Humor : Vai depender de sua postagem >D Localização : Rio de Janeiro Posts: : 2389 Inscrição : 26/01/2009
Assunto: Residência Homam Sáb 12 Dez 2015 - 12:35
Relembrando a primeira mensagem :
Residência Homan
Lya havia tomado para si, toda a vida daqueles vampiros nobres ao usar para sua investida na Festa Crow, e fizera da residência seu refúgio, o filho dos Homan estava no lugar quando ela chegou e lhe fez de servo obrigando-o a ser seu lacaio através de sua imponência de sangue puro. Michael Homan estava esperando a chegada dela conforme havia orientado ele teria que prepara a casa para chegada de novos moradores e assim ele fez, deixando dois quartos de hospedes prontos para a chegada desses novos moradores.
Assunto: Re: Residência Homam Qua 24 Fev 2016 - 16:06
Meus passos desceram a escada com pressa quado vi que o exorcismo funcionara, mas isso havia me sugado uma energia a qual eu sentia falta a cada passo que dava em ofegadas mais profundas. Eu tinha chegado ao primeiro andar, só faltava achar a porta da saída, mas... Pra onde ficava?
Não importava muito. EU corri, procurando, entrando em saletas enquanto meu coração saía pela boca. Eu me apoiava nas paredes por vezes, marcando meu caminho com sangue, embora soubesse que meu cheiro era forte o suficiente para que eles soubessem onde eu estava mesmo se só houvesse uma gota do mesmo.
Os meus olhos brilhavam ainda mais forte com uma promessa. Eu lutaria, eu sairia dali.
Mas as coisas não seriam fáceis e eu sabia muito bem disso. Ali havia outro hellhound à minha frente.
Meu estômago se revirou e eu dei alguns passos para trás ao ver sua forma explícita.
Não havia tempo para um exorcismo, um ritual, ele estava à minha frente e eu sabia que logo atacaria. Ele parecia brincar e se divertir com o meu medo, como sua invocadora.
~ Não é com esses truques baratos que eu vou desistir... ~falei com a voz trêmula por medo e raiva, embargada na garganta e saindo entre dentes enquanto meu corpo inteiro tremia pela adrenalina ~ Um demônio baixo não vai acabar comigo... ~ eu dei mais um passo para trás, e outro. Minhas mãos passando por cima daquelas mesas, pelos cantos, tentando achar algo.
Eu olhei levemente pra trás. Aquela sala... Parecia um hall de entrada, algo do tipo. Para lá era a saída. Mas eu não ia ter tempo de correr, não com ele tão perto. Mas não se se por erro ou por qualquer outra coisa, sombras envolveram o hellhound, o segurando, prendendo-o ao chão. Eu entrei em choque por alguns momentos enquanto a besta rugia e tentava se livrar. Aquelas sombras, eu já havia visto. Visto naquele convento abandonado. Era algo que ele nunca quis me explicar.
~Will... ~ minha voz saiu fraca assim como minhas pernas trêmulas. Será?....
Mas aquilo era o que precisava. Eu me virei, havia um cesto de guarda-chuvas ali próximo, frio. Eu peguei um dos guarda-chuvas longos, o sangue na minha mão escorrendo pelo objeto, enquanto enfiava em um único golpe com força no que parecia ser a abetura do esôfago da besta. Esperava que aquilo o destruísse, que desse tempo para eu fugir.
Eu estava perto, tão perto.
Me virei e corri nvoamente com as pernas fracas e os pulmões em chama. Eu tinha que fugir.
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Assunto: Re: Residência Homam Qui 25 Fev 2016 - 20:40
+ Lya +
A vampira sorria satisfeita com o medo da garota, aquele medo alimentava-a ainda mais e a vampira sorriu se aproximando da garota pela porta vendo seu cão ameaça-la. Tentáculos negros surgiram e prenderam o cão que estava preste avançar, permitindo a garota fugir. Lya olha para trás e ver Will aparentemente fraco e franze a testa.
_Bambino o que está fazendo? Já lhe disse que não tem forças ainda para lutar, volte para seu quarto.
Virou e voltou a andar indo em direção ao rumo que a garota levou.
Rice estava na sala quando viu a menina chegar exaltada, a morena sorriu e parou perto da porta.
_Nem pense em sair garotinha, a minha senhora ficaria muito chateada.
No alto da parede acima da porta algo parecia se mexer, o branco da mesma criava ondas e formato começou a surgir, garras e corpo humanoide, mas a face era diabólica.
Spoiler:
Rice olhou para cima e se assustou afastando para trás e encostando na porta com pavor a face, aquela coisa farejou o ar sentindo o medo de ambas naquele ambiente. Com a língua tocou a face de Rice que tremia de pavor.
_Meu Deus... - Ela dizia olhando Sakura, pedindo por Deus que a coisa não atacasse.
Lya chega a sala e sorrir aquele ambiente estava perfeito, medo, desespero, pavor... toda aquela energia alimentando-a dando-lhe mais e mais forças. A criança humana agora era sua nova fonte de energia com a dores e medos que estava sentindo.
_Shiatsu... - Falou para a besta que parou olhando para Lya avançando como aranha no teto, tomando a posição de pé ao saltar e para ao lado da vampira._ Bambina ainda quer sair dessa casa? Permitirei se conseguir vencer meu guerreiro das trevas.
A besta curva-se e avança para a garota com suas garras investe um ataque que a joga longe rasgando a pele do seu braço que sangrava. O golpe joga a garota que cai ao chão deslizando o corpo até perto da mesa da sala de jantar.
