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RPG Vampire Knight
 
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 Icaru - Ikariel

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Lohanne
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MensagemAssunto: Icaru - Ikariel   Icaru - Ikariel I_icon_minitimeQui 24 Dez 2015 - 14:06

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Icaru - Ikariel Fwn780






"Carnivore! 
Carnivore Won’t you come digest me? 
Take away everything I am 
Bring it to an end Carnivore! 
Carnivore Could you come and change me? 
Take away everything 
I am Everything I am"


A neve caia fina e as ruas estavam quase desertas e a jovem vestida de casaco longo e branco caminhava tranquilamente, seus cabelos loiros dançando ao sabor do vento, seus lábios vermelhos, onde duas linhas finas de sangue desciam.

Atrás dela, num beco escuro, a mão de uma jovem pendia para fora, afundando na neve e a humana agonizava. Na boca da humana, sangue da vampira que ia adianta escorria.

Aquele era o prazer de Cora, multiplicar vítimas e vítimas e amaldiçoá-las, abandonando-as para trás. Gostava de ver como eles definhavam dia após dia e depois enlouqueciam, sendo mortos pela associação. Aquilo era realmente muito mais divertido do que simplesmente matá-los imediatamente.

Ela continuou a andar, ouvindo os batimentos de sua nova cria pararem e depois recomeçarem, num ritmo frenético e mortal. Ela sorriu largamente e então se virou, vendo a mão sumir para dentro do beco. Logo aquela garota estaria sugando alguns pescoços pela cidade e eliminando alguns caçadores piedosos demais.

Ah, os caçadores. Eles estavam reunidos em Ambarantis, ao menos fora isso que ela ouvira no conselho da Finlândia. Talvez ela tivesse chance de encontrar aquela sua pequena cria, aquela que sobrevivera mais de meses, aquela que lhe fugira.

Era tão belo, tão perfeito. Ela o transformara para ser seu, mas ele lhe escapara pelos dedos.

Cora continuava a caminhar, ouvindo os grunhidos agora distante de sua pequena criação, tomando as ruas para si.

A loira continuar a caminhar, seus olhos azuis atentos aos menores movimentos. Ela gostava da madrugada, era o único horário em que saia e gostava da adrenalina de transformar crias e esperar os caçadores tentarem matá-la.

Cora estava prestes a vira ruma rua quando algo chamou a atenção de seus sentidos. Seu sangue pareceu vibrar e seus olhos se tornaram imediatamente vermelhos.

“Sul, leste, sul novamente” - sua mente traçou o rumo e ela então pareceu ficar etérea, se desfazendo no vento, como uma brisa, misturando aos flocos de neve.

Cora se materializou novamente próximo a uma parede, observando um jovem que andava apressado, as mãos dentro dos bolsos de sua jaqueta. Ele parecia distraído, o olhar distante enquanto caminhava em direção a parte baixa da cidade.

Cora o observou em silêncio, um sorriso satisfeito brotando em seus lábios, um sorriso de quem havia acertado na mosca.
***


Icaru andava distraído pelas ruas, mas seus sentidos estavam atentos ao redor. Em seu bolso, uma de suas mãos apertava sua arma hunter: uma magnum com balas de prata e na outra amassava um papel com uma missão que havia arrancando do mural externo da associação.

Havia algum vampiro transformando humanos na parte baixa da cidade e havia uma recompensa para que trouxesse respostas. Icaru estava interessado na recompensa naquele momento e seria uma boa distração para aquela noite.

As ruas estavam quase desertas e Icaru começava a duvidar que teria sorte ali, mas como precisava manter sua mente ocupada, longe da caçadora ruiva, aquela caminhada era bem vinda.

Atravessava uma série de becos quando seus instintos entraram em alerta.

O vulto se lançou em sua direção sem qualquer cuidado e Icaru lançou a garota no chão, afastando-a de seu pescoço. A garota recém transformada estava descontrolada, enfurecida, de um modo que ele jamais pudera imaginar. Além disso, a ferida em seu pescoço ainda estava aberta, infeccionada, gotejando um rastro de sangue que sumia sob a gola de sua blusa.

