Quarto - Selene D’Angelys McWolf e Andrômeda Athena Walker

Caro Yuriev,
 
Tivemos uma noite bastante agitada. Conforme mencionado no e-mail anterior, um vampiro que parece não ser aluno da Academia invadiu o local e causou uma situação bastante desconfortável para um dos professores.
 
Ao que parece, o professor Alfonso tem alguma ligação amorosa com Melany, nossa diretora.
 
Loran não ficou satisfeito com a visita do intruso, havendo até violência para a retirada do mesmo, que pareceu satisfeito com sua invasão.
 
Assim que todos saíram consegui coletar amostras do sangue do invasor, que havia caído no chão, encaminharei amanhã para sua análise. Também encaminharei as novas pastilhas que recebi ao chegar na academia da assistente Alanis. Parecem mais fortes do que as cedidas pelo conselho.
 
Entrarei em contato novamente,
 
Kurosaki Marshall

Marshall recebe Tohru em seus braços, seus olhos fechados, suas mãos acariciando as costas dela enquanto ouvia suas palavras. Ele respira profundamente, aspirando o suave aroma de seus cabelos.
 
Em seus braços ela ainda parece menor e mais frágil e aquilo o deixa ainda mais angustiado. Aquele era o momento certo para uma despedida, ela tinha toda razão. Era o momento para amá-la e ignorar o mundo lá fora, talvez deixar até mesmo mais uma semente dele plantada em seu ventre, um outro filho para lhe fazer companhia.
 
Ele abaixou o rosto, seus lábios beijando as bochechas dela inúmeras vezes, até encontrar seus lábios, sua língua abrindo espaço de forma hesitante, parecia ser a primeira vez que iria tê-la.
 
Sua respiração estava irregular, suas mãos tremiam e seu coração batia de forma irregular.
 
Seus dedos demoraram um pouco para desabotoar os botões do casaco e em seguida da camisa. Ele se ajoelhou diante dela  e beijou entre seus seios, descendo até sua barriga, enquanto suas mãos desciam sua saia do uniforme.
 
Ele se afastou por um momento, admirando a pele alva, as curvas delicadas e suaves daquela que era sua, daquela que fora sua por aqueles dois anos. Ele sabia que, a partir de amanhã, as coisas mudariam e eles não seriam mais um do outro. Também lhe pesou o gato de que se afastaria de Katsuya, nunca o veria crescer, nunca saberia sobre suas paixões e o homem que seria.
 
Marshall afundou seu rosto, apertando-o contra o ventre de Tohru. Se o destino fosse bom o bastante lhe permitiria dar mais uma parte sua a ela e ela teria mais companhia, mais motivos para lutar e ser forte.
 
Ele delicadamente desceu as meias e tirou os sapatinhos dela, suas mãos deslizando pelas coxas, até seus belos pezinhos. Ele então se levantou e a pegou no colo.
 
Marshall a deitou na banheira, a água morna cobrindo o corpo de Tohru. Ele pegou a esponja e começou a passa-la delicadamente em seus braços, seus olhos fixos no rosto dela, registrando cada reação dela.
 
- Eu vou trata-la como uma rainha, porque para mim você é mais do que a princesa Kuran. Aishiteru – ele disse, passando então a esponja por seu pescoço, por seu colo, acariciando cada um de seus seios, aproveitando a sensação de proximidade.
 
Sentia-se cada vez mais excitado,  seu corpo reagindo aos toques que ele dava em sua amada.
 
A esponja foi largada à agua, suas mãos agora exploravam o corpo de Tohru, seus dedos percorrendo a linha de seu umbigo, descendo até sua abertura.
 
Ele a penetrou com cuidado, experimentando sua excitação, descobrindo o quão pronta ela estava ou não para ele.
 

- Você quer ser minha rainha? – ele perguntou, sua respiração irregular pelo desejo.

Tohru arfava, semicerrando os olhos a cada toque delicado dele, a maneira cuidadosa como ele a despia lhe dava vontade de chorar ainda mais, mas as lágrimas foram substituídas por uma euforia e um desejo crescentes. Lembrava-se incessantemente da primeira vez deles, como havia sido mágico, não que não fosse maravilhoso, cada vez que se uniam, mas sentia que o momento era especial, sentia que algo mais resultaria daquele ato de amor...Como fora na primeira vez...

