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RPG Vampire Knight
 
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  Subterrâneo da Cidade Alta

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MensagemAssunto: Subterrâneo da Cidade Alta    Subterrâneo da Cidade Alta I_icon_minitimeQui 29 Out 2015 - 20:50

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A cidade baixa tinha muitas galerias subterrâneas e algumas dela haviam mausoléus abandonados, locais onde podia facilmente se esconder. Os labirintos infinitos que muitos segredos esconde.

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Última edição por Master em Seg 26 Set 2016 - 10:29, editado 2 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Subterrâneo da Cidade Alta    Subterrâneo da Cidade Alta I_icon_minitimeSeg 2 Nov 2015 - 9:37

A escuridão era a maior aliada das bestas que bebiam sangue. Algumas gostavam de viver na luz, se rebelando contra sua condição natural, porém outros eram grandes apreciadores de seu véu. Um leve gotejar podia se ouvir ecoando ao fundo distante por alguns metros dos tuneis que compunham as catacumbas daquele mausoléu. Juntamente com uma suave névoa fria que parecia cobrir parcialmente alguns tuneis, até um grande salão onde se encontrava uma cama com dossel coberta por um tecido de aparência pesada e escura, um sofá de aparência confortável, um baú que parecia estar repleto de livros antigos, algumas luzes espalhadas pelo lugar para iluminar minimamente e uma mesa de xadrez com duas cadeiras.
Tuomas se sentava de maneira desleixada sobre a cadeira frente à mesa de Xadrez. Seus frios olhos azuis focavam no movimento do bispo em direção ao cavalo. Algumas de suas mechas douradas caíram sobre seu rosto o obrigando a passar a mão sobre seus cabelos para joga-los para trás. Suspirando, moveu o peão na posição contraria ao bispo, conquistando mais um peão.

- está sendo afobado... precisa primeiro quebrar as defesas de seu adversário antes de conquistar o seu rei. – disse  Tuomas numa expressão relaxada.
- e você sacrificando as peças mais valiosas do jogo- Disse Lirion fitando aquele jogo impacientemente.
Com um sorriso Tuomas pega um cigarro da carteira e o acendia, soltando uma fumaça preguiçosamente e sendo repreendido por seu filho.


- até quando haverá essa caça as bruxas?
- não sei, as coisas mudaram bastante, meu pequeno rubi está crescendo- sorriu de canto de boca enquanto olhava para a ponta do cigarro aceso
- é realmente necessário que ela extermine tudo?- perguntou lirion um pouco preocupado com o movimento de um de seus peões.
- na verdade, não todos... mas quanto mais, é melhor. Por sorte achei algumas anotações... talvez sejam verídicas, mas precisa de algum estudo aprofundado.- disse Tuomas observando o movimento do peão, e então moveu seu bispo para frente.
Lirion observava aquela peça e instintivamente queria conquista-la mas não estava em posição legal para isso. Levou as mãos a cabeça se recostando na cadeira e então pendendo a cabeça para trás.
- não queria ter que lutar contra ela, por que o senhor simplesmente resolveu seguir por este caminho?- estava mais irritado com o jogo do que pela decisão de seu pai.
- ela precisa disso, o caminho que ela quer seguir não é fácil, são escolhas difíceis que cada pessoa faz.  – saboreando mais uma vez a sensação do cigarro, exalou a fumaça mais uma vez.
- e sendo sincero, já estou cansado. Eu vivi demais, amei demais, aproveitei demais, você me entende.  Desde que perdeu sua ultima esposa, não tem ficado em casa nem tem trabalhado direito. Mas você ainda é jovem...
- não terei essa juventude toda de Thomas continuar a me caçar daquela forma. – disse levemente aborrecido pelas palavras de seu pai.
- não se preocupe com ela. A criança foi domesticada logo não causará inconvenientes nenhum.
 

