas haviam dado errado, haviam dado muito errado.
 
                                                                             
º~Yan~º


“Come feed the rain
'Cause I'm thirsty for your love,
Dancing underneath the skies of lust
Yeah feed the rain
'Cause without your love
My life ain't nothing but this carnival of rust”


Gelo, unhas afiadas e cumpridas retiraram uma linha da fina camada de gelo sobre a pele branca de mármore. Seu corpo estava quase cadavérico, seus olhos fundos, rodeados por carne cinza, lábios finos e rachados e seus cabelos estavam opacos, encardidos.

Apesar da fragilidade externa, internamente ele sentia a vida fluir, forte, tão forte que suas veias doíam, formando fios negros sob a pele. Seus olhos estavam azuis, celeste, vívidos e acompanhavam aqueles veios que tinham apenas um destino: seu coração.

Então ele sentiu dor, a dor de cada batida do coração, como se ele fosse um bloco de gelo, o que, àquela altura, era verdade.

Ele se ergueu, esteve deitado e inerte naquela caixa de pedra por muito tempo, sequer podia dizer quanto, sua consciência havia sido tomada. Por quem? Por ela...

Ainda vestia as calças da noite de núpcias, o tecido envelhecido e rasgado, coberto por neve e cinzas. À sua volta ossadas humanas e de animais, mas nenhum havia sido consumido por ele, ao menos, ele não os havia caçado, ou trazido até ali.

Confuso, ele tentava se encontrar no hiato de tempo, do casamento até aquela mulher na neve, mas tudo parecia distante, em outra vida.

“Ruri” – ele pensou e aquilo fez seu corpo se agitar, se erguendo de vez e pulando em meio aos ossos. Suas mãos em garras, unhas longas, animalescas. O que havia acontecido com sua irmã e seu filho?

Ele caminhou, notando os pés descalços, a pouca claridade que vinha de um buraco no teto e sua visão vampírica o ajudaram a distinguir o local: uma tumba.

Nada mais vivia ali além dele e isso ele sentia claramente, mas a morte, esta sim, rondava cada centímetro do lugar.

Ele caminhou até a luz, neve caia como uma chuva fina e delicada de frio, ele ficou exatamente embaixo do buraco e olhou para cima e então ele se abaixou.

A pele de suas costas rompeu e então asas tão brancas como sua pele e formada por seus próprios ossos se formaram. Aquilo o fez urrar de dor, como um animal, mas algo lhe dizia que era familiar, embora, daquela vez, o destino seria diferente.

Ele moveu as asas, esticando-as ao máximo e então batendo, fazendo ossos e poeira rolarem, misturando-se a neve.

Ele subiu e então alcançou o topo, pousando a beira do buraco. Ele ergueu a cabeça lentamente, ainda tentando entender aquelas atitudes tão familiares e então, diante dele, ele a viu.

“Yan Yuriev, você deve despertar” – ela estava em sua mente e isto doía – “A glória que seu sangue almeja, o poder que sempre desejou está em suas mãos agora”.

Uma benção ou uma maldição? Aos poucos, as peças do quebra cabeça de seu sono foram se formando em sua cabeça e, cada dia daquele ano passava em segundos em seus pensamentos, mas agora não era o momento de descrever isso e sim de retornar.

“Você vem?” – ele olho nos olhos daquela mulher e então a viu sorrir.

“Sim, afinal, eu sou você...” – e então ela caminhou até ele e uma onda de choque grande bateu em seu corpo.
 
                                                                                             
 
º~Selena~º

“It's all a game
Avoiding failure
When true colors will bleed
All in the name of misbehavior
And the things we don't need

I lost for after no disaster can touch,
Touch us anymore
And more than ever
I hope to never fall,
Where enough is not the same it was before“


Ela estava sentada à cabeceira da mesa, olhando os poucos vampiros nobres, em sua maioria mulheres que a encaravam de volta, assustadas, perdidas. Eles esperavam algo dela, algo a mais, mas ela mesma se sentia perdida, pequena.

Ao seu lado Treja cuidava do pequeno Renan Yuriev, afinal Ruri havia partido, em busca de Yan, mesmo que Selena houvesse implorado para que ficasse, mesmo que tudo estivesse desmoronando.

Selena poderia ter simplesmente impedido, mas não o fez, ela mesma já havia sentido aquilo há centenas de anos atrás, tantos anos que parecia como outra vida.

“Mic fratele” – sua mente voltou ao passado. Gêmeos, parte um do outro, iguais e diferentes. Unidos, até que a idade havia chegado, até que os clãs haviam resolvido se unir. A decisão de Viorel não deveria ser revogada, jamais.

Uma guerra iminente fora apagada pela proposta de casamento, mas era tarde. Ela amava seu irmão, tal qual ele a amava.

“Juntos, vamos conseguir” – ele havia lhe dito certa noite, próximo ao lago da gruta e ela tomara aquelas palavras como a única verdade de todo o mundo.

“Juntos” – ela olhou em volta. O laço infinito que os unia lhe dizia que ele ainda estava vivo, mas ela não tivera qualquer notícia dele durante aquele ano que se passará, nem dele e nem de Yan e agora Ruri sumia na neve, atrás de seu próprio destino.

-Senhores – a voz de Selena ecoou pelo salão, calando todos os demais burburinhos. Ela teria que escolher cada palavra, pois qualquer uma poderia ser um erro e ela perderia os poucos aliados que Eleazar deixara para trás.

- Nosso clã não tem experimentado a mesma glória do passado isso é verdade, nossos homens desapareceram na neve, mas é dela que somos feitos – ela olhou um segundo pela janela e voltou a olhar as mulheres e jovens crias, jovens vampiros nobres sedentos e impacientes.

-Se a neve os pediu é porque ela precisa deles e nós devemos manter seu lar seguro para quando retornarem, devemos criar seus filhos e nosso novo rei – ela olhou para Renan, ele dormia embalado nos braços de Treja.

-Nosso inimigo bateu em nossa porta e foram necessários acordos, eles nada mais levaram do que traidores e não precisamos de traidores. Nossa linhagem é forte e antiga, sangue fraco mancha nossa luta e não precisamos dele.

-Nos manteremos unidos sob essas paredes e fora delas, a humanidade é inferior e o sangue Kuran não carrega metade da história que o nosso carrega, então, não há o que temer. Nós somos o começo de tudo e seremos o fim deles.

Selena ergueu-se de seu trono e então passou a caminhar pelo salão, rodeando seus convidados.

