Quarto - Lohanne Kallin Lobanova e Hinomaru (Tsurimi, Tomoe)

Siberia abriu a porta de maneira estrondosa, com um grande sorriso no rosto, mas o dormitório estava completamente vazio.

"Estranho, assim como minha companheira de quarto, a companheira de Hinomaru não esta... embora as malas estejam aqui..." - Siberia caminho para as malas que estavam próximas às portas - "Sera que estão atrasadas?"


- Lohanne Lobanova - Siberia repetiu o nome que estava escrito na placa presa à porta e então voltou-se para Hinomaru - Acho que você vai poder escolher o seu lado da cama, sua companheira, assim como a minha ainda não chegou - Siberia sentou-se na cama e então olhou em volta - Todos os quartos são parecidos... acho que somos nós quem vamos dar um toque pessoal a eles... Hey - ela tornou a olhar Hinomaru - De que lugar do Japão? - ela perguntou de modo espontâneo e curioso, era perceptível que, ao contrário de Hinomaru, Siberia gostava de falar e era bastante comunicativa e curiosa - Seus pais eram severos e por isso você não podia ir à escola?

Hinomaru

Spoiler:

Hinomaru podia apenas se perguntar se aquele método de abrir portas era considerado adequado naquela escola, enquanto seguia Siberia para dentro do aposento, com relativo silêncio se comparado com a menina mais velha. Com a ausência de sua futura companheira de quarto (cujo nome lhe dizia que teria que praticar pronúncia), Hinomaru avaliou o quarto por dois segundos antes de decidir que não havia um lado melhor do que o outro, depositando cuidadosamente sua sacola do lado de uma das camas. Manteve, no entanto, a sacola fina e longa com a alça firme em seu ombro.

"De onde...? Meus pais?" Parou pensativa por um minuto. Realmente, aquela avalanche de curiosidade lhe deixava sem ação. E não fazia idéia de qual a relação de pais com escola. Hinomaru tentou, o melhor que pode, ao menos se lembrar de alguma informação que pudesse dar para saciar tamanha curiosidade"Acho que nasci no norte de Honshu... Hinomaru não sabe em que província." A menina albina se sentou ao lado de Siberia. Havia andado e corrido bastante em sua procura pela academia mais cedo. "E pais... Acho que não se importavam com escola. Não era necessário." Imaginando que no ritmo atual logo viriam mais perguntas, Hinomaru segue com perguntas próprias. "E a senhorita líder? Vem de onde?"

Siberia estudava Hinomaru cm uma curiosidade divertida, era óbvio que não queria arrancar informações da menina albina à força, mas era uma pessoa comunicativa e não encontrara ninguém para, definitivamente, sentar e conversar, então não queria deixar a oportunidade escapar.
 
Ela ouviu atentamente cada resposta, o que a deixou ainda mais curiosa, pois sabia pouquíssima coisa sobre a Ásia e seus países e províncias e condados... será que tinha condados?
 
Ao que parecia, pelas vagas respostas de Hinomaru, ela não possuía uma relação tão próxima como Siberia tinha com seus pais. Aquilo a deixou pensativa por um momento.
 
“Talvez seja algo cultural...” – ela pensou. Afinal, haviam tantas pessoas de tantos países e com tantos sotaques naquele lugar que, certamente, ela encontraria culturas diferentes da dela.
 
- Meus pais sempre disseram que era importante estudar, ainda mais quando se quer ser médica – ela sorriu de forma divertida, seu comentário não tinha intensão alguma de ser rude – acho que em seu país as coisas devem ser um pouco diferentes!
 
- Eu nasci na Flórida, nos Estados Unidos – ela balançou um pouco as pernas, ainda sentada na cama – Eu morava com meus pais e tentei por muito tempo passar nesta academia, para poder estudar ao máximo para fazer minha College – ela explicou, mesmo sem ser perguntada.
 

- Hmm – ela então olhou em volta – Você esta muito cansada? Quer ajuda para guardar suas coisas? – ela perguntou, dando um salto da cama e parando diante de Hinomaru – Sabe, estou achando algo beeeem estranho – ela parou, deixando um certo mistério no ar, seus olhos azuis estava bem abertos, olhando francamente para Hinomaru – Eu ouvi histórias – ela completou - Hey... posso te chamar de Hino?