Icaru olhou em volta, aguçando seus sentidos, mas não encontrou ninguém. Com aquele aval da providência ele deixou seus olhos ficarem vermelhos, suas presas agora estavam expostas e ele rosnou para a outra vampira, como um animal defendendo território.
Os dois se rodiaram por alguns segundos e a vampira inexperiente tornou a saltar sobre ele. Icaru também queria sangue então decidiu não destruí-la com a arma em seu bolso.

Ele ergueu seu braço no momento em que ela saltou e a puxou para o chão, se lançando sobre ela e acertando seu rosto com um potente soco, uma, duas, três vezes, destruindo a face daquela garota.

Ele então se lançou sobre ela, aproveitando a ferida aberta e sugando o sangue por ali mesmo. Longos goles de sangue quente dançavam em sua garganta, o fazendo rosna de satisfação.

Mas, a medida que bebia o sangue, algo dentro dele parecia despertar e ele então largou o cadáver, recuando na neve, olhando em volta assustado.

Aquele veneno no sangue… aquele era…

Uma risada ecoou no vazio e logo um redemoinho de vento se formou diante dele, a mulher loira sorrindo de modo diabólico ao vê-lo ali, diante dela.

-Cora! - ele pronunciou incrédulo, seus olhos verdes caindo sobre ela, arregalados. O que ela estava fazendo ali?

-Icaru, meu doce Icaru… o que houve com você? - ela perguntou, se inclinando e segurando o queixo dele - Eu senti tanto sua falta, mas agora… agora meu anjinho… você não vai mais me escapar!

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Yumi Ayuzawa
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MensagemAssunto: Re: Icaru - Ikariel   Icaru - Ikariel I_icon_minitimeQua 30 Dez 2015 - 14:47

Ato I - Vincente, o vigilante

Icaru - Ikariel 2ldymig

Impaciente, Vincente estava sentado no banco de trás do taxi, pensando nas palavras que a ruiva disse enquanto corria pela cidade. Ele se quer sabia do que bulhufas ela falava, mas a dor era tão intensa que afetava até as pessoas a volta, inclusive ele. Tudo bem que não era certo se meter na vida dos outros mas, graças a isso, Yumi estava viva e não despedaçada sobre um amontoado de ferragens.

Por alguns segundos, Vince pensou que os dois eram namorados, porém as coisas eram pouco mais densas do que aquilo.  Isso o fez lembrar que logo que entrou para a associação, haviam boatos de que essa tal Yumi tinha uma quedinha por Kiryuu, por isso ela não dava brecha para ninguém. Bom, aquilo poderia ser recalque de algum outro cara que tenha leva um fora dela, mas todo boato sempre tinha um pingo de verdade. Será que tinha mesmo?

“Não posso deixar essa menina decair assim...Será que devo procurar aquele caçador? Será que devo falar com Zero, mas se os dois não forem nem amigos? Vou pagar muito mico."

Sem muito o que fazer, o moreno pediu para o taxista o levar até a associação, já estava amanhecendo, não havia o muito o que fazer na cidade, inclusive caçar, aquelas sanguessugas sempre desapareciam ao nascer do sol. E Yumi, como estaria?

Ele pegou o celular do bolso e foi até a agenda, rolou o dedo até o Y e viu o número da caçadora, que com muito custo, havia pego no trajeto até a Academia Cross. Ele pensou em enviar uma mensagem ou ligar para ela, mas era melhor esperar, dar espaço para que se recuperasse daquela tsunami de sentimentos. Vince sabia que estava sendo extremamente inconveniente, mas ele era assim, sempre fora desde que havia ingressado como soldado para um ataque ao Vietnã. Sempre fora zeloso e complacente com os colegas de trabalho, apesar de ser o que era, Vince sabia muito bem valorizar a vida e sobreviver num ambiente de guerra, coisas que talvez a jovem ruiva não sabia lidar.

- Acabou a corrida. – o homem gordo que dirigia o taxi parou na frente do complexo de prédios, e estendeu a mão branca e fofinha para o caçador. Vince tirou um amontoado de notas do bolso e largou na mão do taxista e saiu, não quis esperar nem os trocados.  Saiu do taxi e bateu a porta com força, marchando na direção dos quartos onde morava e onde Icaru e Yumi haviam de desentendido.