- Ah, Marshalll...Marshalll...Aishiteru totemo...- acariciava a cabeça dele encostada em seu ventre como se já sentisse a nova vida que poderia vir a crescer ali. Eles já vinham tentando há um tempo. Seria agora que os destino os agraciaria mais uma vez?

Sentia-se pronta pra ele muito antes dele depositá-la como um tesouro no interior da banheira. Retribuía aos beijos com paixão e desespero, ofegava e gemia baixinho a cada toque em sua pele sensível e ansiava por tocar sua pele também, senti-lo bem junto a si, serem um só...

-Sou apenas Tohru, meu amor...A sua Tohru...Não me importo com títulos, linhagem ou tudo isso...Serei o que quiser que eu seja...sou sua de corpo e alma...Pra sempre...Pra sempre...Eu te amo, Marshall...- Ela murmurou o olhando com ternura, o amor que sentia por ele se derramando naquele olhar expressivo e acariciando o rosto angustiado e belo de seu amado.

Uma pontada de tristeza tocou o sorriso de Marshall quando ela lhe pediu para nunca deixa-la. Oh sim, aquele era seu maior desejo, mas era um sonho tão distante. Ele não tinha muito tempo.
 
“Katsuya...” – ele só conseguiu pensar em seu filho. Sim, aquela seria uma forma de manter a presença dele para sempre ao lado dela e, quem sabe, se fossem agraciado naquele último momento, ela não pudesse gerar dentro de seu corpo, mais uma parte da presença dele.
 
- Eu sempre estarei com você, não se esqueça disso, não importa o que acontecer – ele a beijou longamente nos lábios, seu corpo também exigindo pelo alívio de todas aquelas sensações de toque.
 
Ele buscou um roupão e ofertou sua mão para que ela se erguesse da banheira e, assim que ela o fez, ele a cobriu com a peça macia e felpuda. Pegando-a no colo novamente e levando=a até o quarto.
 
Lá fora, no corredor, um burburinho incômodo se fazia ouvir, mas ele não deixaria que nada ou ninguém interrompesse aquele momento deles. Ele havia prometido, ele levaria até o final aquela noite de amor.
 
Cada sussurro e gemido de sua pequena kotori ecoava em sua alma e em seu desejo. Ele a deitou sobre a cama, deixando a roupão se abrir com o movimento, seus olhos correndo pelo corpo de sua amada, seus lábios entreabertos pelo desejo.
 
Embora sua sede estivesse claramente controlada, ele ainda assim deixou-se inebriar pelo doce odor de sangue.
 
Suas mãos terminaram de desabotoar as próprias calças e sua ereção deixou claro o quanto ele a desejava fisicamente, seu olhar transbordava de desejo e paixão. Aquela flama ainda ardia dentro dele, mesmo com o passar do tempo ao lado dela.
 
- Se você soubesse – ele disse, apoiando um dos joelhos sobre a cama – tudo o que você me faz sentir... – ele apoiou uma das mãos ao lado dela, seu corpo cobrindo o dela, sua mão livre acariciando sua coxa, afastando levemente sua perna.
 
Ele a penetrou lentamente, fechando os olhos quando foi totalmente envolvido por sua amada, um gemido rouco escapando de seus lábios.
 
Ele a olhou novamente, mergulhando e então colando seus lábios sobre os dela, seus dentes roçando a pele rosada e macia, seu quadril passando a se mover lentamente, experimentando cada sensação daquela união.
 
Seus dedos exploravam a pele arrepiada da garota, cada curva e agora ele colava sua bochecha a dela, seu quadril se pressionando ainda mais contra ela, seu braço apoiado no cotovelo para que ela não sentisse o peso dele.
 
Como ele queria que não existissem aquelas paredes, como ele queria estar de volta anos atrás quando eles eram apenas dois humanos, mas, no fundo, ele sabia que aquilo nunca existira.
 
- Ashiteru – ele sussurrou, tornando-se seus movimentos mais rápidos, seu corpo agora tão colado ao dela que pareciam um só.
 

- Nunca... se...esqueça... – ele sussurrou entre gemidos, encontrando a própria satisfação, despejando-se dentro dela, preenchendo-a com todo o amor que sentia.