Quarto PB - Rose Valentine - Quarto Fechado

Rose entra em seu quarto depois da reunião da sala para a escolha do novo líder. Estava cansada de ter que manter a pose diante de todos as pessoas. Sem pensar muito ela tira os sapatos e deita na cama olhando para o teto. Respira profundamente tentando achar forças para aguentar mais um ano nesse colégio, ainda mais agora com Loran descobrindo sua real identidade. Tudo o que ela queria era ficar longe de responsabilidades, e agora ela se vê no olho do furacão com ele.

Pensa em como seu pai estaria orgulhoso de ela estar noiva de um Kuran, por um momento sente nojo disso. Acaba levantando-se e ficando sentada na cama. A última coisa que queria fazer era algo que orgulhasse seu falecido pai, mas quando conheceu Loran ele não passava de um puro sangue fora dos padrões que a fez ter sentimentos que nunca havia experimentado antes.

Ao menos Loran não seria mais líder e com isso alguns aborrecimentos foram evitados, agora só teria que estudar e ter paz no seu quarto, que por ser PB a fazia ter privilégios de não dividi-lo com ninguém.

Foi nessa hora que ela vê uma outra porta no quarto. Do mesmo estilo da porta que entrou. E não era a porta pela qual entrou. Duas portas? 

Ela se levanta e vai até a porta que não fazia sentido estar alí. Coloca a mão na maçaneta na tentativa de abrir. 

Trancada.

Rose contrai as sobrancelhas sem entender o que é aquilo, por um momento a planta do prédio passa pela sua cabeça. Teoricamente o quarto dela só tem o espaço que ela está no momento, depois daquela parede seria um outro quarto. Então o que diabos aquela porta tá fazendo alí?

Acreditando que seria uma tentativa muito vã ela bate na porta para ver se teria resposta. E se seria a resposta que estava pensando.

Ela tentava abrir a porta e depois da tentativa ouve um som de destrancar e abrir em seguida e diante dela, Loran aparece, primeiro com a expressão de cansado e entra no quarto dela resmungando.

_Eu não aguentava mais, estava já no desespero, se eu não me metesse na certa eu seria líder dessa academia...-Senta na cadeira dela desmontando todo o uniforme enquanto falava, tirou o paletó e desfez a gravata deixando largado ao lado e encostou na cadeira soltando um longo suspiro de alivio.

Olhou de lá para ela e sorriu.

Quando tentava abrir a porta ouve o som da chave e nesse momento dá uma passo para trás. Quando a porta abre vê Loran entrar no seu quarto como se aquela situação fosse normal. Ele passa por ela falando coisas que na hora ela nem deu atenção.

Enquanto ele sentava em sua poltrona ela olha para ver o que tinha além da porta e vê o quarto do Loran olha para a maçaneta e ela ta sem a chave. Nessa hora olha para ele com cara de descrença não acreditando no que estava acontecendo.

Ela o vê sorrindo e isso faz ela ficar com a cara ainda mais fechada.

- Pode me explicar o que é isso? - Diz com a mão direita apontando para a porta.

Ela não espera ele dar uma resposta, conhecia a figura. Nessa hora ela anda na direção dele estendendo a mão.

- Me entrega essa chave agora. Não sei como conseguiu fazer isso, você não vai ter livre acesso ao meu quarto.

O sorriso de Loran sumiu, antes que ele pudesse responder ela já foi logo mandando ele dá a chave para ela. Virou o rosto e colocou a mão sobre os olhos coçando deu um leve sorriso e levantou olhando ela nos olhos sério.

_E qual o problema?

Ele ainda estava sério olhando-a, ele já sabia que se fosse pedir ela não deixaria, então era melhor fazer e depois se desculpar do que pedir.

_E a chave vai ficar comigo.

A cara de Rose é de descrença, só podia ser piada, certo?

- O problema é a minha privacidade, certo?

Em seguida cruza os braços o analisando e vendo que a chave estava no bolso da calça por causa do volume.

- Por mais que nós estejamos juntos isso não te dá o direito de invadir o meu quarto quando quiser. Da mesma forma que você tem o direito da sua privacidade.

Rose começava a ficar nervosa com a situação, seu rosto começava a corar com a irritação pois sabia que quando ele cismava com alguma coisa era chato de ceder.

