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RPG Vampire Knight
 
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 Campbell

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Yumi Ayuzawa
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MensagemAssunto: Campbell   Campbell I_icon_minitimeSeg 28 Dez 2015 - 17:46

Ato I - Yumi Campbell

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Ambarantis se transformava num gigantesco playground de luzes e sombras, a madrugada seguia fria, mas os jovens quentes. O neon dos letreiros respigavam luminosidade nos becos decorados por latões de lixos e sombras que se moviam na esquina de cada quarteirão.

Mergulhada pela vida do subúrbio, Yumi Campbell se perdia em canções, buzinas e burburinhos de pessoas, que por sorte, nunca mais veria na vida. Os pés se arrastavam em marcha lenta pela neve, mas ela não se importava com o peso que a puxava para trás. Icaru permaneceria soterrado pelo silêncio, o elástico invisível que os ligava se partiu, e o ricochetear foi o suficiente para quebrar o pouco que restava da auto defesa dela.

A mercê do mundo que construiu, ela parou na beira da calçada e ergueu os enormes olhos verdes na direção do semáforo que oscilava entre o vermelho, verde e amarelo. Yumi ergueu as mãos e deslizou pelos cabelos, segurando com força na nuca, ela queria gritar, chorar, mandar todos se foderem, mas não podia. Afinal, a culpa não era deles, correto?

Ela deixou o ar escapar pesado por entre os lábios, o vapor que saiu deixava em evidência o quanto estava frio. O quanto ela queria se deitar naquele chão de gelo e não abrir os olhos. Nunca mais.

Cortejada como a estrela principal de uma peça de teatro, Yumi seguiu a luz até o centro do palco e lá parou para olhar em volta. Riscos brancos, alertas amarelos e freios vermelhos, todos aplaudiam para ela, buzinas sem fim rasgavam o silêncio, flashs que imortalizavam a cena.

Campbell sorriu quando o gelo finalmente alcançou o seu corpo, agora a câmera estava virada ao contrário, o asfalto era céu e o céu asfalto. O homem que agora estava abraçado com ela se sentou e a arrastou pelos braços. Quem era aquele cara que estava estragando toda a sua peça? Porque as pessoas a olhavam com pavor?

- Me solte!?
– ela esbravejou, forçou os braços para baixo mais algo queimou dentro dela, o liquido quente correndo por dentro de sua roupa.

- Não se mexa! – o rapaz de cabelos negros e olhos mel a colocou na calçada, agachando-se na frente dela. Ele apalpou com cuidado o casaco dela e fez uma careta ao ver um pedaço de vidro cravado no braço da ruiva. Um pedaço de garrafa que estava no chão havia perfurado o braço de Yumi, e aquilo estava sangrando demais. – Está machucada, acho melhor te levar para um hospital, e...

- Não! Você está estragando tudo! – a caçadora segurou a lasca de vidro e a tirou no mesmo tempo, cortando um pouco das pontas dos dedos também. Não era um machucado muito grave, mas ardia, e mesmo assim, a dor não era maior do que ela sentia por dentro.

– Me deixe sozinha! – ela gritou, arremessando o estilhaço para longe. – Me deixe!

Confusa, ela se ergueu do chão e saiu a passos rápidos do local. O homem estava nervoso e alarmado com as atitudes da garota, mas continuou a segui-la, a roda de pessoas que se formou do outro lado da rua se desfazia como um monte de folhas ao vento.

Arfando ela corria como num filme de terror, apenas o som da própria respiração e o retumbar do coração era audível aos próprios ouvidos. A cidade a engolia junto dos próprios sentimentos. O sangue parecia pinicar em suas roupas.


– Eu odeio você...
“mas eu senti a sua falta.”  

- Suma da minha cabeça... “mas eu quero que fique!”

- Eu nunca amei você...
“eu quis ter você só pra mim!”

- Não quero vingar vocês!... “vou matar quem matou meus pais!!”

- Não toque mais em mim... “meu sangue nunca foi o suficiente para você...”


Presa num abraço de urso, ela parou e os pensamentos foram cortados bruscamente. Os pés se afastaram do chão, Campbell se balançou, mordeu as mãos de quem a segurou para o alto e cuspiu o sangue do indivíduo no chão.

Yumi não sabia o que estava acontecendo, apenas forçou os cotovelos contra o abdômen do homem e os dois giraram até ele bater as costas contra a parede de uma casa que estava com as luzes apagadas.

- Acalme-se! – ele esbravejou no ouvido dela, apertando-a com mais força num abraço de ferro. – Eu sei quem você é, não vou lhe machucar.

A ruiva se remexeu nos braços do rapaz, mas a única coisa que conseguiu foi abrir ainda mais o corte em seu braço.  Ele flexionou os joelhos e deixou que a caçadora apoiasse novamente os pés no chão, eles giraram outras vez e Yumi parou com o rosto contra a parede. A bochecha sendo amaçada contra o concreto, ainda presa pelos braços e cintura.

- Também sou um caçador, vi você carregando Icaru para o quarto, Yumi Campbell. – a ruiva arfou, o ar doía ao sair dos pulmões. E novamente, tudo se repetia dentro dela, Icaru, Icaru, Icaru. – Eu só o conheço de vista, mas vi que ambos não chegaram bem na Associação. – o caçador abriu a boca, ar deslizando suavemente por entre os lábios, cuidando as palavras que estavam prestes a sair. – Eu escutei tudo que você disse, meu dormitório é ao lado...- ele aliviou a pressão contra o corpo dela, deixando-a deslizar para o chão.

O moreno observou ela cair sobre os calcanhares, não só ela, mas um mundo do qual ele não fazia ideia do que seria, mas era real. Aquela dor machucava o que restava dentro dela, a ponto de fazê-la caminhar numa avenida cheia de carros e não se importar com a própria vida. Ele nem a conhecia direito, mas as palavras timbrando na parede, a porta sendo trancada e o extenso silêncio do outro lado do quarto. O caçador ainda estava preso lá, mas e ela?

Vincente estava se sentindo um metido e infeliz por tê-la seguido desde a associação até o centro da cidade, mas sua audácia havia salvo Yumi de uma fatalidade. Estava orgulhoso por salvar a vida de mais uma pessoa, inclusive, uma colega de trabalho da qual só ouviu elogios desde que se tornou um caçador.

- Me desculpe por me meter no assunto pessoal de vocês. – ele falou quase num sopro, levando a mão até o ombro dela, tentando confortá-la de alguma forma. O corpo dela tremia, os olhos fixos na parede, sem reação e inertes aos movimentos do rapaz. O moreno queria dizer muitas coisas para ela, mas não podia, ele sabia muito bem o que era aquele tipo de olhar.

– Levante-se, deixe-me pelo menos pagar um taxi. – ele a ajuntou com cuidado do chão e a apoiou um dos braços em torno da cintura dela. Yumi caminhou ao lado daquele desconhecido sem proferir nenhum som, apenas perdida nas memórias de Icaru, no beijo do baile, na violência dele, no ciúme de Zero. Porquê tanto?

As flores já deveriam estar mortas na cabeceira de sua cama.

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Yumi Ayuzawa
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MensagemAssunto: Re: Campbell   Campbell I_icon_minitimeQua 30 Dez 2015 - 12:51

Ato II - Anastasia Campbell

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Subindo as escadas aos tropeços, Yumi finalmente havia chegado até seu quarto na Cross. Ela abriu a porta em um solavanco, mas por sorte, sua colega de quarto não estava ali. O melhor seria não estar hospedada na escola, queria estar bem longe de Kiryuu e de Icaru. Desaparecer e começar uma nova vida, poderia ir para a Escócia e adotar seu verdadeiro nome para viver tudo do zero, mas o que faria com as lembranças?