Os coturnos batiam pesado no chão, ele subiu a escadaria em dois e dois degraus e parou, finalmente, na porta onde Icaru estava. Vince passou a mão pela barba que começava a nascer, respirou fundo e bateu duas vezes na porta, apenas o silêncio vinha do outro lado. Ali ele permaneceu por algum tempo, já estava pelo menos a uns 5 minutos...7...10.

- Cara... onde você está?! – ele ergueu a mão em punho e deu um murro na porta, já estava começando a ficar irritado, pois queria fazer algo pela caçadora que quase havia cometido suicídio em pleno centro de Ambarantis. – Seu otário... – ele falou baixo e se afastou da porta, derrotado pela impaciência e por não ter encontrado Icaru no dormitório. Vince se afastou e entrou para dentro do quarto que residia, ele bateu a porta atrás de si e se jogou na cama. Ele fechou os olhos e ficou se lembrando de toda a cena que vivenciará com Campbell, o olhar longe, as pernas caminhando na faixa de segurança, mas com o sinal verde aberto para os carros. Era difícil deixar a mente fluir com todo aquele filme se repetindo milhares de vezes.

O que acontecia com aquela garota era difícil de entender, mas machucava, inclusive ele.
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Lohanne
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MensagemAssunto: Re: Icaru - Ikariel   Icaru - Ikariel I_icon_minitimeQui 31 Dez 2015 - 11:57

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Icaru inalava de forma profundo, mas o frio já estava dentro de seu corpo. Sua mente estava tão perturbada por todos aqueles acontecimentos que, em poucos horas, parecia ter vivido uma vida e agora alguém lhe vinha e arrancava a alma do corpo.

Parecia ter assistido um filme de terror onde ele não era ele, mas era controlado por outra pessoa, cruel, facista e de repente ofendia sem razão qualquer a pessoa que ele mais amava, ou achava amar porque, depois de tudo o que tivera coragem de dizer a Yumi, começava a duvidar de si mesmo. Como poderia ser bom o que sentia se a havia ferido daquela forma?

Depois de tudo ainda havia tido aquele estranho encontro com Cora, com a vampira que o tornara quem era, que detinha seu passado misterioso, mas que nunca lhe dizia de onde o quem ele era.

Ele esperava cobranças, torturas e até mesmo que a vampira o levasse, mas ela não havia feito isso. Ela parecia mais dócil, paciente, suas palavras tinha ofertas atrativas e Icaru, ainda que hesitante, não recusou o cartão com o endereço de um hotel na parte alta da cidade.

Além disso, ela lhe ofertara sangue e ele, ainda confuso por tudo o que havia acontecido, havia aceitado. Sabia que aquilo era um erro, mas estava fisicamente e mentalmente esgotado demais para recusar. Cora o havia transformado, ela exercia poder sobre ele e, embora ele soubesse de tudo o que ela era capaz, em alguns momentos não havia como fugir.

Além disso, sentia-se diminuído, inútil. O que fizera com Yumi o havia simplesmente aniquilado por dentro e ele sentia-se cair num abismo de alma onde o único som que havia era dos saltos da bota de Yumi de afastando, do olhar gélido que ela lhe lançou.
Se um dia ele havia significado qualquer coisa para a caçadora, tinha certeza de que, a partir daquele momento, ele a havia entregado inteiramente para Zero, ou para qualquer outro.

Então talvez, em meio ao desespero, colocar sua vida novamente nas mãos de um vampiro e passar a trabalhar mais uma vez como lacaio fosse tudo o que restasse.

“Estou caçando anjos meu querido” - Cora lhe dissera com sua voz suave - “Eu preciso do soldado certo para isso…”- Icaru não entendia aquilo, mas ele apenas assentiu, então Cora lhe dera o endereço e ele teria que comparecer ali, na manhã seguinte.

Fortalecido por aquele sangue que o gelava por dentro, Icaru retornou à Associação, sempre olhando para o cartão em suas mãos, sua mente vagando entre Yumi, entre seu próprio desespero e se perdendo nas sombras do submundo que entrava.