Ele olho para ela, a primeiro momento queria dizer que não, mas a pose que ela fez o desarmou. Ela estava mais solta e expressando uma postura que ele nunca tinha visto. Mas não ia ceder a ela, queria poder ter acesso a ela sem ter que ficar no corredor batendo na porta para pedir permissão.

_Até entendo sua necessidade de privacidade... Mas somos noivos, não vejo problema nisso.

Afasta dela indo até a cadeira pegando sua roupa e volta dizendo um tanto mais irritado.

_Por mim não tinha nem quarto separados, eu dormiria aqui com você nessa cama.

Chega perto dela e falou por fim:

_Ainda mais que já somos mais íntimos, esqueceu da nossa noite?

Agora ele cruza os braços na frente dela sentindo que iria ganhar aquela disputa.

O Rosto corado ela vai de um leve corado para um vermelho intenso com a última frase dele. E já falando em um tom alto com o nervosismo e a vergonha.

- ISSO NÃO JUSTIFICA NADA!!! - Diz batendo o pé direito no chão que estava descalço.

Em seguida dá um empurrão nele e avança tentando colocar a mão no bolso da calça dele para pegar a chave.

- ME DÁ ISSO AGORA!!

Quando ela grita com ele, a primeiro momento se espanta, nunca poderia imaginar que ela teria esse tipo de reação. Mas antes que ele pudesse retrucar ela avançou sobre ele tentando pegar a chave que ela achava que estava em seu bolso.

_Ei, espera... -Tentava segurar ela, mas não forçava para não machuca.

No fundo aquela situação o fez esquecer da dor de cabeça, ela ali com raiva querendo a chave e envergonhada o fez sorrir por dentro, finalmente ela estava solta, finalmente ela estava sendo ela de verdade.

_Eu não vou te dar. -Segurou os braços dela tentando afastar para que olhasse para ele, queria mesmo era beijá-la naquele momento mas deixou ela espernear a vontade.

_Escuta ... tenshi... ficar esperneando não vai ajudar, vamos conversar com calma.

Ele consegue segurar os braços dela e ela por um minuto olha para ela com cara enfezada.

Quando ele diz que ela está esperneando ela dá um chute na altura do joelho fazendo com que ele a soltasse.

- CALA A BOCA E ENTREGA A CHAVE!

Começa a dar tapas no braço dele com força, mas nada que machucasse.

- Se você ta achando que vai ficar mandando em mim tá muito enganado!

Ele sente o chute dela e a solta se afastando e ver ela ficar cada vez mais irritada, na verdade ele já havia conseguido o que queria, mas ver ela envergonhada e fazendo essa algazarra toda era de certa forma divertido. Pegou a chave do bolso e mostrou a ela.

_Aqui está, se quer a chave só pegar.

Ele fica um tanto chateado ao ouvir que ela não aceitara ser mandada por ele, então deixa que ela pegue. Ele se vira e vai até a porta e antes de sair do quarto dela diz:

_Nunca foi minha intenção mandar em você, só queria ver você mais solta e a vontade.

Sai do quarto dela, vai até a cama dele e se joga.

Ela desconfia mas pega a chave que ele entregou.

Fica um pouco sem entender o que ele queria dizer com aquilo. Seu rosto ainda estava corado com a situação e respirava ofegante pela forma que estava falando. Se sente um pouco constrangida pela forma que se comportou mas ainda achava que aquilo era um absurdo.

Ela vai até a porta que conectava os quartos e o vê deitado na cama.

- Eu estou bem como estou. - Diz com uma voz mais calma.

Seu cabelo estava levemente bagunçado pela agitação. Ela se vira.

- Se quiser entrar no meu quarto bata a porta. - Em seguida ela fecha a porta. Vai até a sua cama e se joga na cama.

Ele soltou um longo suspiro após ouvir as palavras dela e o bater da porta. Ficou ali pensando que poderia ser de outra forma,  mas ele realmente não via problema em ter aquela porta. Claro que estranhou a explosão de raiva dela. 

_ Ok.... -diz depois que a porta bate.

Ficou ali imaginando o quão seria incomodante pra ela, realmente estava acostumado a liberdades ir e vir como ele tinha com sua irmã humana. Claro que muitas das vezes ela o expulsava do quarto. Era engraçado fazia por ser divertido. 

Riu com aquela imagem de Rose esperneando como uma menina adolescente de 16 anos. E o rosto envergonhado então...Ela ficava linda envergonhada. Tinha a expressão de inocente.