Ela bateu a porta atrás de si, o estrondo foi alto, mas ninguém iria acordar àquela hora da madrugada, já estava mais próximo do amanhecer do que o início da noite. Yumi se escorou contra a madeira da porta e começou a retirar as roupas que vestia, jogou tudo para um canto do quarto, o cheiro alcoólico de Icaru estava impregnado no corpo. Ela queria tirar qualquer lembrança dele, esquecer ele, socar ele até que desaparecesse de sua cabeça.

- Como posso ser tão otária? – ela deslizou as costas pela porta e sentou no chão, se perguntava até que ponto continuaria se preocupando com Icaru, mesmo sabendo que ele não merecia nem seu rancor. Ela abraçou as pernas e apoiou a lateral da face sobre os joelhos. Yumi olhou para o corte em seu braço, o que teria acontecido se tivesse morrido naquele acidente? Será que Zero Kiryuu lembraria dela naquele passando onde eram amigos? O que Icaru faria? Será que também faria um show no seu funeral?

Encolhida no chão, luzes amareladas de faróis dançaram pela escuridão do quarto e Yumi se encolheu ainda mais entre os próprios braços. O som do motor ficou mais intenso, rasgos de pneus nas pedras anunciaram que finalmente estava sozinha. E ali ficou por muito minutos a finco, sentada apenas de calcinha e sutiã esperando algo acontecer dentro dela, como se magicamente todos os medos e problemas pudessem ser resolvidos e ela pudesse ser feliz.

A caçadora não compreendia, mas o fardo que carregava nas costas era muito maior do que ela podia aguentar, a depressão era apenas um dos poucos sintomas que seu corpo começava a manifestar. Depois de toda aquela história com Zero, Yumi havia naufragado, por pouco tempo achou que tinha superado tudo, encontrou em Icaru um amigo e nele um refúgio para todas aquelas dores que se acumulavam desde que era uma criança. O copo já estava cheio, só bastou uma gota para transbordar.

O corpo da ruiva tombou para o lado, ela apoiou as mãos para se levantar do chão e ir até o banheiro. Lá ela parou de frente para o espelho e ficou encarando uma Yumi com expressão exausta, estava mais magra e olheiras surgiam abaixo dos olhos. Mais próxima, ela apoiou a testa contra o espelho e ficou encarando os belíssimos olhos verdes que possuía, as quase invisível sardinhas e os grossos lábios rosados, por mais bela que fosse, ela já não encontrava nada que pudesse admirar em sua pessoa.

- Anastasia...Anne...- ela sussurrou um nome que muito tempo havia esquecido, o nome que seus pais lhe batizaram, algo que ela abandonou desde que entrou para a associação e foi adotada como Yumi. – Estou acabada nesta personagem que criei...- a ruiva se afastou do espelho e ligou o registro da água.

Yumi entrou na banheira e se acomodou, aos poucos a água subia fria como agulhas, arrepiando e deixando a pele levemente roxa. Estava tão frio, e aquele frio a congelava por dentro, adormecendo aquela garota esforçada e doce, dando espaço a algo que ela nunca pensou existir dentro dela. Campbell deslizou para dentro da água e submergiu todo o corpo, inclusive a cabeça.

O som dá agua abafava os ouvidos, as nuances de cinza que o amanhecer nublado de Ambarantis trazia para o dormitório, tudo era captado de forma envolvente e criativa pelos olhos de Yumi. Os cabelos vermelhos dançando como se estivessem secos por baixo da água, e os pulmões começando a pesar pela falta de oxigênio. Ela criava um novo universo para que pudesse habitar.

As mãos tremiam segurando as bordas da banheira, Yumi se agarrou aquilo e voltou arfando por ar, também sensível pelo frio. Ela tombou a cabeça para trás e sorriu, gargalhou, chorou, afundo mais algumas vezes.

- Vou fa-z-zer assim-m...como.... v-você quer! – com a voz tremula e dolorida ela escapou do frio da banheira e deixou um rastro de água pelo quarto e deitou-se na cama, se enrolando no edredom. Yumi se agarrou naquele pedaço de pano, um novo mantra se instalava dentro dela, algo que seguiria a risca. – Garotas ruins n-não choram... Eu não vou mais chorar.
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MensagemAssunto: Re: Campbell   Campbell I_icon_minitimeSex 29 Jan 2016 - 11:06

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“Eu sou humano, por isso me importo!” - aquelas palavras iam e vinham dentro da mente de Icaru enquanto ele caminhava pela gelada madrugada da Ambarantis. O frio lhe lembrava também do retorno de Cora, a solidão lhe lembrava do que havia acontecido com Yumi.

Era incrível como todas aquelas coisas haviam acontecido de repente, em tão pouco tempo naquela cidade. Ele passara os últimos dois anos evitando qualquer contato com a Associação, evitando Yumi, servindo à um vampiro para se manter vivo e não decair.

Era estranho pensar naquilo, naquele momento. Ele poderia ter se refugiado na Associação e então pedido um reforço para o selo que o mantinha como humano, que mantinha o veneno de Cora contido em suas veias mas, ao invés disso, ele se entregara a uma vida desregrada e repleta de atos dos quais, se a associação tivesse conhecimento, ele poder ser preso ou até mesmo executado.

Ele culpava parte disso ao próprio sentimento de autopiedade e destruição que havia sentido quando deixou Yumi para trás, para deixa-la lutar por Zero, ele sentia que ser bom, por algum motivo, era errado mas, ao mesmo tempo, algo dentro dele se saciava com todo o mal que vinha causando a si e às pessoas ao redor.

Aquela frase de Vince não parava de ecoar, assim como seus passos no chão. Estava novamente indo ao encontro de Yumi e sua mente, embora estivesse muito mais clara sem a bebida, vagava por pensamentos obscuros.

Por que estava feliz em fazer o mal? Ele pensava agora nas coisas que havia feito e tudo o que havia vivido naquele breve período na Academia e parecia que aquilo fora somente uma pausa, que sendo quem ele era agora, ele estava sendo ele mesmo.

Assim que havia descoberto sua natureza de vampiro, seu copo e sua alma haviam se entregado à caçada e subjugado de forma auase natural.

Agora que havia direcionado aquilo tudo à Yumi, agora que sabia as graves consequências de suas palavras, de repente, algo dentro dele parecia haver despertado novamente, uma luz em meio a escuridão que aos poucos tingia sua alma.

“Eu queria ser humano…” - ele pensou de modo amargo, olhando seu próprio reflexo enquanto passava em frente à um comércio fechado, a imagem refletida n vidro agora exibia tatuagens sobre a pele e um olhar perdido.

Ele se sentira perdido antes, mas de uma forma diferente, agora estar perdido significava realmente estar desviado de um caminho.

Talvez, ele imaginou, o retorno de Cora fosse algo definitivamente bom, pois assim poderia retomar suas atividades, seguir a ordem da puro sangue, aparentemente e pelo pouco que lembrava, Cora não estava fazendo nada errado.

Era estranho, ele não conseguia se lembrar do porque havia fugido dela em primeiro momento e ela não parece com raiva ao encontra-lo. Talvez ela pudesse selar novamente sua natureza de vampiro, como ela havia feito no passado.

Icaru finalmente chegou em um ponto de táxi com algum veículo e então se aproximou, informando o endereço ao motorista e se pondo no banco detrás.

A neve agora caia gentilmente e só por isso o motorista aceitara a viagem estrada acima. Icaru continuou a deixar a mente vagar enquanto isso.

Não saberia o que dizer a Yumi, estava indo porque queria… o que queria? Se livrar da culpa por ter sido um estúpido com ela?

Aquilo o incomodou. Ele não sabia o porquê estava indo lá e de repente todos aqueles sentimentos confusos que tinha por ela, ainda naquela mesma noite, pareciam ter se tornado apenas um grande vazio dentro dele, como se as palavras dele fossem um peso retirado dali.

Ele respirou fundo, deixando o ar frio invadir seus pulmões. Fazer mal a Yumi lhe fazia se sentir… bem?