-Seremos forte e eu serei a maior força de vocês – ela então bateu palmas e alguns criados se apressaram para fora da sala. Ela então aguardou em silêncio, ouvindo cada respiração, sentindo cada sensação que corria por cada um daqueles vampiros.

Então eles entraram na sala, vários deles, em fila, presos uns aos outros por correntes, numa estranha espécie de transe.

- Alimentem-se meus queridos, retomaremos nosso lugar e precisaremos ser fortes e, como disse, eu serei a força de vocês – ela então fez um pequeno corte com a própria unha em seu pulso e logo olhos em todos os cantos da sala ficaram vermelhos – Venham a mim, minhas crianças e, assim como nossa mãe Lilith, eu lhes proverei a vida.
 
                                                                        
º~Stelian e Leina~º


“Come feed the rain
'Cause I'm thirsty for your love,
Dancing underneath the skies of lust
Yeah feed the rain
'Cause without your love
My life ain't nothing but this carnival of rust”



A risada de Leina, aquele era o melhor som de todos, a presença dela lhe trazia conforto, conforto que ele sabia que poderia ser temporário. Mas meses haviam se passado e um ano inteiro se fora sem notícias de Eleazar e Yan Yuriev.

Loran havia se aproveitado da ausência deles e com estratégia conseguiu reaver o filho de Tohru e como parte do acordo, Leina viera com eles.

Stelian seria eternamente grato por aquilo, mas ainda se sentia reticente sobre a situação como um todo. Confiar em Loran no momento de necessidade e confiar em Loran agora eram coisas distintas.

-Você esta pensativo – Leina interrompeu, enquanto Stelian dirigia em direção à mansão – O que acha que houve com Yan e Eleazar? Acha que estão mortos?

-Não, não estão mortos – ele afirmou, seus olhos se perdendo na estrada à frente, sem encarar Leina – Eu estou com medo, eu não me sinto seguro com os Kuran, acho que a proteção deles ainda nos trará algo pior do que estar à mercê dos Yuriev.

Leina franziu o cenho. Ela entendia em partes a resistência de Stelian a respeito de confiar em alguém novamente, mas ela não conseguia ver Loran como inimigo. Mas ela também não vira Yan como tal.

-Como pode ter tanta certeza sobre eles ainda viverem? – Leina temia que Stelian lhe escondesse algo e escondesse algo de Loran. Aquilo poderia ser um jogo perigoso demais – Eles me trouxeram de volta, eles não tinham motivo para isso.

-Acredita mesmo em bondade? – Stelian a cortou e Leina bufou – Loran sabe que eles estão vivos, ele teria tomado as rédeas da situação. Algo está prestes a acontecer Leina – Stelian tinha a voz baixa – Por que eles sumiriam por tanto tempo, arriscando tanto? Yan sumiu tão logo seu compromisso com Tohru Kuran foi firmado, sequer retornou quando ele foi desfeito. Eleazar levou quase todos os nobres e mestiços da colônia, um dia após o casamento. Selena foi complacente demais ao entregar Katsuya. Há algo acontecendo! – ele respirou fundo – há muitas coisas acontecendo e eu acredito que nem todos nos tem tido. Além disso, este novo casamento da senhora Kuran, isso pode ser um erro... – ele se calou. Não sabia como explicar, as coisas simplesmente não se encaixavam.

Leina colocou a mão sobre a dele quando ele trocava a marcha e então ele estremeceu.

-Eles podem estar mortos – Leina disse num tom calmo, mas ela também não acreditava nisso – ou se preparando – sim, aquela era uma possível verdade.

-Se preparando – Stelian repetiu e então parou o carro no acostamento – Leina – ele a olhou por longos segundos – Eu não posso te proteger deles – o tom de fracasso era visivelmente presente em sua voz.

-Eu também não, mas o desespero sempre nos traz esperança – ela riu de um jeito quase irônico e Stelian não pode deixar de sorrir.
- Você é idiota – ele então se inclinou sobre ela e lhe beijou a testa.

- Você é idiota – ela colocou a mão sob o queixo dele e empurrou o rosto dele para cima, afastando-o – Agora dirija, ou a guerra vai começar por um simples atraso, com o senhor Kuran achando que fugimos.

-Eu bem que queria – ele completou, pouco antes de pôr o carro em movimento.

-Você ia me deixar novamente – ela perguntou num tom de brincadeira, mas a expressão dele logo se fechou e eles ficaram em silêncio o resto da viagem.

“Você é estúpida Leina” – ela pensou, respirando fundo e encarando a estrada em silêncio.
                                                                                          
 
º~Eleaza~º
“Yeah feed the rain
'Cause I'm thirsty for your love,
Dancing underneath the skies of lust
Yeah feed the rain
'Cause without your love
My life ain't nothing but this carnival of rust”


Eleazar e Yoran caminhavam lado a ladoe, embora Yoran lhe passasse cada detalhe de tudo o que ocorria, Eleazar tinha sua mente distante. Ele já sabia o suficiente sobre a nova droga: Fortalecia leveis mais baixos, mas os deixava sob um único comando, como robôs ou zumbis. Potencializada com o sangue ancião que Eleazar coletara do vampiro em torpor em Hoia Baciu a droga trazia ainda mais vantagens para aquele exército: até mesmo os nobres estavam domados.

A base que havia montado na Islândia era capaz de produzir o sangue sintético através de proteína animal, extraindo os ingredientes base da droga e, em seu corpo, o sangue do ancião era multiplicado em cada uma de suas células, provendo a eles um infinito estoque da droga.

Lá, ele também acompanhava cada passo de Kuran e também o sumiço de Yan. Onde estaria seu filho?

“Ele não é seu filho...” – aquela frase surgiu em sua mente e então ele parou de andar, Yoran interrompeu o repasse diário de informações e o olhou com estranheza.

-Senhor – ele chamou-lhe a atenção de maneira respeitosa – O que houve?

-Nada – Eleazar retomou sua postura e tornou a caminhar – você dizia que a cada novo dia as cobaias ganham força de nobres e nobres de puros e os humanos? Qual efeito em humanos?

Yoran respirou fundo. O sangue ancião nas veias humanas tinha tido efeitos devastadores e transformados os humanos em canibais irracionais. Não poderiam contar com humanos no exército, somente os transformados.

-E quais são nossos números? – Eleazar perguntou, enquanto caminhavam numa área com diversos equipamentos esportivos, os exercícios eram feitos de maneira sincronizada e com perfeição.