Os dois permaneceram em suas cadeiras por algum tempo que não saberia dizer se foram segundos ou minutos, ambos perdidos em devaneios.  Lirion olhou então no relógio e se espreguiçou sobre a cadeira se levantando.
- é hora de ir!
- prometa voltar e me visitar... enquanto este jogo não acaba, quem sabe você não será poupado... ela  vai precisar de alguém de confiança em seu lado, alguém que também possa protege-la...
- não vamos começar de novo sobre eu me casar com ela velho.- em uma explosão de uma risada, Tuomas se colocou de pé deixando o jogo intacto sobre a mesa.
- não, quando tudo terminar, ela terá força o suficiente para ficar ao lado de quem quiser,  o problema são os abutres que vem junto com a condição. – se espreguiçando, caminhou até o sofá, pegando um dos livros em aberto sobre o baú.
- nos vemos outra hora, mas estou por perto então nos veremos enquanto ela brinca de estudar.
- não a julgue mau por isso.
- não julgo –  Disse cainhando em direção a saída.
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MensagemAssunto: Re: Subterrâneo da Cidade Alta    Subterrâneo da Cidade Alta I_icon_minitimeQui 5 Nov 2015 - 23:54

o silencio e a penumbra eram constantes dentre os corredores das catacumbas, sem saber o caminho certo, facilmente se perderia no labirinto de corredores, mas não era difícil saber por onde ir, mascar peculiares apontavam o caminho, mas apenas aqueles que conheciam conseguiriam  descobrir  o caminho. Os passos calmos se aproximaram do espaço que fora apropriado pelo vampiro, este estava deitado com o livro sobre o rosto sobre o sofá. Freya  se aproximou lentamente deixando a mochila ao canto  do lado do sofá. Mas a mesa de jogo estava posta , alguém esteve lá jogando, e não era Thomas. Intrigada, a ruiva se aproximou para observar as jogadas que já haviam saído, quando foi surpreendida.
 
- não devia estar no colégio? – disse Tuomas se sentando, colocando o livro sobre o colo enquanto arrumava os cabelos.
- já acabou, mas eu não gostei do professor... ele é um transformado e não sabe o que se tornou.- disse freya que se virou depois do susto para encara-lo.
- isso é um problema... principalmente se tiver que dar aulas para humanos.
- o que provavelmente fará, já que da aulas de ciências comum e quer fazer um grupo de estudo pra descobrir a cura, mas não tem cura...


Tuomas via a face desolada de Freya, talvez ela desejasse com todas as suas forças uma cura magica do que aquilo que se via obrigada a fazer. Com o livro ainda no colo, abriu nas paginas já separadas e a chamou para perto. Um pouco a contra gosto, a ruiva se sentou a seu lado vendo umas anotações antigas de uma língua estranha, mas um padrão ou outro ela reconhecia. Parecia uma mensagem criptografada em latim, seria necessário um certo conhecimento e paciência para descriptografar a sentença.  De alguma forma Tuomas parecia ter ambos...

- sabe, parece que alguma coisa bizarra esta acontecendo na cidade, vi alguns poucos caçadores se disfarçando e uma casa noturna para vampiros.
Preocupado o loiro fechou o livro e se virou para Freya olhando em seus olhos. Quando caçadores tentavam se misturar, significava uma caçada em breve. Se havia um lugar exclusivo para vampiros, isso era mau sinal!
- bem me parece que se divertiu, você foi lá?
- sim, meio que por acaso. Estava acompanhada quando me deram um cartão de entrada, tinha uma presença bem densa e tenebrosa por la.

Tuomas coçou a cabeça se jogando contra o encosto do sofá. Olhou para a Garota ao seu lado colocando o livro sobre o baú novamente. Se aproximou dela tomando sua mão delicadamente a olhando nos olhos, então suas presas afundaram em seu punho rasgando sua pele. Sua boca contornou a mordida, sugando um pouco de seu sangue.
- não quero que volte pra lá... por favor. Aquele tipo de presença é comum em criaturas cruéis... não quero que se exponha a risco algum.


O loiro esticou o braço  mordido e a puxava contra si, a segurando pela cintura, com o rosto  afundando entre seu pescoço e ombro. Ele inalou o perfume da Ruiva e então percebeu que havia outro perfume, ela havia se alimentado. O puro sangue sorriu  levando a mão que prendia o pulso de freya aos botões da camisa, a abrindo lentamente e então revelando sua pele macia.  Estremecendo de medo, tudo o que conseguia fazer era ficar imóvel naquele abraço,  Tuomas a prendia pela cintura, já apoiando seu corpo sobre o dela, a deitando lentamente no sofá enquanto deslizava a ponta de seu nariz por cima do osso que sobressaltava a pele.
- vejo que se alimentou, isso é ótimo! Eu também estou com fome!

a ruiva tremia ao toque do loiro, que se debruçava sobre ela, sentindo seu cheiro e brincando com seus pavores. Num ato de desejo, Tuomas a mordeu, sugando para sí uma quantidade satisfatória de sangue, o suficiente para acalmar sua sede, enquanto Freya permanecia  deitada, apertando a mandíbula com força, para não emitir nenhum som. Seus olhos se mantiveram fechados, até que as forças haviam saído dela, foi quando percebeu que Freya dormia em seus braços pe parou de beber de seu sangue.