Lya sentou em uma das poltronas da sala e chamou Rice que ainda tremula andou até ela curvando-se para atender algum pedido.
_Rice minha bela, me sirva vinho.
_Sim, minha senhora...- Andou até ao bar na sala, tremendo olhando a besta atacar a garota, abriu o vinho e serviu a taça, voltando e entregando a Lya.
_Sente-se ao meu lado e vamos apreciar a bambina ingrata que quer me deixar, tentar sair.
Rice olhava a cena ao sentar ao Lado de Lya. Will para diante da porta e olha a cena, buscava por Lya que estava na sala a sua frente.
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Assunto: Re: Residência Homam Sex 26 Fev 2016 - 8:05
Memorias e aquele sentimento estranho. As duas coisas lhe assolavam enquanto insistia em continuar andando e se arriscando. Mas como aquilo ocorrera? Desde quando aquilo havia voltado mesmo que por míseros instantes. Por que ele tinha aquela necessidade inerente de deixar Sakura sair? Última redenção antes do pecado final? Talvez aquela ideia tão humana e trouxa fosse a última coisa que restasse. O último pedaço da janela de vidro que ele ainda temia em trincar.
E, para preserva-lo, ele usava seus últimos recursos. As ultimas armas que sobraram. Sua magia que internamente lhe feria, cortando-o por dentro e envenenando, como fazia com suas vitimas.
A vampira falou algumas palavras enquanto seguia a menina, mas na escuridão e em seu estado, o loiro não prestou atenção. Ali, sem poder usar magia, sua visão era ruim, somando-se aos tropeços que dava pela fraqueza de seu poder e pelo ardor insuportável de suas mãos cobertas de sangue. Aquele sangue de odor delicioso capaz de atrair legiões de vampiros e leveis E.
Tenho que continuar... Tenho que continuar.. O ser loiro insistia com seus olhos cor lilás, enquanto sentia o sabor de seu sangue atingindo-lhe a boca. Que ser deplorável era aquele monstro... Podia-se pensar, quando nem ao menos conseguia fazer algo direito.
O loiro desceu a escada, se esgueirando fatigado e trombando nos moveis atrás de Lya e sem muita velocidade, só então chegando a sala e vendo a criatura que duelava com sakura. Droga... Nada poderia fazer... Não poderia enfrentar Lya daquele jeito, tão as vistas, para salvar Sakura, além disso, nem ao menos achava que conseguiria.
O loiro, por fim, respirou fundo. O que fazer? Se perguntou entrando na sala aos tropeços e espalhando seu sangue por todo lado, enquanto se aproximava da vampira para observar. Vez ou outra, acidentalmente ou nem tanto, tropeçando em um móvel e fazendo algum barulho.
Uma faca de dois gumes? Talvez. Mas se desse sorte, tanto o barulho quanto o seu cheiro ajudariam Lya a se distrair o suficiente para que “ela” escapasse dali.
Para que pudesse lhe dar seu ultimo presente antes do fim...
Citação :
XXX
Tentar distrair Lya e o Guerreiro enquanto entra na sala pra dar tempo de Sakura fazer alguma coisa
Assunto: Re: Residência Homam Sex 26 Fev 2016 - 10:44
[HABILIDADES & PODER NV MÉDIO ] Ataque espiritual + Exorcismo = 15 d. [ int + armas brancas + ocultismo ]
AÇÃO DO CHAR:
-
Médio:- Ataque espiritual Através de orações e rituais é possível invocar a força dos espíritos e o poder divino, auxiliando na batalha e em rituais de exorcismo e purificação
Regrets collect like old friends Here to relive your darkest moments I can see no way, I can see no way And all of the ghouls come out to play And every demon wants his pound of flesh But I like to keep some things to myself I like to keep my issues drawn It's always darkest before the dawn
Ela estava ali agora, estava próxima e cada vez mais próxima. Não importava quantos cães me mandasse ou o que me mandasse. Eu sabia bem o que aquele demonio queria e eu não daria à ele. Eu corri novamente, eu estava tão perto, mas logo uma humana entrou à minha frente. Eu me assustei de início. Uma humana naquele lugar? Minhas mãos se apressaram na direção dela, como que para tirá-la dali junto comigo, mas sua expressão me fez frear e suas palavras me congelaram. "Senhora?... "
~ Eu não acredito nisso... ~ Eu disse, mais para mim que para a mulher a minha frente. Quantos aquele demônio havia corrompido?
Mas não havia tempos para discutir quando um arrepio mortal me subiu pelas costas, fazendo meu corpo se virar rápido como se tivesse tomado um choque a tempo de ver aquela coisa emergir da parede. Ela tinha mais truques, não?
Eu não sabia ao certo, mas acho que toda aquela perda de sangue, tudo o que estava passando fez com que eu não gritasse, não corresse. Aquilo era um desafio dela e eu estranhamente não me sentia mais compelida a fugir. Eu iria sair dali, mas a enfrentaria.
A menina me olhava com medo, mais medo do que eu já parecia tão machucada que o medo havia se tornado constante, não mais uma surpresa. Deus. Ela realmente chama por deus seguindo a um demônio? Eu a olhei de volta e minha expressão dura pareceu repreendê-la em cada pedaço. Ela sabia o que meus olhos diziam "Não existe Deus para aqueles que seguem ao demônio"
E, na verdade, eu achava que deus não existia mais para ninguem.
Assim que Lya entrou na sala eu não recuei. Meu corpo inteiro tremia. Minha perna com a cicatriz pareci querer falhar a cada passo à mais que dava e meu corpo se retesou em sua presença. Mas minha energia agora era de medo, mas também de pura hostilidade, como a de um animal que prefere fugir, mas que quando acuado, luta até ter sangue em todas as suas garras.