Yoran passou um relatório impresso para Eleazar e este aprovou com a cabeça, parando então no mezanino, tendo uma visão panorâmica do local onde se encontravam.

O local parecia uma mistura de base militar com uma indústria farmacêutica,

-E os campos? – Eleazar perguntou – Como estão as experiências nos campos.

Mais uma vez Yoran respirou fundo.

-Senhor Yuriev, como disse, os teste sem humanos não tem sido um sucesso, mas estamos testando variações e algumas cobaias de origem africana tem respondido melhor ao sangue mais fraco, embora a animosidade ainda esteja incontida, o sangue permanece mais tempo em suas veias.

-Podemos usa-los como linha de frente – Eleazar disse simplesmente, se aproximando da parapeito e observando. Dois mil vampiros, nobres e mestiços, transformados, treinando sob seus pés, desenvolvendo habilidades e potencializando seus poderes. Todos sob seu comando.
-É algo a se orgulhar – Yoran comentou se aproximando.

-Sim – Eleazar respondeu de maneira seca. Ele não sentia nenhum motivo para se orgulhar.
 
                                                               ****
º~Kairen~º



“Don't walk away, don't walk away,

Ooh when the world is burning

Don't walk away, don't walk away,

Ooh when the heart is yearning
Don't walk away, don't walk away,

Ooh when the world is burning

Don't walk away, don't walk away,

Ooh when the heart is yearning”



O ar frio da noite tocou seu rosto, ou teria sido um paralelepido úmido? Seu corpo estava caído ao meio fio, um rasgo imenso cobria a lateral, expondo suas costelas. Sombras deixavam o corte, ao invés de sangue e ele ria, ria sentindo o gosto do asfalto em suas lábios.

Ria de modo histérico para a noite vazia e silenciosa, para a neblina, para a mulher morta diante dele.

-Você achou mesmo – ele sibilou – achou mesmo que me prenderia aqui para sempre? – ele se ergueu nas mãos, afastando o rosto do chão, uma cachoeira de cabelos negros caindo até a altura do braço.

A mulher gemeu, beirando a inconsciência e então um vulto negro pulou sobre ela, um imenso lobo que passou a dilacerar seu corpo. Cada dentada e mordida, um membro era engolido pela criatura.

“Freya” – cada pedaço ingerido fazia rugir uma memória da ruiva. Por quanto tempo estivera oreso? O que poderia ter acontecido a ela? Ela não lembrava dele... ela lembrava dele!

Um uivo cortou a noite, alto, longo, selvagem. Ele abocanhou o rosto dos resto do corpo da mulher e então engoliu, os ossos arranhando sua garganta.
-Freya – ela murmurou entre seus dentes sujos de sangue. Seu coração desejava apenas uma coisa: vingança.


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Fabi
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MensagemAssunto: Re: ..::Carnival of Rust::..   ..::Carnival of Rust::.. I_icon_minitimeSex 21 Abr 2017 - 2:14

( Lucius )


Tempo... Lucius estava perdendo tempo precioso. Mas ele sempre fora uma pessoa paciente, mais do que qualquer um de seu maldito clã. E com um objetivo em mente, ele não desistiria tão fácil de conseguir o que queria. E para conseguir aquilo ele precisava de uma peça chave de seu jogo de poder. A peça que agora ele estava gastando tanto tempo procurando.

Deixara seu irmão Lucian na cidade de Ambarantis, aquele cretino era mais útil na cidade do que em uma caçada. Uma caçada longa como aquela o fazia se sentir ansioso por estar tanto tempo longe de seu gêmeo, mas ainda era melhor do que ficar ouvindo-o reclamar dia e noite do que estavam fazendo. Sim, estar sozinho o permitiria se concentrar o suficiente para sua busca e, se precisasse, sempre poderia chamar ajuda.

Como uma menina podia sumir assim do nada? Desde que conversara com Lohanne no festival de inverno, a garota continuava desaparecida. Algo estava muito errado. E ele não iria perder seu trunfo para matar Lewis e o resto de sua família tão fácil assim. Aquele esforço todo era válido para uma mera transformada? Talvez não. Talvez fosse tolice. Talvez seu irmão estivesse certo quando dissera que ele estava obcecado pela ruiva. Mas agora que colocara aquilo em sua cabeça, nem mesmo Lucian iria tirar.

Um suborno aqui, uma investigação aqui, uma lábia lá, e ele conseguira achar um rastro decente. Uma garota ruiva e um lobo. Lobo. Lucius torceu o nariz com o cheiro. O odor maldito com certeza não era de um lobo comum, aquilo era um lobisomem. O estranho era ver um lobisomem por aquelas bandas. Deveria tomar muito cuidado.

Sua segunda pista era um rastro de desaparecidos. Bem, não eram pessoas com quem se importasse realmente que desaparecessem, quanto menos criminosos por perto, melhor, mas o número era coincidência demais para não significar algo. Alimentação vampírica... ou lupina, se o totó tivesse um gosto peculiar por carne humana.

Enquanto seguia o rastro, o vampiro puro ficava cada vez mais intrigado. Por que diabos um lobisomem capturaria e cuidaria de uma vampira - principalmente uma fraca em declínio - ao invés de matá-la imediatamente. Não fazia o mínimo sentido, mas era aquilo que ele havia encontrado. Não era difícil rastrear o sangue de um Murdock, mesmo que fosse apenas uma transformada. E o que encontrara junto? Isso mesmo, a presença do lobisomem.

E o vampiro esperou e esperou e esperou... Tivera que estudar os pontos estratégicos daquela estação de tratamento para descobrir onde Lohanne teria sido escondida, mas era perigoso demais entrar naqueles canos para resgatá-la, ela não valia aquele perigo todo. Teria que esperar o lobo tirá-la dali, ou que ela fugisse por conta própria. Enquanto aquilo não acontecia, o melhor era esconder sua presença e continuar de tocaia.

Então, em um anoitecer, a sorte lhe sorriu. O lobisomem saíra para caçar, em um período de tempo mais ou menos padrão que Lucius observara, e a presença da menina se movera. Mais perto, mais perto... Até algo sair de um cano e cair dentro de um dos tanques de tratamento. O vampiro deu um largo sorriso. Finalmente teria a sua presa.

Caminhou com calma da direção enquanto via a menina sofrer para sair da água e se jogar no gramado. Cerrou os dentes com o mal cheiro vindo dela e daquela água. Aquele lobo era maluco, por acaso? Será que não tinha noção do quão doente aquela garota debilitada poderia ficar no meio daquela imundície toda? Só daria mais trabalho para recuperar a saúde dela, ou impedir que decaísse de vez. 