Com cuidado, o puro sangue abotoou a blusa de sua filha adotiva, com cuidado para não acorda-la, a colocou em seu colo e então a ergueu do chão e a carregou com a mochila por entre os corredores.  Onde o corpo de Thomas estava encostado contra uma parede, dormindo, mas a presença do puro sangue, prontamente  se moveu como uma marionete, colocando freya no colo e a carregando pelos corredores, enquanto  Tuomas voltava para o seu espaço
- vamos, minha garotinha, você precisa descansar. -  disse enquanto carregava freya de volta para a academia.
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MensagemAssunto: Re: Subterrâneo da Cidade Alta    Subterrâneo da Cidade Alta I_icon_minitimeQui 28 Jul 2016 - 15:27

Um jogo inacabado de xadrez recordava sobre a mesa com as respectivas cadeiras imortalizadas pela última vez que foram usadas. Em um sofá uma pequena pilha de manuscritos revirados e algumas anotações em um caderno caído sobre o chão frio. Tuomas estava deitado sobre a cama enquanto fitava entediado o teto daquela cripta abandonada quando Lirion se aproximou com alguns livros amais a tira colo. O puro sangue fitou seu filho se aproximar e apenas o convidou a se aproximar enquanto se sentava sobre a cama.

À expressão fria do moreno parecia eximir toda e qualquer culpa que tivesse, mas isso não importava para o loiro que agora caminhava em sua direção. Ambos faiscaram seus olhos e um pequeno embate estaria prestes a começar. Lirion deixou os livros sobre a pequena comoda ao lado do sofá quando sentiu seu pé preso ao chão congelado, porém truques bobos não o prenderiam. Logo assim que quebrou o gelo voltou a caminhar livremente.

Ora, ambos dominavam o mesmo elemento então não haveria de fato vencedores, apenas dor. Tuomas se aproximou de seu filho moldando a umidade em pequenos flocos de neve que lentamente se tornavam afiados e então foram lançados em pequenas quantidades contra o moreno, esse por sua vez tentava se proteger formando um pequeno escudo de gelo, mas tudo aquilo que entrava em contado do poder do puro sangue tornava-se parte de seu poder também. Com isso o pequeno escudo apenas estourava como a quebra de vidro e se transformava em pequenos fragmentos congelantes, esses agora passavam a atacar Lirion perfurando sua pele e abrindo pequenos filetes para que seu sangue lentamente escorresse pelas feridas.

E assim seguiam as fagulhas de gelo que se agrupavam formando pequenas adagas de gelo e então perfurando as pernas do moreno e o aprisionando no chão. Toda a vez que Lirion tentava usar sua magia, as lâminas de gelo o cortavam lentamente, e assim que mais fagulhas se uniam e novas adagas eram criadas, perfurando seus braços e seu tronco (mas com todo cuidado de não acertar órgãos vitais).

O moreno tentava resistir, entretanto cada habilidade que usava tinha seu jogo frustrado por seu pai.

- eu descobri o que fez! Destruiu dias e dias de trabalho para controlar Freya a jogando para aquela... aquele... Para alguém que não a merece. É isso me deixa um tanto frustrado, saber que meu filho me traiu. Em pensar que o escolhi como meu herdeiro! E ainda assim faz algo deste tipo comigo...-disse tuomas
- Acredita mesmo que ela estaria mais feliz aqui?- disse Lirion- está mesmo certo que o seu plano é o melhor?
- Não se lembra de como estava devastada quando chegou até nós?
- E como você estava quando soube que Mirian não havia sobrevivido? Ou com Hilda? Ou com minha irmã?


