O ímpeto do Espírito - Inglaterra - Solo de Vasilisa Dragomir

Eu Vasilisa Dragomir, estou disposta a sofrer qualquer tipo de consequência para poder ajudar as pessoas, ( disse isso pra mim mesma e para o meu tio distante,Sr Victor Dashkov que ficou cuidando de mim como um protetor, desde que meus país faleceram, mesmo com ele insistindo do quanto isso era perigoso, tanto pra minha saúde, quanto em relação a o que isso poderia repercutir se as pessoas soubessem disso... Ele dizia: minha querida, se as pessoas descobrirem sobre você, sua porta ficará cheia de pessoas infelizes, doentes, e se você não conseguir curar todas elas, vão fazer da sua vida um inferno, e eu, como um substituto de seu pai, estou aqui para proteger você de qualquer coisa...
Essas palavras ficam ecoando no meu cérebro o tempo inteiro, o que eu devo realmente fazer? Ignorar um dom privilegiado ou seguir em frente, ignorando as consequências?

Ela poderia até pensar dessa forma, mas até chegar aquele ponto teve que ir a um lugar onde nunca fora. Ajudar era seu desejo, mas arriscar-se e ao seus entes mais próximos era algo que realmente deveria pensar.

Naquela noite recebeu um telefone de uma pessoa a qual não sabia quem era, somente dizia que iria vê-la e que tinha algo importante de seus pais para lhe falar.

A ligação foi encerrada tão rápido que não deu tempo de saber nomes e quando seria essa tal visita, somente entendia que era voz de uma mulher e que ela estava um tanto apressada.

Isso a preocupou e precisava falar com alguém e rápido.

Ao desligar o telefone, senti um arrepio percorrer todo o meu corpo, algo importante, algo sobre meus país? Como assim? Foi um acidente trágico, porém foi somente um acidente, eu estava lá.
Não consegui dormir direito, fiquei com essa ligação misteriosa ecoando no meu cérebro a noite inteira, eu tinha que contar pra alguém, senão eu enlouqueceria, mas contar para quem? Victor, com certeza não concordaria em eu ver essa mulher, com certeza ele tentará me proteger de todo modo e eu preciso descobrir o que ela tem a dizer.
A única pessoa confiável o suficiente e a minha amiga Rose, que também é minha guardiã, e caso for algum tipo de emboscada, ela poderia me ajudar...
Desci do meu quarto até a sala de jantar, tomei meu café da manhã com meu tio como faço diariamente, e fui me encontrar com a Rose, afinal isso não era um tipo de assunto que pudesse ser falado ao telefone, e contei tudo o que havia acontecido.

_O destino dessa criança é bem diferente do que ela imagina...

Uma misteriosa mulher olhava a foto da jovem princesa dos Dragomir.

_Ela acredita que o que tem pode ser usado para ajudar pessoas, mas na verdade ela é só mais uma condição para que tudo que foi planejado seja executado.

Ela falava com um homem pelo telefone e o mesmo respondia concordando.

_Ela irá para Academia Cross, lá daremos continuidade ao que estamos planejando.

A mulher encerra a ligação e resolve fazer outra chamada.

O telefone toca na casa dod Dragomir, uma voz feminina queria falar com a jovem princesa.

_Srta Dragomir...

Fui a casa de Rose, contei tudo o que tinha acontecido, ela ficou meio apreensiva, mas decidiu me ajudar, por que ela sabe muito bem o quanto esse assunto mexe comigo, disse fez eu prometer que se a tal mulher marcar alguma coisa, que eu jamais falaria com a tal mulher sozinha, então eu resolvi voltar para casa, não gostaria que meu tio Victor desconfiasse de nada, logo entrando na minha casa ouço o telefone tocar, e uma das criadas me trouxe o telefone, dizendo que tinha uma mulher procurando por mim, atendimento o telefone e fui para a sala privada, ao ouvir meu nome fiquei paralisada, será que é a mesma mulher que ligou um dia antes?
Sim sou eu, quem é?

Ao ouvir a voz de jovem vampira, a voz feminina responde:

_A questão aqui não é quem é, e sim o que deseja...

A voz falava pausadamente e com certa firmeza.

_Se quer saber o que realmente aconteceu com seus pais, deve procurar respostas na Academia Cross.

A mulher desligou o telefone, antes que a princesa perguntasse mais alguma coisa. Ela até então nunca ouvira falar de tal lugar e decidiu investigar por conta própria.

Ambas as amigas estavam dispostas a descobrirem o que era aqueles telefonemas e o porque de tudo aquilo, poderia ser uma brincadeira de mal gosto, mas ao mesmo tempo tinha um mistério.

Para Lissa o acidente que vitimou seus pais, era somente um acidente. Mas com aqueles telefonemas misteriosos somente deixava ainda mais preocupada em seu futuro, era princesa daquela região e muitos veneravam sua família, mas há aqueles que querem o posto que agora ocupava.