Levanta após uns minutos e vai até a porta dando umas batidas, mas não espera que ela abra somente diz dali mesmo.

_Rose quando eu a conheci vi em você algo que não era como as outras que já conhecera. Eu gosto do jeito que você é,  e sinceramente falando sua atitude ainda pouco me deixou feliz. Não precisa ser durona sempre pode ser você é deixa que serei durão por nós dois.

Fez uma pausa sua cabeça voltou a doer, mas queria dizer a ela o que pensava.

_ A porta é só para você sempre que quiser entrar, sem precisar bater. Mas eu respeito você é vou bater sempre pedindo a kami que nunca feche pra mim.

Sai de perto da porta.

_ Vou me arrumar para aula, te espero no corredor.

Sai indo até o banheiro para se aprontar.

Rose ainda estava deitada na cama quando ele bate na porta. Ela ainda estava com a sensação de vergonha pela forma que tinha agido.

Ele começa a falar antes que ela respondesse fazendo-a fica em silêncio.

Ela volta a corar quando ele diz que ela precisava ser ela mesma, sobre não precisar ser durona. Ele não fazia ideia de como ela foi criada, e tudo que seus pais a obrigava fazer com humanos, vampiros de classes baixas e caçadores desde a sua infância.
Ela não tinha coragem de contar sobre isso, e esperava nunca precisar.
Achava que se ele soubesse com certeza se afastaria dela, afinal, ele foi criado com humanos.

Quando ele fala sobre se arrumar ela concorda, ouvindo os passos dele saindo do quarto ela se levanta, arruma-se, abre a porta que liga seu quarto com o de Loran e sem seguida sai de seu quarto pela porta principal indo se encontrar com ele no corredor.

Voltando do laboratório


Rose entra em seu quarto segurando as bolsas e deixa a sua em cima da escrivaninha. Pensa em como aquilo tinha que acontecer logo no primeiro dia de aula. As coisas nunca conseguem ser normais nesse mundo. Lembra do professor e se pergunta se ele já estava conseguindo se controlar. Infelizmente ele teria que encarar a realidade ficar fingindo de doente era idiotice.

Depois pensa no garoto ruivo que armou a confusão, ela deu um golpe nele e ele fugiu com facilidade. Por um momento ela olha para o espelho e dá um profundo suspiro, está tudo muito estranho. Loran está estranho, tem acontecido coisas suspeitas e agora até pessoas estão atrás dele.

Tudo o que ela queria era paz e essa parecia a última coisa que iria conseguir atualmente. 

Tenta por um momento afastar esses pensamentos, queria saber como ele estava. Para isso ela pega a chave que estava na gaveta para na porta que ligava os dois quarto e bate de leve dizendo que estava entrando. Quando a abre vê que o quarto está vazio. Não tinha a presença dele.

- Loran? - Ela tenta em vão o chamar.

Não acredita. Por um momento fecha os olhos para não perder o controle, não acreditava que ele havia feito ela ir para o laboratório para fugir. O que ele achava que ela era? A mãe dele? Se ele queria sair sem ela poderia falar, mas ficar mentindo a deixava extremamente magoada.

As sombras do local começavam a ficar instáveis e ela joga a mochila dele em cima da cama. Se ele não a queria por perto, ele não a teria por perto. Ela tentava organizar os pensamentos enquanto as sombras pareciam dançar.

_Rose-sama...

Raiven olha-a vendo que não estava bem, notara o poder da sangue puro mexer com as sombras, chamou novamente e aguardou.

_Rose-sama está tudo bem?

Raiven era séria e muito focada e estava com uma expressão chateada.

_soube do ocorrido no laboratório, lamento não está presente no momento isso é uma postura imperdoável de minha parte como guardiã dos puros.

Enquanto ainda estava de olhos fechados sente a presença da Raiven e a ignora. Volta a abrir os olhos lentamente, as sombras ainda pareciam estar vivas, ela ainda estava se sentindo mal por dentro.

Olhando para ela com uma expressão de indiferença a ouve sem esboçar reação. Ela responde à ultima afirmação dela indo se sentar para tentar relaxar.

- Não, você não tem culpa.

Após sentada cruza as pernas e apoia o cotovelo na poltrona que por sua vez sua mão estava apoiando a cabeça.