Tuomas fechou os olhos visivelmente cheios de raiva, todavia suspirou sofregamente por todos aqueles pesares que passaram se entregando a maciez daquele sofá com aqueles pergaminhos enquanto as adagas de gelo simplesmente se desmembravam se transformando em flocos de neve novamente e então em partículas de água umidificação o ar novamente.

Lirion dolorido cambaleou um pouco até recobrar a postura se sentando na cama de seu pai
- Tuomas, ele a ama! Saberia disso se visse o que ele fez quando lhe entreguei o diário dela.
- Eu não acredito, ele a deixou em um estado deplorável!!!
- Pai...


Tuomas olhou para seu filho que parecia lembra-lo sobre como ele mesmo não havia aceitado suas perdas. Estava entregue finalmente a razão de alguma forma.


- quanto tempo ela vai suportar ter todas as suas memórias de volta? Você se lembra como ela chorava todas as noites chamando por ele? Se lembra como era acalma-la?
Lirion engoliu a seco, ele temia que aquilo a fizesse cair rápido demais, porém ele sabia, esses podiam ser os últimos momentos antes de sua queda. E talvez aquela decisão tivesse acelerado o processo. Tal pensamento o deixou um pouco triste, não entendia o por que as pessoas manipulavam outras por seus interesses políticos quando entendia como era perder pessoas preciosas, fossem elas humanas ou não.


- o que está feito está feito- disse Tuomas- o que precisamos agora é correr contra o tempo.
- -descobriu algo?
- Talvez, mas magia nunca foi meu forte...
- Então preciso procurar alguém que saiba?
- Ainda não, precisamos encontrar outras peças do quebra cabeça.
- Entendo...
Ambos permaneceram imóveis olhando um para o outro naquele clima estranho, em outro momento Tuomas não exitaria em matá-lo por aquela desobediência, porém estava quase sem aliados e depois de tantos anos quase sem contato com o mundo exterior, Lirion havia se tornado seu porta voz e conquistado todos seus vassalos. Eles eram importantes um para o outro e Freya precisava de ambos.

Talvez fosse a protagonista de várias outras histórias mas naquele instante, a existência da ruiva havia se tornado muito maior do que ela mesma, seria definitiva para alguns embates futuros.
- conhecerei meu futuro genro algum dia?
- Melhor não, ele é muito mais velho do que você, é imensurável sua idade
- me parece que ao menos ela soube fazer uma boa escolha. bem de qualquer forma tome, leve isso aqui para ela, ela precisa de algumas informações amais, e isso foi amais o que descobri, aproveite devolva estes outros para a biblioteca. em breve precisarei sair para esticar as pernas.
- espero que ao menos desta vez me avise.
 com um olhar cansada, lirion se curvou tomando os livros para devolver e o manuscrito para Freya. seria uma longa temporada até que os problemas voltassem a bater em sua porta.


- e o moleque?
-que moleque?
lirion rolou com os olhos respirando fundo e impaciente com todo aquele teatro de seu pai.
- ah! não se preocupe, o destino dele está selado.
- se você diz... nos vemos em breve, da próxima vez trarei algo delicioso para se alimentar.
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MensagemAssunto: Re: Subterrâneo da Cidade Alta    Subterrâneo da Cidade Alta I_icon_minitimeDom 4 Dez 2016 - 20:09

o ar frio noturno da cidade alta enchia os pulmões de Tuomas que se sentava em um banco publico admirando a noite de outono. Em breve o inverno chegaria e a paisagem cor de âmbar se tornaria branca e cinza.  Ele acendeu um cigarro  ( um habito que tinha apenas para matar o tempo) e apreciou a fumaça que se soltava lentamente do fumo em brasa, seus olhos azuis fitavam aquela pequena parte incandescente enquanto parecia entrar num estado de transe. Seus olhos então se fecharam por completo enquanto respirava tão lentamente que qualquer desavisado poderia achar que era um manequim.