Mas eu mal pude desviar daquele primeiro ataque, sendo jogada com um grito de dor e perdendo o fôlego levemente, levantando com dificuldade. Eu olhei a vampira enquanto agora meu braço deixava um rastro de sangue no assoalho de madeira polida.
- Porque eu não venço logo você... ? - Eu a desafiei, a voz tremida e aguda pelo choro e pela dor, mas a expressão de pura raiva. As palavras eram praticamente cuspidas entre dentes. - EU TE DESAFIO! - eu gritei para ela enquanto uma aura mais forte invadia a sala.
Apesar da escuridão, o ambiente ficou ligeiramente mais claro, como se fosse mais fácil ver através de cada sombra e aquela forte energia, oposta à natureza da criatura e da vampira se fez sentir na sala, causando todo tipo de desconforto aos seres que não fossem afeiçoados à luz.
Eu olhei aquela abominação novamente. Dizer que não sentia medo e repulsa seria mentira. Mass eu estava tão machucada, mas tão machucada que... Eu nem sei se conseguia sentir mais dor, medo ou qualquer coisa que estivesse em mim naquele momento.
Minha mão passou rápida pela faca em cima da mesa de jantar, meu sangue a banhou e eu corri até a criatura.
Dizem que quando você está a beira da morte, do perigo, as forças surgem de lugares que você jamais conheceu. Eu não entendia bem isso, mas agora fazia sentido. Pois eu tomei a faca em minha mão e corri em direção a besta, em uma vestida e enfiando no centro de seu corpo, entre os ossos aquela faca banhada no meu sangue enquanto aquelas palavras saíram de mim. As palavrs de uma lingua que eu se qur conhecia ou lembrava de ter ouvido. Mas eu senti elas, senti cada palavra e as senti matar e expulsa aquela criatura dali.
Eu cai junto com ela, me erguendo com dificuldade. Por segurar a faca com o braço útil, o outro braço não teve força pra apoiar meu peso ao cair. Mas eu me levantei.
Não sei como, mas me levantei e caminhei alguns passos em direção à vampira, apontando a faca.
- Eu não sou seu brinquedo.... e eu cansei de jogar.
Última edição por Dorii' em Sex 26 Fev 2016 - 11:43, editado 2 vez(es)
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Assunto: Re: Residência Homam Sex 26 Fev 2016 - 17:51
+ Lya +
Aquela era a imagem que adorava saborear, ver alguém sendo atacado e torturado, mas a garota ainda tinha sua artimanhas e conseguiu vencer sua fera. Lya olhou para sua cria que se arrastava chamando-lhe atenção e estendeu a mão para ele fazendo ficar perto dela.
Soltou uma gargalhada divertida para a menina que levantava com a faca não mão, gritando e desafiando, aquele ser maltrapilho que se arrastava sem nenhuma condição, que tentava enfrentar a puro com aquela faça só lhe dava mais e mais prazer.
_Willian, venha até a mim eu quero que olhe para a humana e lhe diga o quanto ela está sendo ingrata em me rejeitar.
A garota se arrastou envolta em uma energia que Lya sentia ser bem diferente do normal, aquela energia incomodava, mas não ao ponto de lhe fazer algo.
_Bambina, não tem como me vencer, você pode vencer todas as bestas que lhe mandar, mas a mim... - soltou um riso sarcástico. _ Me poupe desse melodrama de quinta categoria, aceite o fato, sou mais antiga que a própria existência humana, minha mente e coração não ficam nesse corpo, estou além do que seus olhos raivosos veem. - A vampira levantou e segurou o ombro do jovem Will e afagou-lhe a face. _Mesmo que ataque esse corpo, mesmo que me retalhe, mesmo que consiga algo com essa faquinha e energia fraca que emana, mesmo assim, ainda irei atrás de você e irá se curvar para mim. -Olhou-a com seus olhos amarelos esperando pela sua tentativa inútil de ataque.
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Assunto: Re: Residência Homam Sex 26 Fev 2016 - 18:06
Incitar sakura a fugir ao inves de enfrentar Lya, enquanto fica lá parado, lhe distraindo (?)
Humor : Vai depender de sua postagem >D Localização : Rio de Janeiro Posts: : 2389 Inscrição : 26/01/2009
Assunto: Re: Residência Homam Sex 26 Fev 2016 - 18:06
O membro 'kagura' realizou a seguinte ação: Lançar Dados
'D10' : 1, 4, 8, 6, 5, 9, 6, 7
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Assunto: Re: Residência Homam Sex 26 Fev 2016 - 20:57
++Will++
Sakura e a criatura se degladiarem, enquanto tudo que Will fazia era observar, disposto ao lado da cadeira de Lya. Verdadeiramente ele queria ajudar. Verdadeiramente sua parte humana queria auxiliar Sakura. Mas, por outro lado, sua outra parte insistia que aquilo era apenas uma tolice, afinal, não sentia mais nada não é? Não havia nada a não uma própria afirmativa egoista de si mesmo. Um egoísmo medroso que não queria simplesmente perdê-la. Sua consciência dizia.
Mas como conter o impulso? Como não ajudá-la se antes a menina era a única ponte que ainda mantinha o seu eu de antes? O bom e velho Will alheio à tudo. Como não sentir felicidade ou sorrir quando ela derrubará o campeão de Lya se outrora aquela a sua frente fora o primeiro amor. Então, se isso era um conflito a se enfrentar, por que ele não sorriu, por que não sentiu nada a não ser seu sangue queimar quando ela começou a olhar para a vampira daquela maneira, apenas o velho e rápido pensamento dicotômico, que o fazia imaginar porque a garota exigia em continuar com aquele tipo de ações idiotas, enquanto ele mesmo sentia seus pés andarem sozinhos diante da palavra da loira. Ficando a sua frente, com olhos vazios, que, de certa forma, sentiam necessidade de ver aquela ultima parte de humanidade não rompida o mais longe possível dali.