Aquele pensamento era frustrante e algo irreal. Dizer aquelas palavras havia sim retirado um pedo de dentro dele, mas não significava que era algo bom. Fora bom para esclarecer algumas coisas dentro dele, para terminar de quebrar os cacos de vidro que o machucavam tanto, mas não fora justo com Yumi.

“Justiça” - ele pensou sobre aquela palavra que agora lhe parecia tão deturpada e então finalmente chegou à conclusão do que deveria dizer e fazer. Faria o justo, o justo para ambos, como um homem e não como o garoto que fora.

Ele saltou do táxi após pagar e então caminhou pelo chão com montes de neve. A tempestade havia passado e agora ela seguia para entrada da Cross, utilizando suas credenciais de caçador e uma desculpa esfarrapada para ter acesso e entrar no local.

A Cross de Ambarantis seguia o mesmo padrão de Whistler, então foi fácil encontrar o dormitório e em consequência a ala feminina. Era incrível como aquele lugar estava vazio.

Icaru então parou diante da porta onde havia o nome de Yumi escrito e então hesitou por um momento. Conseguia sentir perfeitamente a presença dela ali, mas havia algo errado.

Ele então entrou no quarto, parando sob o batente da porta aberta, olhando o corpo envolto no edredom e o rastro de água no chão.

-Yumi! - ele se precipitou em alcançá-la, tocando em seu ombro e virando-a para si, preocupado, sentindo o tecido do cobertor completamente molhado. O que ela estava tentando fazer.

Ele sentou-se cuidadosamente ao lado dela na cama e então olhou para o rosto dela, sentindo algo amargo se remexer dentro dele. Era tão ruim ver aquela garota daquela forma e fora ele quem causara isso.
-Yumi - ele falou num tom mais brando e então respirou fundo - Me perdoa - ele pediu, sabia que teria que conversar algo com ela, uma conversa séria, mas ela parecia tão destruída e prestes a quebrar que ele sentia que seria necessário juntar os pedaços dela antes de dizer qualquer coisa.
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Yumi Ayuzawa
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MensagemAssunto: Re: Campbell   Campbell I_icon_minitimeSeg 7 Mar 2016 - 15:38

Ato III - Anastasia Campbell

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Frias e pesadas, as roupas de cama pareciam mergulhar Yumi abaixo de toneladas de neve. O tempo que ela permaneceu deitada durou alguns minutos, mas em sua mente eram anos, uma eternidade de sofrimento e repulsa pelo o que ela havia se tornado. Ou melhor, por aquilo que ela deixou de ser.

O corpo estava sem sensibilidade, era possível observar pequenas ramificações de veias azuis e roxas colorindo o claro de sua pele. Adormecida pelo sofrimento, por rasgar os pulmões dentro da banheira de seu quarto, ela estava fatigada e disposta a encontrar a outra mulher dentro de si, Anastasia. Uma versão dela que ainda não tinha sido contaminada pela fraqueza e a dor de ser uma caçadora batizada por pessoas que somente estavam ali para retirar o corpo de seus pais.

Tudo estava perdido, em todos os sentidos. Ela poderia subir uma montanha e ver lá do alto quem estava com ela, e não havia ninguém lá em baixo. Quantas pessoas já haviam passado em sua vida? Zero, Kaito, Yagari, Cross...Não foram muitos, e nenhuma havia ficado.

Ou talvez...exceto ele, só poderia ser ele.

Uma mão tão fria quanto o corpo de Yumi havia lhe tocado o ombro, e ela estatizou, a voz que sussurrava seu nome já era conhecida, chamando de um transe e despertando-a daquelas roupas molhadas.

Por quê ele estava ali? Qual era o motivo de ele estar ali, já que havia sido tão grosso e severo. Icaru já não se importava com ela, havia sumido, e agora voltou de forma distinta, muito diferente daquilo que conhecia. Ele não era mais um anjo, não era mais seu amigo, não era mais nada daquilo que conheceu.

O ruivo a puxou pelo ombro e ela acabou girando para o lado dele, os lábios ressecados do frio e os cabelos úmidos desgrenhados sobre a face. Ela estava ali somente de roupas intimas, decaída sobre todos aqueles estilhaços de uma dor que ela não sabia lidar. Yumi queria gritar, mandar ele se foder, mas não conseguia nem abrir as mãos e esticar os dedos por causa da hipotermia.

Icaru a chamou novamente e ela sentiu raiva e vergonha, novas lágrimas se formavam abaixo das pálpebras que ainda estavam fechadas. Ela abriu a boca, mas nenhuma palavra saiu dali.

A caçadora pegou no pulso dele e abriu os imensos olhos verdes, o encarou com muita frustração. Ela não reconhecia aquela figura que estava ali, Yumi queria apertar com força o pulso dele até que o machucasse, mas ela sabia que seria impossível. Talvez a culpa não fosse dele, afinal, a fraqueza emanava dela e de mais ninguém. Mas toda aquela humilhação... Ah, aquilo ela não esqueceria tão rápido.

- Icaru...- ela afastou a mão do pulso dele e guiou tremula até a bochecha dele. Yumi deslizou a ponta dos dedos sobre a pele, mas logo o ato morreu e ela deixou a mão cair sobre o colchão. Era real aquela cena, mas por quê? POR QUÊ?!

- Por quê ...?
– a caçadora engoliu o pouco das palavras que ainda dançavam em seus lábios, não tinha forças para iniciar um diálogo. Estava ferida em todos os aspectos, inclusive seu físico e psicológico, mas a vontade de soca-lo com força ainda estava muito vivo em suas lembranças.


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MensagemAssunto: Re: Campbell   Campbell I_icon_minitimeSeg 7 Mar 2016 - 15:57

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"I'm giving you all..."


Yumi ragira e ele não pode conter aquele sorriso bobo e aliviado quando ela finalmente reagiu ao seu toque. A culpa conseguiu ganhar um sabor doce, ao menos por um momento, ao sentir que ela estava ao menos… viva!


Ele apressou-se em tirar o casaco, sentindo a mão dela agarrar seu pulso, parando seu gesto no meio quando ela lhe lançou um doloroso olhar cheio de frustração. Era óbvio que aquilo aconteceria e mesmo assim, aquilo lhe lançou estilhaços de dor, fazendo seu sorriso sumir instantaneamente e a amarga culpa cair sobre ele.


Ela parecia tentar apertar seu pulso, sem força, mas, mesmo que ainda não houvesse dito nenhuma palavra, ele podia sentir tudo o que ela queria lhe dizer por aquele olhar, aqueles imensos olhos verdes brilhavam de raiva e ele desviou então sua atenção deles, tornando a tirar o casaco após ter se libertado daquele débil aperto.


Foi então que ele ouvia a pergunta e mais uma vez ele parou, agora com os dedos envolvendo o casaco em suas mãos.


-Porque eu sou um covarde, porque eu achei que um dia você me amaria, como se essa fosse sua obrigação - ele respondeu, ainda sem encarar Yumi, então ele se levantou e ergueu o corpo dela com facilidade em seus braços, como se fosse uma pena e a envolveu em seu  grande casaco, tirando-a da cama para colocá-la na vazia cama ao lado.


Ele então voltou para a outra cama e começou a tirar a roupa de cama molhada, bem como os cobertores.


-Porque eu sou tão bosta que me tornei um bêbado viciado, porque eu estive decaindo tanto que projetei todas as minhas expectativas em você e você não tinha nenhuma obrigação comigo. Eu só estava desesperado - ele então foi ao armário e vasculhou entre as coisas que estavam ali, por novas roupas de cama.


Ele fazia tudo de modo automático, sem coragem de olhar para trás e ver a jovem ruiva totalmente destruída ali.


A cama estava forrada e o perfume de roupa de cama limpa enchia o ar frio do quarto. Icaru então ligou o aquecedor numa temperatura agradável e ajeitou almofadas limpas no lugar dos travesseiros ensopados.


Ele foi até o sofá e só então deixou seus olhos sobre ela.