“Caçando anjos…” - a voz de Cora soou em sua mente e aquilo pareceu de certa forma muito bizarro. Anjos? O que ela queria dizer com isso? As figuras bíblicas? Ele teria que pagar para ver, teria que ir até o hotel onde ela estava no dia seguinte.

Ele entrou no saguão quase vazio e andou pelos corredores, até alcançar a ala masculina de quartos, então Icaru parou, guardando o cartão de Cora em seu bolso, ou, ao menos isso que ele imaginara pois o cartão caiu no assoalho frio.

Ele viu alguém na porta de seu quarto, esmurrando e chamando por ele. O jovem caçador então se afastou e se pôs a caminhar. Icaru o seguiu de forma silenciosa, ainda intrigado do porque aquele homem o havia procurado.

Uma sensação de mal estar cresceu dentro dele a medida que se aproximava da porta por onde o outro havia entrado.

Ele ficou ali parado durante alguns segundos erguendo e abaixando o punho, indeciso entre bater à porta do outro ou não.

“O que esse homem quer comigo à essa hora? Será alguma coisa com… Yumi…” - dentro dele uma pontada atingiu seu coração e ele engoliu em seco.

Ele deu uma leve batida e aguardou, mas nada aconteceu, então ele se virou de costas.
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MensagemAssunto: Re: Icaru - Ikariel   Icaru - Ikariel I_icon_minitimeSeg 4 Jan 2016 - 19:24



Ato II - Quem é você?

hunter vs vampire



Icaru - Ikariel 29ndndh

Com os braços cruzados atrás da cabeça, Vince estava deitado, mas o sono parecia não vir, apenas as imagens da jovem ruiva aos prantos no chão. Ele se perguntava como ela estava agora, e, infelizmente, a única resposta que vinha em sua mente era de que Yumi não estava bem quanto gostaria que ela estivesse. Toda aquela frustração não sumiria de uma hora para outra, mas o que poderia fazer?

E quando estava quase dormindo, leves batidas na porta fizeram o caçador sobressair da cama em um salto, se dando conta que só poderia ser o rapaz do quarto ao lado. Vince ajeitou a roupa no corpo e caminhou até a porta, ele abriu uma fresta e olhou para fora, encarando a imagem do caçador de cabelos vermelhos.

A expressão dele era péssima, mas ainda assim não superava a de Campbell que estava detonada. Vincent abriu a porta por completo, mas não sabia o que dizer. Ia ser muita bobagem perguntar o que ele queria e tudo mais, até porque foi ele que chamou o outro caçador primeiro.

- Acho melhor você entrar... – o moreno deu um passo para trás liberando a passagem para que Icaru entrasse no quarto. – Sei que você pode estar me achando suspeito, mas é sobre a sua... – ele pigarreou, não sabia como mencionar a garota na conversa. – Acho que é Yumi, sua amiga...

Vince fechou a porta e se escorou contra a mesma, cruzando os braços sobre o peito. Uma sensação estranha estava começando a surgir na cabeça dele, algo ruim, como se estivesse fazendo algo de muito errado naquele momento. Os olhos de mel do caçador caíram sobre os verdes de Icaru, e.... Meu deus, que situação terrível, Vince estava se sentindo a pior das espécies por estar intervindo na privacidade das pessoas, mas graças aquela teimosia, Yumi estava viva. – Olha só, cara.... Eu não sou nenhum metido a maníaco, mas eu a segui, pois achei que ela estava muito mau... – ele fez uma pausa e baixou o olhar na direção do chão, a visão se perdendo nas emendas da madeira. – Sua amiga tentou se matar, ela se jogou na frente de um carro e eu a salvei.

Os olhos agora olhavam com curiosidade o ruivo, anotando toda e qualquer movimentação dele, queria entender o porquê de alguém tão valente e determinada como Yumi estava daquele jeito. Será que ele havia feito algo para ela? A molestado, sei lá, tudo era válido. – Você tem alguma coisa a ver com isso... Você tentou feri-la?