Sakura tinha uma faca, mas ele não a temia, mantendo a postura à frente de Lya. Como Sakura podia não perceber que daquela forma iria perecer ali? Fique firme e assim sobreviverá. A frase de seu avô agora fazia mais sentido do que nunca e talvez aquela fosse a hora que, quebrado e exausto devesse prova-lá mais uma vez. Precisava acabar com aquele sentimento é jogá-lo no lixo para sempre. Precisava mudar e quebrar o coração da japonesa pela última vez. Talvez aquela fosse sua sina.
Sakura, não devia enfrentar Lya-sama, isso irá apenas machuca-la. - Falou com a maior sinceridade que restava, enquanto sentia o toque pálido e gelado da vampira em sua pele. Ainda sentia medo, menos que antes, mas ainda assim temor. Mas no fim, só havia uma coisa que deveria fazer... Uma coisa para acabar com sua sina é aquele teatro. Sacrificar seu próprio corpo... Para que Sakura escapasse.
Um último presente antes que o monstro lhe dominasse...
Com um último olha um pouco pesado e dolorosamente frio para menina, o loiro finalmente a ignorou, virando-lhe as costas e encarando a demônio. - Lya-sama... - Ele fez uma reverência. - Creio que deva, como seu fiel servo, mostrar a senhorita Sakura o verdadeiro significado de devoção. - batimentos acelerados, medo e certa agitação. Sentimentos humanos comuns de uma presa em frente a um predador. Mas aquilo tudo que dominava sua mente não importava nenhum pouco. - Por isso, minha senhora, seria uma honra que me deixasse de boa vontade oferecer-lhe meu sangue e minha vida como prova de minha mais completa e verdadeira lealdade.
O loiro continuava, ignorando a japonesa e o resto da mansão. Fuja Sakura, fuja para bem longe e nunca mais apareça. Aquele seria seu ultimo sacrifício por ela. Pensava, enquanto encarava a vampira com um olhar intenso e sem hesitação. Tudo o que precisava era daquele último tijolo quebrado e, vivendo ou morrendo, se tornaria verdadeiramente o monstro.
Looking up from underneath Fractured moonlight on the sea Reflections still look the same to me As before I went under
And it's peaceful in the deep Cathedral where you cannot breathe No need to pray, no need to speak Now I am under all
Não havia mais para onde retornar. Era o ponto final. Era ali que tudo seria decidido. Will se aproximava agora, entrando na sala em uma condição horrível. Eu queria correr até ele e ajudá-lo, mas não foi na minha direção que ele caminhou.
Meus olhos voltaram à vampira. Ingrata? Ela realmente ainda queria jogar aquele jogo? Não estava cansada daquilo?
Acho que não, pelo contrário, ela parecia se divertir cada vez mais conforme minha visão turvava e um frio inexplicável me abatia. Eu olhei meu braço. EU mal o sentia mais. O sangue tampouco saía com tanto vigor, como se já não houvesse muito em meu corpo para ser expulso.
Eu queria gargalhar, mas apenas um riso fraco e cansado saiu da minha garganta, um olhar de alguém que já não parecia ter muitas forças, mas sua vontade lhe mantinha de pé.
~ Você não é tão velha assim... ~ E não era. Eu sentia isso e, naquele momento onde minha vida oscilava, as vozes sussurravam cada vez mais alto aos meus ouvidos. Mas
algo que ele disse fez brotar um sorriso quase insano no meu rosto.
~ Shinjitsu?... Se isso é verdade... eu preciso de bem menos do que imaginava pra acabar com você...
Muito menos. " minha mente e coração não ficam nesse corpo" se isso era verdade, seria mais fácil que conter um espírito, eu só precisaria bloquear a ligação da sua mente e do seu corpo, algo muito mais fraco, porém na maioria das vezes inatingível. Mas por mim, pelo meu poder... Talvez ela não conhecesse as histórias sobre as sacerdotisas da lua.... e sobre o que nós éramos capazes de fazer.
~ Não tenho medo de você, Lya.... ~ pela primeira vez, a chamei pelo nome ~ E eu nunca me curvarei à um demônio!
Eu dei mais alguns passos, me aproximando mas a minha visão. O que estava acontecendo com ela? As coisas começaram a ficar turvas quando ouvi Will defendendo aquele demônio e se pondo à frente.
~ie.... ~a faca caiu da minha mão. Eu não ia, nunca, conseguir apontá-la à ele.
A verdade era que eu não sabia se a faca de fato havia caído no chão ou se cravado no meu peito, porque uma dor crescente me sufocava, me esganava junto com as palavras de will.
~naze?.... ~ porque ele fazia isso?
Ela ia mordê-lo, ia transformá-lo. Will não era apens um humano. Eu nunca quis admitir isso, mas desde o momento em que o reencontrei, naquele convento, eu soube. Soube o que ele havia se transformado. Mas ainda havia o Will lá, o will antigo, carinhoso e amável.
Eu fingi que não sabia de nada, que não enxergava aquilo dentro dele porque queria manter aquele Will vivo. O pressionei diversas vezes para falar, queria que aquele will humano enxergasse tudo para que não fosse dominado por aquilo que crescia dentro dele, para que ele sempre pudesse existir, mesmo meio ao outro. Eu fiz de tudo para não perder aquele rapaz que conheci há cinco anos atrás. Mas eu ia perdê-lo.