-Eu não acho que desculpas vão desfazer tudo isso, mas espero um dia poder retribuir de alguma forma, todas as pequenas coisas que você fez por mim. Posso ficar aqui ou desaparecer se você quiser… eu só quero ficar bem com isso - ele respirou fundo e se aproximou dela, erguendo-a novamente e levando-a até a cama.


Ela ainda vestia roupas molhadas, mas ele não tinha coragem de simplesmente tirá-las e trocar por peças secas.


Icaru voltou a mexer no guarda roupas, encontrando então o uniforme de educação física de inverno: um moletom cinza e confortável.


Ele estendeu as peças diante dela e então foi para o banheiro, lhe dando privacidade para se trocar. Arrumaria tudo para ela. Talvez fosse melhor pedir alguma coisa quente para ela beber.

No fundo, ele só queria que ela ficasse bem o bastante antes dele verdadeiramente sumir ao seguir Cora. Ele não sabia muito sobre o passado, na verdade ele pouco lembrava, mas dentro dele ele sentia plenamente que seguir àquela vampira seria seu fim.



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MensagemAssunto: Re: Campbell   Campbell I_icon_minitimeSeg 21 Mar 2016 - 11:35

Ato . . . - Anastasia Campbell

Campbell 258cp6p

O corpo estremeceu com o simples gesto de trocá-la de uma cama para outra, Yumi ainda conseguia sentir o cheiro da acidez do álcool e o perfume que vinha da pele do pescoço. Ele a largou com cuidado na cama e a garganta dela fechou, as palavras estavam acorrentadas dentro da antiga Yumi.

Icaru ajeitou a cama e preparou um ambiente acolhedor, até mesmo o aquecedor ele havia ligado para melhorar o conforto, porém, nada poderia aliviar aquelas facas invisíveis que ele tinha cravado nela. Ele se aproximou novamente e Yumi deixou se levar nos braços dele novamente, ridiculamente ela se sentia muito leve perto dele.

O enorme casaco que estava sobre os ombros parecia a encolher ainda mais, ela queria se agarrar aqueles braços e ficar ali por um tempo. Por segundos ela pensou que ele poderia juntar todos os caquinhos de sua alma e conforta-los num terno abraço, mas não era bem assim que as coisas funcionavam, pelo menos não para os dois.

Ele a colocou cuidadosamente na cama, os toques quentes pareciam arder contra a pele fria e avermelhada dela. Yumi ficou acompanhando a movimentação dele no armário de roupas, enquanto os ouvidos pareciam doer com cada palavra que ele falava sobre como estava se sentindo referente a ela, aos dois.

- Você não tem um pingo de amor próprio...- as palavras simplesmente surgiram nos lábios dela, olhando para ele colocar o uniforme de educação física ao lado da perna dela, sobre o colchão. Ele se afastou para o banheiro, talvez com aquelas palavras pesando sobre os ombros, mas era verdade, ele não possuía amor próprio.

Campbell ficou em pé e retirou o casaco dele, colocando sobre a cama, enquanto as demais roupas molhadas iam direto para o chão. Yumi vestiu o moletom cinza que ficava na altura das coxas e as mangas um pouco mais compridas do que deveria.  O calor da roupa e do aquecedor finalmente pareciam estar causando algum efeito sobre ela.

- Se você tivesse algum tipo de amor próprio não estaria aqui agora... – a ruiva deu alguns passos na direção do banheiro, apenas observando ele pelo reflexo do espelho. Icaru estava tão derrotado quanto ela, os olhos verdes dele refletiam com dor na direção dela. – Não sou mais a Yumi que você conheceu...- ela baixou o olhar e começou a observar os próprios pés, como se aquilo de certa forma deixasse as coisas mais fáceis do que encarar aquele semblante de dor. – Yumi... este não é nem meu nome verdadeiro. Você nunca me conheceu Icaru, como eu nunca te conheci.

O ar circulava pesado dentro dos pulmões, ela precisava encontrar uma força sobre humana dentro de si para tentar amenizar aquela situação. – Anastasia, este é meu verdadeiro nome. O nome de batismo que meus pais me deram, Yumi apenas foi um nome que Associação me deu para matar vampiros como você...- como se as pernas pesassem toneladas, ela acercou o corpo dele, apoiando a face contra as costas dele. A ruiva havia esquecido de como ele era corpulento e alto, será que ele era tudo isso no passado? Como era possível o anjo não existir mais? Ela não entendia.

- Acha mesmo que podemos ficar bem com isso? – as mãos subiram até a cintura dele o abraçando pelos flancos. – Eu te odeio, mas também não posso fingir que não me importo. Não lhe reconheço mais, como... – Campbell cerrou os olhos, agarrando-se ainda mais em torno dele. – Como virou um vampiro? Era para mim estar apavorada, assustada com sua presença, mas porque ainda continuo aceitando todos estes golpes do destino?

Yumi circulou o corpo dele, sem afastar uma das mãos do corpo dele, ficando agora de frente, apoiando as costas na pia que estava logo atrás. A ruiva não ergueu o olhar até o rosto dele, apenas ficou olhando para o peito dele, onde o ar também parecia circular tão pesado quanto estava nela. – É um adeus, não é?

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MensagemAssunto: Re: Campbell   Campbell I_icon_minitimeQua 23 Mar 2016 - 15:40

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"Goodbye"


“Você não tem um pingo de amor próprio” - Icaru engoliu em seco e se escorou na parede ao lado da porta do banheiro, cruzando os braços sobre o peito e abaixando a cabeça. Amor próprio era uma palavra que Icaru havia excluído do vocabulário há algum tempo, talvez há muito tempo.


Ele passou a língua pelos lábios, pensava em alguma coisa para replicar aquilo tudo que Yumi começava a lhe dizer, mas ele simplesmente deixou ela falar frase por frase. As respostas se formavam dentro da mente dele, dentro de seu peito mas morriam ao chegar a seus lábios, como náufragos na praia.


Seus braços caíram e ele arregalou os olhos de surpresa ao ouvir ela dizer que ela não se chamava Yumi, acusar a ele de não conhecê-la. Ela tinha razão, como era possível conhecer outra pessoa quando não se conhecia a si próprio?Seu passado ainda era uma névoa em sua mente e nem sua nova condição lhe trouxera qualquer pista de quem ou o que fora.


Ele ouviu a movimentação no quarto ma manteve-se no banheiro, até um pouco na defensiva, cruzando os fortes braços novamente sobre o peito agora marcado por sua justa camisa cinza.


Icaru ponderava o que queria dizer com o que deveria dizer. Ela o odiava e ele quase se sentia feliz por isso, afinal ódio ainda é um sentimento melhor do que toda a indiferença que ele esperava da parte dela. Mas ele quis matar qualquer esperança que acendeu dentro dele quando ela disse que ainda se importava.


“Anastácia” - aquele nome ecoou na mente dele e ele também agora tinha os olhos fixos nos próprios pés, como se eles fossem uma âncora de salvação. Ele caminhou até ficar de frente ao espelho e olhou para o próprio rosto


Suas âncoras de salvação na verdade se revelaram bem ao contrário quando então Yumi entrou no banheiro e ela o agarrou.


Se houvesse uma forma de arrancar o coração do peito sem morrer, naquele momento ele teria feito isso, ele teria tirado todos aqueles sentimentos que encheram seu peito de repente e aquela sensação de afundar que caia sobre ele simplesmente desapareceria.


O corpo de Icaru ficou ainda mais tenso nquanto ele ouvia aquela pergunta, parecia algo tão simples de responder, seria simples se ele soubesse tudo sobre seu passado afinal.


-Cora me salvou - ele soltou a frase com dificuldade, como se aquilo estivesse preso em algum lugar dentro dele, um lugar vazio e frio, um lugar onde só havia mentiras.



Ele ficou em silêncio novamente, sentia o calor dela, sentia o frio do reencontro com Cora e tudo aquilo parecia pesado demais para sua mente sóbria naquele momento mas, por pior que aquele choque de realidade fosse, ele não sentia a menor vontade de beber, de se drogar ou de qualquer coisa que pudesse fazer para entorpecer seus sentimentos. Ele queria sentir.


