>:: Jardim ::<

~*Lily


Ela não pescou a diversão dele sobre ela tentar ensinar a ele sobre um assunto que já tinha conhecimento, as mulheres. Mas ela também não focou no assunto. Apenas ouviu atentamente o que ele falava.


- Mudar o fato de que...? - ela fechou os olhos, curtindo o carinho dele. Então ele completou a frase e ela arregalou os olhos, corando - Mais importante....o quanto?


Ela olhou receosa ao invés de sorrir. Estava confusa. Ela amava tanto Nero... Mas... ela havia gostado tanto de Daryl. Ela não sabia o que sentir. Não sabia se o que sentia era correto. O que deveria fazer? Mordeu o lábio. Mas Nero havia abandonado ela ali... Havia a deixado sem nenhuma explicação, só ordens... E ele sempre tinha tantas mulheres, não tinha?... Ela podia se divertir um pouco também... E queria aquilo. O olhava intensamente.


- Só... não quero que se machuque... - ela o abraçou apertado.

~*Lily


Ela o apertou mais no abraço. Ainda se sentia confusa e receosa. E se Nero machucasse ele? Lily já tinha visto o pai matar outros vampiros por menos que aquilo. Ela não queria perder seu amigo.


Mas ele não correspondeu ao abraço dela. Ela se sentiu estranha com aquilo. Se afastou lentamente dele e o olhou, prendendo a respiração. O olhar intenso dele a deixou com um frio na barriga de medo. Será que ele iria embora agora?


- Daryl...? - perguntou com um fio de voz.

Daryl não pensou em mais nada quando ela correspondeu. Tomado por um tipo de energia diferente, acariciava a língua da garota com a sua, sem pressa para acabar. Segurou firme sua cintura, para que ela não se afastasse de forma alguma. Quando o fez, foi somente para apreciar aquele rosto próximo ao seu e beijá-la mais uma vez, deixando fluir o desejo que guardara naquelas horas todas. As mãos contornaram pela lateral as curvas da garota, movendo-se para as costas... até repousarem mais uma vez na cintura, firmes, como uma ordem de controle. E então, quando se afastaram, interrompidos por curtos beijos da parte dele, ele a observou por vários instantes antes de encostar o rosto no dela, com um suspiro de satisfação.

~*Lily


Ela gemeu baixo quando ele segurou sua cintura com firmeza. De forma alguma ela queria se afastar naquele momento. Correspondeu a todos os beijos dele, enlaçando-o mais seu pescoço. Lily suspirou com as mãos dele passeando por suas costas e gemeu outra vez quando ele voltou a pousar as mãos na cintura dela. Agia submissa àquele jeito controlador, como se gostasse.


Lily não queria se afastar e grunhiu quando ele os interrompeu com os beijos curtos. Ela estava levemente ofegante, com os olhos brilhando, curiosamente sem nenhum traço do vermelho dos vampiros, e a bochecha corada. Sorriu para ele e fechou os olhos quando ele encostou seu rosto no dela.


~ Isso foi tão bom - sussurrou no ouvido dele, com um leve tom de desejo na voz - Faz de novo...


Ela não esperou a resposta dele, agarrou o rosto de Daryl com as duas mãos e o beijou com desejo. A postura mudou de submissa a dominadora em um piscar de olhos. Suas mãos foram até os cabelos encaracolados do rapaz, puxando os cachos em meio ao beijo voraz. Suas presas logo despontaram e ela arranhou seus lábios em meio ao beijo, gemendo com satisfação ao sentir o gosto de sangue.


Era isso que Lily era. Instável. Dois lados de uma mesma moeda.

"Faz de novo", Lily provocou e quando ele passava a mão pelas costas dela, puxando-a para perto, ela reagia de uma forma que o enlouquecia completamente, fazendo-o gemer baixo. Com a respiração urgente, a mão desceu firme, agarrando-a por cima da saia. Afastou o rosto bruscamente, lambendo o próprio lábio com sangue. Quase fora de si, avançou em seu pescoço sem delicadeza, puxando seus cabelos para trás para evidenciá-lo, roçou os lábios, inspirando seu cheiro, mordendo em seguida. 