Hinomaru

Spoiler:

Hinomaru ouviu atentamente a resposta de Siberia. E, além de compreender um pouco melhor a menina mais velha, percebeu que estava provavelmente dando uma visão errônea de seus conterrâneos. Mas, agora ao menos tinha entendido um pouco melhor o que era a tal "escola". Parecia-lhe ser um tipo de centro de treinamento para adolescentes.

"Ah, não é necessário." A japonesa respondeu. Seria uma vergonha fazer a senhorita líder ajudá-la a desfazer a bagagem na sacola. "Hinomaru... Eu só preciso de alguns momentos e farei isso. A senhorita líder não precisa se preocupar."

"HINO?!" Hinomaru quase não conseguiu conter uma exclamação de surpresa quanto à pergunta de Siberia. Se conheciam há apenas alguns minutos e já vinham os apelidos? Ocidentais realmente eram outra coisa. "... Claro, não tem problema, pode chamar assim, se a senhorita líder preferir." Verdadeiramente, não se importava, mas fora pega de surpresa. Mas, mais importante... "O que é estranho? Que tipo de história?" Estava curiosa agora.

Siberia pendeu a cabeça de lado e então tocou a ponta do nariz e Hinomaru, negando com a cabeça.
 
- Se não quiser Hino eu posso inventar outra coisa, ou te chamar de Hinomaru, você não precisa aceitar tudo o que eu disser – ela sorriu e então afagou o topo da cabeça de Hinomaru – você parece uma bonequinha! – ela comentou.
 
- Bom, eu vou fazer o seguinte, eu vou te esperar aqui fora, assim você pode arrumar tudo, isso se você quiser ir comigo para onde eu vou – ela disse, continuando a fazer mistério – então você explica um pouco mais sobre seu país e... é verdade que lá só tem peixe cru? – Siberia perguntou, sua curiosidade parecia bem genuína.
 
- Well... deixe tudo pronto e eu vou te dizer a história! – Siberia mordeu o lábio – Temos duas alunas faltando e isso... é um erro grave segundo as regras. As aulas do turno noturno já começaram e então todos devem estar em seus dormitórios. Eu não sei porque... mas nós não podemos ver os outros alunos, os do turno da noite... eles são tão bonitos – ela suspirou – você nem chegou a vê-los na recepção não é?
 
- Acho que eles não querem que nós fiquemos acordadas a noite toda vendo aqueles garotos... isso vai ser um tanto chato – ela bufou e então olhou novamente para Hinomaru – Hino...maru... eu vou lhe esperar lá fora! – Siberia se inclinou e apertou as bochechas de Hinomaru, saindo do quarto em seguida.
 
Já do lado de fora ela gritou através da porta:
 

- Se não quiser ir comigo, você pode me dizer viu? – uma risada divertida se ouviu em seguida. Siberia havia adorado as maneiras estranhas de sua nova amiga.

Hinomaru

Spoiler:

Hinomaru ficou atônita com Siberia subitamente afagando sua cabeça. Definitivamente, ela não sabia como reagir com demonstrações de afeto inesperadas. Não que fosse desagradável.

"Peixe cru...? Não... Ah, alunas faltando?" A japonesa não conseguia manter o ritmo rápido de conversa com a senhorita líder. "Não vi, não... Ah, vou arrumar tudo o mais rápido possível!" E mais uma demonstração de afeto físico inesperado. Hinomaru estava quase aliviada em ver a menina mais velha dar-lhe um momento, aguardando no corredor. Mais um pouco e Hinomaru provavelmente ficaria congelada ou falando idiotices.

Estando sozinha no quarto, só lhe restava seguir adiante com o prometido. Abriu a sacola com seus pertences, que eram apenas algumas mudas de uniforme e roupas íntimas, e começou a guardá-los no armário em frente à sua cama. "Ah, Hinomaru vai com a senhorita líder, apenas lhe dê mais um momento!" A menina soou um pouco nervosa. Estava curiosa e queria ir atrás de Siberia, mas não queria deixá-la esperando, seria uma falta grave, disso tinha certeza. Terminou de colocar as roupas no lugar e guardou a sacola em si numa outra gaveta. Por um breve momento contemplou trocar de uniforme, visto que o que vestia estava em má condição, mas decidiu que era melhor apressar-se.

"Desculpe por deixá-la esperando, senhorita líder." Hinomaru abriu a porta do quarto, entrando no corredor. O quarto atrás estava virtualmente idêntico a antes quando entraram, e ela própria apenas estava agora sem carregar sua sacola. "Para onde vamos?"