Ela então se moveu e ficou diante dele. Icaru ergueu sua mão de forma hesitante e pousou sobre os cabelos ainda úmidos de… Anastácia. Ele moveu os dedos e deixou-os se envolver nos fios vermelho sangue.


-Não precisa ter medo - ele conseguiu dizer, sentindo cada palavra pesar dentro dele. a proximidade dela parecia afundar seu peito com o peso daquele frágil corpo. Ele a envolveu com o braço livre e respirou fundo, sentindo o aroma dela, sentindo sede mesmo depois de todo o sangue que bebera.


-Eu não vou machucar você - foi tudo o que ele respondeu quando ela perguntou se era um adeus. Ele queria, do fundo de seu ser, se desvencilhar e distanciar dela, mas não queria terminar aquele abraço - Eu nunca quis - ele completou - Mas eu fiz - ele escondeu o rosto nos cabelos úmidos.


Precisava ir embora, antes que todas aquelas chamas que acendiam dentro dele trouxessem novamente aquele sentimento que ele havia afogado em bebida e solidão. Estava caindo numa armadilha e não ia deixar isso acontecer.


-Você precisa descansar Anastácia - ele disse então, se afastando um pouco, aquele nome lhe soava estranho, lhe soava… não era a Yumi. Yumi, Yumi, sim, aquele nome era o certo, era Yumi, era forte e delicado, não impessoal.
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MensagemAssunto: Re: Campbell   Campbell I_icon_minitimeSeg 28 Mar 2016 - 17:59

Ato . . . - Anastasia Campbell
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O toque suave sobre os cabelos foi o suficiente para que Anastasia sentisse as pernas fracas, talvez fosse pelo cansaço, ou pelo simples fato dela não conseguir odiar Icaru Thompson.

Mesmo cheia de perguntas, continuava sem resposta, Icaru não conseguia encontrar as palavras, apenas um nome, e foi o suficiente para que Anne sentisse o coração pesar dentro do peito. Quem era Icaru, o que ele era afinal?

- Cora? Só isso que você tem a me dizer? – a ruiva sentiu morrer nos braços do vampiro. Era até estranho acreditar que ele fosse uma criatura das trevas, que o anjo que a iluminou alguns anos atrás não existia mais, que ambos não se sentariam em torno do lago e falariam das coisas da vida, sobre família e jogos de basquete. – Cora...

O aperto dos braços de Icaru sobre o corpo de Yumi, a mão nos cabelos, o frio que ela sentia, o respirar pesado de ambos.  O que acontecia ali ninguém poderia entender, inclusive os dois não entendiam o porquê de tanta dor e sofrimento, e mesmo assim aquela necessidade de ambos estarem próximos um do outro.

A ruiva ergueu o rosto na direção do dele, era estranho vê-lo dizer seu verdadeiro nome, havia uma distância entre Anastásia e Yumi. Talvez a Yumi tivesse gostado de Icaru no passado, mas e a Anastásia, o que era dela, afinal? Quais sentimentos pertencia a nova mulher que ela havia se tornado aquela noite?

- Não... – ela ergueu a mão e tocou nos lábios de Icaru, fazendo-o não falar mais aquele nome que transformava a relação de ambos impessoal. – Não diga o meu nome. – ela deslizou a mão pela barba, descendo até o pescoço dele. – Sei que você talvez não me conheça, pelo menos não por completo, mas a mulher que você conheceu, a Yumi...ela não foi tão falsa como eu imaginava. – ele apoiou-se mais sobre ele, ficando nas postas dos pés, perdida naqueles olhos verdes. – Porque mesmo sendo Yumi ou Anastasia, sendo caçadora ou simples humana, meu coração sofre por ti.

Ela fechou os olhos, mil palavras brotavam no peito, sentimentos que queriam explodir em diálogos, ainda mais sabendo que ele estava indo embora para nunca mais voltar. Ambos não se perdoariam, então, o que poderia fazer?

- Eu amava ele, porque eu nunca tive nada. Eu amei, talvez ainda ame Zero, mas é algo que nunca existiu de fato, sempre estive sozinha. – ela arfou fundo pelo lábios, segurando as lágrimas que teimosamente estava presas por debaixo das pálpebras. – Sempre quis algo que nunca pude ter, vivi de uma compaixão da qual confundi com paixão, mas você...quem disse que nunca senti nada por você?

Ela abriu os olhos verdes que já estavam inchados, que gritavam silenciosamente para serem reconhecidos, para que as palavras não fossem necessárias. No silêncio Anne gritava para que alguém pudesse entender aquela imensidão no qual estava perdida, para que a dor da morte dos pais fosse reconhecida, que alguém visse a força sobre humana de estar ali, de ter abdicado uma vida inteira apenas pela vingança.

- Senti muitas coisas por você, dormi me questionando o porquê de Icaru Thompson sempre estar na minha mente sem ao menos nunca estar...Me perguntei milhares de vezes o porquê de me aproximar de criaturas...as mesas criaturas que mataram meus pais.

Anastásia ergueu as duas mãos até o pescoço do vampiro o puxando para baixo, quase colando os lábios um do outro. – Eu não consigo entender tudo o que se passa dentro de mim, mas é mentira dizer que nunca senti nada por você... – ela olhou para baixo, os olhos inflamados de dor. – E mesmo te odiando, mesmo feriada, eu não consigo dizer que não sinto nada, porque na verdade eu sinto algo que não sei o que é. – ela voltou a olhá-lo tentando transformar aquele desabafo em algo correto. – Eu te odeio, mas...

Os lábios tocaram gentilmente os de Icaru, ela sentiu o coração explodir dentro do peito, enquanto uma raiva se aninhava no meio da garganta, rasgando até seu coração. Ela deslizou as mãos até o peito dele, ficando na ponta dos pés, o empurrando contra a parede de azulejos do outro lado do banheiro.  

- Eu te odeio por não ter lutado contra ele, por ter aparecido depois de tanto tempo... – ela falou entre os lábios do vampiro, a respiração circulava entre ambos. O dia se tornava cada vez mais claro lá fora, o cinza da manhã se tornava branco incandescente por causa da neve que cobria todos os lugares, os olhos de Anastasia e Icaru incendiavam com a palidez do dia que surgia, tão frio e solitário quanto a alma da caçadora. – Por ter me entregado de bandeja para a minha maior desilusão.

Com as mão espalmadas contra o peito dele, Anastasia prensava os ombros de Icaru contra a parede, enquanto ela cercava mais e mais o corpo dele. – Sempre tive que lutar sozinha, eu só queria alguém que lutasse por mim. – ela o beijou novamente, deixando a ponta da língua deslizar dentro da boca dele, as presas, Anne sabia que algum momento elas apareciam para ela.

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MensagemAssunto: Re: Campbell   Campbell I_icon_minitimeQua 6 Abr 2016 - 11:44

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Millionaire say
Got a big shot deal
And thrown it all away, but
But I'm not too sure
How I'm supposed to feel
Or what I'm supposed to say, but



O corpo de Icaru estava tenso, cada movimento parecia ser algo difícil de executar diante da proximidade de Yumi, Anastácia, quem quer que ela fosse. Ele temia que aquilo fosse apenas uma forma de vingança, uma forma de trazer para fora aquilo que ele desejara enterrar depois de todas as coisas que havia feito. Além disso, ele havia se comprometido a retornar com Cora, na manhã seguinte, exatamente para não interferir mais na vida de Yumi.

Ouvi-la dizer o nome de Cora era estranho, quase como um palavrão e despertou uma sensação desagradável dentro do peito dele, tornando aquele momento ainda mais difícil. Cora, sempre Cora, sempre uma nuvem sobre seu passado, sempre dizendo que o salvou e por isso precisou transforma-lo. Sua natureza de anjo caído não impediu o veneno de Cora de correr por suas veias. Será que no fim de tudo ele havia sido tão punido a ponto de ser apenas um humano comum? Mas o que ele havia feito afinal para cair? Isto ele também não lembrava.