Para a sorte (?) dela, Daryl também perdia um pouco de si nesta matéria.

~*Lily


A vampira o olhava calmamente enquanto também recobrava o controle. Seus olhos voltaram ao normal e as presas sumiram. Ela ergueu a mão e tocou a face dele, fazendo um carinho.


- Tudo bem, Daryl... Eu gostei - falou com doçura para ele e sorriu sem jeito - Gostei tanto que tive medo de querer mais...


Ela se aproximou e segurou o rosto dele entre as mãos, dando um selo.


- Só não quero que nos vejam animados aqui e nem receber nenhuma advertência - explicou - Se meu pai sabe disso, me tira daqui... E eu quero ficar aqui com você - ela o abraçou - Vamos com calma, ok...? Onde não tiverem olhos e ouvidos para nos delatarem.


Ela inspirou fundo seu cheiro e se aconchegou nele.


- Mas ainda pode me beijar em público - ela deu um sorriso sapeca.

~*Lily


Ela deu um pequeno gemido de satisfação quando ele a abraçou de forma protetora. Seu coração se acelerou feliz quando ele disse que não ia deixar ninguém leva-la dali. Era tão bom ter alguém se preocupando com ela daquela forma. Então namorar era daquele jeito? Parecia um sonho. Ela resolveu esquecer a realidade por um tempo.


Lily riu quando ele roubou um beijo dela e se aconchegou outra vez.


- Não vou mudar - ela assegurou e o olhou - Então... Eu posso te apresentar como? Amigo colorido? Peguete? Namorado? - ela gargalhou, zoando ele.

- Você espera que eu peça sua mão para a benção de seu pai então? - riu de volta. Seria a coisa mais estranha que já lhe aconteceria ser um "peguete", "amigo colorido"... aquelas coisas tão humanas e sem sentido -  E pelo que você conta, não adianta a forma que eu me apresente, terei que lutar em nome de minha 'nobre vampira inocente', mesmo se dissesse que sou apenas um lacaio fiel ou um legítimo Kuran. Não é isso?

Não fazia a menor ideia do perigo que o pai dela poderia oferecer, mas acreditava que poderia combater à altura... ou não morrer tão rápido. Completamente entrando na brincadeira, continuou, como se vivessem um conto épico:

- Devo dizer, doce Lily, que ambos teremos problemas no que diz respeito a apresentações para nossos familiares. A senhora Marguerite não ficará feliz de saber que tenho agora uma dama também com nome de flor, mas que perfuma meus dias. Por outro lado, fique tranquila que desta situação será protegida por mim.

~*Lily


- Err... é capaz de ele aprender um voodoo pra te lançar se você pedir algum tipo de benção a ele - ela estava séria, mas voltou a rir quando ele falou sobre se apresentar - Nem se você fosse o próprio conde Drácula príncipe das trevas ele ia me dar de mão beijada.


Então ele continuou falando. Marguerite. Então esse era o nome da mãe dele?... Nome esquisito. Parecia nome de um drink. Preferiu guardar aquela opinião para si, não sabia se magoaria ele.


 - Fico feliz em saber disso - ela corou quando ele a chamou de flor que perfumada seus dias - Então... me conta mais sobre você? Ao menos me dá seu número para eu te perturbar antes de dormir - ela riu.

- Pode perguntar o que quiser - iniciou, mas o que ela queria era "seu número". Acreditou que isso fosse verdade, pelo jeito que ela parecia estar próxima mais às atualidades do que ao mundo vampírico. - Meu número? Você quer dizer de um celular ou algo do tipo? - Não tinha pensado que poderia realmente ser útil algo assim. Nunca tinha precisado de um e na verdade não gostava dessas tecnologias.  - Bem... eu não tenho esse tipo de coisa. É importante? - porque afinal, Lily parecia muito mais conhecedora dos hábitos humanos do que ele. Talvez pudesse arranjar um celular por ela se ela achasse necessário. Era só comprar? Não entendia nada dessas coisas.