- Não tinha como evitar aquilo. - Dizia olhando para a parede.

Após isso e volta a olhar para Raiven.

- Estou cansada... - Essas palavras ela queria dizer para si mesma mas acabam saindo um pouco mais alto do que queria.

Raiven ainda estava ali de pé observando-a, ela era uma puro poderosa e perto de Loran-sama tinha a imponência que um puro deveria ter, mas era certo que perto dela Loran ainda era apenas uma criança, ainda estava preso a sua raizes humanas o que era muito ruim para si.

_Rose-sama, está sendo difícil lidar com Loran-sama não é?

Raiven não se intimidava com as sombras que estavam vagando pelo quarto, ela não era de se intimidar com nada, mas demonstrava respeito pela aquela que servia.

_Posso compreender, mas talvez possa lhe clarear a mente sobre o comportamento dele.

Raiven se aproximou e de pé a frente de Rose em sua posição de respeito a ela sempre formal e com palavras que demonstravam que ela era de uma era mais antiga começou a falar sobre Loran.

_Loran-sama quando foi salvo pelos Kristans, viveu como um humano sem ter contato com outros vampiros, e para isso os Kristans praticamente, digamos uma palavra mais chula de se dizer, ele foi domesticado por eles. A imponência de um sangue puro começa a aparecer e todos a sua volta passam a instintivamente a respeitar, temer e ser dominados pela atmosfera que envolve um puro.-Fez um pequena pausa ainda com aqueles olhos claros que cintilavam devido a luz da lua que entrava pela janela Raiven continuou._Lógico que isso é de seu conhecimento, mas o fato de falar isso a Rose-sama é para perceber que os Kristans haviam percebido e descoberto que ele era um sangue puro. Quando pegaram ainda bebê não sabiam que ele era um.-fitou Rose ainda mais séria._Eles o domesticaram para evitar que se fossem expostos, que fossem descobertos. Loran-sama atualmente está adormecido como um puro, se fosse comparar em nível seria um Level B, tanto que seus poderes se resumem a esse level.

Raiven sabia que se Loran acordasse ele voltaria a ser o puro que nasceu para ser.

_Loran-sama esta lutando dentro de si, uma batalha entre sua raízes e a domesticação dos humanos, ele foi tão induzido a vida de humano que isso o impede de "acordar" como um puro. Ele ainda não despertou, mas tem oscilações de que isso irá acontecer, voz próxima a ele percebeu as mudanças de humor e até postura em se comportar, isso é parte dele querendo acordar.

Raiven precisava que Rose entendesse o quanto seria perigoso Loran acorda de repente e sem controle.

_Rose-sama, estou lhe falando isso para que entenda que ao acordar com o poder que ele irá ter se Loran-sama não tiver apoio ele irá enlouquecer.-Raiven falou em um tom nervoso._É por isso que estou aqui, sinto dizer mas se isso acontecer só teremos uma solução, matar Loran-sama.

Ela sabia que a puro a sua frente irritaria com aquela última colocação, mas era fato que se esse for o resultado do despertar de Loran não teriam escolha a não ser extermina-lo.

Rose ainda sentada ouvia atentamente o que ela dizia. Realmente estava difícil lidar com ele mas não falava nada, apenas olhava fixamente para a serva. 

Loran ainda acredita ser meio humano, isso ela já tinha reparado, e aliais, era uma das coisas que mais chamava a atenção nele. Ela não queria que ele perdesse isso, mas o sangue puro adormecido despertando deve doer. Fazia sentido as oscilações de humor, ela mesma teve sua fase quando estava aprendendo a dominar suas sombras.

Ainda ouvindo Raiven dá um sorriso sarcástico quando ela faz sua ultima colocação.

- Não.

As sombras que oscilavam criam formas de galhos com espinhos totalmente negros enrolando nos braços e pernas de Raiven a obrigando a se ajoelhar.

Rose levanta da cadeira e chega próximo da serva olhando para baixo dizendo:

- Agradeço pelas informações. Mas a única que vai morrer será você se ousar a ter um pensamento desse novamente.

As amarras de sombras começam a apertar forte em Raiven.

- Ninguém irá matar-lo. Para isso terão que me matar antes.