“uma figura imponente vestida de negro se aproximava e se sentava ao seu lado, ambos não mantinham contato visual mas o loiro sabia exatamente quem estava ao seu lado. Por algum tempo ambos apenas olhavam para frente até que o estranho abriu a boca e sussurrou  movendo lentamente um véu de silencio que parecia haver ali
— não é justo o que está fazendo...
— Você não tem mais direito em dizer estas palavras.
— o que esta fazendo vai arruinar todo o clã,  tudo o que construímos está a ponto de ruir!
— você não tem direito de me dizer isso Pai, foi você que começou, e o meu dever é terminar!
— pensei que levaria o clã com punhos de ferro...
— então deveria ter entregue esta responsabilidade ao Mathias e não a mim.
— Ele teria sido um bom líder, mas mataria todos os seus irmãos
— assim como eu o fiz, para proteger seus filhos aberrações. E o que ganhei com isso pai?
Tuomas tinha os olhos opacos e demonstrava estar cansado, porém Anders o olhava com tristeza “




—Tuomas? O que faz aqui fora?
O loiro abriu os olhos e percebeu que seu cigarro havia se transformado em cinzas, sem esboçar qualquer reação seus olhos se encontraram com os de freya e então um leve sorriso surgiu em seus lábios.

— queria ver as estrelas...
— de olhos fechados?
— acredite, e não me questione sobre os meus métodos!


O puro sangue se levantou com um movimento fluido e tomou a mão da ruiva a colocando em seu braço, com isso começou a caminhar para dentro de seu refugio.  Freya parecia estar sem entender, mas de alguma forma parecia também não se interessar sobre o assumto.


— então meu rubi, andou  experimentando demais do mundo dos sonhos, eu sei porém este tipo de poder pode ser um tanto preocupante para a sua condição...
— como assim Tuomas? Não te entendi.
— perceba que ultimamente tens apenas consumido o coração  daqueles que controlam a mente... isso é bom caso queira se fortalecer, mas devido a sua condição também te fará cair mais rápido, eles detém dentro de sim um certo grau de resistência em deixar seu espirito ser consumido... veja só por vezes você pareceu com Britta, entenda que eu a amei demais, porém ela me foi um estorvo.
— ah... mas acredito que não tenho culpa disso.
— eu te endento, mas veja seus poderes, o que você controla?
— eu não sei bem... acho que a blood-rose...
— porém isso te consome muito sangue.
— sim de fato!
— então provavelmente esta seja a sua natureza... e do que é composto o corpo?


Freya o olhou cheia de duvidas, mas Tuomas se mantinha em expressão enquanto chegavam até seu pequeno alojamento.

— de células, tecidos, órgãos...
— não, não, não! Não é este tipo de detalhamento. bem , o corpo é composto de água!  carbono, ferro, potássio, oxigênio...
— continuo sem entender...
— bem acredite em mim, se você consegue controlar o sangue consegue de certa forma a água que contém nele, sem falar dos outros elementos químicos... Portanto para se aprimorar seria de bom tom que procurasse absorver outros vampiros de outros elementos...
— ah...sério que isso faz algum sentido na sua cabeça?
— duvida de mim?
— neste ponto sim!


O loiro olhou para os lados e então pegou uma adaga e entregou a freya.

— vamos, deixe algumas gotas suas caírem sobre o chão.
Desconfiada freya o fez, contudo antes que as gotas caíssem no chão elas coagularam rapidamente em seu braço. O rastro de sangue queimava a pele e a ruiva então removeu aquele rastro de sangue com as mãos.
— você congelou o meu sangue?
— apenas a água dele, entendo que controladores de ar, removeria apenas o oxigeno de seus pulmões ou poderia converter em algum outro gás, um controlador de terra poderia acumular  o ferro ou qualquer outro composto em seu sangue e o adoecer ou te envenenar, te matando aos poucos... Porém isso reque anos de pratica e principalmente uma grande quantidade de escuridão em sua alma.


Ele pegou outro cigarro da carteira e então o acendeu, tragando vagarosamente aquele pequeno veneno.

— entenda como controlador de gelo, posso basicamente controlar qualquer fluido os que não são compostos de água são muito mais difíceis de controlar, principalmente por conta da solidificação, entretanto isso não é exatamente algo que me preocupa, afinal até do ar posso usar a umidade.


Aquilo parecia um pouco além da sua imaginação, ela havia conhecido vampiros poderosos, mas não ao pondo de ver seus poderes em ação, principalmente levando suas capacidades ao limite. Freya observou a mancha vermelha em sua pele do contato com o sangue congelado e então viu a sombra projetada  pela luz fraca do mausoléu, seus olhos se fecharam num misto de medo e saudade.