I'm not, not sure, not too sure how it feels
To handle every day
And I miss you, love


Ele fechou os olhos quando ela tocou seus lábios, queria recuar e ao mesmo tempo queria estar ali. Sabia que Yumi jamais o destruiria, mas e Anastácia? Por que Yumi ocultara aquilo? O que mais Yumi ocultara dele? Não que ele tivesse o direito de saber, mas ele não contara nada sobre si exatamente porque nem ele sabia.

Então aquela revelação, sobre os sentimentos dela, tanto como uma ou como outra, tanto no passado como no presente. Ele deixou a respiração morrer por alguns segundos, quente e vibrante na ponta dos dedos que estavam sobre seus lábios, seus olhos fixos nos olhos dela, parecia procurar alguma coisa, até com certo ar de medo. Seria aquilo verdade? Será que ela sentia alguma coisa por ele mesmo depois daquela noite?


Make room for the prey
'Cause I'm coming in
With what I wanna say, but
It's gonna hurt
And I love the pain
A breeding ground for hate, but


Ele então manteve mais uma vez os braços em torno dela. Não a trazia para mais perto, mas não a deixaria escapar daquele abraço.

-O destino costuma juntar nossos pedaços - ele respondeu quando ela perguntou o porquê de se aproximar de criaturas que haviam destruído sua vida antes - Eu não sei o sentido disso, eu não sei o que houve no passado, mas o destino sempre une os pedaços no final - ele deixou-se mergulhar no olhar entristecido e então inclinou o rosto para baixo, ficando mais próximo.


Ela era tão linda, seu corpo todo reagia àquela proximidade, mas dentro dele era como se cacos de vidro cortassem, dentro dele tudo estava quebrado também.
Então ela voltou a falar de Zero. Por que? Por que aquilo incomodava tanto? Ele desviou o olhar por um instante mas logo tornou a olha-la, quando ela disse que nunca negara que tinha sentimentos por ele.


I'm not, not sure, not too sure how it feels
To handle everyday
Like the one that just past
In the crowds of all the people


Ele permaneceu em silêncio, embora sua mente gritasse respostas nada gentis, cheias de ciúmes, Zero estava sempre num pedestal, quando ela olhava para ele, toda aquela admiração, todo aquele amor, como Icaru desejara ao menos uma parte daquilo para si.

Ele respirou fundo, calando aquelas respostas dentro dele, suas mãos estavam pousadas na cintura dela, uma de cada lado e seus dedos apenas a apertaram com um pouco mais de força. Então ela se aproximou e ele simplesmente congelou, uma sensação de pinicar tomou seu pescoço, sua nuca e ele ficou ali, a mercê, as palavras dela mal chegavam ao seu ouvido.

Remember today
I've no respect for you
And I miss you love
And I miss you love

Então ela o beijou e tudo o que ele pode fazer foi respirar fundo, como se estivesse prestes a mergulhar num lago frio onde mil agulhas o matariam. Ele queria morrer.

~Yumi - ele conseguiu sussurrar, aquele nome parecia preso no fundo da garganta, seu corpo batendo contra a parede do banheiro e então aquelas palavras, sobre como ele a havia entregado para Zero, então novamente aquela sombra, então ela dizia que o odiava.

Ele reagiu e sua reação morreu no minuto seguinte quando ela simplesmente o beijou, quando sua língua dançou pela boca dele e então as mãos deles agarraram os pulsos dela e ele se impulsou da parede, girando e trocando suas posições, prendendo-a ali.


I love the way you love
But I hate the way
I'm supposed to love you back and
It's just a fad
Part of the, teen, teenage angst brigade



Icaru deixou sua língua encontrar a dela, beijando-a com desejo enquanto seu corpo finalmente saia do gelo, direto para o fogo, prendendo-a contra a parede, uma de suas pernas separando as delas, era incrível como mesmo com toda a dor, mesmo num simples moletom, ela ainda era linda, ela ainda era tudo o que ele queria, mesmo quando ele não queria mais nada.

“Nunca mais, eu nunca mais vou deixar você” - ele pensou e então soltou os pulsos dela, segurando seu rosto, uma de suas mãos descendo pelo pescoço dela, numa linha reta até alcançar sua cintura novamente.

I'm not, not sure, not too sure how it feels
To handle everyday
Like the one that just past
In the crowds of all the people

Ele desceu o beijo pela bochecha dela, mordendo levemente a carne macia, salgada de lágrimas.

~tão linda - ele sussurrou, beijando o pescoço dela em seguida. Até onde ele poderia ir? Ele queria ir até o final, mas novamente aquele medo voltou a aplacar sua mente e ele se afastou, ofegando, olhando-a como se esperasse qualquer sinal dela, com se esperasse que ela lhe dissesse sim.



Remember today
I've no respect for you
And I miss you love
And I miss you love

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MensagemAssunto: Re: Campbell   Campbell I_icon_minitimeSeg 11 Abr 2016 - 12:35



Anastásia Campbell | Bloodstream

bite me



Campbell Wujrpk


A pele quente tocou a cerâmica fria do banheiro, Anastásia sentiu o corpo inteiro arrepiar dos pés à cabeça. Icaru estava no comando, as mãos firmes nos pulsos e uma das pernas entre as dela, o suficiente para deixa-la imóvel e sem fôlego.

A ruiva fechou os olhos assim que ele aprofundou o beijo, era inacreditável que depois de todos os acontecimentos da noite, ambos estavam mergulhados um no outro. Campbell sentia o gosto dele e junto do beijo uma intensa mistura de felicidade e sofrimento. Por quanto tempo ela esperou por aquela troca de sabores? Ela desejava isso?

Se desejava ou não, o corpo correspondia a cada toque e gesto, como se fosse uma dança ensaiada pelos dois há muito tempo. E por mais que o beijo não tivesse perdurado por muito tempo, para ela durou segundos que foram horas de medo, felicidade, frio e fogo.  Anne sentia o abdômen tocar o dele, as coxas em atrito, as mãos dele contornando o pescoço dela, as curvas da cintura. Ele acendia o fogo que havia dentro da caçadora, mas ela não tinha coragem de abrir os olhos e encarar o que estava acontecendo. Campbell queria e não queria, ainda não tinha esquecido as ofensas e o abandono, mas ele estava ali...E talvez aquilo fosse o suficiente, pelo menos para aquele momento. A ruiva sabia que tudo aquilo não duraria por muito tempo e logo um sairia pela porta e...E o que aconteceria depois?

Yumi ou Anastásia, não importava, era melhor fechar os olhos e sentir a boca dele tocar a bochecha, os dentes que levemente tocaram a pele macia da face. Ela sabia o que aquilo significava, infelizmente, não era novidade. Ele fazia o mesmo que Icaru, intenso, sedutor, forte e firme como o aço, era inevitável as comparações...Campell queria morrer junto de seus pensamentos atordoados, teria que mudar muitas coisas e uma delas era enterrar Zero Kiryuu dentro dela.

- Icaru...- a nome dele escapou assim que o ruivo tocou o pescoço dela, o toque fez o corpo da caçadora tencionar, obrigando-a abrir os olhos por algum tempo. Ela ergueu as mãos até as costas dele e o tocou, num abraço fraco e gentil. Não, ele nunca seria como o caçador dos olhos lilases, Icaru era muito mais do que qualquer pessoa.

Na escuridão da qual sempre fora vítima, Icaru estava lá pronto para ajudá-la, pronto para salvá-la e pronto para amá-la. Realmente ele não era mais a pessoa que havia conhecido no Canadá, mas em algum lugar aquele anjo caído ainda reinava. – Você pode...- a voz saiu num sopro, rasgando os elogios dele, assim que ele se afastou.