Essa mordida ia levar ele por um caminho sem volta, ao qual nem o poder que eu tinha ia poder trazê-lo.
Meu sangue inteiro fervilhou e o aroma dele conseguiu se fazer mais forte, mais convidativo e pulsante no ar. Aquele brilho prata me inundou novamente e o sangue pulsou, vazando rápido e forte pelos meus ferimentos em aberto. Uma chance, uma última chance.
Olhei Will, como se buscasse uma última vez aquele "will" e depois a vampira. Algo forte, extremamente forte irrompeu dentro de mim, mas, parou.
Parou porque meu corpo não suportou, machucado e sem forças, controlar aquele poder. Eu caí quase que inconsciente ao mesmo tempo que os outros três na sala puderam sentir-se tontos ou nauseados, mesmo que um pouco e eu batia contra o chão.
Minhas mãos buscaram apoio mas eu não tinha força nenhuma para me erguer.
Uma tosse violenta fez mais sangue sair pela minha boca enquanto filetes escorriam pelo meu nariz e meu ouvido. Meus olhos apagaram, voltando ao turquesa, sem foco, buscando Will em um movimento fraco e lento com o rosto quase no chão, usando os braços sob o corpo para tentar mantê-lo levemente erguido.
Eu tossi de novo, mais sangue saindo, agora, junto com as lágrimas.
Talvez eu não me importasse mais em morrer, mas eu me importava em não ter conseguido fazer nada.
Última edição por Dorii' em Sáb 27 Fev 2016 - 15:11, editado 1 vez(es)
Temerário (3pts QUALIDADE): você é bom em assumir riscos e melhor ainda em sobreviver a eles. Sempre que estiver tentando algo particularmente arriscado (como saltar de um carro em movimento para outro), o personagem com essa qualidade ganhar 3 dados adicionais em sua jogada e desprezam 1 resultado de falha crítica num dado que resulta em ações desse tipo.
Off: Impressão minha, mas acho que vou me lascar x_x
Once upon a time, There was a Demon That has fallen in love with the moon. All the nights he stares at her in the Lake and the sky.
Each night he tried to reach Her. But the moon was far away and was too bright.
So he prayed, prayed and stared. But god don’t like demons, and angels are born to kill then. And so his body died in sorrow and blood under the night sky, With her Holly and sharp blade in his heart.
But his soul was so full of might and hate, That only one promise remained for all this time.
“One night you shall be mine… One day I’ll eat your soul”
Havia o lago… O mesmo lago de aguas cristalinas que via na infância, sobre as planícies geladas e o velho cheiro de sangue a lhe circundar, junto ao cheiro de sangue a macular tanto a neve quanto o seu corpo, misturado a agradável morte e a fumaça do incêndio recentemente finalizado, enquanto ele apenas observava calado. Olhos claros e doloridos no céu, enquanto seu próprio sangue se derramava em seu circulo mágico. Havia acabado o pedido de sua lua. Havia realizado o seu desafio ao ser celestial e, como sempre ela vinha busca-lo, sobre a água tranquila e congelada, andando ali quase com sua beleza celestial e indescritível. Um corpo puro e intocado e nú, quase proibido. Um corpo que sua extrema prepotência insistia em desejar.
A prepotência do pecado. A prepotência de sua alma negra cheia de sinas e disposta a corromper ela e só ela. A única que importava quando somente o caos os cercasses e todos que insistissem em impedi-los se reduzissem a pó. O desejo mais egoísta e proibido que ele poderia querer e, por que não, o único que realmente desejava? O velho sabor da fruta proibida, que agora seria sua e para quem erroneamente se entregava.
O início de seu fim e de uma velha promessa que, novamente, terminava com um punhal divino enfiado no meio de seu coração. E daquele ataque de ódio e frenezzi que vinha tendo por todas as vezes que acordava desde que suas crises voltavam.
Muito embora, pessoalmente, acreditasse que esse último tinha mais uma razão: O sumiço de Sakura e ele mesmo não ter conseguido agir devido aos conselhos idiotas de Oliver, não poder envolver seu banco naquilo, além das visitas cansativas e maçantes de alguns representantes do tal tutor de Will, que pareciam lhe seguir e observar como cola. Como se ele estivesse mesmo disposto a achar o outro ou se envolver com aquele tipo de gente. Para si, apenas desejava que a cópia mal feita fosse parar no centro da terra e fosse enterrado vivo. [s]Até ajudaria a fazê-lo.[/s]
Ok. Já sabia onde a menina estava e já até havia enviado um de seus servos para vigiar a tal casa do lado de fora para escolher o melhor momento para atacar. Mas, embora ainda estivesse juntando forças para isso, até porque pretendia convencer o principezinho Kuran a ajudar em alguma coisa, como Oliver havia sugerido, talvez naquele dia sua paciência tivesse sido esgotada. Ou talvez fosse apenas aquele blablabla, o sonho onde a garota do lago se transformava em Sakura e a impaciência adquirida por algum tempo de seca?
Qualquer que fosse o motivo, não mais importava. E, mesmo que não tivesse um plano propriamente dito para aquela noite, seu limiar máximo de paciência havia chegado ao fim, quando escolheu um de seus casacos moletons e uma calça Jeans, ignorando qualquer um de seus criados conselheiros e simplesmente saindo sozinho com sua moto pelas ruas da cidade. Vampira milenar, as fontes diziam? Dane-se... Um ano ou dois mil não lhe importava nenhum pouco, estava disposto a entrar naquela casa aquela noite de uma maneira ou de outra. Estava disposto a tirar Sakura ali e trazê-la consigo, causando um acidente internacional ou não.