Olhou em volta em busca de algum banco, um lugar onde pudessem conversar tranquilamente em repouso e a conduziu pela mão.

- Parece que você terá que me ensinar mais essas também - sorriu sem jeito.

~*Lily


Ela ficou esperando uma resposta simples, mas o vampiro começou a dar voltas e voltas e... Era sério? Ele não tinha um celular? Aquilo era demais para ela. Lily o olhou absmada.


- Você não tem um celular? Como assim? Até aquele velho do Nero tem um! - estava boquiaberta - Em que mundo... Em que época você vive?


Ela gargalhou gostoso. Não estava caçoando dele, só achava aquilo surreal demais para ela. Continuou rindo enquanto ele a conduzia até o banco e se sentou ao lado dele.


- Vou... pelo visto não deve saber nem mexer em um computador... - ela sorriu - Não se preocupe, meu caro vampiro desatualizado, vou te ensinar a viver como um jovem! - ela apertou as bochechas dele - E... - ergueu um dedo - Se for bonzinho e bom aluno... eu posso te ensinar a... - ela fez um suspense e se aproximou como quem fosse contar um segredo, então roubou um beijo dele - ...andar de moto!

Nero... era esse o nome do pai dela ou seria outro parente? Ok. Era um avanço.

Ele não se espantava com aquela reação, mas até nisso gostava de proporcionar esse riso aberto dela. Deveria ser mesmo esquisito comentar algo assim. Afinal, tinha nascido há muito anos. De fato não havia se atualizado muito. 

- É verdade, nunca precisei. Veja bem: todos com quem eu tinha que falar estavam sempre por perto ou a um lacaio de distância - explicou-se. Por que permitir que os outros entrassem em contato tão facilmente, por meio de um aparelho? Achava isso bem problemático. Mas gostaria de poder falar com ela. - Eu vou.... arranjar um telefone - prometeu. Aquela garota level D com certeza sabia sobre esse tipo de coisa e arranjaria algo bom.
 
Ele mesmo riu quando ela mencionou o computador. Esse era mesmo um caso perdido.

Diziam que era útil para pesquisa, mas ele achava ruim a leitura pela tela tão brilhante e além disso não via utilidade porque não havia explorado demais. Pareceria um chato se falasse isso. Mas estava implícito.

- Farei um esforço para deixar de parecer seu avô - ele a observou se aproximar. Poderia mesmo ser qualquer coisa que ela tinha a ensinar. Então sorriu com o beijo e a resposta - Oh! Isso parece interessante. A senhorita tem uma moto ou teremos que enfrentar o velho Nero por causa disso também?

~*Lily


Lily o olhou de forma estranha quando ele falou a palavra lacaio. Seu sorriso vacilou. Aquela palavra trazia má sensações a ela. Lembrava de quando Nero estava com um humor perigoso e a tratava mal... Afinal....Ela era filha, mas também a sua lacaia leal. Ela ofegou e tremeu.

- Por favor... - ela suplicou baixinho - Por favor, não use essa palavra de novo...


Ela se abraçou e mordeu os lábios. Daryl não poderia saber daquilo. Não queria aumentar a confusão que daria entre ele e Nero. Tentou tirar aquilo da mente se focando nas palavras dele, dando um.leve sorriso.


- Eu te ensino a usar... Prometo não te perturbar muito - o sorriso dela melhorou um pouco - Eu tenho uma e ele tem outra. Vim com ela para cá. Está estacionada junto dos carros. Quem sabe não damos uma fugida com ela qualquer dia...

- Hm? - piscou e olhou Lily, primeiro sem entender. Para ele, era tão comum ter algum tipo de empregado para fazer suas coisas... não que ele tratasse mal todos eles, apenas não se relacionava. Seria essa atitude de nobres "metidos" que ela condenava?   Não podia ser só isso. A forma como ela tinha reagido...