Parou diante de Lohanne e fez uma careta. A garota estava uma bagunça, ferida e imunda até a alma. Cogitou se ainda era possível transformá-la em algo útil. Negou com a cabeça. Agora que estava ali, não iria desistir. Se agachou perto da cabeça dela e inclinou o corpo para olhá-la nos olhos... olho.

- Olhe só o que fizeram com você - inclinou a cabeça para o lado, seus longos cabelos negros quase tocando a menina - Está horrível - cruzou os braços - Como está se sentindo? Péssima, imagino eu. Com todos esses ferimentos, essa sujeira... Batimentos fracos, pele pálida, temperatura baixa, lábios azulados... Mas eu acredito que uma hipotermia seria o mínimo de seus problemas. - analisou.

Lucius estendeu a mão e afastou os cabelos do rosto dela, dando uma bela olhada naquele olho ferido enquanto fazia uma careta.

- Isso aqui está bem feio - olhou para o olho bom - Bem, menina, eu vou direto ao assunto. Não sei se lembra de mim, mas falei como você no parque e fiz uma proposta. Como não me deu uma resposta, vim atrás de você para cobra-la. Mas pelo que vejo, não está em condição de me dar alguma agora.

Lucius sorriu para ela, levou a mão limpa à boca e mordeu a ponta do dedo. Logo o odor do sangue do puro se espalhou suavemente entre eles. O moreno abaixou a mão e passou o sangue com a ponta do dedo nos lábios de Lohanne.

- Beba, minha jovem... Beba e se fortaleça. Temos que sair logo daqui antes que seu querido guardião lobisomem retorne. Então poderemos conversar melhor em um lugar seguro.
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MensagemAssunto: Re: ..::Carnival of Rust::..   ..::Carnival of Rust::.. I_icon_minitimeQua 3 maio 2017 - 16:51

..::Carnival of Rust::.. Sem_ty10

O
cheiro vinha de longe, trazido pelo ar frio que corria por seu corpo. O sol morria e morria mais no céu, tornando-o roxo, algumas estrelas salpicavam aqui e ali e um fio laranja descia o horizonte.

Sua mente ia e vinha tentando se manter acordada e aquele cheiro foi o suficiente para isso. Seu olho bom ficou vermelho e ela se manteve imóvel até ouvir aquela voz. Uma voz que lhe era conhecida, mas de onde?

As palavras chegavam desconexas, uma conversa cansada da qual ela não tinha interesse. Fosse quem fosse era alguém como ela. Ela não queria alguém como ela por perto, ela precisava de... sangue.

Ela sentiu o toque em seu rosto e então abriu lentamente os olhos, um rosnado baixo saindo de seu peito. Ao invés de animal acuado, ela parecia calma, ou talvez aquilo fosse um sonho?

“Você, no parque... o parque... ele estava no parque... Ryan... Leon” – ela desviou o olho vermelho por um momento e então sua aparência ficou mais fragilizada, como se algo quebrasse dentro dela.

Então o cheiro de sangue. Sua mente cessou, não havia mais Leon ou Ryan, não havia Lewis ou os corpos apodrecidos deixados para trás. Num segundo seu corpo fraco se ergueu com uma velocidade sobrenatural e seus dentes estavam presos não nos dedos, mas no pulso de Lucius, como um animal sedento, afinal, era aquilo que ela havia se tornado. Não havia mais lógica, somente sede e sua mente se perdendo em sensações.

O barulho da sucção era alto e a mordida da garota não proporcionava nenhum prazer, apenas dor. Sugando e rosnando, ela bebia gole após gole, sem respirar, sem pestanejar, sem se importar com quem estava ali diante dela, talvez a consciência dela houvesse perdido aquilo.
Ao longe, um uivo cortou o céu. Um uivo agudo que faria qualquer um tremer.
 
                                                                                              ***
..::Carnival of Rust::.. F28c1d3afec554b78f35992d94885c2b

Um rosnado baixo, seu corpo estava caído novamente sobre a neve, suas veias estavam marcadas sob a pele, sangue negro corria por elas, fazendo seu corpo estremecer. Uma nuvem de fumaça branca saiu de seus lábios quando tentou expirar.

Ele se ergueu novamente, atordoado, olhando em volta de onde estava. Neve caia sobre seus ombros nus. Ele ainda usada as calças da noite de núpcias, ou o que restara dela. O vento soprava frio, mas aquilo não incomodava Yan.

Então o cheiro de sangue cortou o ar, um cheiro que ele reconheceria mesmo entre milhões. O que havia acontecido? Seus olhos ficaram vermelhos imediatamente quando virou-se para trás, se deparando com o castelo no alto da escarpa: Aquela era sua casa, aquele era o cheiro do sangue de sua mãe.

“O que esta acontecendo?” – ele se perguntou, preparando-se para correr até o local, mas mal havia dado o primeiro passo sentiu suas costas se abrirem e seus ossos se expandirem. Ele caiu de joelhos com a dor, sangue negro respingando na neve.

O peso das asas se fez sentir em suas costas, pele e ossos, longas e, como se tivessem vida própria elas começaram a bater. Arfando, atordoado ainda pela dor, ainda sem saber como controlar aquele novo “dom” ou o que quer que fosse, sem saber quanto tempo havia se passado ou o que havia acontecido, ele se voltou novamente ao castelo, seu corpo sendo lançado pelos ventos contra as pedras, o cheiro de sangue se tornando ainda mais forte. Mas as asas pareciam não obedecê-lo e continuaram a bater, puxando-o para cima, em direção ao castelo.

                                                                                              ***

Selena sentia seu corpo fraquejar, seus olhos estavam vermelhos, mas ela precisava fazer aquilo, ela precisava fortalecer seus aliados e fortalecer o laço que tinha com cada um.

“Nós somos o começo de tudo, nosso sangue, nosso clã, somos descendentes Dele, do verdadeiro vampiro, somos supremacia” – ela se forçava a pensar, enquanto sentia seu corpo invadido por cada mordida, enquanto seu sangue alimentava aquelas bocas fracas. Fracos, mas ela precisava deles, precisava mantê-los unidos.

Seus olhos fechados e sua mente concentrada sequer sentiram a proximidade daquela presença, mas os demais sentiram e logo os dentes se afastaram de sua pele, rosnados baixos eram ouvidos aqui e ali enquanto os vampiros recuavam mais e mais.