E talvez essa necessidade só tenha aumentando quando, se aproximando da mansão, aquele cheiro espalhou-se no ar. Sangue saindo pela fresta da porta. Sangue doce e delicioso, que ele bem conhecia e fazia sua sede aumentar e seus olhos tangirem em vermelho perante a garganta que arranhava. – Sakura! – Concluiu em voz alta, aumentando a velocidade e praticamente jogando a moto em direção ao portão, então saltando dela enquanto tentava parar zuando com o jardim alheio e espalhando terra por todos os cantos, antes de parar. Ela estava perto, ela estava sangrando, ela estava...
O puro sangue mordeu os lábios, sentindo uma onda forte de ódio lhe atingir diante de uma ilusão mental de seu corpo servindo para o jantar. E então, de uma vez, ele chutou a porta, jogando-a alguns metros de distancia antes de entrar e ver algo que não esperava. Will e a vampira, todo ensanguentado, e Sakura caindo no chão...
Sakura... Como? Talvez seus olhos tenham brilhado mais ao repetir aquele nome mentalmente e ele tenha do nada se agitado enquanto avançava, pegando a menina no colo antes que alcançasse, e como um gato, dando um salto para trás, com ela distendida em seus braços.
Agora ele podia vê-la ali, e sentir sua presença... Lya parecia a mulher da festa, mas de alguma forma não era. Mesmo assim, ele podia sentir algo familiar nela, algo estranhamente nostálgico, além do ódio que havia tomado no momento.
Seria ela a pactuante? Pensou, deixando-se encarar por segundo antes que, ele mesmo, com Sakura nos braços desse um jeito de passar novamente pela porta, em meio a sinfonia do grito de dor que circulava no ambiente, e o cheiro de sangue, que agora notado, era idêntico ao seu...
Viriam demônios atrás de si? Ele não importava, logo estariam mortos... Pensou, aproveitando o momento para pegar a moto saindo dali com a japonesa em seus braços.
Poderia deixar vinganças e acertos de contas para depois. O mais importante era que a garota precisava de um médico.
Humor : Vai depender de sua postagem >D Localização : Rio de Janeiro Posts: : 2389 Inscrição : 26/01/2009
Assunto: Re: Residência Homam Dom 28 Fev 2016 - 16:48
Momentos antes da garota desmaiar...
+ Lya +
A menina não desistiria e a vampira gostava disso, um desafio afinal, algo que valesse a pena. Sorriu ao tentar se aproximar da garota iria tomá-la para sim, transformá-la em sua leal cria, dessa forma a dominaria de vez... Willian se colocou entre elas, aquele que de tão bom grado lhe serviu a sua lealdade falava a garota, a vampira não entendeu de imediato, até eles e virar e curva-se oferecendo sua existencia a puro a sua frente.
Lya olha a cena e suspira, ele estava barganhando e oferecendo a ela em troca da menina humana? O que importava se era isso afinal... Ele iria se tornar dela afinal e então veio lhe a mente o quanto a criança humana sofreria ao ver aquele que estava entre elas dando a vida em seu lugar.
Lya afaga a face do humano e acariciando a pele pálida faz enclinar a cabeça, expondo o pescoço, os lábios dela percorre a pele e as presas ficam a pele, o rubro tinge a pele e o grito de dor ecoaa pela mansão.
Ela sabia que aquele humano sentiria a dor de sua mordida, era parte de sua maldição, trazer a dor aqueles que toca as presas, se sobreviver seria dela, caso não suportasse seria do inferno a alma daquele ser que agonizava em suas presas.
O humano se debateu, urrando e chorando compulsivamente, perderia a vida com ela? Ele suportaria aquele desafio, algo nele iria mudar e o humano dentro de si morreria para sempre.
A dor é inevitável, desde que fora tirada de sua família, a dor tem sido a sua única companheira, durante aqueles milênios, ela somente conheceu a dor.
Ao afastar os lábios a puro morde seu pulso e leva a boca do humano fazendo-o beber, sujo de sangue e completamente em desespero ele sucumbe e entrega-se de vez a ela. Nesse momento um enorme barulho de porta se quebrando chama-lhe atenção e de antes deles surge o puro cuje a verdadeira essência é de um dos seus. Ele toma a menina humana que estava desmaiada ao braços e olha a puro, seu olhar era de promessa de um novo encontro, talvez um encontro para acertar as contas a qual ela sorrir e confirma sem nada dizer que o esperava.
Viu ambos partirem com a certeza mais que real que aqueles que ali entraram iriam se arrepender de um dia terem cruzado o seu caminho. Por fim, cumpriu a promessa ao seu mais novo e leal servo, deixaria a garota partir por enquanto.
kagura SP
Char RPG :
Chars: Charles | William | Vincent (Arthur) | Melissa
NPCS: Murtagh | Junes | Junniper | Ryan | Trevor Humor : Mutavel. Localização : Brasília Posts: : 3618 Inscrição : 26/01/2009
Assunto: Re: Residência Homam Dom 28 Fev 2016 - 20:41
++Will++
Barganha. Quantas vezes seu avô havia dito que aquele era o segredo para conseguir o sucesso em qualquer campo da sociedade, afinal, todas as coisas têm um preço. Algumas mais, outras menos, e apesar do garoto humano que era outrora sempre discordar desse conceito aparentemente horrível e desesperançoso. O monstro conseguia ver a verdade, sempre conseguira e, finalmente, conseguira implanta-lá em seu peito. Ou seria aquele apenas mais um sinal do desespero. Sim. Pois mesmo hesitante e temeroso, o loiro agora sabia que aquela era a última chance de conseguir o que queria. O último tijolo a se quebrar para dar tempo a Sakura. A última e única coisa que poderia oferecer para Lya ali. Seu sangue, sua alma, sua vida e sua existência.