- O que aconteceu com ela? Eu tenho o direito de saber, afinal, eu a salvei de morrer. – Vince permaneceu imóvel, enquanto repensava as próprias palavras, mergulhado no próprio clima que criou, percebendo que além dele, Icaru emanava um áurea carregada, percebendo que o jovem além de caçador, era um vampiro.

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MensagemAssunto: Re: Icaru - Ikariel   Icaru - Ikariel I_icon_minitimeSáb 9 Jan 2016 - 10:42

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Icaru - Ikariel Ay4p4p


A porta foi aberta e um caçador que Icaru conhecia apenas de vista, por algumas passagens de corredor na associação surgiu. Estava em roupas de dormir, mas não parecia ter estado dormindo. O que aquele homem poderia querer com ele? Seria algum novo parceiro de missão.
Icaru aguardou que ele dissesse qualquer coisa e então foi chamado a entrar. Se sentia estranhamente alarmado, mas julgava que aquilo ainda eram resquícios da adrenalina por encontrar Cora ali.

Uma parte sua se praguejava por haver aceitado sangue da vampira, lembranças confusas pareciam surgir em sua mente agora, estranhos flashes que se misturavam às palavras do caçador.

-A minha… - ele completou a frase do outro caçador em dúvida e então ouviu o nome da caçadora ruiva: Yumi. Uma onda de mal estar parecia se formar dentro dele, como se estivesse afundando num lago.

-Onde ela esta? - Icaru perguntou, piscando algumas vezes, sentindo uma estranha perturbação dentro de si, enquanto dentro de sua mente sombras pareciam se mexer. Ele entrou no quarto e ficou em pé ao lado da porta, virando-se para Vince que estava ali escorado.
As palavras de Vince pareciam fazer as sombras na mente dele se mexerem ainda mais, o desenho daquela cena macabra fez com que o sangue de Icaru se transformasse em pequenas lâminas, cortando-o por dentro, sentindo a garganta fechar.

Imaginar a caçadora, depois do modo que a vira em seu próprio quarto, caminhando a esmo, perdida, deixando-se ficar na frente de um carro…

As lembranças, aquelas doces lembranças do por do sol, do único beijo que dera nela insistiram novamente em aparecer em sua mente e seu coração se aqueceu por um momento. Fora a partir daquele momento que criara a ilusão sobre os sentimentos que nutrira até então. Fora aquele momento que levara àquela discussão com Yumi, aquela sensação de direito sobre ela, direito que ele não tinha.

Icaru recuou um passo, a culpa agora remoía dentro dele, ele parecia confuso, perdido, olhando então para Vince, sua boca se abrindo e fechando por algumas vezes, procurando as perguntas certas a fazer.

O que ele havia causado? Por que ele havia feito aquilo?

-Eu… - ele começou, passando a língua pelos lábios secos.

Era egoísmo e ele sabia que aquilo só poderia vir do mesmo lado insano que tivera aquele ataque no bar, mas ele queria saber qual era o real interesse em Vince para segui-la? Teria feito aquilo antes?

Além disso, como ele sabia que Icaru e Yumi poderiam ter algum envolvimento? Icaru havia acabado de chegar à cidade e aquele fora seu segundo encontro com Yumi.

As perguntas dele fizeram Icaru abrir seus olhos imensamente verdes e a expressão dele se fechou, assim como seus punhos. Ele jamais seria capaz de ferir Yumi… ou seria?

Mesmo em flashes lavados à àlcool, Icaru lembrava trechos daquela conversa, os seus gritos, algumas imagens desconexas.
-Cala a boca - a frase escapou pelos lábios de Icaru - Eu… eu não sei do que esta falando - ele completou. Sim, tinha tudo a ver com aquilo, seu egoísmo tinha tudo a ver com aquilo, suas ilusões, suas lembranças daquele único beijo, do sorriso dela que a custa conseguira conquistar e que agora havia quebrado.
“Eu tenho o direto de saber!” - Icaru apenas deixou um sorriso maldoso se pintar em seus lábios. Quem aquele cara achava que era afinal?

-O que quer com ela? Por que esta tão preocupado com ela? Você mesmo disse, ela é minha! - Icaru encarava Vince como um cão prestes a atacar, sua parte totalmente transtornada estava aflorada novamente. Agora havia algo estranho em Icaru.