O seu tio Victor veio com informações sobre o que seria a Academia Cross, e chamou Lissa e Rose para conversarem:

_Lissa minha cara sobrinha, aonde ouviu falar dessa Academia... -Ele estava curioso, já que a mesma ficava na cidade onde existia o governo imperial dos Vampiros._Sabe segundo foi me informado esse lugar foi idealização de nosso Monarca maior Kaname Kuran, que infelizmente veio a nos deixar passando o comando a princesa Kuran.

Ele sentou em uma das poltronas mostrando para ela os folhetos e prospectos que falavam da Academia.

_É algo que particularmente considero uma utopia, vejam só humanos e vampiros convivendo em um mesmo lugar, é o que é esse lugar.

Ele franziu a testa para Lissa e Rose finalizando:

_Quer ir para esse lugar...

Na verdade, nós ouvimos uma amiga da Rose comentar sobre uma prima dela estudar na academia Cross, e ela disse o quanto seria de enriquecimento acadêmico mudar de país pra estudar em outro lugar, outro tipo de cultura, que eu fiquei totalmente interessada, o Sr sabe da minha sede em conhecimento, até pq a minha família é a que rege a região, e eu não quero ser uma regente sem experiências, gostaria de aprender com outros clãs familiares sobre todos os tipos de situações diferentes, principalmente o fato de como poderia ser uma possível convivência com humanos, não seria ótimo pra mim ter uma vivência dessas? Sem contar com oo fato de estar perto do nosso governo imperial, quem sabe até conseguiria ser vista a bons olhos pela nossa querida princesa, seria perfeito para os negócios da família, já que eu fui a única Dragomir que restou, devo zelar pelo patrimônio deixado pêlos meus pais, não é mesmo?

Ele a ouvia atentamente, mas estava preocupado, seria seguro deixar ela sozinha em um país estranho, em uma escola onde vampiros e humanos conviviam.-Essas perguntas ficavam na sua mente.

_Minha cara sobrinha, aprecio a sua sede por saber e de certo o que diz faz sentido, estaria próximo a nossos governantes maior e seria bom para nossa nação que firmasse com eles acordos de cooperação.

Ele suspirou, era muito complicado para ele deixar que ela fosse.

_Mas o que me preocupa é ficar sozinha em um país estranho e com pessoas as quais não está acostumada.

Ele apesar de entender que seria bom para o país essa diplomacia, ainda assim achava muita responsabilidade para ela.

Ele olha ambas, e apesar das palavras de Rose, ele ainda tinha receios, queria poder dizer não a sua sobrinha, mas como se ela parecia tão animada.

Levantou de sua poltrona e caminhou um pouco parando diante da enorme janela de um lindo vitral antigo e dali responde a elas:

_Pois bem, mas terá condições para irem a essa Academia.-Fez uma breve pausa _Eu quero ser informado diariamente de tudo que ocorrer e se algo acontecer vou busca-la imediatamente.

Ele falava a ambas um tanto sério, mas em seus olhos havia a preocupação de um pai, estava deixando ela sair de lá e encarar um mundo que provavelmente não estava acostumada, nessa academia ela seria apenas mais uma, apesar de seu status, estaria convivendo com a mais alta nobreza de mundo vampírico e ele sabia bem como eram os jogos e disputa de poder que eles costumavam fazer, em tese para passar o tempo ou em outra para tomar o poder mesmo.

_Eu vou providenciar tudo, matricula e passagens para lá, em uma semana vai começar as aulas e não vamos perder o ano letivo não é mesmo...-Sorriu gentil, saindo da sala.

Ambas entrariam na academia e teriam a chance de descobrir o que estava ocorrendo e aqueles estranhos telefonemas.

Obrigada Victor, com certeza nós não daremos motivos nenhum para tal preocupação, vou ser o mais discreta possível em relação ao espírito e manter em foco os meus objetivos, que é somente experimental e cultural, faço isso pensando somente no bem estar do senhor e do nosso governo, tenha certeza de tanto eu como a Rose, manterá o senhor informado sobre tudo o que acontecer na academia e se precisarmos realmente de ajuda não exitaremos em pedir ajuda, meu tio não se preocupe, eu já sou grandinha, sei me cuidar, eu entendo que é um mundo completamente diferente, vampiros diferentes, sangue puros, nobres como eu, mas cada um com seu jeito de pensar e agir de acordo com suas ideologias e criações, e por isso mesmo acho que o convívio com eles é a melhor forma de aprendizagem.

Ambas estava empolgadas de certa forma com aquele novo momento em suas vidas, elas estariam indo para outro país e na certa o objetivo de descobrir o que acontecera com sua família poderia esta lá naquela academia.

Mas será mesmo que era uma pista ou mais uma situação de perigo para a princesa Dragomir?
Só o futuro poderá dizer.

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