Rose se lembra de quando várias vezes perdeu o controle por causa de seus poderes, a coloração azul que seus olhos ficam é a prova do seu descontrole. E mesmo assim ela ainda consegue se controlar depois do surto. E inicialmente isso acontecia e não havia ninguém a apoiando para se acalmar, e estava até hoje bem. Se ela conseguiu sozinha ele também irá superar se tiver apoio.

A vontade que Rose tinha no momento era de estrangular a garota coma raiva que estava sentindo dela no momento. Um quinto galho surge perto de Raiven e se enrola no pescoço dela já criando pressão. Mas ela por um segundo pensa que isso poderia deixa Loran ainda mais estranho e volta atrás. O galho que estava no pescoço afrouxa e Rose permanece olhando para ela pensando no que iria fazer. 

- Você está aqui apenas para protege-lo, e não o contrário.

Raiven se ver jogada aos pés da puro, já esperava por essa reação, não demonstra medo e sim respeito a ela.

_Rose-sama, acredito que está furiosa, mas se me escutar irá entender, só precisa ouvir-me.

Nesse momento sente seu pescoço apertar, ainda assim o medo não era algo que abalaria, pelo contrario aquela situação era normal para Raiven, já passara por muitas situações e era desprovida de sentimentos.

Como uma guardião esses tipos de sentimentos não existiam, ela apenas esperou pelo controle da puro em suas ações, mas se isso demorasse mais iria agir até pelo bem de seus próprios senhores Loran e Rose.

Mas ela parou e soltou seu pescoço, mesmo aos pés dela ali continuou a falar e responde a pergunta dela:

_Rose-sama, minha missão é guardar e proteger Loran-sama até que ele desperte.

Os olhos de Raiven eram sem vida opacos e focados nela.

_Acredito que realmente não tem ideia de se ele enlouquecer até você morrerá, mas não estou aqui para matá-lo, estou aqui para ensina-lo a controlar o poder.

Rose fica um pouco decepcionada pela frieza de Raiven, estava acostumada as pessoas terem medo e demonstrar isso nessas situações. Mas não se deixa abalar por isso. Ela ainda queria arrancar o pescoço pela, por mais que não pudesse fazer isso.

- Então foque em ensina-lo a se controlar. 

Ela vira de costas e volta a se sentar na poltrona, nessa hora os galhos soltam a serva e voltam a se unir as sombras do local.

- Se ele quiser me matar... Eu resolvo isso. 

Solta essa frase interrompendo no meio dela e completando sem muito entusiasmo. Ela não tinha coragem nem vontade de o matar. Talvez preferisse ser morta por ele. Seria uma solução mais fácil para ela.

- Acho que você deveria ir atrás dele para ver se ele está bem. Não acha?

Raiven levanta e ajeita seu vestido após Rose solta-la.

_É para isso que estou aqui Rose-sama... Ajuda-lo e evitar que o pior aconteça.

Mas se acontecer terei que limpar a sujeita e evitar o caos...

_Não deveria dizer isso Rose-sama, algo que não gostaria de ver é ambos se enfrentando, seria muito triste se isso acontecesse.

Aquelas palavras apesar de virem em tom um tanto frio demonstrava que Raiven tinha uma preocupação e até demonstrava alguma conotação sentimental.

_Rose-sama, quanto a isso estou bem ciente de onde ele está, não se preocupe está bem e seguro.

Ela ainda tinha que contar sobre a vampira a Rose antes de sair e ver como estava Loran..

_Agora Rose-sama tenho outro assunto a lhe falar, apesar de saber que Loran-sama ira conversar com vós, quero que entenda que não estou passando por cima de sua autoridade.

Ela pegou uns manuscritos em uma lingua morta que haviam imagens de rostos desenhados e mostrou a Rose.

_Há 10 mil anos atrás surgiu um grupo de sangue puros que se intitulavam a Tríade.-Motrou a imagem de uma mulher._Essa é a dama negra, Lya Merelyn essa vampira fez pacto com demônios, esse - mostrou a imagem de um homem_Duque Magnus ele é o líder e um ser cruel humanos para ele são apenas carne e o outro é Lord,  não há imagem dele, pois sempre está as escondidas deixando que Lya e Magnus façam o trabalho sujo. Ao meu ver é o mais perigoso de todos, não há registro dele, como é e seus poderes, pelo que sei nenhum caçador o viu. enfim, esse trio provocou o caos no passado, o mundo viveu uma era de guerra e sangue, eles são os primeiros vampiros e não tem nenhum tipo de compaixão ou piedade. A dor e a tortura caminham com eles, o mal os seguem aonde quer que estejam.