Ela chegou com passos apressados ao dormitório. Sim, ela pretendia falar com Sakura e não, aquele não era o momento. Sentia a cabeça zonza e seu corpo parecia extremamente cansado, seu peito doía de forma aguda quando alcançou as portas do dormitório. Parecia ter corrido uma enorme maratona até chegar lá.
 
Os grandes sofás da sala de estar pareciam convidativos a descansar corpo e mente, mas ela não podia deixar as questão que ferviam em sua mente esfriarem, além disso, aquele pequeno conflito sobre seu passado parecia começar a abrir brechas e ela precisava se concentar.
 
Ela agradeceu mentalmente ao entrar em seu quarto e ver que sua companheira não estava. Apressou-se até sua mala e então tirou um caderno velho com capa de couro marrom e uma tranca e um estojo com algumas canetas.


 
Data: ....
Tema: Associação
Notas:
- Skye (Quem é esta garota?)
- Zero Kiryuu (A ligação dele com Yuuki Kuran)
- Vampiros no convento (Resultado de investigação local)
- Dark Hunters(???)
- Leveis E modificados(Análise de sangue, grupos de pesquisa genética, puro sangue envolvido)
- Ancestral milenar adormecido ligado à demônios
 
Ela mordeu a ponta da caneta, avaliando suas anotações e verificando se devia ou não adicionar algo. Sim, poderia adicionar o envolvimento de Sakura e Willian.
 
- Envio de Tsukino e Charles/Willian ao convento(razão?)
 
Pensar nos dois a fez suspirar. Naquele ano sequer era colega de quarto de Sakura e talvez assim fosse melhor. Ela deixou de lado seu caderno sobre a escrivaninha e deitou-se na cama, seus olhos fixos no teto.

“O que aconteceu nestes dois anos com você? Você me perdoa por ter te deixado? Você estava certa sobre Lewis... eu tenho tão pouco tempo agora...”
 
Ela se lembrava de tanta coisa e naquele momento ela deixou que tudo aquilo transbordasse. Sentia tanta necessidade de abraçar sua amiga, de ver Ryan e saber como ele estava lidando com o descontrole, de pedir desculpas e implorar que, por um momento, aquele passado todo retornasse.
 
- Eto vse moya vina  - ela murmurou, sentindo as lágrimas rolarem pelo rosto, num choro silencioso e pesado.
 
As escolhas que ela havia feito a levaram até aquele momento, mas ela daria tudo para voltar no tempo. Preferia ainda não saber nada sobre ser uma caçadora ou sobre a katana que carregara por um longo tempo, preferia ainda não saber que seus pais foram caçadores e que, talvez, sequer fossem seus pais, preferia ter Ryan a xingando mas sempre a protegendo, Sakura tropeçando nos próprios pés e não atirando em demônios.
 

- ...vse eto tak daleko... – ela murmurava em sua língua natal, fechando os olhos e deixando o cansaço vencê-la.

(Post do amanhecer seguinte antes da aula da Day Class)
 
Siberia estava impecável em seu uniforme preto de listras brancas, seus cabelos estilo Cotton Candy presos num rabo de cavalo. Ela usava brincos delicados em forma de pequenas rosas pretas e o piercing em sua boca eram delicadas pedrinhas rosas.
 
Ela trazia uma mochila branca estampada com caveiras e rosas, segurando-a pela alça de cima e estava parada diante do quarto do Hinomaru, um sorriso tranquilo em seu rosto. Apesar de parecer como sempre bem disposta, ela ainda estava preocupada, afinal, sua colega de quarto não retornara e ela queria ver se o mesmo acontecera com Hinomaru.
 

Ela olhou no relógio, ainda era um pouco cedo, mas outros alunos já tomavam o corredor. Será que Hinomaru estaria dormindo ainda? Ela deu uma batidinha suave na porta e chamou pela garota, aguardando sua resposta.

Os passos de Lohanne tinha um ritmo rápido e ela passava através dos estudantes que já estavam de pé, para lá e para cá, ansiosos por seus primeiros dias de aula, a maioria indo ao refeitório.
 
Ela estava suada e um pouco suja pela batalha no convento, não usava o uniforme e aquilo poderia atrair ou não alguma atenção. Além disso, seu rosto estava avermelhado pois, mesmo tento limpado o sangue que escoria, ela não lavara a pele branca.
 