Uma chuva de vidro caiu sobre a mesa quando aquela criatura entrou pela janela, caindo no meio do salão, aumentando ainda mais os rosnados.
Selena abriu os olhos, mais azuis do que nunca e então seu coração congelou.

“Não pode ser...” – Selena sentiu seu corpo estremecer. Ao seu lado, nos braços de Treja, a criança começou a chorar de forma ensurdecedora.
Neve caia dentro do salão, pela abertura causada pela entrada da criatura, asas longas espalhadas pelo chão cobriam o corpo, braços pálidos marcados por músculos e veias começavam a se erguer.

“Essa presença... Esse sangue...” – Selena não conseguia acreditar em seus olhos – “Meu... filho... nosso filho...”

A mente dela voltou ao tempo, uma longa estaca de gelo estava em suas mãos, uma ponta quase encostava ao chão e a outra pingava sangue, havia trespassado o corpo dela, mas ela sequer reagira.

“Não negue a mim, à memória de meu irmão...” – os olhos azuis, os cabelos longos, lisos, brancos, seu vestido rodado tão pálido quanto sua pele. Adela então ergueu o braço e tocou o ventre de Selena. Uma fina linha azul saiu da ponta de seu dedo e penetrou a pele de Selena, penetrando sua barriga, tocando seu feto.

Ela gritou e agitou ainda mais a estaca, perfurando o peito já ferido de Adela, a estaca engrossou e então a vampira se transformou em cinzas.

“Não negue a mim, à memória de meu irmão, esse filho é nosso” – a frase ecoou na mente de Selena e então ela caiu de joelhos, a estaca se desfazendo em mil cristais de neve.

Atrás dela, Eleazar havia transformado em cinzas um vampiro qualquer, alguém do exército inimigo e se aproximava dela. Seus olhos estavam frios, como se ele também houvesse ouvido aquela frase.

-Selena – ele começou, mas ela se ergueu, formando outra estaca na mão, partindo para a batalha e o ignorando por completo.
                                                                                              ***
Os vampiros no salão formavam um círculo em volta da criatura que se erguia. Cabelos brancos caiam até metade do ombro, as roupas rasgadas e sujas, as asas abertas e olhos vermelhos. O corpo era magro, mas os músculos estavam ainda mais definidos, pequenas cicatrizes e veias negras marcavam a pele branca.

-Yan – a voz de Selena cortou os rosnados e o vampiro virou-se lentamente em direção à ela. Agora, apenas o choro de Renan Yuriev cortava o silêncio, Treja fazia de tudo para calá-lo, mas o som estridente enchia o salão.

Passos pesados, Yan caminhou até a criada que segurava sua cria, os olhos ainda fixos em Selena e então, diante de uma acuada Treja, ele puxou a criança dos braços.

- Mãe – ele disse num tom baixo, como se estivesse juntando alguma coisa dentro dele, as asas começaram a sumir, ainda lhe trazendo dor naquele processo.

Selena manteve uma expressão firme enquanto se aproximava dele, mas por dentro, sua alma tremia. Havia algo ali além da presença de Yan.
Ela tocou o rosto do vampiro diante dela, Renan agora estava amparado nos braços de Yan e havia se calado.

Selena sentiu a pele extremamente fria, como se houvesse tocado a superfície de um lago congelado.

-Selena – uma segunda voz eccou em sua mente e ela fechou os olhos.

-Sim, Adela, sou eu – ela respondeu em pensamentos, aguardando o que viria daquilo.
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MensagemAssunto: Re: ..::Carnival of Rust::..   ..::Carnival of Rust::.. I_icon_minitimeQui 4 maio 2017 - 2:41

(Lucius)



Lucius aguardava pacientemente a reação da menina. Ele sabia que a garota estaria faminta e assim que sentisse o cheiro de seu sangue, iria atacá-lo como a besta faminta que estava quase se tornando. Quando Lohanne enfim se ergueu e agarrou seu pulso, o puro sangue sorriu. Aquilo... Era exatamente aquilo que ele queria e ela precisava. Seu sangue puro e ancião, com a vantagem de ser do mesmo clã daquele que a transformou, iria garantir que o corpo de Lohanne se estabilizasse e ela se fortalecesse. A menina nunca mais correria o risco de decair ao nível E, à besta sanguinária... No entanto, aquele processo também era uma viagem sem volta. Ela não decairia mais, porém acabara de perder toda e qualquer chance de voltar a ser humana. Lohanne agora seria uma das criaturas que tanto odiava... Para sempre.


Apesar de ser uma mordida desconfortável e dolorosa, Lucius permaneceu quieto enquanto aguardava ela beber o suficiente. Ainda bem que havia se alimentado previamente por precaução. Era sempre bom estar preparado contra lobisomens, seu pai sempre estivera e olha no que deu? Morto por um descuido de sua arrogância. Lucius não cometeria o mesmo erro que Cantarzo. Tampouco pretendia viver perigosamente como ele, lutando contra lobisomens. 


- Chega – Lucius ordenou. Já que a menina parecia ter perdido a consciência, era melhor garantir que ela obedeceria com sua voz de comando – Já bebeu o suficiente, niña. Contente-se com o que acabou de ingerir, preciso estar forte para eventualidades.


Um uivo soou ao longe como um alerta para o moreno. Estava na hora de sair dali, e muito rápido, antes que o totó descobrisse que ele estava levando seu brinquedinho embora. Lucius voltou sua atenção à garota maltrapilha. Esticou sua mão e tocou o rosto dela, usando um pouco mais de sua indução:


- Durma.


Assim que a menina desvaneceu, Lucius a tomou nos braços como uma simples e leve bonequinha. Seu mau cheiro de sujeira, sangue e decomposição o fez torcer o nariz. Ela estava insuportavelmente suja para seu padrão mínimo aceitável de limpeza. Aquele cheiro horroroso era tão eficaz para um lobisomem rastreá-la quanto uma placa de neon no meio da noite.


- Primeira coisa da lista: te dar um banho – falou carregando-a rapidamente para longe, como se a menina inconsciente pudesse ouvi-lo – Segunda coisa da lista: curar essas feridas. Depois vemos uma roupa bonitinha para você, ok?


Correndo contra o tempo e contra o perigo, Lucius precisava levar sua preciosa e fedorenta carga até seu esconderijo temporário para que pudesse tratar dela antes que o lobisomem notasse a falta de Lohanne naqueles esgotos. Isso se a criatura não sentisse seu odor de vampiro puro por perto e raciocinasse o que havia acontecido, senão nem mesmo tirar o mau cheiro daquela menina daria jeito para se esconderem. Lucius só torcia para conseguirem fugir antes daquilo acontecer.