-Onde ela esta? Onde você a deixou? - Icaru avançou dois passos, ficando de frente com Vince, apoiando um braço na parede ao lado do outro.

-Eu não fiz nada para ela, nós discutimos - ele disse, era em partes verdades, mas não queria dar satisfações ao outro - Eu só… me diz onde ela esta, eu quero vê-la! - ele insistiu e então tirou o braço da parede, se afastando do outro.

Vince podia notar alguém totalmente transtornado ali, dentro de seu quarto. Seria mesmo o certo dar as respostas aquele cara? Com certeza não!
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MensagemAssunto: Re: Icaru - Ikariel   Icaru - Ikariel I_icon_minitimeDom 10 Jan 2016 - 13:05



Ato III- Green eyes

hunter vs vampire




O corpo de Vincent endureceu com a aproximação do vampiro, os músculos estavam contraídos, prontos para qualquer ataque. Naquela cena, era perceptível toda a frustração de Icaru, os olhos verdes eram como grandes telas de cinema, onde era possível assistir uma avalanche de culpa e sofrimento. Por alguns segundos, ele até se comoveu, mas não iria pegar leve com alguém que apenas estava ferindo outra pessoa. Os gritos da caçadora ainda pareciam latejar em seus ouvidos, e Vince só queria esquecer de todo aquele ocorrido e dormir em paz, mas aqueles olhos verdes preenchido de lagrimas ainda estava vivo em seus memórias.

- Cara, se ela é sua ou não, não me interessa... – o moreno se afastou da parede e ficou ereto, descruzou os braços e deixou deslizar ao lado dos flancos, adotando uma postura de comando e autoridade. -... acontece que ela está em um mundo onde ninguém mais vai conseguir chegar. E você... – Vince fez uma breve pausa e lançou um olhar avassalador sobre o ruivo, Icaru estava soterrado nas respostas afiadas do caçador. -... Pelo que vi da parte dela, você está envolvido. Ela balbuciou o seu nome algumas vezes enquanto íamos para a Academia Cross.

Com passadas firmes e pesadas, o caçador ficou frente a frente com Icaru, os olhos de âmbar lançavam várias palavras que morriam na ponta da língua, afinal, ele não poderia largar tudo o que pensava sobre um vampiro que cheirava a sangue. Vince também não poderia arriscar a vida por causa de uma mulher que, de fato, acabará de conhecer em um triste episódio de depressão. Porém os olhos dela, aqueles olhos verdes e mergulhados no pavor, as lagrimas que a desfaziam de dentro para fora, a voz aguda e estridente, o sangue, os lábios carnudos e rosados. Campbell parecia estar fixa na mente, o que era errado da parte dele, mas não havia nada que pudesse fazer. Quando pegaram o taxi para a academia, Yumi adormeceu escorada na janela do carro, e na primeira curva, ela deslizou apoiando a cabeça sobre o ombro dele, os cílios longos brilhavam com a luz de cada poste, as lágrimas eram involuntárias, exatamente como aquele sofrimento que já estava ficado na existência dela. Nem todos nasceram para serem caçadores de elite, e por mais que ela fosse, talvez não possuía colhões para prosseguir. E quando ela balbuciou o nome de Zero e Icaru... algumas coisas começavam a fazer sentido.

- Ela voltou para a academia, eu a levei. – saindo do devaneio, Vince afastou-se do vampiro e abriu a porta para que o mesmo se retirasse do dormitório. O caçador já estava exausto de ver aquela outra figura se desfazer, Icaru carregava o mesmo olhar de Yumi, os mesmos olhos verdes de quem morria de dentro para fora. – E eu me importo sim com ela, afinal, eu sou humano, trago muita compaixão comigo. – o caçador fez menção com a mão para o ruivo se retirar.

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MensagemAssunto: Re: Icaru - Ikariel   Icaru - Ikariel I_icon_minitimeSeg 11 Jan 2016 - 20:02

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Icaru - Ikariel Giphy


As risadas dela eram altas, assim como as dele. eles corriam entre as árvores, para finalmente alcançarem a clareira onde havia um lago.