Ela respirava de forma acelerada, ainda em choque com o que havia acontecido, ainda tendo a cabeça fervilhando com as questões do caso em que fora colocada dentro da associação, ainda exausta pelos sentimentos de ver Sakura e Ryan e pela noite não dormida.
 
Além disso, o sangue que agora corria dentro dela trazia uma torrente de sentimentos e ela tentava rebatê-los, calando as respostas que o próprio coração dela teimava em desenterrar do passado. Ela havia escolhido Lewis, não havia? Não tinha porque desenterrar aquele amor quase platônico por Ryan, não havia mais tempo para isso.
 
Como poderia se aproximar dele ou de qualquer outro ali? Quando ninguém sabia que ela estava ali exatamente para fugir. Lewis não tentaria matá-la dentro daqueles muros ou na cidade controlada por Kuran, ele não seria tão tolo.
 
- Pryvet – ela disse ao passar pelo corredor por uma menina loirinha, parada junto a porta de seu quarto. Provavelmente estava esperando pela colega de quarto de Lohanne, certamente já se conheciam.
 
Lohanne havia achado estranho, mas de certa forma havia agradecido por, naquele ano, não ser colega de quarto de Sakura. Seria uma crueldade do destino ter que conviver com a amiga e ter que ignorá-la. Se bem que Sakura também havia mudado então talvez aquilo fosse melhor para as duas, melhor para todos afinal.
 
Asism que entrou no quarto ela viu sua companheira, uma garota pequena e de origem asiática, estava certamente se arrumando para a primeira aula.
 
- Pryvet – ela tentou se acalmar e cumprimentar a outra. Estava com olheras, estava suada e suja, não parecia uma aluna, mas sim uma sobrevivente de um ataque zumbi.
 

- Eu ... – ela olhou em volta, indo então até o armário e apanhando uma toalha limpa que havia lá, em seguida, ela foi até o banheiro e simplesmente fechou a porta. Logo o som do chuveiro ligado se fez ouvir.

Lá dentro,  Lohanne ficou se encarando um bom tempo no espelho, os olhos tão violetas quanto os de Lewis, trazendo um sentimento ainda maior de raiva. Ela arrancou as roupas imundas e então entrou embaixo da água quente.
 
Quente, tão quente quanto todos aqueles sentimentos, todo o medo e raiva, toda a impotência dela diante do que estava se tornando. Quente como o fogo que tomara o quarto em que Lewis estava, mas não quente o suficiente para mata-lo.
 
Ela respirou profundamente, sentindo o corpo dolorido resistente a relaxar sob a água. Não havia como, não diante de todas as coisas que haviam acontecido em menos de vinte e quatro horas naquele lugar. Ainda tinha que entregar o papel para Tohru, aquele em que Marshall aparecia como caçado.
 
“Eu preciso descansar... eu... não quero atacar ninguém...” – ela se encolheu nos próprios braços, fechando os olhos. Não sentia vontade de chorar, embora houvesse uma grande dor percorrendo suas veias e seus pensamentos. Aquele sangue que havia ingerido parecia trazer uma nova força a ela, algo estranho em de se dizer.
 
Ela ainda não conseguia interpretar todos aqueles sentimentos que vinham com o vitae, mas havia algo ali, algo importante.
 
“Ne...ya zhe i ne ya....vse styorli....” – ela suspirou. Tudo o que sentira por Ryan fora um amor platônico, um doce sentimento quase infantil e, naquele mundo cheio de trevas, não havia mais espaço para isso. A amizade que tivera com Sakura também, era puro demais para prosseguir naquele caminho de escuridão e então por isso tudo mudara. Mas aquilo doía e doía tanto. Se ela pudesse voltar ao tempo, ela faria diferente?
 

Lohanne ficou um bom tempo sob a água, tentando ligar e desligar seus próprios pedaços, sem muito sucesso, ela só torcia para que, quando saísse do banho, sua companheira de quarto não estivesse mais lá.