— quando vou conhecê-lo?—tomas perguntou se sentando no sofá
— conhecer quem?—disse freya com o rosto rubro e espantada
— não se faça de desentendida, Lirion me contou que existe um “lobo” rondando a “chapeuzinho vermelho”. Quero saber quando vou conhece-lo.
— não irá...
— como?
— não sei onde ele está...
— então é assim? Ele te procura te usa e te joga fora?

Tuomas observou a expressão de confusão e timidez se tornar fúria nos olhos de freya em fração de segundos. O loiro por sua vez ergueu uma das sobrancelhas e bufou.


— ok,  você que sabe, depois não diga que não te avisei quando vier até minha cama chorando com seus pesadelos...
— eu nunca o fiz!
— se esqueceu daquele diz?
— você havia dormido em minha cama enquanto eu adormeci no sofá!
— meros detalhes...


A ruiva queria pular no pescoço do puro sangue quando então ele mostrou um livro com algumas anotações antigas.
— bem, você vai precisar disso, hoje vamos estudar. Vê estas anotações e principalmente estes símbolos?

A ruiva assentiu um pouco confusa, ela então se aproximou tomando o livro das mãos  do vampiro e tentou compreender o que estava escrito.

— são símbolos ritualísticos, estes dois ai representam círculos de proteção,  mas estes precisam de mais um circulo menor para completar uma tríade, e com isso formar um grande escudo magico protetor...
— me parece complexo...
— e é! Qualquer vampiro poderá fazê-lo, contudo ele demanda de muito poder, porém este deve ser traçado com poder para garantir a eficácia, quanto maior...
— melhor... o que me sugere?
— treine para não errar, a caso tenha o sangue em suas mãos será uma quantidade muito pequena... não queremos desperdiçar não é?
— mas de quem seria?
— de um vampiro é claro! Ou fará algum pacto com demônios ou bruxas para conseguir?


Freya ficou em silencio e então bufou com aquela realidade

— e sobre o ritual?
— seu corpo precisa se fortalecer... vamos aprender passo a passo e com o tempo ensaiar os procedimentos, nada pode sair errado.
— ei!? Se eu vou participar do ritual, quem vai tomar conta do circulo quando me enfraquecer?
— o circulo né feito com um sangue forte, não necessita que esteja consciente, porém quem fará ele serei eu e não você Freya.

Lirion entrava pela porta trazendo consigo uma sacola térmica, dentro dela havia sangue do fornecedor “legalizado” da cidade. Para a surpresa da ruiva que havia ficado confusa com aquele tipo de afirmação.

— então para que eu devo aprender a fazer isso?
— nem sempre estaremos por perto para te proteger, você precisará disso! Se não me engano dizem que a mãe de Kaname que era boa nisso, afinal conseguiu esconder por anos a sua filha.
— Não falemos dos mortos.
—e o que uma coisa tem haver com outra?
— ela era boa em criar proteções e outros tipos de magias
— e isso não vem ao caso, Freya está aprendendo para sobreviver, e não para imitar alguém.
— ok, ok, então o que devemos proteger?
— acho que não deve ser difícil encontrar alguns ratos por aqui.
— ECA!
— ora vamos, você fazia seus experimentos com o que?
— ratos, limpos e saudáveis e usava luvas!
— se o problema é luva eu trago  algumas, agora pare de frescuras.
— não vou tocar num rato!
— ok EU o coloco no circulo e você desenha ok?
— e como vamos saber se ele de fato funciona?
— quem está dentro não pode sair até que ele seja desfeito, quem esta fora não pode entrar pelo mesmo motivo, por isso é importante que ao menos haja outra pessoa para te ajudar.
— isso significa que...
— exatamente, suspeitamos que alguns sacrifícios não serão mais necessários, em compensação...
— o que?
— é necessário que se fortaleça para sobreviver a transformação.

O silencio se manteve por alguns instantes até que Tuomas sacou uma das bolsas de sangue e deu um suspiro triste.
— eu gosto dele fresco, já vi que será difícil conseguir sempre...
— quem mandou declarar guerra contra o clã?  Ao menos ninguém questionou a nossa posição dentro do grande conclave
— oi? Do que estão falando?
— não esquente sua cabecinha com isso, uma coisa de cada vez, Lirion estará aqui para te proteger e te ajudar a organizar as coisas. Vamos lá treinaremos por muitas horas até que fiquem peritos nisso, espero que estejam bem descansados não sairão daqui por um bom tempo....
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