Anastásia afastou-se da parede de cerâmica e foi até ele, pegando-o pela mão fria e áspera. Ela o olhou no fundo dos olhos, o ar descia com dificuldade até os pulmões, o coração acelerava a cada troca de olhares, e consequentemente a corrente sanguínea circulava mais e mais rápido dentro dela. A caçadora sabia que tudo era captado por ele, por muitos anos estudou os vampiros e seus comportamentos, a diferença que ela não precisava se proteger, e sim ficar à mercê dele. Ela queria isso.

Ela deu um passo para trás e ergueu os braços retirando o moletom que vestia, ficando apenas de lingerie. Campbell não tinha vergonha de ficar exposta, pois a vergonha estava dentro dela, do ser que havia se tornado durante os anos. O que era um corpo para uma alma destruída?

Icaru podia ver os pedaços dela, todos os cacos invisíveis estavam no chão. As pupilas da caçadora estavam dilatas, as mãos tremiam um pouco e o peito inflava pesado, deixando as clavículas bem marcadas sob a pele branca.

Mesmo com os lábios entre abertos, palavras mudas de ajuda saiam o tempo inteiro. Ela queria que ele ficasse, Icaru poderia mordê-la para que aquele momento durasse pelo menos um pouco mais. Ele poderia mordê-la para que todo aquele medo fosse compartilhado, para que ele pudesse sentir o gosto dela, para Yumi ou Anastásia ficasse para sempre dentro dele.

Campbell tombou levemente a cabeça para o lado e puxou os longos cabelos úmidos para trás, o caminho estava livre e exposto. Ela deslizou a ponta dos dedos pela jugular, as unhas deixavam uma marca fina e vermelha, enquanto ela dava um passo até ele, ficando colados, as respirações se mesclando como se fosse uma só.

- Não vá embora sem deixar sua marca aqui comigo... – as palavras foram engolidas a seco, ela fechou os belíssimos olhos verdes apenas para mergulhar em tudo aquilo que Icaru Thompson oferecia para ela.


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MensagemAssunto: Re: Campbell   Campbell I_icon_minitimeSeg 11 Abr 2016 - 13:06

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As pontas dos dedos pareciam queimar a cada novo pedaço de pele descobertos pelo toque que corria o corpo da caçadora. Era assustador ao mesmo tempo e tentador, um tipo de tentação que ele desconhecia, mas que remetia a algo oculto em sua mente. O que seria? Ele não conseguia explicar, apenas sentia seu coração explodir dentro do peite, expandir de forma dolorosa.

Seu nome nos lábios dela, dito daquela maneira, sem ódio, sem repulsa, apenas com desejo. Por quanto tempo ele imaginara e imaginara aquela cena? Quantas vezes ele não havia ido dormir com a ilusão daquele corpo nu em seus braços, quantas vezes ela não havia suspirado daquela forma em suas fantasias e se entregado de forma tão doce e algumas vezes tão erótica.

Em sua mente ela lhe rasgava as roupas e a alma e as vezes vinha redimida e exausta se aconchegar em seus braços, como uma gatinha em busca de carinho.

As ofensas, as brigas, todos os problemas daquela noite, incluindo Cora, apreciam ter se dissolvido de uma forma mágica, como se toda aquela tensão no ar ao invés de separá-los houvesse unido o que precisava ser unido. Mesmo a menção do outro há minutos atrás parecia se dissolver a nada. Nada, essa era uma boa palavra.

Pensar que ele havia quase entregue Yumi para Zero em uma bandeja. Não, Zero nunca mais colocaria as mãos sobre Yumi, os olhos, qualquer coisa. Para ele Zero poderia morrer, sumir, desaparecer. Naquele momento ele estava matando Zero, estava sugando todas as lembranças ruins que o outro deixara e finalmente podendo ocupar seu espaço entre os braços de Yumi.

Seu corpo não negava o seu desejo. Sua respiração era pesada, intensa, seus lábios pressionavam os de Yumi com certa voracidade, embora ele ainda conseguisse manter em sua mente que deveria se conter. Sentia tanto desejo que temia apenas se satisfazer e deixa-la ainda desejando-o. Ele queria que ela também estivesse satisfeita.

Então veio a permissão que ele tanto aguardava, então agora ela estava diante dele, seus braços erguiam o moletom, a pouca luz refletia na pele branca e quente da garota diante dele e ele manteve seus olhos fixos nos olhos dela por longos segundos, descendo-os lentamente pelos ombros, pelos delicados seios ainda cobertos pela lingerie. Seus lábios se entreabriam em milhares de palavras mudas, em admiração e desejo e ele passou a língua por eles, respirando fundo diversas vezes.

“Por que você caiu” - ele não sabia o porquê daquela frase vir à sua mente, mas aquilo não importava naquele momento. Se fosse por Yumi, ele cairia mais mil vezes, cairia ainda mais fundo, pois ele havia chegado ao fundo por conta do que sentia por ela. Assim seria, seria por ela e para ela.

Sabia que Yumi estava ferida, não só fisicamente, arranhões pequenas em seu corpo e rosto por conta da colisão, grandes feridas em sua alma, por culpa dele, por culpa do mundo e era esse mundo que Icaru queria carregar e tirar das costas de Yumi. Para ele, ela sempre seria Yumi.

Mais uma vez ela falou e ele assentiu, sua expressão era um tanto de garotinho perdido quando ele ergueu uma das mãos, como alguém que não sabia bem o que fazer e então se aproximou, deixando seus dedos envolver um dos seios. Era macio, a pele era quente e sobre a palma de sua mão o coração dela batia, inconstante como o dele, mas havia uma certa sincronia ali.

-Eu amo você - ele então disse, erguendo a mão para a alça do sutiã, seus dedos se entrelaçando ali e baixando-a enquanto ele aproximava seu rosto e sugava delicadamente a pele do seio, descobrindo-o e experimentando, encostando em seguida sua bochecha.

“O que eu devo fazer?” - ele se perguntava. Ele havia visto aquela cena muitas e muitas vezes, mas as esmoções que sentia naquele momento nada tinha a ver com sua imaginação. Era milhares de vezes mais intenso.

Ele se afastou e tirou então sua camisa, músculos perfeitos de uma estátua agora eram iluminados pela fraca luz do cômodo, olhos azuis, pupilas dilatadas, ele a encarava novamente, tentando decidir qual o próximo passo.

Dizem que dói…” - ele pensou, sentindo-se tímido de repente, erguendo a mão para o rosto dela e envolvendo sua nuca, seus cabelos, trazendo-a para perto, contra seu peito. Queria guardá-la ali.

Seu corpo todo retesou ao sentir a pele quente dela contra a sua, seus seios contra seu peito e ele sentiu algo dentro de suas calças latejar. Nunca o havia sentido tão quente.

-Vamos para o quarto - ele pediu, beijando a testa dela, ainda mantendo-a contra si. Talvez na cama fosse mais confortável. Era isso que tinha que ser.

-Eu vou marcar você pra sempre - ele então desceu seus lábios, mordendo os lábios dela e a beijando em seguida, caminhando para trás, na direção da porta, sua língua procurando a dela, seus lábios tão colados que ele chegava a sugar o ar que a caçadora respirava, deixando-a sem fôlego.


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MensagemAssunto: Re: Campbell   Campbell I_icon_minitimeSeg 11 Abr 2016 - 14:59

Anastásia Campbell | Last


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Surpresa, Anastásia pensou que Icaru iria direto ao ponto, mas as mãos caíram ao lado do corpo assim que ele lhe tocou, apalpando o seio, enroscando os dedos nas alças do sutiã. Ela realmente não esperava que ele fosse fazer aquilo, o impacto das caricias dele eram tão grandes nela que os joelhos ficaram fracos e o ar era chumbo com espinhos no peito.

A garganta já não estava mais úmida, os lábios estavam secos, como se toda a água do corpo tivesse evaporado de um segundo para o outro.  Ela acompanhou os movimentos dele, ficando nas pontas dos pés como reflexo. A cada toque Icaru tragava tudo para si, atraindo completamente a atenção de Campbell, deixando-a desnorteada em seus braços.