Logo avistou um motel furreco de beira de estrada. Esgueirou-se por dentre os quartos baratos e usou sua chave para abrir o penúltimo deles. Assim que entrou, largou a menina sobre a cama e abriu a torneira para que a água enchesse a banheira. Voltou até a vampira e com as unhas rasgou os trapos que haviam se tornado suas roupas, depois analisou o corpo nu. Talvez Lohanne tivesse sido bela quando estava em forma, mas naquele instante com seu corpo debilitado, ela mais parecia um saco de pele e ossos imundo e maltrato. Se ele achasse aquilo atraente, poderia se auto diagnosticar como louco. 


Com a banheira cheia, ele a levou e a submergiu na água. Infelizmente não tinha tempo para ser gentil naquele banho. Tirou toda a sujeira e sangue seco que conseguiu sem piorar os ferimentos de Lohanne, depois usou seu poder de sangue para curar ferimentos menos severos. Após o procedimento, ele passou perfume nela e em si próprio para tentar esconder o cheiro deles da besta, então a envolveu em seu sobretudo para que não ficasse nua.


Saiu do quarto de hotel com a garota nos braços e jogou a chave diante da porta. Caminhou até a estrada e fez sinal para que o carro que passava parasse. Havia um casal dentro do veículo, que o olhou assustado ao ver como ele carregava a garota. Certamente pensavam que ele a estava seqüestrando ou algo assim. Não estavam errados.


- Olá – Lucius sorriu simpático, usando todo seu charme e carisma sobre os humanos – Desculpe incomodar sua viagem, mas será que poderiam nos dar uma carona, por favor? Minha namorada não está nada bem, coitadinha, estava a levando para casa, mas meu carro quebrou no meio do caminho... Será que podem nos levar até a cidade? Eu ficaria eternamente grato se pudessem nos ajudar nessa emergência... – atuou com toda sua dissimulação.


Nenhuma pessoa em sã consciência ajudaria um estranho naquela situação. É claro, se o estranho não fosse um vampiro com experiência em manipular pessoas. Além da aura de sangue puro que causava deslumbramento em qualquer humano que o olhasse, mesmo que sua aparência não fosse das mais atraentes para o padrão de sua espécie. Já o carisma... As pessoas confiavam nele mesmo que nunca o tivessem visto antes, daquela vez não fora exceção. 


- Claro, meu jovem, entre com ela aí atrás. Não podemos deixar uma mocinha desamparada, não é? – o homem sorriu.


Lucius deu um falso sorriso grato de volta e entrou com Lohanne, acomodando a ambos no banco de trás. A urgência que induzira nos humanos fazia o motorista dirigir com pressa até a cidade seguinte. Enquanto isso, os olhos de Lucius estavam fixos no retrovisor, atentos a qualquer indício de que o lobisomem os encontrara.
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MensagemAssunto: Re: ..::Carnival of Rust::..   ..::Carnival of Rust::.. I_icon_minitimeSex 5 maio 2017 - 19:51

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O chão tremia ou seria algo de sua mente? Sua mente estava tão confusa mas ao menos ela já não sentia tanto frio, ela não se sentia tão fraca. Seus olhos violeta abriram lentamente, vidro, por fora do vidro a passagem corria como um borrão, totalmente desfeita.

Ela tocou o olho que outrora estava machucado, agora estava machucado e sua visão ainda estava turva. Seu corpo doía, mas aos poucos parecia se recuperar. Ela havia se alimentado?

Então um corte de memória passou por sua mente, um cheiro extremamente familiar entrou por suas narinas e, como se um onda de choque a houvesse acordado ela saltou, ficando com os pés sobre o banco, as presas expostas, os olhos ainda mais violeta enquanto ela encarava Lucius, ignorando completamente os humanos ao seu redor. Cheiro de Murdock.

Lohanne não sabia como e nem porque estava com aquele vampiro e ela sequer sabia quem ele era, mas o cheiro, aquele cheiro, ela podia afirmar com toda a certeza do mundo que... uma nova onda de choque cortou seus pensamentos. Seu corpo quase não doía, suas presas tinham um gosto adocicado dentro da boca. Sua visão estava quase normal novamente. Uma recuperação tão rápida como um... vampiro?

O que aquele monstro havia feito com ela? O que estava acontecendo? Onde estava a represa? Teria sido tudo uma ilusão? Pnde estava a menina que se transformava? A vampira, as drogas, Magnus? Leon...

- Quem é você? – a voz dela era rouca, arranhada, como se há muito tempo ela não falasse. Só então ela se deu conta dos humanos à sua volta, do carro em movimento – Quem são vocês? – ela então olhou em volta em busca de alguma rota de fuga. Se aquele vampiro diante dela era um Murdock, ela certamente precisaria fugir.

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Ele não entendia, Yan não fazia ideia a quem pertencia aquele nome que sua mãe pronunciara, mas dentro dele algo pareceu se acalmar.
Selena se aproximou lentamente e então tocou no braço de seu filho, olhando em volta buscando seus criados com os olhos.

-Preparem um banho para o seu senhor, para o seu rei! – ela exclamou – Preparem roupas e seu quarto, tragam-lhe alimento! – ela ordenava enquanto sua mão estava apoiada sobre o ombro dele.

Um breve silêncio caiu sobre todos.

-Estão surdos? – a voz rouca de Yan se fez ouvir enquanto ela se virava com Renan em seus braços.

Imediatamente o farfalhar de saias se fez ouvir e algumas criadas saíram da sala. Yan tornou seu olhar para Selena e então assentiu enquanto lhe entregava Renan. Rei, sim, ele se sentia assim, maior do que todos ali.

- Ruri? – ele perguntou, sua voz ainda mais rouca. Embora por dentro sua mente ainda tentava juntar os pedaços do que acontecia, seu consciente se mantinha firme, ele sabia quem era. Era Yan Yuriev.

Selena negou com a cabeça.

-Ela saiu para buscar você, no dia seguinte que você sumiu, ela ainda não mandou notícias. Onde você estava? – Selena retirou a mão do ombro de seu filho. A resposta não pareceu agradá-lo.

- Meu pai? – Yan continuou a perguntar enquanto dava alguns passos mais adiante, parecia procurar por alguma coisa.