Ela parou diante do lago, os olhos dela brilhavam, alegres, jovens e cheios de vida. Ele a alcançou pouco tempo depois, envolvendo a cintura dela com seus braços e beijando sua bochecha, sendo atacado por mechas e mais mechas do longo cabelo castanho e longo que corria pelas costas dela.

Ela olhou para trás, encontrando os profundos olhos verdes de Icaru e Icaru pode ver aqueles olhos cor de mel e ele só conseguia sorrir, mais e mais.

Ela então se soltou e se virou para ele, empurrando a testa dele com uma das mãos. Sua regata branca esvoaçava e ela teve que segura-la quando se abaixou para apanhar uma pedra.

Então ela jogou a pedra no lago e Icaru sentou-se na grama, observando ela apanhar outra e mais outra pedra, cada vez jogando-as mais e mais longe. Ondas se formavam na superfície límpida que refletia a luz do por do sol. Ela nunca lhe parecera tão linda.

-Você é muito velho, vive cansado! - ela reclamou, ainda sorrindo, covinhas marcando seu rosto.

-Você não precisa ser amiga desse velho - ele replicou, deitando-se de costas na grama e olhando para o céu de fim de tarde. Aquilo era… perfeito. Ele se sentia pleno, pela primeira vez na vida. Ele sentia-se digno de toda aquela visão e ele nem sabia o porquê.

Ela então caminhou até ele e deitou-se do seu lado, apoiando-se sobre um cotovelo e fazendo seu rosto surgir sobre ele, cobrindo sua visão do céu num mar de cabelos castanhos e sardas.

-Amigos? - ela frisou a frase, olhando para ele com certa insegurança e ele não pode deixar de sorrir.

-Amigos - ele repetiu e então se ergueu, deixando seus lábios tocarem os dela gentilmente, por um breve momento - Para sempre.

Ela pareceu amuar e se afastar, deitando na grama ao lado dele.

-Só isso? - ela perguntou num tom ainda mais inseguro e então ele suspirou. Era tão difícil explicar as coisas, coloca-las daquela forma. O que ela diria quando ele lhe dissesse tudo sobre Cora. Talvez ela entendesse. Ela era uma caçadora como ele.

-Eu amo você - ele disse então e foi tudo o que bastou. Ela estava sorrindo novamente, ela lhe impedia de ver o céu novamente. Mas não havia necessidade, afinal, ela era o céu.

-Eu amo você - ela também repetiu e novamente se erguia, levantando os braços e gritando, como se uma carga de energia invadisse o corpo dela.

“Eu tenho que dizer…” - ele pensou, sentando-se novamente, vendo aquela explosão de alegria vir da garota. Então aquilo era o amor? Sim, aquilo era o amor, pleno, alegre.

“Eu amo você” - ele pensou antes de se levantar e pega-la no colo, levando-a até a beira e jogando-a na água.

***

-Eu não acredito! Você… você! - ela chorava e esmurrava o peito dele, abraçando-o em seguida - você sabe que isso é errado! - ela chorou ainda mais contra seu peito, apertando-o num abraço.

Aquilo era amor? Doía.

Ele a abraçou, estava molhada e tremia, o sol da tarde havia morrido e não havia mais gargalhadas cercando-os.

Estavam no lago ainda, mas pareciam ter se passados séculos desde aquele primeiro dia.

Ele havia finalmente contado tudo sobre Cora.

-Ela é má, você precisa se afastar! Eu vou te ajudar, eu conheço pessoas e… - ele colocou os dedos sobre os lábios dela e a beijou novamente, mas havia algo diferente naquele beijo.

-Amanhã… eu vou com você, nós conversamos com estas pessoas - ele prometou e ela assentou. Sabia que o que Cora fazia era errado, mas haviam laços… isto, ele não havia contado para ela.

***

Eles se despediram, ela envolta em seu casaco, tão grande sobre o corpo delicado dela.

Ela sorriu, novamente estava sorrindo. Aquilo era amor, era doce.

Juliet.

Teria sido diferente se eu soubesse que aquela era a última vez?