Mesmo quando ela continuou o assunto leve, não conseguiu sorrir, intrigado. 

- Lily... - não sabia direito em que território estava pisando. Mas nem em sonho passava por sua cabeça o tipo de problema que a vampira enfrentava, pois ela era uma nobre - Não precisa ficar...ahn... preocupada!? - Não sabia também que tipo de emoção estava passando pela cabeça dela por ter reagido daquela forma. Estava seguindo pela opção mais óbvia: a de que ela repudiava pessoas nobres que seguiam aquele sistema - Eu... Bem, eu tenho uma pessoa que me acompanha nesta escola, mas... eu não a trato mal nem nada assim... Eu só... 

"Não sabia o nome dela quando morava na casa...", completou mentalmente. Deveria se sentir mal? Ele nunca se perguntou como eles eram tratados de verdade dentro de sua casa. Claro que já tinha visto a menina ser afugentada pela mãe e sofrer algumas ameaças, mas nunca foi físico. Quer dizer... algo mais forte dentro dele não conseguia entender por que precisava ficar preocupado com isso. Algo pior dentro dele achava impossível sequer que houvesse a possibilidade de tratar um lacaio como realmente igual, afinal, estavam presos a uma dívida que existia somente na cabeça deles e não tinham vontade própria (não os que moravam em sua casa).

Suspirou após a longa pausa. Não poderia dizer nada daquilo para ela e nem tinha plena ciência dos preconceitos que guardava. 

- Não é bem minha culpa. Por mim nem teria nenhum aqui. Mas eles... só vem, sabe? Não vou mais usar essa palavra...

~*Lily


Ela o olhou triste. Ele não entendia. Não poderia entender o seu dilema. Não poderia entender o que era ter um laço de sangue com alguém e você ser a pessoa presa. Não poderia entender o que era receber uma ordem e executá-la sem nem ao menos pensar no que estava fazendo.


Um flash de memória passou por sua mente. Ela estava em uma casa abandonada em um subúrbio malcheiroso. Havia um homem morto no chão, com marcas de presas no pescoço e a expressão vidrada de horror e dor. Lily estava assustada. Era a primeira vez que via Nero caçar e ela era apenas uma criança que havia acabado de ganhar as presas... Os gritos do homem haviam sido terríveis. Doía tanto assim morrer?
Mas Nero não parou, ele procurava algo. E ela continuava ali, encarando o homem morto. Aquilo a trazia uma sensação ruim. Era como se trouxesse uma lembrança que ela não conseguia, não queria, lembrar. Ela ouviu um choro e gritos infantis. Olhou na direção e viu Nero trazendo uma garota maltrapilha puxada pelos cabelos.
"Tome. Seu lanche. Morda" ela ouvia as palavras de Nero ecoando na casa decrépta.
Lily olhou a menina e negou com a cabeça. A garotinha... era mais nova que ela... e estava apavorada e chorando. Aquele homem morto era seu pai? Ela não podia fazer aquilo, não podia...
"Lily, beba-a" Nero começava a ficar impaciente.
Ela olhou Nero e negou veementemente com a cabeça, enojada. Não queria. Não podia. O ruivo perdeu a paciência.
"É UMA ORDEM, LILLIAN! MATE-A! AGORA!!!" Nero vociferou.
Lily não teve outra opção. A ordem do laço de sangue era mais forte que a vontade dela.


Lily nunca mais conseguiu ver uma criança sendo mordida desde então.


Ela não notou que havia colocado as mãos na cabeça e que puxava os cabelos. Havia caído num choro desesperado, com os olhos abertos em horror. Era por aquilo, aquelas coisas haviam a enlouquecido lentamente. E aquela era uma das suas piores lembranças. Ela se perdeu tanto naquela memória traumática que não absorveu as últimas palavras de Daryl.

Daryl não podia imaginar o que teria causado, mas de qualquer forma levou um susto quando a menina estava em catarse, puxando os próprios cabelos. Ele se arrependia de ter tocado no assunto imensamente, sobretudo quando notou o olhar horrorizado dela e que ela parecia não estar ali agora. Não tinha um "plano" em mente, apenas uma onda de remorso que consumia seu peito.