Selena o seguiu, as pequenas fissuras das inúmeras mordidas sumiam em sua pele, mas sua roupa permanecia manchada de sangue.

-Ele... – Selena não podia falar ali, não em meio a tantos – Esta viajando – ela anunciou enquanto Yan continuava a caminhar entre os seus, todos saíam de seu caminho enquanto ele se dirigia ao fundo do salão.

-Tohru? – ele perguntou e Selena parou, respirando fundo. O silêncio da matriarca já dizia tudo o que precisava ser dito e ela tinha medo de pronunciar aquelas palavras em voz alta. Talvez em outro momento, talvez quando tivesse certeza de que aquele era o filho que saíra de seu ventre.

Yan ficou em silêncio continuando sua caminhada agora além do salão, passando ao corredor. Um soluço quebrou o silêncio do lugar iluminado fracamente pela luz que vinha de fora. Seus olhos se tornaram negros

- Você... – ele sussurrou, as palavras sendo seguidas de uma nuvem de fumaça que saia de seus lábios, o ar ficando ainda mais frio.

Um vulto saiu correndo das sombras deixando um pequeno aparelho branco cair. Um número e o tempo de chamada estava descrito na tela iluminada. Ele aproximou o aparelho do ouvido a tempo de ouvir a voz. Um sorriso se desenhou em seus lábios pálidos.

-Enquanto os gatos saem, os ratos festejam – ele se virou para Selena e então um grito angustiante se ouviu ao fundo. Um estaca de gelo havia brotado do chão mais adiante deles, empalando por completo o vulto que corria, que logo se transformou numa nuvem de cinzas.

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MensagemAssunto: Re: ..::Carnival of Rust::..   ..::Carnival of Rust::.. I_icon_minitimeSex 5 maio 2017 - 20:59

A neve … O frio... Aquele país gélido e seus habitantes agonizantes, vida gélida era o que ele observava. Caminhava de volta ao aeroporto, sua missão fora cumprida e agora estava retornando ao seu senhor para lhe informar de tudo que ocorrera enquanto estava infiltrado naquela cidade que pertencia ao território dos Yuriev's. 


..::Carnival of Rust::.. Tumblr10


Horas antes...

Estrondo forte no refúgio dos Yuriev's despertaram atenção de Wo li, aquela criatura com enorme asas voava desnorteada até entrar pela janela enorme do lugar. Wo li que havia sido enviado para aquele país por Loran sama, estava monitorando aquele clã, as escondidas, espionando cada passo daqueles puros e claro esperando a confirmação da morte ou o surgimento de Yan Yuriev, era esse sua principal missão. Wo li era um vampiro oriental, com habilidades sobrenaturais e principalmente de energia, um dom perfeito para aquilo que ele estava em missão. Dificilmente detectariam sua presença, esconder-se na energia era sua maior habilidade.

Olhava atento a movimentação e claro aproximou-se do lugar, observou se poderia chegar mais perto, usou sua energia para ocultar-se nos muros daquele lugar, chegando rasteirando feito serpente até abertura da qual o ser entrará. Observou toda a cena, todos os detalhes e um brilho nos olhos acendeu quando ouviu o ser gritar em final virar cinzas.

Yan Yuriev retornará, estava muito mais forte e sua energia denunciava o quanto perigosamente poderoso ele se tornara, afinal aonde esteve para chegar ao nível que chegou? Wo li se afastou, havia filmado toda a cena e agora voltaria ao seu senhor.

No avião...

- Estou lhe enviando o material que coletei. - falava com um fone enquanto usava o laptop. - Em anexo está um vídeo gravado essa mesma noite.

Aguardou o seu receptor receber as informações, estava um pouco agitado, era algo que ele não tinha como evitar, sentir a energia e se alimentar dela, era o que ele queria ao ver aquele sangue puro voar e chegar a sua residência.

- Espero que não tenham visto Wo li. - A voz suave e calma lhe ecoou pelo fone, Loran estava tranquilo apesar de já imaginar o motivo da volta de seu espião.

- Está me subestimando Loran sama? Minha raça não tem brechas, nem os puros conseguem nos detectar a não ser se desejarmos isso. - Sorriu no canto dos lábios, porém seu olhar tinha um brilho predatório. - Ele retornou, forte e muito mais, como vamos dizer? Instável...

- Interessante... - Ouve uma breve pausa – Posso imaginar o quanto lhe foi tentador, certo?

Wo li sorriu baixo, porém voltou a ficar sério continuou o contato.

- Não irei fazer nada fora das minhas ordens, há não ser que me permita, é claro.

- Ainda não é o momento, estamos avançando em passos largos, conseguindo abrir espaços e Yan Yuriev é uma peça muito importante no jogo. - nova pausa – Ótimo vídeo, aguardo sua chegada, bom retorno.


- Arigato Loran sama. - Wo li fechou o laptop após encerrar a chamada e serviu-se de uma taça de vinho, olhava atento todos naquele avião, sentiu sede afinal uma boa refeição era o que precisava para repor suas energias.

- Senhores passageiros, por favor solicitamos que desliguem celulares e aparelhos eletrônicos, estamos nos preparando para a nossa aterrissagem. - a aeromoça finalizou desligando o telefone e foi até o corredor e falou alto colocando as mãos sobre os lábios - MEU DEUS.... - assustada caminhou entre os passageiros, todos estavam desmaiados, largados nos acentos e imóveis. - Senhor... ? - Tocou em um deles que parecia dormir. - O que está acontecendo? - olhava a todos e resolveu avisar ao comandante, quando estava perto da porta da cabine sua visão ficou turva e seu corpo pesar, arrastou-se de vagar até tudo escurecer.
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MensagemAssunto: Re: ..::Carnival of Rust::..   ..::Carnival of Rust::.. I_icon_minitimeTer 9 maio 2017 - 22:32

"Frio"


Era o que passava na mente de Freya enquanto ela corria por entre as árvores nos arredores da cidade. Sua cabeça estava uma bagunça, as consciências daquele que absorveu tentavam novamente tomar o controle de seu corpo, as últimas missões para os caçadores pareciam cada vez mais perigosas e tudo se unia com um fato importante, Tuomas estava faminto. Por mais que ele se alimente de outros, ele sempre busca o sangue da ruiva com voracidade, e seu sangue se tornava mais poderoso a medida que aprimora seus estudos e juntamente mais apetitoso aos olhos de outros vampiros.