É mesmo que um lado seu descordasse, assim como faria o seu avô mais tarde, ele o fez, confiante mesmo perante a agitação. Não era estranho a morte afinal, ela era apenas uma amiga próxima de muitos anos que nunca conseguirá pega-lo e ele não temia. Nem mesmo temia a dor depois de tudo, principalmente depois daquele último ataque interno de força de vontade.
Apático, o menino loiro apenas estendeu o pescoço, abrindo espaço diante das mãos pálidas e geladas de sua mestra, tentando se manter calmo enquanto respirava fundo... Ou assim tentou, até a dor... Não. Não falamos aqui daquele tipo de dor de uma mordida ou de um level E raivoso tentando te engolir vivo. Muito menos da dor de uma cólica renal ou algo que seu padrasto classificava como 10 na escala medica. Era algo bem pior, algo que só havia sentido uma vez, talvez menos que isso...
Uma dor que fazia todos os seus músculos se agitarem em espasmos, é um grito alto sair de seus lábios. Uma dor que queimava, ardia e parecia estraçalhar todo seu corpo de uma vez em água fervente, enquanto seu sangue queimava e o seu pescoço em especial parecia ser arrancado sem sair do lugar. Sua respiração estava descompensada, se é que podia respirar, seu coração se agitava em últimos suspiros. Estou morrendo, ou era algo pior? Sua própria alma parecia ser sugada e esquartejada de uma vez. Não. Morte é algo bem melhor... Talvez pensasse, enquanto se debatia, tentando empurra-lá para longe se debatendo, quase chorando como um bebê.
Fraco... Sua existência lhe chamava enquanto em desespero ele puxava o ar... Não deveria agir assim, não era o garoto de antes, era o novo Will, então porque? Até o monstro parecia vencido por instantes. Respire, respire... A dor vai passar de qualquer forma... Tentava pensar enquanto puxava o ar pela boca novamente, com a visão turva e o corpo todo doendo, mas tudo que sentiu em seguida foi o pulso dela em sua boca e o sabor de sangue que não deixou o ar entrar.
Era delicioso, mas difícil de engolir... Afinal, sua garganta não havia sido partida no meio? O menino ouviu um barulho alto, mas em nada prestava atenção, ainda sentindo o latejar e a sensação de ossos se quebrando quando caiu de joelhos no chão com a respiração pesada e ainda cheio de dor... Sua cabeça girava, suas veias o queimavam de dentro para fora. E apesar da morte parecer-lhe um conforto, principalmente diante do último ato heroico... O monstro apenas ficava mais forte... Aquele não era o dia de sua morte.
Embora, para o Will de antes, esse fosse seu último momento, enquanto coberto de sangue, quase agachado e tossindo sangue, seu velho eu, sua antiga existência e corpo humano se estraçalhavam por completo e de uma vez por todas...
Assunto: Re: Residência Homam Dom 28 Fev 2016 - 20:57
'Cause looking for heaven, found the devil in me….
Onde eu estava? Acho que … essa pergunta era bem mais complexa do que seria para a maioria das pessoas. Eu estava perdida. Mas não perdida no sentido comum como quando as pessoas dizem “eu não sei que rua estou” ou “ não sei que cidade é essa”. Eu usava todo o sentido e significado da estar perdida. Porque eu não sabia se estava sonhando ou acordada... Não sabia se quer se ainda estava viva e não ousava arriscar uma resposta.
Como isso aconteceu? Quando tudo virou um borrão, simplesmente o meu corpo teve um vislumbre do vulto de Will e aquela vampira. Eu senti a queda, mas não senti o chão. Eu havia chegado ao chão? Não sei... tudo parecia tão estranho.
Havia uma sensação de frio ali. Algo gelado sobre a minha pele que crescia, se arrastava. Eu não sabia se sentia dor ainda ou se já havia me acostumado com ela. Eu só sabia que, se ainda não havia morrido, esse momento não demoraria a chegar.
Mas era uma sensação horrível, sufocante. Eu parecia mal sentir meu corpo, eu fazia força para me mexer.
Eu não tinha força.
Havia um vulto na minha visão e eu acho que algo claro chegava até mim, mas triste, fazendo uma dor crescer em mim. Will.... Eu não conseguia enxergar direito o seu rosto, mas eu o sentia ali. Ele era o Will de verdade?
Meus olhos se ergueram enquanto minha mão tentava se mexer, tentava me apoiar, mas meu corpo só se arrastava. Na verdade, eu achava que sim, porque eu mal o sentia. Eu sentia apenas aquele frio e aquela sonolência.
Eu estava cansada, os olhos pesavam, mas eu sabia que não era o sono que viria. Então essa era a sensação? Eu iria assim? Sem fazer nada?
~Will.... ~ minha foz saiu falha e baixa, tão baixa que não sei se eu realmente falei algo ou foi só uma impressão deixada na minha mente.
Mas de uma coisa eu sabia: eu ouvi. Ouvi o grito de terror de Will e eu sabia o que tinha acontecido. Algo dentro do meu corpo quase mórbido se remexia. Eu queria fazer algo... Pernas, braços, eu lhes imploroava essa última chance, mas nada veio, nada além de mais um sussurro cansado, provavelmente abafado pelos gritos dele, os gritos que faziam lágrimas de dor sair também dos meus olhos. Eu podia não sentir a minha dor, mas eu sentia a de Will, porque eu sabia naquele momento que ele havia feito isso para me salvar. E eu fui burra. Fui cega.