Ela não queria se render para ele, o orgulho dela era forte demais, mas ela sentia falta de contato, de caricia e de amor. Amor? Qual foi a última vez que esta palavra ecoou em seus pensamentos? O amor sempre feria mais do que o próprio ódio, tinha medo daquela palavra e das palavras que ele dizia tão facilmente para ela.

“Eu amo você.” Como assim ele a amava? Depois de tudo ele ainda a amava, era sério aquilo? Muda, ela não conseguiu responder qualquer coisa diante daquela confissão, pois tudo girava dentro daquele banheiro minúsculo.

Assim que ele tirou a camisa, ela observou o quanto tudo aquilo era real, estava estampado nos olhos dele. A caçadora deixou a visão correr pelo peito torneado, pelos braços tatuados, pela barba, lábios e olhos. Por tudo! Os dois contrastavam dentro das sombras do banheiro, a fraca luz parecia deixá-los ainda mais vivos nos contrastes cinzas e escuros do amanhecer.  Porém o maios contraste foi quando ele a guardou para si, puxando-a para o peito como se quisesse mantê-la ali para sempre, num cofre seguro de tudo e de todos.

Os movimentos eram devagar, quando ele falou do quarto o corpo dela doeu mais ainda contra o dele. Automaticamente os pés acompanharam os movimentos dele, os olhos se inflando de desejo, as caricias do vampiro deixavam rastros de fogo sobre a pele dela. Campbell poderia morrer naquele abraço, no perfume dele, nos beijos que lhe tiravam todo o folego, mas ela poderia se render tão fácil, não fazia parte do perfil dela.

-Espere! – ela ergueu as mãos segurando o rosto dele pelas laterais o afastando com cuidado. A caçadora deu um passo para trás e o olhou confusa, os olhos entorpecidos de desejo e dúvida, ela não sabia o que queria daquele momento. E se fosse o último seria certo arriscar? E depois? DEPOIS?

Anastásia circulou o corpo do vampiro, as mãos deslizando pela cintura dele e ela tomou a frente, seguindo até o quarto. De costas para Icaru, ela ergueu os braços e retirou o sutiã, a fraca luz da janela era dissolvido por uma cortina branca, deixando apenas a silhueta dela para ele, uma pintura se forma a frente de Icaru.

Ela apenas sentia as bochechas mais e mais coradas, sem coragem de encará-lo, era mais fácil ficar de costas. Anne engatinhou pela cama que recém fora arrumada por Icaru e ficou ajoelhada, os olhos perdidos na cortina a sua frente. Ela sentou sobre os calcanhares e jogou os cabelos para trás, erguendo o queixo para o alto em busca de ar, em busca de qualquer coisa que pudesse ajudá-la a se acalmar naquele momento.

As mãos de Campbell seguravam com força o edredom que estava logo abaixo de suas pernas, estava tão nervosa que não sabia nem o que fazer ou falar. Ela girou a cabeça devagar, o ar escapando pelos lábios tingidos pelo gosto dele. Pela silhueta, Icaru poderia ver toda a movimentação dela que corria em câmera lenta, o contorno do pescoço, a mão que subia pela clavícula, os dedos tocando com gentileza a extensão da pele, terminando nas coxas com micro pelinhos dourados. A calcinha de renda preta que gritava contra o branco da pele, um lá que outro sinal nas costas que formavam aquela garota tão hipnotizante.

O coração retumbava alto dentro do peito, a voz dele ainda ecoava o “eu amo você”. Eu te amo, ela pensou também.
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MensagemAssunto: Re: Campbell   Campbell I_icon_minitimeQua 27 Abr 2016 - 14:52

Campbell 10y2e0n


'Cause you love, love, love
When you know I can't love
You love, love, love
When you know I can't love
You love, love, love
When you know I can't love you




O sangue pulsava em diversas partes de seu corpo, suas orelhas, seu rosto, seu peito, seu membro, tudo nele era agitado por aquela excitação, por aquela sensação de tocar e provar Yumi. Ele queria finalizar aquele momento, queria deixa-la para sempre dentro de si, como alguém especial, o que ela realmente era para ele. E depois? Ele não sabia do depois, ele não queria pensar no depois porque o depois envolviam muitas coisas além daquele quarto e ele queria resumir o mundo dele a apenas aquele quarto, aquele momento.

Ela o afastou e ele não ofereceu resistência, seu olhar tão confuso e perdido quando o dela, olhos azuis alternando para o vermelho com o reflexo da baixa luz. Havia desejo ali, mas havia medo.

Icaru tocou o rosto dela, até que Yumi se afastou e ele a seguiu, cauteloso. ela estava confusa? Ela estava com medo dele? Era engraçado pensar naquilo, naquele momento, era como se tudo o que houvesse acontecido naquela noite fosse algo de anos atrás, outra vida, outras pessoas, mas as cicatrizes estavam ali e de repente tudo era tão quente e doce, tão diferente da neve em seu rosto.

Ele prendeu a respiração quando ela desprendeu o sutiã, o ar condicionado já havia aquecido o quarto, mas ele se sentia tão quente e vivo, tão diferente das noites daqueles últimos dois anos. Seus olhos desceram pelas costas dela, a pele pálida refletindo a luz fraca, a lingerie, o cheiro dela impregnado no quarto. Ele passou a língua pelos lábios, suas mãos estavam suando.

Ele não se lembrava de nenhuma experiência como aquela, mas havia muitas coisas que Icaru não se lembrava, então para ele aquele momento era e seria único.

Ele se aproximou e se sentou no colchão, no espaço atrás dela, o olhar dela ainda parecia hesitante. Ele a envolveu em seu braço, cobrindo seus seios com o antebraço, encostando o peito nas costas dela e apoiando o queixo em seu ombro.

Ela era linda, seu corpo era lindo, sua pele era quente e macia, como um recanto onde ele poderia descansar, encontrar paz. O coração dela batia com força contra seu abraço e ela podia sentir o mesmo vindo dele.

Ele encostou os lábios no pescoço dela e a beijou delicadamente. Ainda que aquele momento fosse único e intocável, o que havia sido feito naquela noite estava feito e mesmo com o novo dia nascendo aquela mancha existiria para sempre sobre o sol.

Ele a deitou delicadamente, ainda de costas para ele, beijando agora seu rosto, descendo para seu ombro, quando ambos estavam deitados ele afundou o nariz nos cabelos ruivos, ainda úmidos.


-Yumi, eu te amo tanto - ele repetiu, mesmo sem a resposta dela, porque ele não aguardava uma resposta dela. Ele deixou seu outro braço a envolver e colocou uma de suas pernas entre as dela.


-Demais para machucar você de novo - ele então se ergueu um pouco, retirando o braço de sob ela e a libertando de seu abraço, puxando para si a coberta e cobrindo os dois - quando você me amar, se você me amar, então nós… - ele se inclinou sobre ela e beijou o rosto dela inúmeras vezes - então vamos ser um do outro.

Seu corpo queimava pelo desejo, algo dentro dele queria rasgar a lingerie, romper as barreiras de cobertor e edredom, se colocar entre as pernas dela, mas ele havia sido violento demais naquela noite e havia machucado Yumi e ela estava ali quebrada e um sentimento quebrado não era um sentimento, era estilhaço e estilhaços machucam…

“Alguém me disse…” - ele pensou e fechou os olhos, seus dedos acariciavam o ombro dela, seu rosto estava enterrado no mar de fios vermelhos.

-Eu te amo - ele sussurrou novamente, fechando os olhos. Talvez aquele breve momento de paz, de calor, de abrigo, valesse mais do que uma noite de sexo apaixonado. Tudo que é chama se extingue.



Sua garganta ardia, ainda assim ele continuou ali, sentindo revoltas e revoltas de sentimentos dentro de si, mas ele guardou aquela rebelião em sua mente, deixando espaço em seus braços apenas para Yumi.



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