Hinomaru

Spoiler:

Hinomaru acordou na manhã do dia seguinte com o som de uma batida leve na porta. E uma voz suave e familiar em seguida. Ainda meio sonolenta, Hinomaru olhou em volta e constatou que estava em uma situação desagradável. "Hinomaru.... Eu vou abrir a porta o mais rápido possível." Falou em um tom que seria, provavelmente, suficientemente alto para ser ouvido do outro lado da porta, enquanto tentava fazer sentido da situação. Ela havia caído na cama exausta na noite anterior, sem nem remover aquele uniforme amassado. E seu plano de acordar ao amanhacer para fazer um reconhecimento dos arredores havia ido por água abaixo também. De fato, era muito chato o fato de seu corpo precisar dormir. A menina Hinomaru olhou para a espada Hinomaru, ainda em sua sacola, amparada contra a parede ao lado da cama. Talvez hoje finalmente pudesse sair daquela embalagem abafada. Mas, estava se deixando perder em pensamentos...

A japonesa pulou da cama, determinada a não deixar quem quer que estivesse do outro lado da porta esperando um segundo a mais. Só precisava trocar de uniforme. Passou a mão direita rapidamente pelo cabelo enquanto abria o armário e tirava as peças do uniforme com a outra. Pelo menos havia se lembrado de desamarrar o cabelo antes de dormir. Poderia sobreviver com o estilo "acabei de acordar e fiz esse rabo de cavalo de qualquer jeito". Praticidade era o importante.

Justamente quando Hinomaru terminou de vestir as peças de roupa limpas e colocava as peças sujas num canto do armário para lavar depois, uma menina entrou no quarto, aparentando estar em péssimo estado, como alguém voltando de um campo de batalha. "Ah.... Bom dia..." Pelo jeito como entrara no quarto mexendo no armário, Hinomaru imaginou imediatamente que aquela fosse sua companheira de quarto desaparecida, a senhorita Lobanova. Será que ela tinha aquele aspecto devido a um dos rolês e biritas dos quais o senhor Caio falara? Qualquer que fosse o motivo, a provável senhorita Lobanova quase a ignorara, somente resmungando algo em alguma língua desconhecida antes de entrar no banheiro, seguida pelo barulho de água.

Hinomaru tomou a decisão de não incomodar a senhorita Lobanova. Se fosse ela de fato sua companheira de quarto, teria a oportunidade de satisfazer sua curiosidade mais tarde. Ao invés disso, terminou de colocar as roupas sujas no canto, calçou os sapatos e colocou a alça da sacola da espada no ombro. A voz que ouvira ao acordar não pertencia a senhorita Lobanova, quem quer que fosse a dona da voz podia ainda estar esperando do outro lado da porta. A albina estava pelo menos mais apresentável agora, enquanto abria a porta do quarto.

"Bom dia, senhorita líder." Era por isso que a voz lhe soara familiar, a pessoa que batera na porta era Siberia. Mas, Hinomaru não tinha certeza do que a traria até ali, a menos que... "Uhm... Hinomaru esqueceu de uma aula, não é?" A menina sentiu seu rosto corando. É claro, aquilo era uma instituição de ensino afinal... Poderia aquele dia ir para uma direção pior logo no seu início?

Lohanne finalmente saiu do banho, se secando e então foi até seu armário. Ela não via mais Hinomaru por ali, certamente sua colega de quarto havia ido assistir às aulas do período diurno.
 
Será que ela desconfiava o que acontecia no período noturno? Certamente não, certamente ela era o que Lohanne fora um dia: uma humana, sem sequer saber que estava presa em uma bomba relógio.
 
Lohanne soltou um longo suspiro, deixando a toalha cair e vestindo calças na cor cinza de um tecido leve e uma regata preta, além de sua roupa íntima por baixo.
 
Ela foi até o banheiro e apanhou os papéis amassados e o celular, ambos guardados em bolsos de sua calça e depois pegou suas armas e munição, enrolando-as na roupa suja e colocando-as no fundo do armário. Ela deixou para fora apenas o papel onde Marshall aparecia como caçado e seu smartphone.
 
Deitada na cama, ela sentiu o corpo afundar no colchão macio, um breve momento de alegria e relaxamento surgindo em sua mente, mas, antes que pudesse descansar, ela ainda tinha algo a fazer: precisava avisar Tohru do que havia acontecido, do mandado de caça para Marshall Kurosaki.
 
Também precisava traçar um plano para sua “missão”, mas isso ela faria assim que acordasse, ao meio dia.
 

Ela procurou em sua lista de e-mails o endereço de Tohru Kuran, deveria ter feito algum trabalho de escola com ela no passado, pois o nome estava ali. Sonolenta, tudo que Lohanne fez foi mandar uma foto do cartaz, sem mais nenhuma palavra.