- LILY - Levantou-se, segurando as mãos dela firmemente - Lily! Olhe aqui. - Abaixou-se na frente dela, afastando suas mãos da cabeça para que ela parasse de se machucar - Olha para mim. Está tudo bem. Ok? Está tudo bem . - Fez um carinho em seu rosto - Por favor, me desculpe. Eu não queria que... - não era hora de explicações. Não era isso que estava em jogo. Ergueu o corpo para abraçá-la, trazer seu rosto para encostar nele enquanto acariciava sua cabeça, mesmo que ela não reagisse -  Está tudo bem... volte aqui...

Stelian ficou algum tempo vagando pelos corredores de portas de salas de aula fechada, assim que julgou que o tempo fora o suficiente para decorar algumas localizações ele saiu para o grande jardim.
 
Havia alguns alunos por lá entre conversar e sussurros e ele deciciu não interromper à ninguém. Sentou-se em um dos bancos que havia ali e ficou observando calmamente à paisagem, cumprimento um ou outro estudante que passava por lá.
 
Havia vampiros de diversas classes e era realmente interessante ver algo além de seu clã, viajar e sair da Romênia. Nunca havia deixado os muros da fortaleza Yuriev e aquilo era como um refresco para ele.
 
A rígida rotina de treinamentos e experiências no local, as capturas e caçadas, tudo aquilo era um tanto cansativo, mas ele dera seu melhor e fora notado pelo jovem Yuriev e isso deixara seus pais extremamente orgulhosos.
 
Agora, Yuriev tinha certa confiança nele, ao menos o mandara para uma missão importante: recolher informações sobre os Kuran e Marshall Kurosaki.
 

“Eu não o decepcionarei meu lorde, levarei a princesa Kuran como me pediu....” – ele pensou, um sorriso satisfeito brotando em seus lábios.

~*Lily


A vampira ainda soluçava e chorava. Não ouvia a voz de Daryl a chamando. Ainda estava presa naquelas terríveis memórias. Podia ouvir com nitidez o grito de horror da menina, o medo em seus olhos, suas súplicas, seu pedido de socorro que nunca foi atendido. Podia sentir a vida da garotinha esvair em seus braços, sua vida, tão jovem, sendo transferida para Lily. Ela não merecia. A menininha não merecia morrer. Lily não merecia tirar aquela vida inocente. Não merecia acabar com um futuro que sequer havia começado.


Ela sentiu vagamente o toque de Daryl. Sentiu o estômago embrulhar devido ao estresse. Ela empurrou Daryl para longe de si e se desvencilhou dele rápido o suficiente para se afastar e apoiar uma mão no banco antes de esvaziar o estômago no chão atrás de onde estavam sentados momentos antes.


~ Eu sou horrível... - ela chorou enquanto limpava a boca com as costas da outra mão - Sou uma pessoa horrível... eu não queria... não queria... ela era tão jovem... eu... - ela soluçou, pondo a mão sobre os lábios, fechando os olhos.

Dessa vez Daryl só observou, com pesar,  parado em pé na frente da garota como uma sentinela. Que tipo de coisa estava se passando na cabeça dela? Tinha certeza agora que era impossível ter sido somente a questão do "lacaio", então não fazia ideia de como ajudar ou exatamente de qual faceta ela estava apresentando agora. Não sabia se ela estava falando com ele ou apenas xingando a si mesma atordoada.

Pessoa horrível...
tão jovem...

Só podia deduzir que tinha feito mal para alguém jovem. Seria família? Uma amiga? Alguém próximo desse jeito? Não queria pressioná-la a falar tampouco.

Deu algum tempo para ela, apenas olhando e se sentindo o mais inútil de todos naquela situação.  

- Lily, por favor... - chamou, hesitante e um tanto triste. Estaria ela ouvindo? Seria inútil gastar mais palavras se tudo que ela precisava era ficar quieta.