Normalmente Tuomas se continha em seus ataques, se deliciava no inicio bebericando apenas algumas dotas sangue de um dos pulsos da vampira, algumas raras vezes pedia de seu pescoço, contudo desta vez tomado pelo impulso, o puro sangue arrebentou alguns dos botões da camisa de Freya e a mordeu violentamente o pescoço. A cada golada a ela podia sentir suas forças sendo sugadas demasiadamente a ponto de quase desmaiar. A ruiva tentou lutar contra aquilo, mas o puro sangue era mais forte e eu corpo não conseguiu se desvencilhar até que ele saciasse grande parte de sua sede e afrouxasse os braços entorno dela.  


Seu agasalho escondia a camisa e as manchas da mordida juntamente com o sangue coagulado contra a pele, o cheiro deixava um rastro sutil de ódio e medo misturado ao sangue que logo se dissipava aos poucos pela noite, enquanto corria como uma raposa fugindo dos cães, alguns poucos lvls e chegaram a segui-la, porem se perderam num emaranhado de espinhos de sangue. Cansada e fraca, Freya se escorou contra uma das árvores locais e virou todas as suas pastilhas de sangue de uma caixinha prateada e desenhada que levava consigo. Eram as suas pastilhas especiais, parte era de seu fornecedor de confiança, a outra parte das partilhas era misturada com um tipo especial que fabricara apenas para testes. A marca da magia que selava sua bestialidade parecia mais contrastante contra sua pele branca, dando a ela uma sensação quase sufocante em seu pescoço.


Seus olhos fecharam lentamente enquanto arfava tentando por sua mente no lugar e assim conseguir voltar a pôr sua máscara e disfarçar seus sentimentos. Com a cabeça recostada contra o tronco, seu corpo tentava lutar contra o sono e as lágrimas, Sua mão tremulante deixou de lado a caixinha quase vazia de pastilhas enquanto alternava para o coldre de sua arma, quantas vezes aquela alternativa havia se tornado tentadora? Acabar com tudo de vez, não haver mais descendentes, não ter que se esconder, mentir, fugir... Suas mãos engatilharam a arma a arma antivampiro (que a atacou perante ao seu descontrole emocional), ela era um monstro como todos os outros que matou então não haveria problema não é? O estalo metálico do gatilho destravado fez com que a ruiva abrisse os olhos. Estava escuro mas meus olhos haviam de adaptado ao breu, ela conhecia o formato, a cor o e cheiro do metal, então Freya ergueu a arma a altura dos olhos
 
Seria isso o certo a se fazer?

Dentre risadas e gritos de covarde que eclodiam em sua cabeça Freya executou dois disparos na noite enquanto Urrava de dor e ódio, de alguma forma isso fez com que as vozes se calassem novamente. Ela podia sentir o calor do cano quente, mas esse rapidamente se resfriava em contraste com a temperatura externa, o cheiro do explosivo era sutil (mas perceptível), ela então levou ambas as mãos a cabeça (ainda com a pistola em punho e com a dor faiscante, porem suportável em sua mão), ela se encolheu naquela noite fria enquanto as lagrimas rolavam por seu rosto, leves soluços  eram abafados enquanto a ruiva abraçava os próprios joelhos e encaixava a cabeça entre seus braços, numa posição infantil e um tanto quanto indefesa ( exceto pela pistola ainda em punho).
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MensagemAssunto: Re: ..::Carnival of Rust::..   ..::Carnival of Rust::.. I_icon_minitimeSeg 12 Jun 2017 - 17:35

( Lucius )


Tudo estava indo de acordo com seu plano. O lobisomem ainda não havia os encontrado e Lohanne se fortalecia aos poucos graças ao sangue que lhe dera. Talvez conseguissem chegar até a cidade sem nenhum incidente. Ou assim Lucius acreditava, até aquela criança estúpida acordar e ter uma reação tão explícita. Todo o teatrinho tinha ido por água abaixo e agora os humanos daquele carro sabiam da verdadeira natureza deles.

Lucius se segurou quando o carro deu um solavanco com a freada brusca. O motorista e sua esposa estavam apavorados. O vampiro rosnou. Não pretendia matá-los logo de cara, mas agora a situação ficava complicada. Deixar testemunhas? Nem pensar. Mas por enquanto precisava deles. Ou pelo menos do motorista vivo. 

- Calados, os dois – ordenou com sua indução de puro – Você – olhou o motorista – Continue a dirigir em silêncio. E você – olhou a mulher – fique quieta se não quiser que nada aconteça a vocês... Agora siga até a cidade no mesmo ritmo que estava antes. Caso se comportem bem os pouparem. Dirija.

O humano engoliu seco e foi obrigado a obedecer, não havia como lutar contra as ordens de um puro, não sendo uma pessoa comum sem treinamento ou consciência de que vampiros existiam. Assim que o carro estava de novo em movimento, Lucius virou-se para Lohanne.

- Olá, criança... Por favor, acalme-se ou irá assustar ainda mais esses humanos que estão nos fazendo um favor – falava baixo e devagar, tentando acalmá-la – Eu não conheço esses humanos, apenas pedi carona a eles porque nós dois estamos em uma situação complicada, eu e você... Não sei se você se lembra, mas estava sob custódia de um lobisomem em uma represa. Eu te tirei de lá e agora estamos correndo contra o tempo para conseguir escapar dele. Você ainda não se recuperou, não vai agüentar fugir sozinha. E eu não quero correr o risco de lutar com ele... Então, por favor, se acalme...

Lucius ergueu as mãos, como um sinal de trégua, olhando-a e tentando mantê-la calma.

- Nós já nos conhecemos no festival de inverno... Te direi quem sou e responderei todas as suas perguntas assim que estivermos em um lugar seguro. Não queremos comprometer ainda mais nossos caros auxiliares, não? – ele olhou os humanos  voltou a olhá-la – Por favor, não quero intimidá-la. Não é minha prisioneira, só estou tentando ajudar... Além disso, vai chamar muita atenção vestindo apenas um sobretudo, não acha? O cheiro que estava em suas roupas chamaria muita atenção. – falou e aguardou a reação dela, esperando que a garota não tivesse nenhuma atitude idiota.


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MensagemAssunto: Re: ..::Carnival of Rust::..   ..::Carnival of Rust::.. I_icon_minitimeSeg 12 Jun 2017 - 17:35

O membro 'Fabi' realizou a seguinte ação: Lançar Dados


'D10' : 5, 1, 7, 7, 9, 8, 6, 2, 8
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MensagemAssunto: Re: ..::Carnival of Rust::..   ..::Carnival of Rust::.. I_icon_minitime

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