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MensagemAssunto: Re: Icaru - Ikariel   Icaru - Ikariel I_icon_minitimeSex 15 Jan 2016 - 16:50

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Icaru - Ikariel 2vmsdiv


"Won't you beg me and then tell me how to love you

Like anybody else would

I know you're risking failure (risking failure)

Go run for cover (for how long)

You better start to love her so much you're moving on and on"



As palavras de Vincent cortaram como lâmina e Icaru sentiu seu corpo todo ficar tenso. Yumi chamara por ele, mesmo depois de todas as coisas que ele havia dito a ela, mesmo depois de tudo, ela ainda o trouxera para a Associação, para que ficasse em segurança e agora tentara por fim a própria vida por conta dos sentimentos amargos que ele próprio havia despertado na caçadora.


A culpa se remexeu dentro dele e ele encarou Vincent por um momento, pensativo, podenrando, tentando manter aquela sensação de ciúmes e posse dentro dele e colocar a cabeça no lugar. Não podia culpar mais ao álcool por qualquer atitude impensada afinal a bebida já havia se dissipado em seu sangue.


Ele desviou o olhar por um breve momento, havia começado aquilo, havia lançado novamente Yumi nas sombras de seu próprio mundo, como ela estivera no passado. Fora tão difícil conseguir conquistar a confiança dela e agora ele havia perdido tudo isso.
Depois de tudo, enquanto Yumi era salvo por outro, ele havia encontrado aquela vampira, Cora, não ouvira falar dela desde que a própria o havia enviado para o Canadá, para uma missão que sequer explicou.
Cora havia desaparecido, ele tentara inúmeras vezes alguns contato com a vampira, todas em vão e agora ela aparecia diante dele.

Talvez aquela fosse a chance do destino de novamente se afastar da Associação e trabalhar para Cora. Quando a vampira havia sumido, Icaru colocara seu trabalho a disposição de outro puro sangue, era essa a maneira que tinha de sobreviver, visto que precisava daquele sangue para se manter e não decaír.


Ele estava prestes a sair, mas assim que ouviu a indireta de Vincent seu sangue ferveu. Um humano, algo que Icaru nunca mais seria, alguém normal, alguém que estava trabalhando para a associação, para o bem, alguém que poderia se dar ao luxo de ter compaixão.

Como um filme de um segundo, as imagens de alguns dos muitos crimes que cometera em nome da guera de Cora começaram a surgir em sua mente, depois as pessoas que matara em nome do ouro puro sangue.


Vincent certamente sequer imaginava aquilo, sequer imaginava quantos crimes aquele vampiro já havia cometido e quanto sua humanidade estava corrompida. Era incrível o tanto que havia decaído como “humano” naqueles dois anos.

A mão de Icaru se fechou de forma quase involuntária e o soco acertou em cheio a face esquerda de Vincent. A dor causada pela pancada certamente demonstrava toda a raiva que ele sentia naquele momento, toda a dor daquela noite confusa, tantos fatos que não pareciam ter se passado apenas algums horas, mas pareciam que meses haviam corrido.


Cansado, transtornado e agora preocupado com Yumi, Icaru apenas deu as costas ao caçador, enfiando a mão nos bolsos de sua jaqueta e caminhando de forma pesada pelo corredor.

“Humano” - aquela palavra ecoava em sua mente, lhe trazendo mais amargura do que as lembranças despertas pelo álcool.


Tinha que ver Yumi, tinha que tentar concertar aquilo que causara. Pensara em lhe dar tempo, mas depois do que aquele homem lhe dissera, sabia que não tinha isso. Além disso, se precisasse partir com Cora, queria ter certeza de que, se Yumi não lhe perdoasse, ao menos estaria bem.


“Mas se quer ela bem, por que simplesmente não a deixa seguir? Não deixa que outro cuide dela? Aquele homem, aquele caçador, ele pode fazer isso…” - aquele pensamento amargou ainda mais o interior de Icaru e ele simplesmente bufou, apertando as mãos em punhos dentro do bolso.


“Ela ama outro e você prometeu entrega-la a este, então por que simplesmente não muda o alvo?” - sua consciência continuava a cuspir aquelas frases inúteis e aquilo só piorava seu estado de humor.


-Chega - ele murmurou entre os dentes e continuou a seguir pelo corredor.

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