Ela fez uma pausa e soltou um pouco o ar, em um suspiro preocupado.

_Rose-sama essa noite em um convento abandonado a Dama negra acordou e agora está solta nessa cidade. eu estive no local pois, a pouco tempo a associação de caçadores descobriu a tumba dela naquele lugar e estava monitorando 24 horas, mas acredito que ouve uma falha e ela foi acordada.

Fitou Rose por um momento e finalizou:

_Loran-sama já sabe disso e agora vós... Se a tríade for reunida a era de trevas e caos voltará... Somente um vampiro no mundo pode lutar contra a Tríade... Somente um Kuran é que tem o poder de enfrenta-los, nesse momento o único que tinha esse poder agora dorme em um caixão de gelo eternamente, logo Loran-sama será o sucessor desse poder.

Quando a vampira diz ter outra coisa a falar ela ergue levemente uma sobrancelha tentando adivinhar que outro assunto ela teria.

Quando olha a imagem não reconhece ninguém, espera a serva lhe dizer o que é aquilo.

 Ela ouve atentamente o que lhe dizia e não a interrompe em momento algum.

Quando termina de falar ela olha estática para Raiven. Tudo começava a fazer sentido. O comportamento de Loran, pessoas atrás dele para despertar. Seria tudo para o mesmo motivo?

Três velhos que não tem o que fazer além de infernizar a vida de quem está quieto!?

E Loran não está acostumados à responsabilidades...

Dor de cabeça, ela começava a latejar... Ele só tem 17 anos e tem três puro sangue que devem estar loucos para o verem morto.

Não queria mostrar algum sentimento perto de Raiven, ela apenas olhava estática para as imagens. Vários pensamento rodeavam a cabeça dela como, por exemplo uma forma de matar-los sem ter o Loran por perto. Seria possível?

Talvez não... A vampira disse que tinha que ser um Kuran. A mão que estava apoiada no braço do sofá começada a tamborilar com os dedos. Inferno.

Ela se levanta olhando para Raiven a encarando os olhos. Dava para perceber o quão irritava ela estava, sua voz saía rasgada com o tom de ordem.

- Você... Não saia um minuto de perto dele, se ele dizer que te quer longe o siga escondendo sua presença. Tudo o que ele fizer, eu quero um relatório. E não ouse dizer para ele que eu sei o que está acontecendo. Eu mesma digo isso.

Ela toma uma postura mais ameaçadora com a aura sobre ela.

- Se você abrir a boca para ele, eu te mato. Se você me desobedecer, eu te mato. Não sou tão boazinha quanto pensam. Eu não venho de uma família que pensava no bem das pessoas, então não sentirei nenhum remorso de tirar a sua vida.

Ela para por um momento e completa.

- Eu também quero saber de todos os passos desse trio de velhotes. Tudo o que souber, mesmo que seja boato você vai reportar a mim.

Raiven ainda mantinha o olhar inexpressivo, mas sabia que a irritação da puro era evidente. E quando a puro levanta sua voz imponente em tom de ordem e ameaça ecoando pelo quarto teve a confirmação de suas investigações.

Raiven entendia a preocupação dela, só quisera saber de onde ela tirou a ideia que era alguma pessoa que estava contra a senhora que servia, mas aquele momento não era para ser questionado, apenas deixou ela falar.

_Estou aqui para isso, Rose-sama, será reportada de tudo, cada passo de Loran-sama e da tríade.

Raiven ainda esperava pelas últimas palavras dela, antes de servi ao casal de noivos sangue puro fizera uma longa investigação e sabia de quão cruel e assassina era Rose valentine, criada para não sentir remoço ou pena, muito menos compaixão por outros vampiros e humanos.

Os Valentines eram uma família de sangue puros muito cruel e sanguinária, a natureza dessa puro não era diferente.

_Rose-sama, não me veja como sua inimiga, não há necessidade de me ameaçar, sei de minhas obrigações, meu dever é está ao seu lado e de Loran-sama.

Ela curva-se e vira para sair.

_Estarei por perto, ele realmente não queria que eu o seguisse, apesar de saber aonde ele está, vou está sempre por perto.

Abriu a porta para sair e deixou a puro envolta em seus pensamentos.