~Onegai..... ~ minha voz, baixa, como se gastasse meus fôlegos finais implorava ~.... Kare o….. kizutsukeru shi...shinaide kudasai ~ por favor, não o machuque. Eu só podia fazer isso. Só podia implorar. Mas a medida que aquele grito crescia dentro de mim eu sabia que algo mais estava se perdendo.
Quando aquele grito parou, meu coração se recolheu e desistiu de lutar. Desistiu porque sabia que algo agora estava perdido para sempre.
I remember tears streaming down your face
When I said, "I'll never let you go"
When all those shadows almost killed your light
I remember you said, "Don't leave me here alone"
But all that's dead and gone and passed tonight
Eu fechei os olhos. Me senti inútil, tola, idiota. Me odiando pela forma como tudo aquilo ia acabar, como toda a minha vida se resumia aquilo. Eu me odiei por não aceitar meu destino, porque se eu tivesse aceitado, se desde que tivesse nascido eu fosse o que deveria ser eu poderi tê-lo salvo, desde o primeiro dia que o vi.
Talvez o primeiro dia que o vi foi quando o amaldiçoei junto comigo. Não só ele....
Um som forte, algo alto e agudo estourou em algum lugar e as profundezas que pareciam me tragar pararam por um segundo. Meus olhos se abriram mas a essa altura era difícil enxergar mais do que aqueles vultos e também.... Eu não queria ver o que tinha acontecido. Não importava mais.
Mas algo quente me envolveu. Eu senti um calor e uma sensação de movimento no meu corpo. Ele estava subindo ou descendo?
Havia um cheiro confortável ali, como de roupas lavadas com amaciante e eu pensei sozinha o quanto era engraçado que coisas sem sentido pudessem nos trazer algum conforto. Havia um toque de tecido, macio. Meus dedos se agarram naquele tecido morno, fofo, com cheiro de amaciante. Eu não sentia mais a dor da minha mão rasgada enquanto meus dedos se prenderam. Eu estava com um pouco de medo, mas isso era calmo, eu me sentia segura.
Eu senti meu corpo se mover novamente como o impacto rítmico de passos, mas eu tinha certeza que não estava andando. Então o que acontecia?
Um vento mais frio voltou a tocar a minha pele, mas só no rosto. Aquela sensação quente, aconchegante, continuava, como se me envolvesse. Eu ia aceitar aquilo. Os meus dedos continuaram segurando aquele tecido enquanto eu começava a lembrar que aquela era a sensação de ser carregada por alguém e novamente as lágrimas brotaram nos meus olhos e um sorriso pequeno e trise se formou no meu rosto enquanto eu abria os olhos já embaçados pelas lágrimas e por aquela fraqueza.
Eu sabia o que minha mente estava fazendo comigo. Eu sabia o conforto final que deus ou eu mesma estava me dando.
Era dessa forma que Charles me carregava toda vez que eu me machucava. Era... Era esse o calor que eu sentia quando estava nos braços dele e ao me dar conta disso eu comecei a sentir novamente uma tristeza tão grande que parecia me rasgar toda por dentro.
Eu não ia poder cumprir a promessa. Eu nunca conseguiria dizer aquilo à ele e eu sentia que isso era pior que morrer. Doía que meus últimos momentos fossem embalados por aquelas lembranças que vinham como ilusão. Mas eu sabia... Eu nunca mais ia dizer aquelas palavras à ele e me odiei mil vezes mais por todas as vezes que o afastei de mim. Eu não queria afastá-lo, nunca quis. Mas eu sou uma garota burra e talvez por isso eu mereça muitas das coisas que aconteceram e o que restava para mim agora era apenas uma ilusão do que um dia nós fomos.
Não havia mais o que fazer....Mas, ao menos aquela ilusão me reconfortava de alguma forma. Aquelas memórias. Eu nunca mais teria a oportunidade de dizer o que queria à ele.... Mas talvez essas memórias fossem uma chance para que eu não me tornasse um espírito amargurado, para que ao menos eu soubesse como seria a sensação de dizer à ele....
Eu pisquei levemente, as lágrimas caindo e deixando a minha visão um pouco mais clara. Era desfocada ainda e por um momento eu não sabia se eu via Charles ou o menino dos meus sonhos de criança... Mas talvez eu pudesse dizer o mesmo à ambos...
Meus olhos tentaram se focar, encarando o rosto dele naquele ângulo familiar, no qual eu sempre o via quando ele me carregava nos braços.
Os meus dedos seguraram com mais força naquele moleton macio, como se eu quisesse me agarrar, como se quisesse ter todas as sensações que me permitissem imaginar que aquilo era real. Eu disse, e minha voz saiu como um sussurro triste.
~ w..wata..shi....~era difícil respirar e falar, como nunca pensei que fosse, mas eu ia ~ ai...aishiteru.... baka ~ Eu sorri, levemente, triste, E me perguntava qual seria a reação dele a isso. ~Go... Gomenasai.... Gomenasai.... ~ Eu fechei os olhos novamente, as lágrimas escorrendo de novo. Na verdade o que eu queria dizer ela “Me desculpe por nunca ter te dito, me desculpe por ser idiota, mas eu te amo”... Só que essas palavras completas não saíam.
Eu respirei fundo fechado meus olhos novamente. Eu só precisava do calor daquele corpo. Eu só precisava permanecer com meus dedos enrolados naquele moleton.